Utilizando a Semiótica Estrutural Francesa, conforme proposta por Greimas e seus colaboradores pretendemos observar o look número 20 da coleção de inverno 2006 da criadora brasileira Gloria Coelho no intuito de compreender e identificar as similaridades com sua vida pessoal refletidas no trabalho profissional transmitidas ao enunciatário. Palavras-chave: Gloria Coelho, autoria, desfile de moda.
As modelos da Gloria são sempre muito jovens, andam mais devagar que as de outros desfiles. Movimentam-se lentamente. Lembro-me que a imprensa chegava a ficar irritada (o desfile demorava muito). E ela simplesmente afirmava: Eu quero que as pessoas ‘parem para olhar’ minha coleção, sugerindo o efeito de sentido no foco do objeto.
Suas criações são releituras-identidades, tanto na passarela como na loja. Ela sempre se inspira no passado histórico de reis, rainhas, personagens de outros séculos, filme de gladiadores e até o Harry Porter já contribuiu.
Releituras de outros tempos, em outros contextos culturais, inspirações retiradas do tempo-espaço de ontem para passarela de hoje. Afinal ela passou sua infância num castelo gótico em Ilhéus (BA), segundo BORGES (sem ano :374). Essas mesmas inspirações trazidas para o mundo atual em materiais tecnológicos como o Neoprene são características do seu eu, e por conseqüência do seu trabalho. A releitura para Gloria Coelho é sua fonte de energia, seu caminho pessoal, seu diferencial.
Mariana Rachel Roncoletta
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