O artigo aborda o carnaval gay realizado em determinados territórios de Florianópolis, como praias, bares, boates e também numa rua do centro da capital, tendo como base central a ocupação destes espaços e a sociabilidade que neles tem lugar. Realiza-se desta maneira um estudo da homossexualidade brasileira, mas por via de uma territorialidade, em vez de se centrar a análise numa suposta identidade homossexual comum a homens e mulheres que se relacionam afetiva e sexualmente com pessoas de seu próprio sexo. Através de um levantamento histórico e bibliográfico, de conversas informais e da observação participante, compreende-se este carnaval gay como a dramatização de uma vivência homossexual no Brasil, particularmente na capital catarinense, e suas possibilidades de reterritorialização para sujeitos que possuem um histórico de vidas desterritorializadas por conta de sua orientação sexual.
Palavras-chave: homossexualidade; liminaridade; territorialidade.
Marco Aurélio da Silva
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