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Analisando a sala de aula: o conteúdo terrorismo como base para a reflexão da prática pedagógica. (página 3)


Partes: 1, 2, 3

Podemos, assim, dar as seguintes definições sucintas de terrorismo:

1) Uso de violência, assassinato e tortura para impor seus interesses (terrorismo físico).

2) Indução do medo por meio da divulgação de notícias em benefício próprio (terrorismo psicológico).

3) Recurso usado por governos ou grupos para manipular uma população conforme seus interesses.

4) Subjulgar economicamente uma população por conveniência própria (terrorismo econômico).

(Disponível em: Acesso em 20 set. 2011).

Para citar exemplos claros e de melhor entendimento estão os atos terroristas considerados clássicos, e recentes, que incluem os ataques de 11 de Setembro de 2001 quando foram destruídas as torres gêmeas em Nova Iorque, assim como ataques a bomba na Iralanda do Norte, Oklahoma, Líbano e Palestina. Ainda que a todo momento novos ataques são perpetrados em outras regiões, esses, devido a sua magnitude, servem como exemplo para que se possa entender a ação de um conflito armado informal. A História, entretento, dá a conhecer que a ação terrorista é antiga, supõe-se desde a época dos antigos gregos, mas ainda que havendo uma certa ética da ação terrorista, pois poupavam crianças, mulheres e idosos, assim como também as pessoas inocentes, não fugia do âmbito da criminalidade, era e é uma ação criminosa, mesmo tendo motivos considerados por esses grupos minoritários válidos, quando se tem a morte e a destruição como resultado de uma ação armada, seja conflitos armados formais e ou informais o terror não é justificado em nenhuma hipótese para a sociedade. Como visto até agora, as sociedades são vítimas de ações terroristas independente do tipo de ação que caracteriza o conflito, da nação, do lugar geográfico e dos fins que perseguem. Os Tratados tratam dos crimes de guerra, Nação contra Nação, mas, como definir o ataque de uma guerra unilateral como é o caso dos ataques americanos contra nações do Oriente, que aspectos devem-se buscar para entender esses conflitos? Não há na literatura sobre as guerras nada que possa orientar e que se entender os conflitos, a não ser o de dominação, ou seja, o poder, pelo poder. Então, os conflitos armados informais não estão sujeitos a essas Leis, ou é tratado pela justiça comum como crimes comuns? As ações que movem esses grupos considerados rebeldes, insurgentes e criminosos são apenas ataques contra a população ou a um determinado governo, analisando os motivos que os levam a agir criminalmente contra inocentes, encontramos então, o terror exercido pelo conhecido nome internacionalmente de Grupos Terroristas, os quais possuem os mesmos objetivos dos ataques perpetrados pelos confrontos formais. Mas quem são esses grupos Terroristas e como se formam, quais são os objetivos que buscam, ou quais motivos levam a existência desses grupos para que ataquem a populações civis de forma inesperada e unilateral. A partir dessas interrogações se buscará classificar e entender mais sobre esses grupos que fazem do uso do terror um meio para conseguir seus objetivos e, encontrar talvez, algumas respostas a essas questões. Os grupos terroristas podem ser encontrados e reconhecidos com a denominação grupos Separatistas, Fundamentalistas e Islâmicos.

Os grupos da facção denominada Separatista tem por objetivo de acordo com suas declarações a separação ou sua independência do Estado Nação ao qual estão inserido tal é o caso da organização terrorista separatista basca, ETA, que busca sua separação da Espanha. O separatismo é um conjunto de ideologias nacionalistas que têm a ver com a reivindicação dos direitos nacionais por parte de um povo sem Estado, ou que não reconhece o Estado ao qual pertence como a região basca, citada anteriormente, mas no mundo há disputas por território e busca por autonomia, vária são as regiões no mundo que ainda estão em guerra por autonomia e formação de novos Estados soberanos, sendo sua motivação essencialmente política. Os fundamentalistas tem suas origens e objetivos relacionados diretamente com a religião, mas alguns islâmicos formam grupos radicais e usam os preceitos religiosos para justificar a violência do terrorismo. A reação dos fundamentalistas radicais islâmicos começou em 1924 depois que Mustafá Kemal, líder dos turcos, fundador da república da Turquia determinou a separação entre religião e o Estado. Esses grupos sentiram a sua identidade religiosa ameaçada pela influência das ideias ocidentais, como consequência do domínio económico e militar dos países ocidentais. Com a separação da religião do Estado, o islã se retirou oficialmente da política, mas passou a atuar fora do cenário político, apoiados na religião. O fundamentalismo serviu de reação ao domínio das potências ocidentais principalmente contra a França e a Inglaterra, sendo reconhecido como o primeiro grupo radical islâmico a Irmandade Muçulmana, criada no Egito em 1928. O objetivo desse trabalho não é o de colocar em pauta a religião islãmica e suas derivações e sim o de tentar compreender o terrorismo de grupos radicais islãmicos espalhados pelo mundo que empregam o uso de ações terroristas para chamar a atenção para seus objetivos que é o de criar Estados islãmicos, onde a religião e a política sejam unidas. Cabe ressaltar então, nesse contexto, o poder religioso através da política ou vice-versa. Aqui seria uma das questões de maior complexidade para se tratar nos livros didáticos, e exigiria um profundo conhecimento do, ou dos autores de livros didáticos sobre essa questão, e assim, dar um suporte de forma mais ampla e segura para os docentes na preparação dos conteúdos currículares.

[...] Frequentemente- às vezes com intenção- confunde-se Oriente Médio com mundo árabe e este com Islamismo. Não é bem assim e há distinções a fazer. A proclamação da existência de uma única nação árabe- na região e no mundo- destinada a se construir unidade política, sob forma romântica de uma utopia saudosista, é uma receita de opressão nacional e violência política. O que está à vista é a formação histórica de várias entidades étnico-nacionais distintas e diferenciadas, oriundas do mesmo tronco árabe e resultantes de fusões, assimilações e intercâmbio com distintos grupos, outras mantendo a dominância de velhas cepas locais ou de distantes proveniências. É um processo inconcluso, ainda não esgotado, como são exemplos os palestinos, os drusos e os israelenses- nações em processo formativo que tendem a amadurecer e a cristalizar uma identidade peculiar e separada, mas que não estão ainda suficientemente consolidadas para escapar à absorção mais ou menos pacífica ou à destruição violenta e genocida.[...] (AKCELRUD, 1985, p.8)

Porque para se entender o que ocorre no Oriente Médio passa fundamentalmente por se conhecer a história do islãmismo que por ser uma região onde essa religião abarca quase a totalidade da população chegando aproximadamente a 93%, viola o direito de outras expressões religiosas em público, como os cristãos, hinduístas; budistas; Sikhismo, Fé Baháí, além de muitas pessoas que não possuem nenhuma religião. A ação terrorista não é uma problemática somente dessa porção geográfica da Terra, ainda que se deva reconhecer que é a mais importante em tamanho e complexidade, por que possuem ramificações em várias partes do mundo, e, são os responsáveis pelos maiores atentados internacionais, tais como os atentados contra os Estados Unidos, no dia 11 de setembro de 2001.

5.1 GRUPOS TERRORISTAS

Na atualidade são reconhecidos os grupos a seguir, dos quais alguns já não estão em atividades, como por exemplo o VRP do Brasil, Montoneros da Argentina, Tupamarus do Uruguai, entre outros.

Rengo Segikun- exército vermelho – Japão

Al Fatah -jihad; Hezbollah; Hamas - Oriente médio

Partido Revolucionário do Povo da Etiópia- Etiópia

Partido Comunista- Sudão

Os Tigres Tamiles: Grupo separista do Sri Lanka, por uma ilha antiga do Ceilão. Admitiram a derrota depois de 37 anos de luta

Combatentes – Uganda

IRA- Irlanda

ETA- Euskadi Ta Askatasuna e GRAPO- grupo revolucionário antifacista 1º de outubro-Espanha

RAF- Facção do Exército Vermelho- Alemanha

Brigadas vermelhas e Lutas Obreiras- Itália

Frente II- Quebec

Exército de Liberação Armênia – Atua nos Estados Unidos

FMR- Frente Patriótico Manoel Rodrigues e o MIR - Movimento Esquerdista Revolucionário –Chile

FAR-Forças Armadas Revolucionárias e ERP, Exército Revolucionário do Povo, (Montoneros) Argentina

FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (criada em 1964)

