Discutem-se neste texto as contribuições das duas grandes escolas que estabeleceram a visão institucionalista da economia.
Mostra-se como elas representam paradigmas radicalmente distintos e, por isso, manifesta-se uma acentuada cumplicidade com a dissidência evolucionista iniciada com Veblen, que valoriza a incerteza e relaciona a economia com o processo da vida.
É esta marca originária do institucionalismo, mais que a perspectiva do novo institucionalismo de Coase, North ou Williamson, que merece ser trazida para uma apreciação dos processos económicos contemporâneos. Por isso se considera que uma agenda de investigação actual deve convocar três pólos de debate: os problemas da contingência e da incerteza (a economia é a disciplina da complexidade); os problemas da interpretação dos comportamentos dinâmicos (a economia é a disciplina das instituições e da evolução); os problemas da reconstrução das contextualidades (a economia é a disciplina da regulação e da organização).
José Reis
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