Beneficiamento da casca de coco verde



  1. Apresentação
  2. Descrição da tecnologia
  3. Informações mercadológicas
  4. Infra-estrutura necessária
  5. Brasília - Com baixo aprovetamento agroindustrial a casca de coco já causa sérios problemas ambientais
  6. Fortaleza ganha primeira unidade de beneficiamento de casca de coco verde do Nordeste

APRESENTAÇÃO:

As cascas do coco verde correspondem a 80% do peso bruto do fruto. No entanto, ao contrário das cascas de coco seco que são utilizadas tradicionalmente para a produção de pó e fibra, o resíduo do coco verde é descartado. O material vem sendo disposto em aterros e lixões, o que vem provocando um enorme problema aos serviços municipais de coleta de lixo, em função, principalmente, do grande volume.

Paralelamente, a análise do comportamento histórico da oferta de coco verde no mercado demonstra expressivo crescimento dos plantios nos últimos cinco anos. Segundo informações do Grupo de Coco do Vale, a área plantada no país com a variedade Anão, destinada à água-de-coco, aumentou para cerca de 57 mil hectares, dos quais cerca de 33 mil encontram-se no Nordeste do Brasil. O desenvolvimento de alternativas de aproveitamento da casca de coco verde possibilita a redução da disposição de resíduos sólidos em aterros sanitários e proporciona uma nova opção de rendimento junto aos sítios de produção.

DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA:

O processo de obtenção do pó e da fibra da casca de coco verde, é feito mecanicamento com a utilização de um conjunto de equipamento desenvolvidos em parceria da Embrapa Agroindústria Tropical com a metalúrgica FORTALMAG. A produção de pó e fibra da casca de coco verde é constituído basicamento de três etapas:

Trituração

Nesta etapa a casca de coco é cortada e triturada por um rolo de facas fixas. Este procedimento possibilita a realização da etapa de seleção e prensagem.

Prensagem

A casca de coco tem alta concentração de sais em níveis tóxicos para o cultivo de várias espécies vegetais. A casca de coco verde têm 85% de umidade e a maior parte dos sais se encontra em solução. A extração desta umidade via compressão mecânica possibilita a extração conjunta dos sais. A eficiência desta etapa é de importância fundamental para a perfeita seleção do material na etapa seguinte e também para a adequação do nível de salinidade do pó obtido no processamento.

Seleção

Após a prensagem são separadas as fibras do pó na máquina selecionadora que é equipada com um rolo de facas fixas e uma chapa perfurada. O material é turbilhonado ao longo do eixo da máquina, o que faz com que o pó caia pela chapa perfurada e a fibra saia no fim do percurso.

Após o processamento obtém-se o pó e a fibra da casca de coco verde com um rendimento sobre a matéria prima de 15% e 7,5% respectivamente.


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