Sendero Luminoso e Movimento Revolucionário Tupac-Amaru- Peru

Patido Trabalhista do Kurdistão

ELN, Exército de Liberação Nacional-Bolívia

MLNT, Movimento de Liberação Nacional, Tupamarus- Uruguai

VRP, Vanguarda Revolucionária Popular- Brasil

Partido Comunista e Escolas e Centros de Instrução – Cuba

Forças Armadas Revolucionárias Moistas da Guatemala- Guatemala

Comite Antifacista Argentino – França

Partido Comunista Iraquiano- Iraque

HAMAS, Movimento de Resistência Islâmica

Frente Popular da Liberação da Palestina

HEZBOLLA, O Partido de Deus

AL-JIHAD

Frente Popular para a Liberação da Palestina

Frente de Liberação da Palestina

AL-GAMMA AL ISLAMITA- Egito

ABU NIDAL-Conselho Revolucionário Fatah, Conselho Revolucionário Árabe, Brigadas Revolucionárias Árabes, Setembro Negro, e Oraganização Revolucionária dos Mussulmanos Socialistas

Al-Qaeda (também Al-Qaida ou Alcaida;

Grupo Talibã

Exército Popular dos Jovens de Porto Rico

5.2 ATENTADOS TERRORISTAS

ATENTADOS PARA ATERRORIZAR

Ao fazer um pequeno levantamento cronológico dos atentados terrorista no mundo, sem entrar no detalhe da quantidade por ano, e sim, os maiores ou mais conhecidos, podemos ver através dessa pesquisa, que os mesmos são produzidos por esses grupos nomeados acima, e para se ter uma idéia de que essa ação unilateral é antiga e conhecida a nível internacional encontramos já desde o inicio do século XIX.

1906, magnicidio falido e morte contra Alfonso XIII;

1920, atentadoss sem precedentes contra Wal Street;

1925, massacre na Catedral de Sofia, na Bulgaria;

1928, atentados anarquistas em Buenos Aires;

1946, explosão do hotel King David, em Jerusalém;

1947, ataques com auto-bombas na Palestina;

1948, massacres entre árabes e judeus;

1962, ataques da Organização do Exército Secreto, nos molhes de Argel; (OAS);

1968, a OLP, e uma nova etapa do terrorismo;

1971, atentados e mortes na Irlanda do Norte;

1972, terror nas Olimpiadas de Monique, devido a atentados terrorista;

1976, pirataria aérea- o caso Entebe; Uganda;

1979, massacre na grande Mesquita da Meca;

1980, explosão na estação da cidade de Bolonha, na Italia;

1982, Atentados mafiosos na Italia;

1983, atentados contra marinheiros no Líbano;

1985, sequestro de Mauro Aquille Lauro, no litoral do Egito;

1987, ETA- perpetra graves atentados na Espanha, sendo considerados estes, os maiores da Europa;

1988, tragédia sobre Lockerbe; Inglaterra;

1992, atentada na Argentina, América do Sul, na comunidade israelita para atingir Israel;

1992, Argélia sofre atentados terroristas;

1993, atentados contra as torres de Nova Yorque, no dia 26 de fevereiro, um carro bomba explodiu no estacionamento do World Trade Center;

1994, Ku Klux Klan, nos Estados Unidos, uma das 17 mil organizações racistas atuantes no país, cometeu 18 assassinatos, 146 agressões, 228 atos de vandalismo e provocou 12 incêndios;

1994, segundo ataque na América do Sul, na Argentina, contra o prédio da Associação Mutual Israelita Argentina, (AMIA);

1994, massacre na Mesquita de Hebrán;

1995, novo tipo de terrorismo no Japão, no dia 20 de março deste ano, o metrô de Tóquio é atacado com gases;

1995, destruição de um edificio federal da cidade de Oklahoma nos EUA;

1995, atentados do Una Bomber (ativista americano, Theodere John Kaczynski);

1996, a cidade de Dahán na Arabia Suadita é atacada;

1996, os Tigres Tamiles atacam em Sri Lanka;

1996, as olimpiadas de Atlanta é alvo de ataques terroristas, EUA;

1996, explosão no metrô de Paris, França;

1997, a ação terrorista islãmica ataca Egito;

1998, perpetram ataques na África, para atingir os Estados Unidos;

1998, ocorrem novos ataques em Omagh, na Irlanda;

2000, atacam o Destructor Cole dos EUA;

2001, acontece massivo ataque contra os Estados Unidos;

2001, a cidade de Bali, na Indonésia é atacada;

2002, os terrorista tomam reféns que terminam mortos em Moscou;

2003, atentados na Turquia;

2004, ocorre em Madri, Espanha, o maior atentado da Europa, no dia 11 de março;

2005, no dia 7 de julho deste ano, se produzem ataques terroristas com bombas no metrô de Londres;

Porém, ao aprofundar–se sobre o tema voltando a épocas mais remotas encontraremos que o terrorismo era conhecido desde a Revolução Francesa, pois, a primeira aparição escrita do termo a que se tem conhecimento foi em 1798, no Suplemento do Dicionário da Academia Francesa. E se referia ao regime em que a França mergulhou entre setembro de 1793 e julho de 1794. Existem alguns historiadores que denominam o termo terrorismo a onda anarquista que se deu em fins do século XIX na Europa. Os primeiros atos terroristas com as características que hoje conhecemos apareceram em 1870 na Rússia. Centenas de estudantes abandonaram as classes universitárias para "ir ao povo" e inculcar nele suas idéias. Encontrou-o totalmente indiferente, o camponês acreditava resolutamente em Deus e no czar, e não via nada de errado na exploração do próximo. Todavia, essa evidencia não levou os radicais a alterar sua visão, mas sim à violência. Em 1912, quando um grupo de macedônios, hostis à Turquia, começou a colocar bombas nos trens internacionais. Por essa época, no início do século, os dicionários ainda traziam uma singela explicação para o termo terrorista: "Pessoa que espalha boatos assustadores; que prediz catástrofes ou acontecimentos funestos; pessimista.

5.3 SEPARANDO CONCEITOS SOBRE OS DOIS TIPOS DE TERRORISMOS EXISTENTES

5.3.1 Terrorismo de Estado

Conflito formal armado

É considerado terrorismo de Estado, o uso sistemático, pelo governo de um Estado, ameaças, represálias considerado as vezes ilegal dentro de sua legislação, com o propósito de impor obediência e colaboração ativa da população. Pela sua natureza difícil, de se identificar e de se entender e aceitar, os conceitos variam em função das épocas históricas, regiões geográficas e características culturais. Os governos considerados déspotas do passado utilizavam práticas desse tipo, que os governos e as sociedades modernas condenariam sem analisar as questões profundas que esse tema requer.

[...] "Para Stalin, os camponeses eram a escória". A partir de 1928-1929, Stalin empenhou-se em transformara União Soviética em grande potência mundial. O processo de coletivização da agricultura e de industrialização (págs. 412-413) mostra sua crença no uso do terror para alcançar mudanças radicais. Durante a década de 1930, milhões de soviéticos foram mortos pelo Estado, sujeitos a trabalho escravo em campos de prisioneiros, ou pereceram nas fomes para as quais as polícias de Stalin contribuíram. Os objetivos foram alcançados, mas com enorme custo humano. [...] (ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA DE HISTÓRIA, 2009, p.31.)

As formas mais desenvolvidas do terrorismo de Estado são os métodos empregados no século XX, analisados e pesquisados, pelos estudiosos do assunto, sendo, que opinam ser através do fascismo e o comunismo, que ganha maiores proporções políticas de estado, considerando que as leituras mostram que a prática de terror dos poderes, se materializou ainda mais, e se estendeu por vários continentes através dos regimes militares ou militarizados nas sociedades já consideradas democráticas formais (Fig 25-26). Esses governos totalitários se caracterizavam por ter o controle dos meios de comunicação. As noticias eram veiculadas a contento do regime que estava no poder, entre outros fatores, que os levavam a cometer todo tipo de terror nas populações obrigando a obediência e ao cumprimento de suas Leis. Seguidamente, antes, e agora, o braço de um Estado, então, considerado terrorista, ultrapassava e ultrapassa suas fronteiras atacando o que eles julgavam, e julgam, serem seus inimigos.

Figura 25 - Soldados do Exército americano (Ajuda humanitária e tortura) Afeganistão

Monografias.com

Fonte:http://mafarricovermelho.blogspot.com Acesso em: 03 out. 2011.

Figura 26 - Ataques no Iraque pelos soldados americanos

Monografias.com

Fonte: http://mafarricovermelho.blogspot.com Acesso em: 21 out. 2011.

Fallujah, no Iraque, foi bombardeada com munições de urânio empobrecido e fósforo branco, seus defeitos congênitos são onze vezes, superiores aos considerados normais: exemplo de Terrorismo de Estado.

