Este artigo tem a pretensão de trabalhar alguns elementos envolvendo Mulheres e a Auto-estima, vinculado à luta Feminista, ou seja: como elas estão conquistando espaços na perspectiva de serem reconhecidas. Considero o objetivo de trabalhar tais elementos uma necessidade, em vista de colocar questões de fundo, devido a tantas formas paliativas de tratar o tema. Compreendo que o debate da auto-estima das mulheres vinculado á luta de classes, e a situação em que acontecem as relações de gênero na sociedade classista, não deve permitir distorções acerca do título deste artigo.
O tema Mulheres ligado a auto-estima está na “moda” nos últimos tempos, basta analisar o caráter dos encontros promovidos, especialmente, em vista da data do oito de março a cada ano. Tratar do tema Feminismo entre mulheres e homens não é aceito com naturalidade, ainda.
Gebara (2001), afirma que a identidade da mulher é subalterna. Então temos que perguntar POR QUÊ? Como se chegou a isto? Sempre foi assim? É porque as mulheres gostam de ser vítimas? Por que tantas palestras e seminários enfocando auto-estima das mulheres? E, afinal, por que as feministas são taxadas de radicais e loucas? Se por um lado, o pressuposto da condição de inferioridade do sexo feminino, são aprofundadas pelo patriarcalismo1 e pelas relações de poder estabelecidas pelo sistema patriarcal, há, também, possibilidade de desconstrução daquilo que se tem, até então, como parâmetro.
Isaura Isabel Conte
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