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Diante disso, emerge a necessidade de se questionar sobre a própria formação dos professores e rediscutir a tarefa da disciplina através de parâmetros mais atualizados da cultura filosófica. Considerando que a maioria das instituições educativas não contemplam a especificidade do assunto, torna-se relevante discutir essas questões, aprofundando as investigações na área. Em outros termos, a motivação do ensaio é reforçar os debates no processo de formação de educadores, maximizando as novas abordagens teóricas do mundo contemporâneo. Através do diálogo entre analíticos e continentais, o estudo propicia a reflexão das diferentes esferas de indagação, redimensionando a filosofia da educação a partir de entendimentos pragmáticos presentes na comunicação.
A filosofia da educação, no seu acontecer histórico, esclareceu muitas dúvidas, contribuindo para transformações qualitativas na sociedade. Torna-se importante retomar e discutir o sentido do filosofar nos cursos de formação de professores, para que os futuros profissionais da educação possam atribuir novos significados às práticas docentes. Na medida em que há uma racionalidade que não pode mais simplesmente explicitar o modelo de ensino idealizado ou lógico de filosofia, introduz-se a possibilidade de reconduzir as propostas pedagógicas a partir do reconhecimento intersubjetivo e hermenêutico de conjugação entre a filosofia e a prática educativa. Sob essa lógica, os programas de ensino contemplariam não somente a teoria filosófica, mas a sua reflexão com a problemática educacional, possibilitando a comunicação e a articulação dos conhecimentos. Para tanto, o currículo ao contrário de ser um conjunto de conhecimentos a serem ensinados, necessita promover rupturas epistêmicas, desenvolvendo discussões seletivas, no qual um grupo responsavelmente organizado reconhece e aprecia os saberes necessários e significativos.
Entende-se que a validade da Filosofia da Educação depende da maneira como são efetivados os estudos filosóficos. A simples transmissão de pensamentos clássicos ou a discussão superficial de temas desacoplados da prática pedagógica não efetiva a reflexão e compreensão dos aspectos educativos. É necessária uma formação cultural qualitativa de comunicação reflexiva que proporcione o entendimento hermenêutico do papel da filosofia na educação. Sendo assim, a apropriação de um entendimento crítico, mediado intersubjetivamente, voltada às inovações da filosofia contemporânea, pode proporcionar o desocultar das implicações sistêmicas e racionalistas, operacionalizando novas competências nas dimensões da formação humana, assim como a produção de novas vias de esclarecimento no ato de educar.
As contribuições pragmático-lingüísticas de Rorty e de Habermas podem clarear as preocupações desenvolvidas no interior da filosofia da educação, despertando novas significações para o estudo filosófico na educação. Discutindo os pressupostos práticos da linguagem, os autores desenvolvem pontos em comum, valorizando a vida e as experiências cotidianas. A partir dessas concepções empreende-se o conhecimento como sensível ao homem, ajudando-o no processo de descoberta do novo, dando finalidades às tentativas de estabelecer uma ordenação nas atividades culturais e educativas. Apesar de algumas discordâncias, as reflexões desses autores podem proporcionar modificações qualitativas na maneira de pensar a Filosofia, persuadindo sobre a importância da disciplina para o progresso do saber educativo.
A aproximação dos autores às referências teóricas do pragmatismo e da hermenêutica determina a utilidade e a semântica da teoria para a atividade humana, viabilizando práticas comunicativas que permitem a produção de entendimentos que vão além dos meios tradicionais. Através de consensos democráticos, Habermas tenciona desenvolver os aspectos comunicativos da racionalidade, produzindo um conhecimento universal voltado aos interesses sociais. Rorty pretende criar uma sociedade tolerante, que acate as reivindicações dos grupos particulares (gays, prostitutas, etc), admitindo a existência complexa de diferenças. São alternativas para o conhecimento tradicional, que oferecem como argumento estudos focalizados na aplicação prática e contribuem para a ressignificação do saber filosófico em educação, alicerçando a produção de um método de análise crítico da realidade de formação. As discussões dos pressupostos da linguagem auxiliam no entendimento crítico da limitação do conhecimento filosófico desenvolvido na educação, permitindo mudanças nas estruturas básicas da pedagogia.