Muitas organizações nacionais de segurança e informação utilizaram métodos ilegais para conseguir derrotar seus adversários, tanto dentro de sua própria Nação como fora dela também. O que diferencia esses acontecimentos de um sistema onde se faz uso do terror de Estado são a importância da operação e o total apoio da classe dirigente. Na conjuntura política, desde sempre, o Estado, e o partido no governo, estão relacionados de maneira indissociável. Houve em um passado não tão remoto, e há, em pleno século XXI, manifestações autoritárias extremas do terrorismo de Estado, que originou a surgimento de uma grande literatura conhecida como "novela anti-utópica"[2], onde se destacam as obras O zero e o infinito de Arthur Koestler, e 1984 de George Orwell, na qual a globalidade do terror converte os homens em simples instrumentos de quem exerce o poder. Um exemplo claro de Terrorismo de Estado que começou no século passado, e continua vigente, é o praticado pelo Estado de Israel contra o povo da Palestina (Fig.27) originando um movimento civil conhecido como a Guerra das Pedras, ou Intifada. A campanha da revolta ou desobediência conhecida como Intifada começou em 1987, nas áreas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza que é ocupada por Israel. Essa revolta é uma demonstração de oposição ao governo israelense que através de greves, manifestações e de apedrejamento a soldados e civis israelenses, os palestinos reclamam um Estado independente e autônomo. Entre suas reivindicações pedem que as forças militares israelenses deixem o território ocupado desde 1967, que se levantem os assentamentos judeus de seus territórios. Quanto aos distúrbios são agravados, pelo fato que Israel usa da força militar em represália ao povo da Palestina, aplicando métodos violentos, e até mesmo fazendo uso de terrorismo de Estado, atingindo toda a população, ao qual não estão a salvo, mulheres, crianças e idosos. A Intifada é uma forma que a população encontrou para demonstrar sua revolta, e chamar a atenção das comunidades internacionais para a problemática que vive essa parte do Oriente Médio. A Guerra das Pedras ou a Intifada é uma revolta espontânea da população palestina que usam pedras e paus contra os militares israelenses (Fig.28).

Intifada, em árabe, significa tremer ou calafrios de medo ou doença, também significa um despertar abrupto, ou súbito, de um sonho ou inconsciência. Politicamente, a palavra simboliza o levante palestino contra a ocupação de Israel. (Disponível em: Acesso em: 24 out. 2011.)

Figura 27 - Imagens de genocídio que Israel pratica na Palestina

Monografias.com

Fonte: http://www.midiaindependente.org. Acesso em: 21 de out.2011.

Figura 28 – Intifada, movimento de revolta contra os soldados israelenses.

Monografias.com

Fonte http://www.google.com.br. Acesso em: 7 jan. 2012.

5.3.2 Terrorismo Informal

Conflito Armado Informal

No seu sentido mais amplo o terrorismo é a tática de utilizar um ato ou uma ameaça de violência contra pessoas ou grupos para mudar o resultado de algum processo político. Mas o terrorismo tem várias formas ou possui vários aspectos podendo ser definido de forma mais específica dependendo de como se considera seus diferentes aspectos. De acordo com os grandes dicionários da literatura internacional e brasileira encontramos assim definido:

  • a) Definição gramatical: do Latim terror. Dominação pelo ato do terror// sucessão de atos de violência executados para infundir terror.

  • b) Definição Histórica: época da Revolução Francesa em que eram freqüentes as execuções por motivos políticos.

  • c) Definição Jurídica: de acordo com o dicionário de Ciências Jurídicas o define assim: Atos de violências contra pessoas, da liberdade, da propriedade, da segurança comum, da tranqüilidade pública, dos poderes públicos e da ordem constitucional ou contra a administração pública.

  • d) Definição Militar: série de atos de violência destinados a infundir terror por meio da eliminação de pessoas. Cria um estado físico e espiritual que prepara a população para sua captação e conquista e que facilita sua dominação. O terrorismo tem um objetivo aparente e sem maior sentido em si mesmo, como a difusão do medo, porém sua finalidade real passada é o de julgar o povo, através da aplicação e de uma metodologia ativa e essencialmente torturante.

  • e) Definição Política: não existe uma definição concreta sobre o terrorismo. Os países ocidentais quando internamente se vêem afetados, os incluem dentro das tipificações como, delitos contra as pessoas e da liberdade.

5.4 CARACTERÍSTICAS DO TERRORISMO INTERNACIONAL

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO TERRORISMO INTERNACIONAL

a) Violência indiscriminada: estende seus efeitos a totalidade da população;

b) Atuação imprevisível: atuação surpresa, para aumentar mais e infundir o terror;

c) Não possuí escrúpulos: ataca as áreas mais vulneráveis;

d) È indireto: desvia o olhar da população a um ponto, em que não é o alvo a que se almejado:

e) Todos sabem que o Terrorismo Internacional é uma das formas de violência mais difícil de se controlar, um dos motivos para essa dificuldade é que adota varais formas através do tempo, ainda que tenham elementos comuns em suas ações pelo mundo. Se pode observar:

f) O uso da religião e nacionalismo. Onde a distinção entre civis e combatentes deixaram de existir, produto da globalização que desconhece fronteira.

g) Cultura da violência e da confrontação.

h) A natureza da guerra, onde a distinção entre civis e soldados deixou de existir a partir d e conflitos como os de Ruanda, Bósnia ou Chechenia.

i) O hábito de tomar como reféns ou escudos humanos: exemplo os Sérvios da Bósnia que tomara como reféns os soldados das Nações Unidas, para evitar o bombardeio da OTAN,[3] (Fig. 29), (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Figura 29 - Bandeira da OTAN

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Fonte: http://www.zazzle.com.br Acesso em: 04 out. 2011.

Surgimento de novas diásporas[4]que se mantém no caminho entre a integração ou separação.

O terrorismo por conta própria, que tem como alvo a população civil.

Participação de militares e membros de serviços de inteligências.

A nova forma de gerenciar, e a estratégia de usar integrantes como free-lance.

Participação de militares e membros de serviços de inteligências.

A nova forma de gerenciar, e a estratégia de usar integrantes como free-lance.

5.4.1 Ataques Terroristas Internacionais.

Ataques Terroristas Informais (Fig. 30- 31-32 e 33)

Figura 30 - Ataque na Argentina, prédio da AMIA

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Fonte: http://www.google.com.br Acesso em: 23 out. 2011.

Figura 31 – Atentados na Espanha

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Fonte: http://www.google.com.br/imgres? Acesso em: 18 nov. 2011.

Figura 32 – Atentados em Israel

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Fonte: http://www.abril.com.br- Acesso em 13 nov. 2011.

Figura 33 - O maior atentado terrorista da história

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Fonte: http://serraabaixo.blogspot.com Acesso em: 21 out. 2011.

Em 29 de março de 1982, uma bomba, com 10 kg de pentrita foi colocada em uma mala no vagão do trem "Le capitole" (Fig.34) que ia de Paris a Toulouse.

Figura 34- Ataque no trem de Paris

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Fonte http://www.sitebarra.com.br. Acesso em: 24 out. 2011.

Diferentemente do que se imagina, não existe somente a modalidade da ação terrorista internacional, Nação contra Nação, mas existem os conflitos regionais, o qual tem as mesmas finalidades das ações aqui citadas (Figs. 35-36-37), sejam formais ou informais e com as mesmas dificuldades de contenção e solução, pois são agravados por motivos políticos internos de um país, onde o sentimento de nacionalismo surge mais forte. Agravados por diferentes crenças religiosas, ou, como no caso da África, onde, também atuam grandes forças de interesses capitalistas, de Estado e de grandes corporações. Os países com graves problemas internos devido ao terrorismo são, Índia, e África, além dos países do Oriente Médio.

O terrorismo requer esforços especiais, mas é importante não perdermos a cabeça ao desenvolvê-los. [...]. Na prática, o perigo real do terrorismo não está no risco causado por um alguns punhados de fanáticos anônimos, e sim no medo irracional que suas atividades provocam e que ainda hoje é encorajado tanto pela imprensa quanto por governos insensatos. Esse é um dos maiores perigos do nosso tempo, certamente maior do que o dos pequenos grupos terroristas. (HOBSBAWM, p. 151. 2008).

5.5 TERRORISMOS REGIONAIS - TERRORISMO NACIONAL

Figura 35 - Ataque No Hotel Taj, Em Mumbai, Por Militantes

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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br Acesso em 24 set. 2011.

Figura 36 - Mapa de localização dos últimos ataques terroristas na Índia

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Fonte: http://www.forum-vp.com Acesso em 24 set. 2011.

Figura 37 - Terroristas maoístas explodem trem na Índia

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Fonte: http://3.bp.blogspot.com Acesso em: 14 out. 2011.

Como o visto até aqui, as pesquisas e estudos feito para esta monografia, demonstrou que a capacidade do homem de raciocinar sobre esses conflitos está adormecida, Não se pode negar que todos sabem em termos gerais o que é uma guerra, ou um atentando terrorista, mas falta o conhecimento mais profundo, uma revisão talvez, da origem e das conseqüências posteriores. Essas conseqüências é o que se tratará de demonstrar no capitulo a seguir.

