A alienação vem desumanizando toda civilização e os valores garantidores de sua eternidade. Gisele Leite
As bases antropológicas da evolução da teoria do conhecimento podem ser encontradas no ocidente e corresponde a clássica dicotomia entre o essencialismo e retórica, ou mais simplificadamente, à dicotomia verdade versus conjectura.
O paradigma da moderna e do pós-moderno reside em deixar de ver o ser humano como espécie triunfante que domina a natureza, constrói o seu próprio mundo e representa a coroa gloriosa da criação, é sem dúvida, uma releitura do antropocentrismo, passando-se a interpretá-lo como ser retardado e mal desenvolvido metafórico paradoxal, tendo uma relação com o meio de ambiente de compensação devido a seu distanciamento da natureza circundante.
A alienação vem desumanizando toda civilização e os valores garantidores de sua eternidade.
E, neste particular a alienação se torna peculiar, da terminologia de Gehlen, o homem ser rico e pleno , ora como ser ou ente pobre e carente. Um miserável ser tecnológico que não consegue acesso as coisas simples da vida.
Para os essencialistas, a linguagem é mero instrumento para a descoberta verdade que pode ser tão–somente aparente, ou para alguns, se esconder por trás das aparências e, ainda para outros doutrinadores, com todas as combinações e ecletismos.
Sendo relevante o método dotado de lógica, intuição , emoção e todo seu aparato cognoscitivo devidamente aplicado, tornando possível aos seres humanos atingir à verdade em seu contato com o mundo e a uma conclusão que coagiria todos a aceitá-la.
Para os retóricos de todos os tipos, surge a convicção de que tudo é uma ilusão e a linguagem é o máximo de acordo possível, constituindo um aqüesto comum a todos, com objetividade reduzida e condicionada aos diferentes contextos.
O mais importante de toda a dicotomia é observar o método . As definições de concepções essencialistas e retóricas , entendidas como meros tipos conceituais de caráter ideal e impreciso.
Um filósofo pode ser cético quanto ao conhecimento racional mas crê na verdade intuitiva , emocional, das convicções éticas.
Outros filósofos, no entanto, podem crer na razão científica pura chegando ao extremo de negar a autonomia da ética sendo esta vista como produto de reações químicas cerebrais o que induz o ser humano a inventar uma esfera axiológica.
Página seguinte |
|
|