O neo-pragmatismo de Rorty e a Ação Comunicativa de Habermas auxiliam a recuperar a reflexão, a crítica e a problemática dos fundamentos da educação, justificando a necessidade das transformações culturais tomarem parte mais ativa no debate pedagógico atual. Em outros termos significa "traduzir uma preocupação que oportuniza a possibilidade de se constituir uma pedagogia atenta às mudanças na cultura contemporânea" ( Trevisan, 2002, p. 146).
Rorty e Habermas são autores que discutem o saber ocidental, produzindo consensos e dissensos sobre o papel e a finalidade do conhecimento filosófico, reconhecendo no pragmatismo e na hermenêutica a possibilidade de abandonar o modelo mentalista de cultura. Os autores são grandes pensadores da filosofia contemporânea que desestruturaram o entendimento filosófico tradicional, propiciando o diálogo entre a filosofia analítica e a filosofia continental. Suas discussões tratam principalmente da crise da filosofia moderna e da necessidade de o estudo filosófico transcender a metafísica tradicional e a epistemologia. Ambas as teorias compartilham da crítica ao modelo representativo da filosofia da consciência, oferecendo uma aproximação lingüística para a produção do conhecimento. Os autores utilizam-se dos pressupostos da conversação, acreditando na possibilidade de produzir um saber intersubjetivo, relacionado com o agir e com as ações cotidianas. Assim, Rorty e Habermas propõem saídas ao paradigma da consciência, contribuindo para a reestruturação solidária e democrática do conhecimento.
O debate sobre a verdade refina as teorias precedentes, atendendo às reivindicações do discurso ocidental preso à problemática da crise da razão. Extremamente críticos às ciências positivistas e ao domínio da filosofia na atividade produtiva do conhecimento, os autores oferecem propostas renovadas de entendimento técnico-racional e de significação prática das experiências comuns. Acreditando na força da linguagem, dizem poder ressignificar a razão moderna, estabelecendo novos rumos para o pensamento filosófico. As tendências apresentam idéias apoiadas não mais na metafísica ou na epistemologia, como abordava a filosofia tradicional, mas na semântica emergida dos jogos de linguagem.
Desse modo, a questão sobre a verdade tomou o espaço do debate filosófico ocidental, produzindo, além das similaridades, contrapontos que não deixam de ser importantes para o progresso do conhecimento. Enquanto Habermas acredita na verdade universal e na reconstrução da razão moderna a partir dos pressupostos de um consenso comunicativo ideal, Rorty aposta num saber pós-moderno, emergido das interações intersubjetivas dentro dos contextos, grupos ou comunidades. Na concepção habermasiana, o termo "verdadeiro", diferente do termo "justificado", emerge de comunidades lingüísticas ideais, onde "todos se entendem intelectualmente e só fazem isso" (Gh iraldelli, 2002, p.55). Para Rorty, o termo "verdadeiro" não seria totalmente diferente do termo "justificado", e a justificação não se distinguiria do verdadeiro pelo simples fato de enunciarmos um campo comunicativo ideal. O conhecimento deveria partir das justificações e das causas das sentenças e não das relações representacionais. Sob a ótica de Rorty, a verdade instituída numa comunidade ideal de entendimento reincide o fundacionismo inútil da modernidade, trazendo de volta as metanarrativas.
Mesmo com as críticas de Rorty, Habermas está convencido da importância do campo de entendimento pragmático ideal na constituição dos consensos universais. Segundo ele, qualquer prática lingüística requer um campo de entendimento antecipado, isto é, um entendimento pragmático ideal que funcionaria como possibilidade de garantir o acordo válido. Sua proposta é um jogo de razão reconstrutiva, um saber quase transcendental, que possibilita o acordo social e contribui na recuperação dos sentidos práticos e comuns do conhecimento.