O relacionamento entre os impérios e seus súditos é complexo porque as bases do poder dos impérios duradouros também são complexas. O poder militar e a decisão de empregar a coerção e o terror podem permitir breves períodos de ocupação estrangeira, mas não uma dominação duradoura, especialmente quando essa dominação exercida, como quase sempre aconteceu, por um número muito reduzido de estrangeiros tanto em números relativos como absolutos, na generalidade dos casos. (HOBSBAWM, 2008, p. 83)

Causas específicas das guerras

Motivos que dizem os chefes de Estados, serem suficientes para se fazer a guerra. O que se deve entender é se há uma ou alguma justificativa que vale uma guerra, por menor que ela seja. Porque afinal, uma guerra ceifa vidas das formas mais horrendas que existe, e as pessoas não morrem somente por ferimentos das armas, morrem também por ferimentos posteriores que nunca conseguiram curar, morrem de fome, de frio, de solidão, perdem tudo, e muitas passam a morar nas ruas, em barracas que são doadas pela ajuda humanitária internacional. Até parece irônico esse nome em meio a tanto desespero, muitas se suicidam ao receberem a noticia que seus entes queridos morreram. As mães, pais, avós passam a chorar diariamente a morte dos seus filhos, as mutilações permanentes, a loucura que acomete jovens que não estão preparados para conviver com os desastres da guerra, sucumbem emocionalmente ao ver seu companheiro, seu amigo, seu patriota, ou um familiar passar por torturas, ou explodir por uma bomba ao seu lado, maridos, irmão, enfim as famílias são desmanteladas e não haverá conforto ou dinheiro que pague o sofrimento dessas pessoas. E se nota o desinteresse e a falta de informação correta para a sociedade, sobre o que está acontecendo em determinado país ou região. As informações são desencontradas, e se passa muito tempo sem que as famílias recebam noticias dos seus familiares que estão em campo de batalha.

Como se percebe as próprias instituições de ensino não contempla nos seus currículos conteúdos mais consistentes e mais amplos para que se apliquem nas escolas. Afinal é a escola o lugar certo onde os jovens e adultos reaprendam sobre esses conflitos beligerantes, e reformulem seus conceitos sobre as guerras, pois assim o mundo começará a caminhar mais rápido para a paz. Listar-se-á a seguir alguns argumentos que são usados como justificativa para levar um país à guerra. De acordo com a própria Convenção de Genebra, uma nação pode interferir em outra se as clausulas dispostas nessa convenção não serem cumpridas, mesmo se um país não está em guerra, mas, em nome dos Direitos Humanos podem invadir e depor um dirigente de outra nação. Como exemplo está o caso da Líbia, e do Iraque.

A acumulação interminável do capital, por exemplo, produz crises periódicas no âmbito da lógica territorial devido a necessidade de criar uma acumulação paralela de poder político/militar. Quando o controle político se altera no âmbito da lógica territorial, os fluxos de capital também têm se alterar para adaptar-se a isso. Os Estados regulam seus negócios segundo suas próprias regras e tradições peculiares produzindo assim estilos específicos de governo. Cria-se aqui uma base para desenvolvimentos geográficos desiguais, lutas geopolíticas e diferentes formas de política imperialista. (HARVEY, 2010, p.149)

6.1 FATORES QUE ORIGINARAM AS GUERRAS

Alguns exemplos das causas das guerras:

6.1.1 Causas das Guerras Médicas

Se dá em razão das disputas das terras da Ásia Menor (Turquia, na atualidade), rica em ceriais e especiarias. O conflito se originou devido que o rei da Pérsia decretou que todas as colônias gregas deveriam pagar impostos à Pérsia, que, ao não aceitarem se revoltaram contra O rei Dário, as colônias auxiliadas por Atenas começeram os conflitos conhecidos como Guerras Médicas.

6.1.2 As Guerras Púnicas e suas causas

As Guerras Púnicas por sua vez teve origem nos atritos de rivalidade que causava e havia entre Roma e Cartago que buscavam a hegemonia militar, econômica e política na Sicilia com ânsias de extender-se por todo o Mediterrâneo posteriormente, devido ser esse o um meio de transporte muito importante.

Junta-se a todas essas causas, as de origem racistas, religiosos, comerciais, ideologias políticas, ambições de poder, enfim, pode-se afirmar que as causas são fáceis de serem apontadas, mas as conseqüências deixadas por esses conflitos são imensos, considerando que os que não morrem em campos de batalhas, possivelmente ficam com graves problemas irreversíveis. Enquanto o homem não tomar conciência de que a guerra não é necessária e não faz falta para ninguém, as pessoas continuaram a matar-se como se fossem nascidos para ser o agente agressor do próprio homem.

6.1.3 Primeira Guerra Mundial

De acordo com os historiadores a primeira causa que originou a explosão da Guerra Mundial foi o assassinato do Arquiduque austro-húngaro, em Sarajevo, Francisco Ferdinando, pelo militante nacionalista, da Sérvia, Gavrillo Princip, mas, não se deve dar como sendo esse, o único motivo de tamanho conflito, na realidade serviu como um pretoxto para desencadear o conflito. Considerar a complexidade do tema e dos acontecimentos que envolviam as políticas das nações, além das políticas nacionais como também as questões culturais, economicas, e um emaranhado de complexas alianças políticas desenvolvidas entre as diferentes potências da europa ao longo do século XIX, após as invasões napolêonicas e sua derrota em 1815 e o Congresso de Viena. Deve-se levar em conta os multiplos fatores que permeavam mundo polítco do momento, tais como: governos não unificados, disputas prévias não resolvidas, imperialismo, sitemas de alianças, problemas diplomáticos mal resolvidos, planejamento militar ríjido e movimentos ultra-nacionalistas, como o irredentismo.

6.1.4 Segunda Guerra Mundial

Vinte e um anos depois o mundo estava envolto em uma profunda crise econômica e com grandes tensões políticas e sociais que envolvia boa parte dos países da Terra, devido a tudo isso despotaram países com regimes autoritárioas, principalmante na Alemanha, Itália, Japão. Soma-se a isso a ideologia expansionista, e o fato de que esses países se aparelharam bélicamente, originando e aumentando a tensão internacional, que já era muito grande pós Primeira Guerra, deve-se aqui considerar as causas subjacentes, as causa européias, as causa da Ásia e a busca pelo dominio mundial.

6.2 CONSEQUÊNCIAS DAS GUERRAS

Aspectos Gerais:

6.2.1 Alguns exemplos das terríveis conseqüências deixadas pelas guerras

Dos 65 milhões de soldados que foram convocados para a guerra, eram pessoas comúns, inclusive sem preparo para o combate, considerando que todas as nações juntas não conseguiriam reunir 65 milhões de soldados treinados. Contabilizou–se segundo informações históricas que houve mais de 9 milhões de mortos e mais de 20 milhões de feridos, no fim da guerra, entre os quais, ficaram os mutilados, os com transtornos mentais, os incapacitados físicos por qualquer tipo de ferimento. Dissolve-se os impérios Alemão, Turco-Otomano e o Áustro-Húngaro, mas nessa mesma época, e devido a essa guerra a Rússia realizou a Revolução Socialista, e, surge duas novas potências Japão e Estados Unidos da América. A técnologia dá um salto sem precedentes principalmente nos transportes, navios, submarinos, aviões, trens e o avanço de novas armas, com elas acompanha as mortes contabilizadas por minutos. Enquanto os homens combatiam, as mulheres faziam o trabalho masculino, originando a luta por direitos iguais para as mulheres, e com isso, elas ganham mais espaço.

Os países que já possuiam indústria bélica passam a desenvolver novas armas para a guerra aumentando seu poderio em termos de tecnologias as quais aplicavam também, e principalmente para a guerra. Esses fatos aliados com o desenvolvimento da tecnologia alterou o centro econômico do mundo, migrando da Europa para a parte Norte do Continente Americano, com isso a Europa fragilizada deu espaço para o surgimento do Socialismo, e as elites para não perder o poder, formaram governos autoritários. Os problemas mal resolvidos ou não superados, deixados pela Primeira Guerra Mundial, foram um dos principais motivos que desencadeia a Segunda Guerra mundial.

Explicado dessa forma até parece que as únicas conseqüências foram essas, mas, nos perguntamos ao fim da cada leitura sobre as herenças para os povos que deixou as guerras, como: Os desterrados, os famintos, os sem tetos, os doentes, as familias desintegradas, viúvas, orfãos, destruição em massa das cidades, empresas falidas, pobreza generalizada, observamos a destruição urbana, os mutilados? Não, apenas fazemos a leitura de acordo como nos é apresentada pelos livros, pelos historiadores, e também, pelas forças inerentes dos que estão no governo político dos Estados, que não tem interesse que esses assuntos sejam tratados mais a fundo. Ver as guerras com seus rotundos resultados negativos não faz bem para nenhum dos envolvidos, principalmente, para as grandes potências detentoras do poder de ordenar guerras, sem discutir aqui o mérito delas. Esse é um dos problemas aos quais as pessoas não reflexionam a respeito dos conflitos armados.

