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Contabilidade ambiental – o passaporte para a competitividade (página 2)




Enviado por beth.kraemer



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5. Ativo Ambiental

Os Ativos Ambientais representam os estoques dos
insumos, peças, acessórios, etc.
utilizados no processo de eliminação ou
redução dos níveis de
poluição; os investimentos em máquinas,
equipamentos, instalações, etc., adquiridos ou
produzidos com intenção de amenizar os impactos
causados ao meio ambiente; os
gastos com
pesquisas, visando o desenvolvimento de tecnologias modernas, de
médio e longo prazo, desde que constituam
benefícios ou ações que irão refletir
nos exercícios seguintes.
Ativos Ambientais são os bens adquiridos pela companhia
que têm como finalidade controle, preservação
e recuperação do meio ambiente.
Neste sentido, RIBEIRO & GRATÃO (2000; p.4) dizem que
recebem tal classificação parte dos estoques,
especificamente aqueles destinados à finalidade referida.
Tais estoques podem ser compostos por insumos que serão
utilizados diretamente no processo produtivo, principalmente
pelos que serão utilizados diretamente no processo
produtivo, para eliminar, durante os procedimentos operacionais,
o surgimento de resíduos poluentes. Podem ser itens que
serão consumidos pós-operação, de
forma a realizar a limpeza dos locais afetados ou a purificar os
resíduos produtivos, como as águas, os gases, os
resíduos sólidos que serão depostos, de
alguma forma, no meio ambiente natural.
Existem algumas polêmicas na identificação
dos ativos ambientais, devido o surgimento das "tecnologias
limpas". Para RIBEIRO & GRATÃO (2000; p.4), essas
tecnologias compreendem novos meios de produção,
dotados de mecanismos que impedem a produção de
refugos. Tratando-se de meios de produção e
transformação, são ativos operacionais
propriamente ditos e não ativos ambientais.
Os ativos operacionais podem sofrer desgaste acelerado em
função de sua exposição
obrigatória ao meio ambiente poluído. Nesse caso,
de acordo com RIBEIRO & GRATÃO (2000; p.4), os efeitos
do diferencial de vida útil, provocado por tal
exposição, deve ser considerado como custo
ambiental, dado que reflete as perdas decorrentes do meio
ambiente poluído. Essa situação
ficará patente nos casos em que os ativos possam ser
comprados, com seus pares instalados, em ambientes menos afetados
pela poluição.
As características dos ativos ambientais
são diferentes de uma organização para
outra, pois a diferença entre os vários processos
operacionais das distintas atividades econômicas devem
compreender todos os bens utilizados no processo de
proteção, controle, conservação e
preservação do meio ambiente.
Os Ativos Ambientais, todos decorrentes de investimentos na
área do meio ambiente, deverão ser classificados em
títulos contábeis específicos,
identificando, de forma adequada, os estoques ambientais, o ativo
permanente imobilizado ambiental e o diferido ambiental.
Os bens, cuja classificação se der no ativo
permanente imobilizado ambiental e ativo permanente diferido
ambiental, exceto
aqueles de vida útil inferior a 365 (trezentos e sessenta
e cinco) dias, cujos valores
serão excluídos, quando da apuração
do Lucro Real, estão sujeitos à
depreciação/amortização.