Quer este nexo seja tematizado como forma de vida ou de mundo da vida, quer como prática ou como interação linguisticamente mediatizada, quer como jogo de linguagem ou diálogo, quer como pano de fundo cultural, tradição ou história dos efeitos, o decisivo é que todos esses conceitos common sense ocupam agora uma posição que até aqui estava reservada aos conceitos básicos epistemológicos, sem que devam todavia funcionar da mesma maneira como antes. (Habermas,1989, p. 25).
A proposta de Habermas não é desenvolver um conhecimento finalizado, mas um saber estratégico que permite o mútuo entendimento e a interpretação da totalidade relacionada ao mundo da vida. Através da cooperação e da fala de uns com os outros, o autor acredita na possibilidade de orientar pretensões de validade para além dos contextos particulares, viabilizando probabilidades de fundamentação e de práticas de vida acessíveis a todos. De acordo com o filósofo, o processo de argumentação racional, sendo mediado pela comunicação nãodistorcida dos indivíduos, permite o estabelecimento de acordos, anunciando condições deliberativas para a produção do saber democratizado.
Em oposição a Habermas, Rorty diz que a Filosofia na sociedade atual não tem necessidade de uma teoria universal da verdade. O saber filosófico deve estar voltado a valores pragmáticos, ajudando a resolver os problemas sociais e políticos dos contextos particulares. Em sua análise, a filosofia deveria surgir das necessidades, dos desejos e das crenças das comunidades culturais, e não de uma comunidade regida por princípios ideais. A intenção de Rorty é utilizar a filosofia para criar uma sociedade igualitária e tolerante, na qual todos tenham oportunidade de fazer escolhas e expor as diferentes opiniões. Assim, percebe que o universalismo de Habermas delimita os campos imagísticos e utilitários dos grupos particulares, trazendo de volta a esperança metafísica dos antepassados. Conforme o autor, a proposta habermasiana de ir além de uma compreensão contextualista, conduz ao tema da verdade única, contrariando os propósitos de emancipação e democracia que todos desejamos.
Nesse contexto, enquanto Habermas pensa na perspectiva de oferecer conceitos mínimos, um conhecimento comum a compartilhar, Rorty propõe a redescrição dos conceitos a partir dos interesses e necessidades particulares, requerendo uma síntese imaginativa na qual a sensibilidade, a dor e a humilhação do outro sejam os determinantes dos acordos.
No argumento utilizado por Rorty, a verdade e o fundacionismo não são tão proeminentes, e sim a redescrição dos saberes e vocabulários úteis e aceitáveis às comunidades específicas. Ao invés de fundamentação, Rorty fala em comportamento adaptativo, que faz de um indivíduo membro de uma comunidade particular. Habermas reconhece o valor da historicidade, enfatizando a necessidade de uma teoria de valor universal, isto é, regras de justificação para todo e qualquer contexto real. Através da pragmática universal, Habermas acredita poder levar adiante o projeto da modernidade, reconduzindo os propósitos emancipatórios da racionalidade. Segundo o autor, os conceitos intersubjetivos, produzidos a partir de acordos mútuos, cumprem o destino da razão, dando oportunidades iguais de discurso e argumentação. Abandonar a proposta do iluminismo seria uma ilusão equivocada do contextualismo de Rorty. Assim, diferentemente desse autor, a proposta de Habermas visa a transformar os propósitos originais do projeto moderno, desenvolvendo os aspectos comunicativos da razão no reconhecimento dos fatores existentes no mundo da vida.
Na obra "Teoria da Ação Comunicativa", Habermas explicita os propósitos ideais da comunicação, demonstrando suas expectativas consensuais em relação à filosofia. Seguindo seus pressupostos, a filosofia deveria ser posicionada numa base democratizada de entendimentos performativos, engrenados por deliberações argumentativas, de forma a nivelar os conceitos racionais às ações cotidianas. No ensaio "A Filosofia como Guardador de Lugar e como Intérprete" da obra "Co nsciência Moral e Agir Comunicativo", o autor analisa o papel social da filosofia, suspendendo seu papel de guardiã da razão. Desse modo, questiona se a filosofia não poderia "trocar o papel insustentável do indicador de lugar pelo papel de um guardador de lugar – um guardador de lugar para as teorias empíricas com fortes pretensões universalistas" (1989, p. 30). Contrário a Rorty, ele enfatiza a importância da fundamentação e levanta a possibilidade comunicativa de a filosofia manter uma certa racionalidade explicativa, valorizando o pensamento científico. Segundo ele, a filosofia deveria agir como intérprete da tradição e da cultura, permitindo, por meio da comunicação, o entendimento mútuo e necessário voltado aos interesses da vida.
