Leitura e formação do espírito crítico



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. O plano da obra
  4. Cidadania e leitura
  5. Conclusão           
  6. Referências

RESUMO

A meta do presente artigo é trazer à  lembrança um assunto relacionado com a leitura e que já foi desenvolvido há alguns anos atrás. Há uma tentativa de recuperar e reforçar alguns pontos importantes tais como: o desenvolvimento do espírito crítico através da leitura e a constatação da realidade de que está muito difícil  desenvolver um trabalho de aprendizado e de verdadeira cidadania no Ensino Superior porque os acadêmicos não sabem, não gostam e não querem ler.

ABSTRACT

The goal of the present article is to bring for the memory a subject related with the reading. It was already developed some years ago. There is an attempt to recover and to reinforce some such important points as: the development of the critical spirit through the reading and the verification of the reality that is very difficult of developing a learning work and of true citizenship in the Higher Education because the academics don't know,  don't like and  don't want to read.

1 INTRODUÇÃO

                            Nas décadas: final do século XX e inicial do século XXI foi dado grande ênfase à questão da leitura, de uma forma que ainda não tinha sido apresentada. Nesse período, orientei vários Trabalhos de Conclusão de Curso de Especialização, os alcunhados "Pós-Graduação" e os trabalhos especificamente designados como "monografias", ainda que estas o possam ser também reservadas para outros tipos de trabalhos acadêmicos ou não.

                            Mas o que importa é que o artigo que aqui se apresenta nada mais é do que uma leitura de um trabalho de uma de minhas orientandas (SILVA, 1999, p.1-34) cujo tema e título era exatamente "A Leitura na Formação do Espírito Crítico".

                            Por conseguinte, as linhas de reflexão que se seguem nada mais são do que uma retomada das idéias dessa  "pós-graduada", utilizando parte da bibliografia que a mesma utilizou naquela época. Daí, portanto, que as referências citadas estão um pouco distantes no tempo. E hoje referência de uma obra com mais de 10 anos de existência já significa antigüidade. Mesmo assim, é esse critério que vai guiar o presente artigo. Também nem se poderia pretender que o mesmo fosse uma resenha ou uma recensão ou nem mesmo comentário. Apenas será indicado, numa espécie de memória. Em outras palavras: todas as referências não serão nada mais do que um "apud". Mas será feito como se elas fossem referências minhas.

2 O PLANO DA OBRA

                            A detentora do título de Especialista e que redigiu a obra em questão justifica a sua motivação em aprofundar o tema da leitura e do espírito crítico entendendo que o ato de ler é responsável pela edificação do ser humano e de seus semelhantes e que a leitura faz pensar, esclarece, encaminha, aprofunda, distrai, edifica e chama a atenção.

                            A autora desenvolve a obra em três capítulos definindo leitura e delineando idéias e posições sobre a mesma. Num segundo momento ela apresenta as vantagens que a leitura traz em múltiplas dimensões do ensino-aprendizagem e na realização da pessoa humana. Por fim, apresenta a leitura como "poderoso instrumento de visão crítica, de transformação, de alargamento de visão e de melhorias na vida de um cidadão" (SILVA, 1999, p.3).

                            A reflexão que se apresenta nos pontos a seguir inspira-se neste terceiro capítulo da autora.

3 CIDADANIA E LEITURA: parceria irrenunciável

                            Todo o profissional da educação com maior consciência e visão tem bastante claro o quanto fica impossível levar à frente um processo educacional, de ensino-aprendizagem se não se tem como meta a construção da cidadania plena do educando com que se está trabalhando. E quando esse posicionamento se consolida, se solidifica, começa então a angústia para a busca do instrumental necessário para se operar esse ideal e "cumprir" essa missão.

                            O agir quotidiano nas escolas de qualquer nível dão clara evidência da realidade de que quem lê avança mais, abre os horizontes com maior velocidade, aprofunda melhor o seu conhecimento da realidade, encontra com uma facilidade diferenciada dos demais o seu lugar social e plenifica-se de maiores sentimentos de compromissos pessoais, profissionais e sociais. Yunes e Pondé já há duas décadas apresentavam a seguinte constatação:

Vivemos numa sociedade em que a leitura ocupa um papel decisivo no mercado de trabalho. O indivíduo analfabeto tem poucas chances de acesso a empregos mais qualificados e bem remunerados, pois estes exigem escolaridade. Nos países em desenvolvimento, as diferenças sociais se acentuam também pelo acesso aos bens culturais [...] A leitura, na nossa sociedade, é uma condição para dar voz ao cidadão, e, mais é preciso prepará-lo para tornar-se sujeito no ato de ler ...[...] o livro deve levar a uma leitura/interpretação  do indivíduo na transformação de si mesmo e do mundo . (1989, p.33.34).


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