Passivo Ambiental
Passivo Ambiental representa toda e qualquer
obrigação de curto e longos prazos, destinados
única e exclusivamente a promover investimentos em prol de
ações relacionadas a extinção ou
amenização dos danos causados ao meio ambiente,
inclusive percentual do lucro do exercício, com
destinação compulsória, direcionado a
investimentos na área ambiental.
SPROUSE & MOONITZ, apud KRAEMER (2000; p. 22) afirmam que
passivos são obrigações que exigem a entrega
de ativos ou prestação de serviços em um
momento futuro, em decorrência de transações
passadas ou presentes.
Passivos ambientais, referem-se segundo MARTINS & DE LUCA
(1994; p.27), a benefícios econômicos, que
serão sacrificados em função de
obrigações contraídas perante terceiros,
para preservação e proteção ao meio
ambiente. Têm origem em gastos relativos
ao meio ambiente, que podem se constituir em despesas do
período atual ou anteriores, aquisição de
bens permanentes, ou na existência de riscos de esses
gastos virem a se efetivar (contingências).
Os Passivos Ambientais, conforme RIBEIRO & GRATÃO
(2000; p.5), ficaram amplamente conhecidos pela sua
conotação mais negativa, ou seja, as empresas que o
possuem agrediram significativamente o meio ambiente e, dessa
forma, têm que pagar vultosas quantias a título de
indenização de terceiros, de multas e para a
recuperação de áreas danificadas.
As autoras colocam como exemplo: a) os gastos assumidos pela
Exxon, no caso do acidente com o petroleiro Valdez, no Alaska; b)
o caso da Petrobrás, na década de 80, no qual a
região de Cubatão, no interior do Estado de
São Paulo, foi seriamente afetada pelo vazamento de
óleo, que culminou com a explosão de várias
moradias; e c) mais recente, em janeiro de 2000, o vazamento nas
instalações da mesma empresa que
provocou o derramamento de milhares de litros do óleo no
mar na Baía da Guanabara, causando a morte de
várias espécies de aves e peixes,
além de afetar seriamente a vida das
populações locais que viviam da atividade
pesqueira. Tais situações exigiram enormes gastos
dessas empresas e, o que
é pior, gastos imediatos, sem qualquer forma de
planejamento, o que afeta drasticamente qualquer programação de fluxo de
disponibilidades, independentemente do porte da
organização. Tão alto quanto os custos dos
recursos
físicos necessários para a reparação
dos danos provocados pelas referidas situações, ou
até mais, são os gastos requeridos para
retração da imagem da empresa e de seus
produtos, essencialmente, quando tais eventos
são alvo da mídia e da atenção dos
ambientalistas e ONGs.
Deve-se ressaltar que os passivos ambientais, como dizem as
autoras, não têm origem apenas em fatos de
conotação tão negativa. Eles podem ser
originários de atitudes ambientalmente responsáveis
como os decorrentes da manutenção de sistema de
gerenciamento ambiental, os quais requerem pessoas (que recebem
uma remuneração) para a sua
operacionalização. Tais sistemas exigem
ainda a aquisição de insumos. Máquinas,
equipamentos, instalações para funcionamento, o
que, muitas vezes, será feito na forma de financiamento
direto dos fornecedores ou por meio de instituição
de crédito. Esses são os passivos que
devem dar origem aos custos ambientais, já que são
inerentes à manutenção normal do processo
operacional da companhia.
Para JUNIOR (1999; p.6), um Passivo Ambiental deve ser
reconhecido, quando existe uma obrigação por parte
da empresa que incorreu em um custo ambiental ainda não
desembolsado, desde que atenda ao critério de
reconhecimento como uma obrigação. Portanto, esse
tipo de passivo é definido como sendo ma
obrigação presente que surgiu de eventos
passados.

Patrimônio Ambiental
O patrimônio ambiental é composto pelo conjunto dos
ativos e passivos ambientais. De acordo com RIBEIRO &
GRATÃO (2000; p.7), não há que se pensar em
sua identificação física, já que
os recursos
próprios são formados ao longo da existência
da companhia e são utilizados indistintamente nas mais
variadas necessidades apresentadas pelo processo operacional da
empresa, não cabendo, portanto, a
identificação do capital
ambiental ou das reservas de lucros ambientais.
Há sim, a possibilidade de identificação de
uma Reserva de Lucros para Contingências Ambientais, sendo,
contudo, decorrente de uma situação muito
específica em que seja prevista a existência de uma
significativa e inevitável perda no futuro.
Assim, o patrimônio ambiental embora existente, não
é passível de segregação dos
elementos que compõem o patrimônio líquido na
sua forma tradicional.