Os genocídios são comúns nas guerras, e muitos países se aproveitam dos conflitos para fazerem limpeza étnica como foi o caso da população armênica quase ao final do Império Turco Otomano, que acusaram os armênios de serem aliados da Rússia (Fig. 38) e usando isso como pretexto para liquidar com os que eles consideravam inimigos do império. Não se conhece o número exato dos mortos, cristão em sua maioria, mas estima-se que foram quase um milhão de pessoas mortas em campos de concentração, sem contabilizar aqui os que morreram por outros motivos. Ou seja, Holocaustos e Genocidios[5]são sinônimos de crimes de guerras antes de que as grandes guerras se desencadeassem.

Figura 38 - População do genocídio da Armênia eram decapitados para economia de munições

Monografias.com

Fonte:http://blogdomrx.blogspot.com Acesso em: 23 out. 2011.

6.2.2 Conseqüências da Segunda Guerra Mundial

Teve as mesmas conseqüências que as demais guerras, mas com resultados muito piores, pois é nessa fase da guerra que os Estados Unidos da América comete o maior assassinato em massa da História da humanidade com as bombas atômicas, destrói duas cidades no Japão, Hiroshima e Nagasaki, sendo que sómente em Nagasaki foram 220.000 mil mortos de uma única vez, devendo ser considerado, também aqui, a devastação na natureza e os efeitos que perduram até hoje nos locais devido as contaminações pelos gases das bombas (fig. 39) Uma ação dessa magnitude é considerada desnecessária pois teve lógica apenas para mostrar que agora o mundo tinha um dono, e com tamanhos poderes, poderia destruir o planeta no momento que bem entendesse, caso suas ordens não fossem aceitas. Não é o caso de discutir aqui que foi com essas ações que se parou a guerra, e sim, o de ver que a demonstração do poder da bomba poderia te sido diferente. Um tema para ser debatido em outro momento. Como em todos os conflitos os prejuizos foram incalculáveis, não só para o perderdor, mas para o vencedor da batalha também. Milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, dívidas incalculáveis, os Holocaustos[6]foram brutais, como os do Japão e da Alemanha.

Figura 39- Conseqüências do Holocausto, no Japão, provocados pelo bomba atômica

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Fonte: http://www.worldproutassembly.org Accesso em: 30 ago. 2011.

Os Genocídios da União Soviética (Fig. 40- 41) foram iniciados por Lenin e seguidos por Stalin, a partir de 1919 a 1938. Hitler utilízou os mesmos métodos praticados pelos russos que mataram aproximadamente 20 milhões de seus próprios compatriotas.

Figura 40-Genocídio da União Soviética

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Fonte:http://esunmomento.es Aceso em: 23 set. 2011.

Figura 41 - O genocídio da Ucrânia em 1932-1933 causou 7 milhões de mortos, a metade eram crianças

Monografias.com

Fonte: http://esunmomento.es Acesso em: 23 set. 2011.

O genocídio filipino ocorreu como estratégia de ação dos EUA durante a Guerra Filipino- Americana entre as Filipinas,(Fig.-42) que queria fazer cumprir a promessa estadunidense de independência, e o exército invasor dos Estados Unidos de América, entre 4 de fevereiro de 1899 até 1913, resultando no extermínio de mais de 10% da população total filipina.

Figura 42 – Genocídio filipino

Monografias.com

Fonte: http://pt.wikipedia.org Acesso em: 18 set. 2011.

É na Segunda Guerra Mundial onde se percebe uma maior perseguição racista, assim mostra a literatura vista para essa monografia. Mas, a Alemanha não foi o único país a adotar medidas de guerras por problemas étnicos, ainda na atualidade vemos todos os dias esses conflitos étnicos raciais e religiosos. Dá-se a criação da ONU, (Organização das Nações Unidas) orgão já citado muitas vezes no decorrer desse trabalho, com o objetivo de manter a paz mundial, e com o final da Segunda Guerra, inicia também a Guerra Fria, que é uma disputa geopolítica entre o socialismo russo e o capitalismo dos Estados Unidos, que buscavam ampliar seus dominínios capitalistas sem fazer uso de conflitos armados. Aumenta o processo da Globalização e dá-se a hegemonia política na Europa Ocidental. E a geografia mundial passa por transformações quer fisícas quer econômicas, ou, com conflitos armados, pois acabam-se as guerras consideradas mundiais e permanecem os conflitos regionais, visto até hoje, e incansávelmente debatidos, mas não solucionados. Tal é o caso, do Iraque, de Israel, Palestina, Afeganistão Líbia, África, e outros, quer sejam conflitos formais ou informais, ou os conflitos diplomáticos como no Irã, nas Coréias. Muito existe para ver relacionado com as guerras, quando as pessoas conhecerem profundamente tudo o que envolve esses conflitos e os prejuízos por elas herdados aos povos, o mundo caminhará para a paz definitivamente.

"Nunca ouvimos a voz dos sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki (Fig.43). Nos primeiros tempos porque eles não escreveram. Como no Holocausto, o que sobrou foi o silêncio aterrado, o repúdio das palavras."

Figura-43 - Genocídio em Hiroshima, em 1952

Monografias.com Fonte: Paulo Celan, A Morte é uma flor. Acesso em: 20 out. 2011

Do visto até essa parte do trabalho da monografia referente ao Terrorismo e as Guerras constata-se que muito pouco ou nada se apresenta nos livros didáticos para serem visto e analisados em seu conjunto e, ou, separadamente para uma melhor compressão por parte dos educandos. Considerando que conteúdos como Terrorismo, Globalização, Guerra Fria, O mundo Muçulmano, o Islã e o Terror Global, entre outros estão nos livros de Geografia, é pertinente uma análise de como são apresentados nos manuais do professor e nos livros dos alunos. Sem ter a pretensão de julgar esse ou outro manual, e ou, seus autores e sua importância para o professor, assim como para os alunos, mas o interesse passa pela tentativa de entender porque os conteúdos como Terrorismo e conflitos armados são reduzidos a descrição de fatos históricos como em uma linha de tempo. Sem uma análise profunda do contexto social, causas e conseqüências para a sociedade. Esse será o tema abordado no próximo capitulo. A partir da experiência através do estágio é que confere a necessidade de rever a contribuição dos manuais didáticos, e a preparação que o Curso de Licenciatura de Geografia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) oferece aos futuros professores.

Os Manuais a serem utilizados para essa análise terá como critério de seleção o ano da sua edição e não a preferência de um determinado autor, ou determinado tema em sí dentro dos conteúdos que englobam o capítulo Terrorismo ou Guerras.

O estágio como base para a profissão futura, e a preparação acadêmica

7.1 EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIO

Os graduandos quando estão no período de fazer suas práticas pedagógicas, chegam dentro de uma sala de aula, sem experiência, poucos serão os graduandos que enfrentaram essa jornada confiante, tanto quanto ao conhecimento dos conteúdos, como a metodologia e o material que usará como ferramenta de auxílio em sua tarefa de futuro docente. Uma das primeiras ferramentas que vai utilizar será o livro didático escolar, pois, é no manual que vai estar os temas propostos para aplicar para seus alunos. Sabe-se desde o inicio da formação que o livro didático deverá ser um suporte, mas não o único meio que se deva ter na mão para utilizar. Devemos considerar então que o livro didático será o que deveria apresentar os conteúdos da melhor maneira possível e mais abrangente, pois tem como proposta fazer com que os alunos possam reflexionar sobre os temas que estão estudando. Mas, isso não é o que ocorre ao se ter em mãos o manual, nos deparamos com temas em forma de notícias, reduzidos a mera informação ao estilo jornalístico, daí a importância de se debater o papel do manual escolar, principalmente os que vêm com o capitulo de respostas, para o professor. Esse é o segundo fator negativo dos livros escolares, pois, o livro do aluno é uma reprodução do manual que é utilizado pelo docente, limitando a esse por falta de tempo ou de vontade de ir mais a fundo nos temas que deverá apresentar em suas práticas. O que dizer então, quando um conteúdo é desconhecido do estagiário, porque não devemos desconsiderar que quase todas, ou todas as formações não abarcam todos os temas, até mesmo, porque isso seria quase impossível. Devido a isso é que se faz necessário uma atualização permanente dos docentes. Além de uma discussão sobre o livro didático enquanto suporte de conhecimentos e de métodos para o ensino. Quando ao deparar-me em minhas práticas com o conteúdo terrorismo para ser aplicado em uma escola de nível técnico a minha preparação teve que ser mais profunda por estar tratando com alunos adultos do nível técnico em seu último estágio, pois, já estavam por graduar-se. Considerei por bem ler sobre o tema fora do manual que me foi apresentado, e a surpresa foi grande, desconhecia quase por completo a temática que estava enfrentando, conheci paralelamente com os educandos os temas referentes aos conflitos formais e informais, não estava preparada devidamente para esses conteúdos, sabia tanto quanto qualquer um dos alunos ali, com pouca diferença em quanto à profundidade do tema, pois, na graduação esses temas não são aplicados e ampliados, quando mencionados em alguma disciplina. Fazendo-se necessário rever a importância dos conteúdos que estão colocados nos manuais de forma a que não colaboram com ambas as partes, docente-discente. A metodologia a usar também teve que ser alterada para se chegar a cumprir com os objetivos impostos ao estagio e aplicar enfim, um tema desconhecido por ambos.

