"Suicidar é um ato inútil e insensato; destrói arbitrariamente o fenômeno individual, enquanto a coisa em si permanece intacta"
Embora seja um tabu nas conversas do dia-a-dia, o suicídio tende a ser aceito como mais um direito do sujeito contemporâneo. Entretanto, na maioria das vezes, abreviar a própria vida não se trata de um ato sustentado no livre-arbítrio, mas sim em conflitos entre a consciência e o inconsciente, entre o sujeito e o grupo, a fé e a ciência, etc.
A partir da segunda metade do século 20, o suicídio tem sido também usado como uma manifestação política e religiosa, causando assim mais desespero e desesperança para o futuro da humanidade.
Dos casos de prática da eutanásia aos homens-bomba, a escolha da própria morte é um acontecimento crescente no mundo todo. Os ataques suicidas, antes noticiados como gesto de fanáticos, após o 11 de setembro de 2001, foram reconsiderados como um ato mais ou menos racional, e imprevisível.
O megaterrorismo deve ser visto também como um suicídio espetacular do sujeito, que é representante de uma cultura dentro de uma sociedade globalizada que faz do espetáculo a sua estética e ética de vida. Ou seja, o que importa nesse terrível ato é ganhar a visibilidade na mídia, não se importando veicular a idéia por meio da palavra, ou o argumento que o sujeito que pensa ser o portador de uma lógica ou de uma mensagem divina.
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