Contabilidade Ambiental
A Contabilidade Ambiental surgiu em 1970, quando as empresas
passaram a dar um pouco mais de atenção aos
problemas do
meio ambiente. Contabilidade Ambiental é a
contabilização dos benefícios e
prejuízos que o desenvolvimento de um produto, ou
serviço, pode trazer ao meio ambiente. É um
conjunto de ações planejadas para desenvolver um
projeto, levando em conta a preocupação com o meio
ambiente.
Para MAIOR (2001; p. 1), a idéia de fazer uma
contabilidade ambiental dentro das empresas, ou seja, medir
gastos e recursos para a produção de bens de
consumo, veio
com a crise do petróleo,
em 1974, quando o produto chegou a um altíssimo custo e
estava em escassez. Diz ainda que parece que, na época, as
pessoas entenderam que não é porque uma
matéria-prima é um recurso natural que ela vai
durar para sempre. A conscientização foi ainda mais
reforçada quando o Clube de Roma, um grupo formado
por cientistas de todos os países, preocupados em estudar
o futuro do mundo, divulgou um relatório chamado "Limites
de crescimento", que mostrava que se continuasse não
existindo uma preocupação com a natureza por parte
das pessoas e das empresas, o mundo entraria em estado de
emergência mais rápido do que se esperava.
A Contabilidade Financeira Ambiental passou a ter status de um
novo ramo da ciência contábil em fevereiro de 1998,
com a finalização do "relatório financeiro e
contábil sobre passivo e custos ambientais" pelo Grupo de
trabalho Intergovernamental das nações Unidas de
Especialistas em padrões Internacionais de Contabilidade e
relatórios (ISAR – United Nations
Intergovernanmental Working Group of Experts on International
Standards of Accounting and Reporting).
JUNIOR (2000;p. 9) diz, que paralelo a este trabalho, o ISAR vem
coordenando esforços com o Comitê de Práticas
de Auditoria Internacional (IAPC – International Auditing
Practices Committee), no sentido de formalizar um conjunto de
padrões de auditoria voltado para a
verificação do desempenho ambiental relatado nas
demonstrações contábeis.
A Contabilidade Financeira Ambiental tem o objetivo de
registrar as transações da empresa que impactam o
meio ambiente e
os seus efeitos na posição econômica e
financeira da empresa que reporta tais transações,
devendo assegurar, conforme o autor acima, que: a) os custos,
ativos e passivos ambientais estejam contabilizados de acordo com
os princípios fundamentais da contabilidade, e b) o
desempenho ambiental tenha ampla transparência de que os
usuários da informação contábil
necessitam.
Ela se propõe a apresentar o relato ambiental de forma
destacada nas demonstrações contábeis,
portanto, sua implementação depende da
definição de uma política
contábil que considere a segregação dos
itens relativos aos impactos ambientais das atividades da empresa
no meio ambiente, prevendo, por exemplo, que os custos ambientais
devem ser apresentados de forma segregada, desdobrados em itens
de natureza operacional e não-operacional, e em itens
recorrentes e extraordinários.
JUNIOR (2000; p.11) refere que as inovações
trazidas pela Contabilidade Ambiental estão associadas a
pelo menos três temas: a) a definição do
custo ambiental; b) a forma de mensuração do
passivo ambiental, com destaque para o decorrente de ativos de
vida longa; e c) a utilização intensiva de notas
explicativas abrangentes e o uso de indicadores de
desempenho ambiental, padronizados no processo de fornecimento de
informações ao público.
A Contabilidade Ambiental constitui-se numa nova especialidade da
ciência contábil com base na materialidade dos
valores
envolvidos. De acordo com JUNIOR (2000; p.11), para o
usuário externo da informação
contábil torna-se material toda informação
que não sendo evidenciada, ou sendo mal evidenciada, pode
levá-lo a sério erro sobre a
avaliação do empreendimento e de suas
tendências, o que se aplica de forma plena às
informações sobre o desempenho ambiental das
empresas.
A avaliação da utilidade da Contabilidade
Financeira Ambiental, segundo o mesmo autor, deve ser realizada
tendo em vista o atendimento das finalidades que pretende
atingir, que são: (a) expor o progresso da empresa no
gerenciamento das questões ambientais de forma comparada
com empresas-pares e durante o decorrer do tempo; (b) apresentar
o nível de sua exposição ao risco ambiental
para a comunidade de negócios (instituições
financeiras, fundos de pensão, seguradoras e potenciais
parceiros de negócios) e para a sociedade em geral; e (c)
demonstrar a capacitação gerencial da empresa na
administração de questões ambientais, e
apresentar a forma como a mesma integra essas questões
à sua estratégia geral de longo prazo.
Inicialmente é de fundamental importância ressaltar
que a "Contabilidade Ambiental" ou a "Contabilidade do Meio
Ambiente", não tem como objetivo o
registro, o
controle e a apresentação do "Balanço",
única e exclusivamente como uma outra forma distinta de
demonstrar as transações que possam causar ou vir a
causar qualquer modificação na
posição econômico-financeira da pessoa
jurídica, mesmo porque, se assim fosse, bastaria que
invocássemos os Princípios Fundamentais de
Contabilidade, transcritos na resolução do Conselho
Federal de Contabilidade de nº 750, de 29 de dezembro de
1993, de adoção obrigatória no
exercício da profissão.