7.2 ANÁLISE DOS MANUAIS

7.2.1 Primeiro manual (Fig. 44)

MOREIRA, João Carlos. Geografia para o ensino médio e geral do Brasil: Volume único/João Carlos Moreira, Eustáquio de Sene. – São Paulo: Editora Scipione, 2002-(Série parâmetros)

Figura 44 - Geografia para o ensino médio

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Fonte: O autor, 2011.

No capitulo 2 deste manual, páginas 369 a página 396, com o título, Um mundo em Desintegração.

Primeira unidade

Os autores falam e explicam de forma muito generalizada sobre temas muito complexos como:

As fragmentações, O nacionalismo no final do século XX, a seguir estão os conceitos de: Etnia, povo, nação: O conflito começa no uso dos termos. Logo de uma breve explicação e interpretação sobre o mesmo, discorre sobre a fragmentação ou desmembramento da União Soviética. Apresentação dos mapas relacionados sobre o assunto. Todos os temas relacionados aos títulos estão ligados a causas nacionalistas e de autoritarismo nacional, os conflitos que expõe são da ordem de problemas internos da União Soviética, ou seja, políticos, para desintegração da então antiga União Soviética. Na página 378/379, trata da Crise Russa, e cita a guerra da Chechênia, 1994/1996 e os problemas econômicos. Se bem a unidade está muito bem estruturada e dentro dos acontecimentos chaves do problema russo, deixa a desejar enquanto a ser esclarecedor dos sucessos que ocorreram nesta imensa nação de várias etnias e vasta complexidade de problemas internos e externos, considerando que a História recente da Rússia mudou a vida de milhões de pessoas, assim como a geopolítica num todo, 13 páginas, das quais 4 páginas são figuras representativas, é muito pouco para se conhecer os processos que permearam a vida dos russos e modificaram todo o Leste europeu. Não resta dúvida que a desintegração da URSS foi o principal acontecimento geopolítico do final do século XX, e que mudou a ordem mundial e que hoje, é apenas, os EUA a superpotência do mundo. Daí fazer uma recapitulação da formação do Estado russo do século IX, e o processo de expansão territorial para a Sibéria, Cáucaso e Báltico, assim como a Revolução Bolchevique de 1917 que implantou o socialismo, bem como a sua participação na Primeira e Segunda Guerra Mundial, a sua formação em 1922, a Guerra Fria, e tantos outros aspectos devem ser tratados ainda que de forma sucinta, mas mais profundamente, e, em relação aos fatores externos, que são os responsáveis para a mudança interna de uma nação, mas com reflexo direto sobre a transformação do mundo.

A segunda unidade trata dos conflitos entre Judeus e Árabes,

Mas, de uma forma estilo notícia, discorre sobre as relações dos palestinos e judeus sem detalhar as causas principais desses conflitos. Novamente os aspectos relacionados com as relações exteriores são minimizados, tratar da Palestina e de todo o seu contexto em uma página e meia considerando junto as figuras dá-se para se ter uma noção de quanto foi suprimido um dos maiores problemas sociais dos povos do Oriente, Médio. Não se pode reduzir ao máximo um conflito social dessa magnitude, onde se esquecem de dizer que um dos problemas que envolvem esses conflitos terroristas de Estado, por parte de Israel, e o conflito terrorista informal por parte da Palestina, passam também por interesses capitalistas.

A terceira unidade deste capítulo está resumida em seis páginas, a qual também contém as figuras representativas e os mapas, e trata da questão curda, página 387. A qual divide meia página para a temática dos conflitos africanos. Os conflitos da África e o separatismo Eritreu ocupam no total uma página com os mapas correspondentes. A seguir mais três páginas para apresentar, Os Conflitos na América Latina, O Movimento Zapatista e o Narcotráfico assim como também direitos Humanos e intervenção no século XXI. Resume-se em breves noticias históricos. Sem entrar no mérito e nas complexidades que requer cada um dos temas aqui expostos.

7.2.2 Segundo manual (fig. 45)

Segundo manual: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Geografia: Geografia Geral e do Brasil, volume único: Livro do professor / Lúcia Marina Alves de Almeida, Tércio Barbosa Rigolin. I edição 2005. SP. Editora Ática. 2005; 3ª impressão 2009.

Figura 45 - Geografia geral e do Brasil, ensino médio, livro do professor

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Fonte: O autor, 2011.

Neste manual encontra-se o capitulo 17 estruturado da seguinte forma:

Título principal: Terrorismo, religião e soberania, páginas 166 a 181.

Com os subtítulos: Terrorismo político e terrorismo religioso, os quais aborda os temas: A paz e o terrorismo; O Islã; O fundamentalismo islâmico; O terrorismo de Estado; Irã: do xá aos aiatolás; Líbia, Iraque; Sudão; Egito; Argélia.

Na página 170 encontra-se o Contexto e aplicação dos temas citados acima:

Armas químicas e biológicas, logo, passa para os conflitos armados de países considerados "párias" ou países indesejados, assim nomeados no manual. A seguir dá a lista dessas Nações:

Nigéria, Quênia, Iêmen e Afeganistão. Não trata dos problemas internos dos países e tampouco da calamidade social que assola esses povos, mas unicamente faz o relato político visto pelos demais Estados internacionais o colocam para o manual a visão dos que dominam o poder, o qual é repassado para os educandos, se o professor não tiver um olhar mais crítico para fazer um recorte mais apropriado e próximo à realidade, esses temas continuaram a serem vistos com recortes parciais que seguramente deve beneficiar as grandes potências. Pois só a elas interessa que os conflitos de determinadas regiões nãos sejam solucionados e a paz por fim encontrada entre esses povos carentes de tudo.

A seguir passa para o conteúdo com o título: O novo inimigo e o 11 de setembro; O islã da paz; O 11 de março- Terror na Espanha.

Capitulo 18,

Oriente Médio:

Território e territorialidade: descrição geográfica da região; História e diversidade étnica e religiosa; Conflitos pelo território: a territorialidade. A questão palestina; As guerras entre árabes judeus; Os acordos de paz que não saíram do papel, A eterna guerra; Jerusalém: pomo de discórdia; Israel e os países árabes; O muro de Israel, Os acordos de Genebra; Atentado no Líbano aumenta pressão sobre a Síria.

Este manual está muito bem elaborado, em o cuidado da progressão histórica de cada tema, possui uma apresentação excelente. Ainda que trate estes temas dentro do marco conceitual histórico, falta a profundidade que cada um desses conteúdos precisa para que um aluno possa elaborar um conhecimento mais próprio para sua escolaridade e ter uma compreensão sobre os conflitos que assolam o Oriente Médio e, possa dessa forma elaborar novos conceitos sobre os conflitos armados, e perceber que a paz depende de todos os cidadãos, não só os que estão envolvidos diretamente em uma guerra, mas que a violência atinge de uma ou outra forma, a todos os povos.

7.2.3 Terceiro manual (Fig. 46)

TERRA, Lygia. Conexões Estudos de Geografia Geral e do Brasil./ Lygia Terra, Regina Araújo, Raul Borges Guimarães. -1 Ed, - SP; Ed. Moderna, 2010

Figura 46 - Conexões Estudos de Geografia Geral e do Brasil

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Fonte: O autor, 2011.