Em relação ao papel da Filosofia, Rorty insiste na impossibilidade de a Filosofia ficar numa posição mais elevada que as outras áreas do conhecimento. Através de argumentos metafilosóficos, o autor critica a filosofia proposta por Kant, abandonando a idéia de indicador de lugar e juiz das ciências, renunciando à força transcendente dos propósitos da verdade. Ao fazer isso, Rorty desenvolve novas semânticas para a filosofia, valorizando os diferentes campos do saber, as autonomias dos grupos comunitários e a democracia. Almeja uma experiência solidária que reconheça os diferentes tipos de cultura, proporcionando a produção de uma identidade nacional compartilhada, e não preconceituosa.
Discordando de Habermas, Rorty diz que a filosofia deveria abandonar suas pretensões de racionalidade, livrando-se da intenção de querer resolver seus problemas. Sendo assim, o conhecimento útil necessita ser orientado pelos saberes significativos que emergem das culturas particulares, jamais pelas pretensões de validade ou pelo consenso universal. Em suma, ressalta que é preciso construir pensamentos novos, fazer novas descobertas, caminhando para além das preocupações da tradição.
A meta rortyana é abrir o espaço conceitual, de maneira a permitir a proliferação das semânticas, evitando a estagnação dos conhecimentos, vocabulários e conceitos culturais. O autor afirma que através de redescrições, alargamos o empenho produtivo do saber, produzindo alternativas de argumentação racional, incorporando-as a conceitos advindos da imaginação, da literatura e da poética. Para ele, os conceitos são temporais e exigem o uso da criatividade e da estética para produzir sentidos.
Em relação à filosofia da educação, Rorty propõe dissolver o tema da verdade em favor da idéia de liberdade. Seus apontamentos revelam que o discurso filosófico é o próprio discurso pedagógico que produz caminhos e respostas para as problemáticas educativas. Segundo Ghiraldelli, "para Rorty, não existem "os usos da palavra verdade", como mais um tópico da filosofia, mas sim inúmeros usos da palavra "verdadeiro", que devem ser vistos e revistos caso a caso" (1999, p.20). Tomando o pensamento de Habermas, a filosofia da educação é entendida como teoria da pedagogia, ou seja, como fundamento da educação. A tarefa da filosofia da educação, na perspectiva habermasiana, é desenvolver consensos universais sobre a educação, mostrando os fundamentos da teoria pedagógica e a legitimidade do discurso educacional. Contudo para ambos os autores, o conhecimento é conversação e prática social, e não representação fiel da realidade ou cópia exata de todas as coisas.
Pode-se dizer que nesses os autores, encontramos a possibilidade de pensarmos a filosofia da educação construída a partir de novas noções de racionalidade, desenvolvendo alternativas para os discursos educacionais que vão além dos meios pedagógicos convencionais.
A pesquisa não pretende estabelecer duas maneiras diferentes de formar professores de filosofia, mas busca despertar a reflexão sobre as duas grandes correntes teóricas mais discutidas no mundo e suas implicações educativas. Pretende repensar o sentido da filosofia na educação, tendo por base as últimas discussões desenvolvidas nas controvérsias entre Rorty e Habermas, esclarecendo as idéias significativas existentes nas argumentações. Enquanto Rorty pensa a filosofia como propulsora da discussão pragmática dos problemas atuais, sem preocupação com a verdade ou com as questões colocadas pela história do pensamento filosófico, Habermas privilegia a reconstrução historiográfica, mostrando uma compreensão mais próxima das disciplinas humanísticas. Discordantes em alguns pontos, similares em outros, são literaturas com posições renovadas que se expandem pelo mundo do conhecimento, atraindo a nossa atenção.
