Desempenho de dois tipos de cortadoras-arrancadoras de feijão



  1. Introducao
  2. Material e metodos
  3. Resultados e discussao
  4. Conclusao
  5. Referencias bibliograficas

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de duas cortadoras-arrancadoras de feijão, sendo a primeira com discos recortados e a segunda com lâminas de corte. Os ensaios foram realizados na Fazenda São João, no município de Coimbra, MG. Avaliou-se as plantas não arrancadas, as perdas por danos, o consumo de combustível e a capacidade de campo teórica durante a colheita em lavoura de feijão do cultivar Ouro Negro, tipo III. O trator utilizado para tração da arrancadora foi o VALMET 68 Cafeeiro, com 43 kW de potência no motor, bitola de 1.120 mm e velocidades de 0,78 m.s-1 e 1,25 m.s-1. Os dados obtidos foram analisados, considerando-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, no esquema de parcelas subdivididas, tendo na parcela os equipamentos e na subparcela as velocidades do trator, com seis repetições. Os resultados mostraram que o número de plantas não arrancadas foi maior (P<0,05) para a cortadora-arrancadora de feijão com discos recortados, com velocidade de 0,78 m.s-1. As perdas por danos foram maiores (P<0,05) quando utilizou-se a cortadora-arrancadora de feijão com lâminas de corte. O consumo específico de combustível foi maior (P<0,05) na velocidade de 0,78 m.s-1 do que na velocidade de 1,25 m.s-1, porém não diferiu entre a tração de um equipamento e outro. A maior capacidade de campo teórica foi de 0,54 ha.h-1.

PALAVRAS-CHAVE: Projetos e construção, cultura do feijão, mecanização agrícola.

SUMMARY: The objective of this research was to evaluate the performance of two bean harvesters; the first is identified by having indented disk, and the second by having court of lamina. The project was realized in São João Farm (MG), Coimbra Country. The performance of the two equipment were compared evaluating: no extracted plants, damage loss, fuel consumption and theoretical field capacity. The beans used for this research was Ouro Negro type III. The tractor used to pull the harvesters was the VALMET 68 Cafeeiro, with 43 kW engine power, 1,120 mm of track, 0.78 m.s-1 and two speeds of 1.25 m.s-1. The data was analyzed using split plot design the harvesters in the parcels and the speeds of tractor in the sub parcels, with six repetitions. The statistical analysis showed that the number of no extracted plants were greater (P < 0.05) for indented disk harvester with 0.78 ms-1 speed.

The damage loss was significantly higher (P< 0.05) the equipment with court lamina was used. The specific fuel consumption was greater (P<0,05) in 0,78 m.s-1 speed than 1.25 m.s-1 within harvesters but not between harvesters. The greater theoretical field capacity was 0,54 ha.h-1.

KEY WORDS: Design and Building, bean crop, mechanization of agriculture.

Introdução

O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é um produto agrícola com fonte nutritiva das mais ricas em proteína vegetal, 20 a 22 % do teor médio das sementes, além de ponderável fornecedor energético de 341 cal/100 g. O consumo per capta é de 18 kg/ano e a produtividade média brasileira é cerca de 500 kg/ha, e, de acordo com ARAÚJO et al. (1988), com aplicação de tecnologia o agricultor pode atingir de 1.200 a 1.800 kg/ha.

As melhores produções obtidas experimentalmente ocorrem quando são utilizados espaçamentos de 40 e 60 cm entre linhas e densidade de 10 a 15 plantas por metro linear. Para que seja obtida a população desejada é necessário que seja observado o poder germinativo da semente, fazendo correções se necessário, FARIA (1980).

Sabe-se que o feijão é bastante sensível a anormalidades climáticas e tal fato torna sua lavoura mais arriscada em comparação com a de outros grãos (WALDER et al., 1978). Os problemas referentes à colheita mecanizada do feijão, afetam o incremento da produção, devido ao grande risco da exposição prolongada do feijoeiro no campo por falta de mão-de-obra e de máquinas para executar esta operação. A colheita deve ser feita em um período mais curto possível, sem esperar que as vagens sequem em demasia no campo a fim de evitar perdas por debulha natural, além do risco da ocorrência de chuvas, o que causaria transtornos como a germinação das sementes dentro das vagens.

Uma das fases da colheita, o arranquio das plantas, ainda é realizada pela grande maioria dos agricultores manualmente, embora mais de 6.000.000 ha sejam cultivados com o feijoeiro no Brasil. Essa operação, além de ser um dos fatores que impede a expansão da cultura, onera o preço do produto, pois o gasto da mão-de-obra é elevado, POMPEU (1987).

A colheita mecanizada é imprescindível à expansão das áreas de cultivo do feijão. A transformação dessas áreas de exploração de subsistência em atividade empresarial é necessária ao desenvolvimento sócio-econômico e à crescente demanda por alimentos (SILVA, 1988). Essa colheita segue dois caminhos alternativos de acordo com SILVA et al. (1983):

- O primeiro é a obtenção de variedades com porte e inserção de vagens que possibilitem a utilização dos equipamentos tradicionalmente usados para a soja, arroz, etc.;

- O segundo é o desenvolvimento de equipamentos adaptáveis as atuais características da cultura.

Cerca de 50% das vagens do feijoeiro situam-se entre 5 e 10 cm acima do nível do solo, fora do alcance das ceifadoras convencionais, constituindo-se como um problema para a mecanização da colheita direta, SILVA et al. (1982).


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