6. Contabilidade
ambiental – o passaporte para a
competitividade

A gestão ambiental começa a ser encarada
como um assunto estratégico dentro das
organizações e isso tem se tornado um fator
importante de competitividade. Um estudo realizado pela BAXTER,
uma das gigantes indústrias farmacêutica dos
Estados Unidos
(Empresa & Ambiente, 2000), revela que cada dólar
aplicado em programas
voltados para o meio ambiente traz uma economia financeira de
três a cinco vezes o seu valor. Isto
provocou uma mudança no comportamento das empresas em
relação ao meio ambiente, fazendo aumentar os
investimentos em gestão ambiental nos últimos
anos.
A Contabilidade do Meio Ambiente tem crescido de
importância para as empresas em geral, porque a
disponibilidade ou escassez de recursos naturais e a
poluição do meio ambiente tornaram-se objeto do
debate
econômico, político e social em todo o mundo.
Continuamente, estão sendo feitos progressos no sentido de
se proteger o meio ambiente e reduzir, prevenir ou mitigar os
efeitos da poluição, e, em conseqüência,
há uma tendência das empresas em abrir para a
comunidade uma grande quantidade de dados sobre uma política ambiental,
seus programas de
gerenciamento ambiental e o impacto de seu desempenho ambiental
em seu desempenho econômico e financeiro.

A gestão ambiental oferecerá à
empresa oportunidades de adicionar valor e,
possivelmente, obter vantagem competitiva por meio da
percepção pública, economia de custos ou
rendimentos adicionais, enquanto alivia os efeitos de seus
produtos e processos produtivos no ambiente.
Uma empresa que reconhece suas responsabilidades ambientais,
conforme autor desconhecido (2000; p.3), deverá diminuir
seu risco financeiro futuro resultante de incidentes ambientais.
Ao mesmo tempo, esta empresa deverá pagar menores
prêmios de seguro em
conseqüência do menor risco. Uma taxa de risco
ambiental baixa também pode assegurar à empresa
menores taxas de juros na captação de recursos.
Portanto, a empresa que demonstrar que está
avançada em termos de uso de tecnologias ambientalmente
amigáveis ou em relação à
utilização de processos produtivos
sustentáveis poderá
angariar benefícios adicionais. Tais como um aumento no
comprometimento dos funcionários, menos taxas e multas por
danos ambientais, menores custos de produção e de
disposição de resíduos, além de ter
acesso a melhores oportunidades de negócios. Poderá
inclusive explorar a vantagem competitiva de estar fornecendo
bens e serviços ambientalmente adequados.

As atividades de cunho ambiental, de acordo com WERNKE
(2001; p.46), passaram a ser, mercadologicamente,
estratégicas por uma razão fundamental: influenciam
substancialmente a continuidade da empresa, em decorrência
do significativo efeito que exercem sobre o resultado e a
situação econômico-financeira. Isso porque
seus impactos podem culminar na exclusão desta do mercado,
basicamente em função da perda de clientes para
concorrentes que ofertem produtos e processos ambientalmente
saudáveis; da perda de investidores potenciais, que
estejam preocupados com a questão ecológica global
e com a garantia de retorno de seus investimentos; de
restrições creditícias no mercado
financeiro, atualmente pressionado pelas
co-obrigações ambientais; ou de penalidades
governamentais de natureza decisiva, como imposição
de encerramento das atividades, ou multas de valores substanciais
e de grande impacto no fluxo de caixa das companhias.