Ao renunciar a adoção de uma única corrente teórica e utilizar criticamente as contribuições transformadoras dos últimos debates entre autores importantes da cultura contemporânea, tem-se a pretensão de dar novos rumos à tarefa filosófica, e não solidificar-se numa crítica dogmatizada sem expectativa de progresso. Apesar de no Brasil já se estar fazendo uma produtiva análise e avaliação das últimas variações ocorridas no espaço filosófico mais influente do mundo, América do Norte e Europa, é importante ressaltar que a filosofia da educação das instituições está muito presa à cultura continental, com dificuldade de reconhecer seu papel na vida prática. A tradição continental ainda é a predominante nas universidades e na maioria dos livros e textos de filosofia.
Com a análise das funções, limites e estilos desenvolvidos no contexto filosófico ocidental, acreditamos ser possível, não resolver o problema da identidade da disciplina, mas fomentar as estruturas básicas de seu modelo de ensino. Esse estudo não pretende ajuizar que a filosofia continental deva ser abolida dos programas das disciplinas, mas que seria interessante tomar o sentido das últimas discussões filosóficas entre americanos e europeus, alicerçando novas formas de se relacionar com o conhecimento, dado que o convencional já não mais responde às tarefas necessárias à formação.
Nesse sentido, estabelecer a comunicação entre a filosofia contemporânea e a pedagogia atual pode ser a possibilidade de incorporar críticas nas ações mediadas pelo condicionamento absolutizado das práticas de ensino, respondendo às necessidades da formação democratizada. A partir dos critérios desenvolvidos pela filosofia contemporânea em relação à cultura, à ciência e à educação, é possível buscar elementos curriculares de sustentação para a filosofia na educação.
A filosofia da educação fazendo a relação de diálogo da filosofia com a educação não pode continuar nos currículos, relacionando a educação somente com questões já ultrapassadas. Em vez de primeiro sistematizar os conteúdos de forma linear, cumulativa, historicista, porque não o inverso, a organização dos conteúdos a partir da perspectiva contemporânea, dos problemas vividos, compilando outros temas e correntes que sejam significativos para elucidar a realidade. A montagem de um elenco de conteúdos com essa perspectiva fornece a incorporação de novas sensibilidades e dispositivos reflexivos que propiciam a atualização dos procedimentos e das atividades da disciplina.
Tudo indica que, com Habermas e Rorty, podemos delinear alternativas para a filosofia da educação no ambiente acadêmico, designando novos olhares para a solução dos problemas educativos. Pretende-se mostrar que os autores contribuem para a ressignificação do pensamento filosófico, no sentido de incentivar a produção de diferentes formas de conceber o saber em benefício da vida prática. Permeando a reflexão sobre as contribuições lingüísticas, pragmáticas e hermenêuticas das transformações filosóficas desenvolvidas a partir da virada lingüística, os teóricos acreditam poder substituir os propósitos da racionalidade dominadora pelo conhecimento orientado pela linguagem. Com efeito, a preocupação instaura diferentes posições conceituais para entender o sentido da educação, incentivando modificações na sistemática de formação e a produção de justificativas mais interessantes para o conjunto da disciplina. Ao propiciar a interação com os diferentes modos de compreender a filosofia libertamos as instituições dos limites da sistemática tradicional, situando os professores diante da pluralidade de formas de se relacionar com o conhecimento. Entretanto, é importante ressaltar que uma mudança não constitui a solução dos problemas da educação, mas a recuperação das categorias básicas dos fundamentos filosóficos a serem desenvolvidos na formação. Essa perspectiva, nos permite reconstruir a idéia de que a filosofia constitui um conjunto de assuntos históricos a serem aprendidos, desenvolvendo uma filosofia da educação com utilidade na realidade de ensino em que surgem os problemas.
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Autores:
Catia Piccolo Viero
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação do CE/UFSM.
Amarildo Luiz Trevisan
amarildoluiz[arroba]terra.com.br
Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação do CE/UFSM.
Elaine Conte
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação do CE/UFSM.
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