Este livro traz no capitulo 7, páginas 118 a 137 uma apresentação mais próxima do que acontece com os conflitos internos e internacionais, e os apresenta na seguinte ordem

Título do capítulo

Na unidade 1: Conflitos nacionais na ordem global, com representação cartográfica sobre os Refugiados de várias nações assim como os refugiados internos; Campos de refugiados em Darfur e Sudão, Guerras na nova ordem mundial; As guerras inventadas, com os tópicos: Conflitos e Recursos; Disputa pelo poder; Reivindicações ou disputa por territórios; Insegurança econômica e pobreza; Desigualdades sociais; Desigualdades verticais e horizontais; Guerras civis entre 2000 e 2009;

Na unidade 2: Focos de conflitos na Ásia; A questão Palestina; Imigração judaica para Israel 1949-1970; Os novos rumos, As Guerras do Golfo e os curdos, A disputa pela Caxemira; O Afeganistão na rota da ilegalidade; Unidade 3: Focos de conflitos no Leste Europeu e a região dos Balcãs; A fragmentação da Iugoslávia e os países que se formaram Eslovênia; Croácia; Macedônia; Bósnia Herzegóvina, Montenegro, Sérvia, Kosovo. E também trata dos movimentos separatistas dos bascos e Irlanda do Norte. Unidade 4: Focos de conflitos ma comunidade dos Estados Independentes (CEI) reflexiona a partir da região do Cáucaso, Chechênia; Daguestão; Ossétia do Sul; Abkházia e os conflitos separatistas que existem, também incluí a disputa de Armênia e Azerbaijão pela região de Nagorno-Karabkh e a formação do corredor de Latchine.

Unidade 5: Focos de Conflitos na África; O Sudão; Ruanda; Burundi a Tanzânia e Uganda; A república Democrática do Gongo; Angola e Moçambique, Libéria; Serra Leoa e Guiné.

Unidade 6: Refugiados Internos na África. Focos de conflitos na América Latina; Colômbia; Haiti; O drama dos Refugiados; O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur); Convenções das Nações Unidas sobre os Refugiados; Novos Rumos, países pobres que recebem mais refugiados que os ricos. Finaliza o capitulo com várias revisões sobre os temas tratados. Realmente excelente apresentação e discussões sobre os temas apresentados, principalmente porque está dentro do marco a que se propôs.

7.2.4 Quarto manual (Fig. 47

Geografia. A Construção do mundo: Geografia Geral e do Brasil

MAGNOLI, Demétrio, 1958 - Geografia. A Construção do mundo: Geografia Geral e do Brasil / Demétrio Magnoli, Regina Araújo; comunicação cartográfica Marcello Martinelli – 1. Ed. – São Paulo: Moderna, 2005

Figura 47 - Geografia. A Construção do mundo: Geografia Geral e do Brasil

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Fonte: O autor, 2011.

Este manual traz o tema sobre os que essa monografia tem a finalidade de apresentar ordenados da seguinte forma: Título: Geopolíticas da Globalização, a ilustração do título é uma foto em tamanho grande da destruição do World Trade Center, no atentado de 11 de setembro.

Unidade VIII: Subdivide o tema principal em capítulos, 28; 29 e 30.

Capitulo 28: Da Guerra Fria à "nova ordem mundial"; Capítulo 29, O mundo muçulmano e o Oriente Médio; Capítulo 30, Estado e nação na África.

Capítulo 28: O equilíbrio bipolar; A da Guerra Fria; Sistemas multipolar e bipolar; A Europa da Cortina de Ferro; As Conferências do pós-guerra; Conferência de Yalta; Conferência de Postdam; Doutrina Truman; Fronteiras estratégicas na Europa do pós-Guerra-Fría; Estrutura do Sistema internacional; Os Estados Unidos e a ONU; Nações e nacionalismo; Bálcãs e balcanização; Grupos étnicos na antiga Iugoslávia (mapa); A questão irlandesa; Atividades; Textos complementares.

Capítulo 29: O mundo muçulmano e o Oriente Médio: Mundo árabe, mundo muçulmano; Jihad; A umma muçulmana, A expansão do Islã (630-750); O nacionalismo árabe e o Estado de Israel; As guerras árabe-israelenses; Plano de partilha da Palestina (mapa); pan-arabismo; A questão Palestina; Colonização israelense nos territórios ocupados; O Islã e o terror Global; política da jihad. O Terrorismo tratado aqui apenas em uma página incluindo as figuras, sendo assim tão resumido que possibilidade de se passar um bom questionamento sobre esse devastador dilema social, caso o professor não tenha tempo de fazer uma pesquisa mais profunda, ou que seus conhecimentos sejam mínimos e não tenha vontade ampliá-los. O manual será suficiente para passar esses conteúdos da forma mais aceitável e próxima a realidade? É essa a problemática em torno das Guerras que um docente deve ter em mente quando tiver que aplicar esses conceitos. Encerra esse capítulo com várias atividades.

Capítulo 30, Estado e nação na África: África Do Norte e a África subsaariana; A invenção da África Negra; O tráfico negreiro e a demografia africana; As fronteiras e os Estados; Teorias racistas; O fracasso do Estado Nação; A OUA e o pan-africanismo; Neocolonialismo; Os conflitos etnostribais; A encruzilhada africana, refugiados internos; Sistema do apartheid. Atividades; textos complementar. Um livro didático muito bem elaborado, excelente trabalho histórico e de fácil interpretação.

O objetivo da breve apresentação destes manuais escolares não tem a finalidade de inferir avaliação pessoal ou críticas aos mesmos, mas de dar um olhar pedagógico sobre um material que é amplamente utilizado para o desenvolvimento do trabalho educativo. Considerando que os professores na rotina de seu trabalho não possui muito tempo para a leitura, e que a sociedade de hoje tem na tecnologia um auxiliar muitas vezes negativo, ou não, implica que os educandos, tenham no livro didático ou nos manuais dos professores uma ferramenta proveitosa, como recurso auxiliar para o processo do ensino-aprendizagem. e para o desenvolvimento da aplicação de seus conteúdos facilitando o aprendizado. Os livros didáticos escolares devem passar pelos mais altos níveis de análises referentes aos conteúdos que nele se encontram. Muito não vai auxiliar um docente quando um manual é entregue dentro de uma perspectiva reducionista dos temas que devem ser abordados nas escolas, ou, por outro lado, estarem impregnados de ideologias subjacentes. O século XXI é o tempo em que os desafios escolares se fazem mais difíceis, pois diante de cada docente se apresenta um mundo cada vez mais problemático, onde o manual escolar é um suporte mais do que necessário para sua ação pedagógica. Temas como as Guerras e o Terrorismo devem ser apresentados dentro do contexto que a realidade exige. É a complexidade que envolve esses conteúdos que dificultam sua assimilação. E é desse entendimento que os tornam fundamentais para que a sociedade possa compreender o mundo que vive e que saibam diferenciar o justo do injusto, e que ao terem conhecimentos suficientes, possam todos caminhar em direção da paz mundial tão necessária para humanidade nos dias atuais.

Conclusões

O presente trabalho de investigação mostrou os fatores mais relevantes do tema terrorismo, tanto regionais como internacionais e suas práticas cruéis e selvagens para conseguir atingir os objetivos a que pretendem. Ainda que se possam observar através desse trabalho outros aspectos que o motivam um dos mais relevantes é a cultura e a luta para preservá-la, outro motivo relevante é a religião, principalmente o Islamismo que hoje constitui uma das religiões que mais criticadas devido aos atentados a Nova York, julgamentos esses errôneos, pois a religião Islâmica não é o motivo que deflagra os atos terroristas, esse é um mito que deve ser superado através do estudo da formação dessa crença religiosa, sem esquecer que o cristianismo também usou de atos nada convencionais para sua sobrevivência e conseguir novos adeptos como também ampliar territórios. Acredita-se que a facção terrorista que tem seus objetivos na religião é uma das mais violentas. A s razões encontradas acarretam outros fatores nocivos como os atos de agressão a inocentes em qualquer país que eles pensam em atacar. Mas, o que mais chama a atenção que o terrorismo de Estado é o que mais atua, com ameaças e represálias com o propósito de impor suas idéias e ganhar a colaboração ativa da sociedade. Muitas medidas as Nações Unidas estão tomando na tentativa de solucionar esses conflitos, mas, por alguma razão só essas medidas não é suficiente. Do aqui exposto fica então, a certeza de que cada vez mais há necessidade de que se reveja esse conteúdo nos manuais didáticos assim como a forma em que ele está sendo aplicado nas escolas, pois o reducionismo de um conteúdo que envolve diretamente a paz mundial e a vida das pessoas tem, e deve ser mais bem elaborado. O que há que levar-se em conta é que os professores de Geografia na sua maioria não está preparado para aplicar e dar conta desse conteúdo nas escolas. Fica aqui a solicitação para que a Instituição do ensino superior elabore e aplique uma disciplina específica sobre os conflitos armados, ou seja: A Geografia das Guerras, como obrigatória, e a Economia das Guerras como optativa. Seria já um grande salto, para qualificar melhor os professores e os ajudaria a desempenhar com mais segurança temas complexos como são os que foram trabalhados para essa monografia.

Referências

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ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Geografia: Geografia Geral e do Brasil, volume único: Livro do professor / Lúcia Marina Alves de Almeida, Tércio Barbosa Rigolin. 2005. SP. Editora Ática. 2005; 3. impressão 2009.