As informações sobre o provável
futuro ambiental da empresa podem ser utilizadas para encorajar
operações prudentes e defensivas de
redução de resíduos, através da
melhora das práticas de fabricação, embarque
e disposição. Podem oferecer
informações estratégicas em termos de
diversificação de produção,
investimento em pesquisa e tecnologias e, até mesmo,
sinalização para mudança de rota nos
negócios. Podem, ainda, influenciar agências
reguladoras e formadores de políticas
públicas, subsidiar o programa de
gerenciamento de risco e dar transparência a riscos ocultos
em fusões e aquisições. Haverá
vantagens na negociação com seguradoras, na
determinação de níveis adequados de reservas
financeiras e na reformulação da estratégia
da companhia e práticas gerenciais.
Para WERNKE (2001; p.47), na gestão ambiental, o primeiro
passo para conquistar a vantagem competitiva em custos é
eliminar o desperdício. PORTER & LINDE (1995) dizem
que as empresas dificilmente estão cientes do custo da
poluição em termos de desperdícios de
recursos, de esforços e diminuição de valor
para o consumidor. Nesse
caso, a empresa deve avaliar o seu processo, mediante uma
auditoria ambiental, enfocando os custos desnecessários
(gastos excessivos de água e energia).
Portanto, o controle de custos pode ser usado como ferramenta
para prevenir futuros impactos ambientais. Dizem ainda que,
otimizando custos, a empresa garante aumento de produtividade e
proporciona maior saúde financeira, assegurando sua
continuidade operacional. Necessita ainda, a empresa, oferecer um
preço competitivo que pode ser conseguido por um custo
inferior ao da concorrência.
Quanto ao aspecto do posicionamento estratégico, em termos
de diferenciação, WERNKE (2001; p.47) diz que a
variável ambiental pode ser usada, principalmente para
situar o produto ou a empresa, de forma a distinguir-se dos
concorrentes, justamente pela ênfase na
preocupação ambiental. Diz ainda que o uso de
materiais recicláveis, o financiamento a programas de
preservação do meio ambiente, o tratamento de
dejetos oriundos de sua própria linha de
produção etc. podem servir como sinalizador perante
os consumidores, da preocupação da empresa com a
questão ambiental.

Neste sentido, os gestores necessitam identificar e
alocar custos ambientais, de maneira que as decisões de
investimentos estejam baseadas em custos e benefícios
adequadamente medidos.
Várias empresas já têm um profissional
trabalhando com Contabilidade Ambiental, como indústrias
de cimento, usinas de asfalto, e muitas outras. É uma
tendência com grandes previsões de crescimento. As
empresas querem economizar e, a partir do momento que tiver um
responsável para contabilizar custos e benefícios
de matéria-prima, ela estará economizando. O
consumidor, por
sua vez, está cada vez mais inteligente, e hoje chega a
fazer boicote, quando acha que está sendo lesado, ou
quando reconhece que determinada empresa está prejudicando
a natureza.
Competitividade, eficiência, qualidade, produtividade,
flexibilidade de produção, inovação
tecnológica, satisfação de clientes,
cuidados com o meio ambiente são alguns tópicos que
fazem parte das preocupações cotidianas dos
gestores na atualidade. REBOLLO (2001; p.15) enfoca que o meio
ambiente e a gestão ambiental são variáveis
que se estão destacando presentemente no meio
empresarial.
Agora, o desafio para a contabilidade está na
mudança de paradigma,
para um modelo
contábil ambiental, uma contabilidade integrada e
competitiva que compreenda movimentos econômicos,
movimentos operativos e movimentos ambientais.

7.
Conclusão

O mercado não mais aceita o descaso no tratamento
dos recursos naturais. Os consumidores estão interessados
em produtos limpos. A legislação torna-se mais
rígida, imputando sanções aos infratores,
obrigando as empresas a encarar com seriedade e responsabilidade
a variável ambiental em sua estratégia
operacional.
Posto isto, verifica-se que a sociedade é que dá
permissão para a continuidade da empresa e que, de acordo
com RIBEIRO & LISBOA (2000; p.19), os detentores de recursos
não querem arriscar indefinidamente seus patrimônios
em companhias que se recusem a tomar medidas preventivas na
área ambiental. Posição semelhante assumem
os consumidores. Profissionais competentes não podem
comprometer a saúde em função da
permanência em locais inadequados. Logo, a empresa precisa
se adaptar aos parâmetros exigidos para não agredir
ao meio ambiente e, por meio do reconhecimento e
divulgação do seu passivo ambiental e da
evidenciação dos ativos ambientais e dos custos e
despesas com a preservação, proteção
e controle ambiental, ela torna claro para a sociedade o
nível dos esforços que vem desenvolvendo, com
vistas ao atingimento de tais objetivos.
Neste sentido, a contabilidade não pode ficar fechada
à escrituração e
mensurações quantitativas do patrimônio da
empresa. Como diz HERCKERT (2001; p. 6), ela deve estar aberta a
evolução tecnológica e as mudanças
rápidas do mundo moderno. Estar presente na luta pela
preservação ambiental natural. Criando modelos
contábeis eficazes e orientando o empresário na
aplicação destes modelos, para
satisfazer as necessidades da riqueza da empresa com
eficácia, e também satisfazer, com eficácia,
as necessidades do meio ambiente natural.

8. Referências
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Autor:

Maria Elisabeth Pereira Kraemer

Partes: 1, 2
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