CELAN, Paul. A Morte é uma flor. Tradução, notas e posfácio de João Barrento. Lisboa Portugal: Edições Cotovia, 1991

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Enciclopédia Ilustrada de História, Volume 6, Duetto Editorial. SP, 2009.

HARVEY, David. O Novo Imperialismo. 4. ed. São Paulo: Ed.Loyola, 2010.

HOBSBAWN, Eric. Globalização, Democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras. Tradução, José Viegas, 2007.

MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. 2. ed. São Paulo. Ed. Contexto, 2006.

MAGNOLI, Demétrio. Geografia. A Construção do mundo: Geografia Geral e do Brasil / Demétrio Magnoli, Regina Araújo; comunicação cartográfica Marcello Martinelli – 1. Ed. – São Paulo: Moderna, 2005

MOREIRA, João Carlos. Geografia para o ensino médio e geral do Brasil: Volume único/João Carlos Moreira, Eustáquio de Sene. – São Paulo: Editora Scipione, 2002-(Série parâmetros)

Revista Discutindo Geografia, Ano 1. Nº 2. Ed Escala. SP 2009

Revista Geografia, Escala Educacional. Ed Nº 25. SP. 2010

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Revista História Para Viajar no Tempo. Edição 35, pág. 35. Editora Abril. Julho de 2006.

Revista História Para Viajar no Tempo.Edição 35, pág. 27. Editora Abril. Julho de 2006.

Revista História Para Viajar no Tempo.Edição 35, pág. 31. Editora Abril. Julho de 2006.

Revista, História Viva, ano VIII, nº 91. Editora Duetto. S.P 2010

Revista História Viva, Editora Duetto. S.P- 2004, São Paulo

Revista Nova Escola. Ed Abril, Agosto de 2011.S.P

SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do ocidente. Tradução Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SANTOS, Milton. Por uma geografia nova. 4. ed. São Paulo, Hucitec, 1996.

TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões Estudos de Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ed. Moderna, 2010.

VESENTINI, José William. Geografia, Yves Lacoste. 3. ed. São Paulo, Abril 1988.

VESENTINI, W. José. Imperialismo e Geopolítca Global. 2. ed. Campinas, SP: Ed. Papirus, 1990.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Geografia do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas, como requisito para obtenção de título de Licenciada em Geografia.

Orientador: Prof. Ms. Paulo Roberto Quintana

Pelotas, 2011.

Dedico:

A minha estrela guía, minha mãe.

A Edna Souza, minha estrelinha especial.

A minha tia Beatriz Becerra.

Aos meus irmãos por tudo que me ajudaram até hoje.

A Ivan Lucas Romagnoli Becerra por ser um colaborador fiel.

A meus filhos, Brenda; Bruno; Alan e Ivan

A Lucka

AGRADECIMENTOS

À Deus, em primeiro lugar.

Á Universidade Federal de Pelotas, na pessoa do Excelentíssimo Reitor da Universidade federal de Pelotas, Dr. Antonio César Borges, pelo trabalho, dedicação e ampliação da Universidade.

Ao Prof. Mt. Paulo Roberto Quintana, orientador, professor, amigo, um muito obrigada pela dedicação ajuda e solidariedade.

Um agradecimento especial aos professores: a Drª Rosa Elane

Lucas, Dr. Sidney G. Vieira, Mt Paulo Roberto Quintana, Professor José Álvaro Quincozes Martins pelo apoio incondicional.

A Profª Drª. Rosa Noal, pelo esforço e dedicação para manter e melhorar a faculdade de Geografia

As minhas irmãs, Neiva Elisa, Bárbara, Cristiane e Nara Conceição

Um muito obrigado a minhas colegas e amigas Adriana B. Roshild, Kátia Clack e Fernanda Oliveira, pelo companheirismo e solidariedade.

A todos os demais professores do curso de Geografia pela dedicação, apoio e solidariedade com os graduandos, e pela excelência que dão ao curso. Pelo aprendizado transmitido, pela compreensão e profissionalismo.

Agradeço a Neiva e ao Ilton Cruz, por tudo o que me ajudaram e apoiaram, durante esses anos de graduação e fora dela também.

Angela Oliveira da Cunha e Tuany V. da Cunha, muito obrigada por tudo.

Muito obrigada a minha turma em geral que me acolheram com carinho

Um agradecimento a todos os professores, alunos e técnicos do Instituto de Ciências humanas, especialmente aos que estão ligados ao curso de geografia.

A minha estrela maior, minha mãe Élia, meus filhos, irmãos, sobrinhos e cunhados por serem meus amigos, companheiros e acima de tudo, minha família. Vocês são tudo na minha vida!

Um agradecimento as minhas amigas Lúcia Novak, Valéria Cury, Rejane Schander, Angela, Delvita Souza, Alomar Assumpção (LÚ), à distância e o tempo nunca irão nos separar, vocês fazem parte do meu coração!

E finalmente, agradeço a todos que me ajudaram direta ou indiretamente para a conclusão desta graduação.

Ao meu filho Ivan Lucas pela solidariedade, e a Juliana Cristina Franz pela compreensão Um MUITO OBRIGADO a todos vocês!



Autor:

Nina Isabel Aguilheira Romagnoli

belromag[arroba]hotmail.com

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA

Monografias.com


[1] (A Retorsão como forma coercitiva de solução de controvérsias ... Existem no Direito Internacional Público as chamadas soluções coercitivas de controvérsias internacionais, são elas a retorsão, as represálias, o embargo, o bloqueio ... outra injuria imediata a essa.)

[2] As novelas Antiutópicas é um forma de literatura que denunciaram na metade do século passado os perigos imediatos que rondavam sobre a liberdade e descrevem formas de governos totalitários. Novelas anti-utópicas clássicas : Um mundo feliz de Aldous Huxley; 1984 de George Orwell, ou Fahrenheit 451 de Ray Bradbury e O zero e o Infinito de Arthur Koestler outras.

[3] Países membros da OTAN: Alemanha Ocidental, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Países Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polônia, República Checa, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia. Objetivos: Garantir a segurança militar no continente europeu e exercer influência nas decisões geopolíticas da região

[4] Diáspora: dispersão - define o deslocamento de grandes massas populacionais originárias de uma zona determinada para várias áreas de acolhimento distintas.

[5] O "Genocídio" [do latim genus = família, raça, tronco, do grego genos e caedere = matar, cortar] é uma palavra cunhada por Raphael Lemkin em 1944 para especificamente se referir á política do governo nazista de extermínio completo dos judeus, ciganos, comunistas e homossexuais. Até então a humanidade não tinha sofrido nada igual; nunca o crime foi imaginado, racionalmente planejado e executado pelo Estado, em proporções gigantescas. O crime de genocídio constituiu uma das acusações contra os líderes nazistas no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg em 1944, e, posteriormente, passou a vigorar na ONU sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (UNGC), que entrou em vigor em 1951, mas até hoje raras vezes foi aplicado. Lemkin imaginava que a palavra genocídio poderia evocar nas pessoas uma atitude de repulsa ao crime de massa e de luta pelos direitos humanos. O genocídio quer dizer algo mais que um massacre ou chacina total ou parcial de um grupo, mas sim a continuada e persistente prática de extermínio em massa praticada principalmente por um governo. A rigor, o genocídio é definido como "((crime contra a humanidade, que consiste em cometer, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, qualquer dos seguintes atos: I) matar membros do grupo; II) causar-lhes lesão grave á integridade física ou mental; III) submeter o grupo a condições de existência capazes de destruí-lo fisicamente, no todo ou em parte.... (Dic. Aurélio). Também é considerado genocídio, a interdição da reprodução biológica e social de membros de grupos étnicos, bem como também a prática de terror contra supostos inimigos reais ou potenciais. O Brasil regula e define o genocídio pela Lei no. 2. 889, de 1º. de outubro de 1956. A Lei no. 8.072, de 25-07-1990, o considera como "crime hediondo" e, como tal, insustentável de anistia, graça, indulto, fiança e liberdade provisória.

[6] A palavra Holocausto (em grego antigo: ????a?st??, ???? [todo] + ?a?st?? [queimado]) tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos daAntiguidade, em que plantas e animais (e até mesmo seres humanos) eram oferecidos ás divindades, sendo completamente queimados durante o ritual A partir do século XIX a palavra holocausto passou a designar grandes catástrofes e massacres, até que após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto (com inicial maiúscula) foi utilizado especificamente para se referir ao extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo então regime nazista fundado por Adolf Hitler. Havia judeus, militantes comunistas,homossexuias, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneirso de guerra soivéticos, membros da elite intelectual polaca russa, e de outros países do leste Europeu, além de activistas políticos, Testemunhas de Joevá, alguns sacerdotes católicos, alguns membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum.

Partes: 1, 2, 3


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