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Supervisão Pedagógica na SDJET de Zavala (página 3)


Partes: 1, 2, 3

1.4. Quais são as dificuldades enfrentadas pelos professores formados no currículo de 10ª + 1?

Para o coordenador da ZIP de Matanato os professores têm dificuldades na elaboração do plano de aulas principalmente no que diz respeito à definição de objectivos e métodos a usar durante a aula. Segundo o Coordenador da ZIP de Chissibuca os professores por ele assistidos têm problemas ligeiros na mediação de conteúdos e na motivação dos alunos durante a aula. Na óptica do coordenador da ZIP de Canda alguns professores por ele assistidos não conseguem dominar o comportamento dos alunos sobretudo quando provocam barulho. Para o coordenador da ZIP de Zandamela alguns professores têm dificuldades na escolha de meios de ensino apropriados para a aula.

As dificuldades apresentadas pelos coordenadores vêm substanciar a razão da escolha deste grupo de professores para centrar o estudo. Na verdade foi escolhido este grupo de professores porque já se pressupunham as diferentes dificuldades que estes enfrentam.

1.5. Quais são as causas dessas dificuldades?

Os coordenadores das ZIP´s de Zandamela e de Matanato advogam a posição segundo a qual o tempo de formação que é reduzido contribui para que estes professores enfrentem diversos problemas no processo de ensino – aprendizagem. Em contrapartida o coordenador da ZIP de Chissibuca defende que as dificuldades enfrentadas pelos professores sob sua tutela são causados pelo facto de serem novos em idade e para o coordenador da ZIP de Canda as dificuldades devem-se ao facto de existirem poucas actividades práticas ao longo da formação.

As posições dos coordenadores das ZIP´s de Zandamela e de Matanato vem suportar uma das passagens da justificativa que passamos a citar: (...o tempo de permanência dos professores deste nível nos IFP´s que por ser reduzido não contribui para que os formandos aprofundem suficientemente os conteúdos que lá se leccionam. Existem muitas disciplinas e conteúdos adequados para uma formação de professores à altura de responder às necessidades da escola primária, porém a sua " administração equivale a uma mãe que dá de comer o filho e não deixa que mastigue e engolia porque quer que acabe o pratinho em um minuto") e a perspectiva do coordenador da ZIP de Canda em relação às causas das dificuldades (existência de poucas actividades práticas ao longo da formação) é um dado novo que constatamos na entrevista porém suporta a nossa justificativa porque a formação em um ano é sinónimo da redução de actividades práticas.

1.6. Quais são as consequências dessas dificuldades?

As respostas dos coordenadores das 4 ZIP´s divergem na sua apresentação porém demos conta que todos consideram que as consequências das dificuldades recaem unicamente no aluno. Vejamos as respostas apresentadas pelos coordenadores. O coordenador da ZIP de Matanato considera que as dificuldades têm como consequência o aproveitamento negativo dos alunos. Para o coordenador da ZIP de Chissibuca a progressão do aluno com dificuldades de aprendizagem pode ser consequência das dificuldades, na perspectiva do coordenador da ZIP de Canda as dificuldades destes professores têm como consequência a fraca aprendizagem e aproveitamento negativo e para o coordenador da ZIP de Zandamela a progressão dos alunos sem conhecimentos aprofundados sobre a classe pode ser a consequência das dificuldades que os professores com 10ª classe + 1 ano enfrentam.

A nossa análise das consequências das dificuldades que estes professores enfrentam vai além do aluno e alcançam a própria profissão do professor. Um professor com dificuldades no processo de ensino – aprendizagem pode ter uma classificação profissional negativo correndo o risco de ser excluído da carreira docente porque não consegue responder ao ramo da sua formação.

1.7. Que estratégias as ZIP usa para minimizar as dificuldades enfrentadas pelos formados no currículo de 10ª + 1?

A nível da ZIP de Matanato realizam-se planificações em conjunto ou seja professores com a formação de 10ª + 1 ano planificam juntamente com professores doutros níveis de formação, a ZIP de Chissibuca insere professores com este nível de formação nos grupos de disciplina cujos professores têm mais anos de experiência, na ZIP de Canda são feitas assistências contínuas a estes professores e no fim de cada assistência estabelece-se um diálogo com eles para apresentar-lhes informações sobre a aula e a nível da ZIP de Zandamela existe uma supervisão dos planos que estes professores elaboram e sempre recebem o apoio pedagógico dos professores mais experientes.

Na nossa perspectiva não bastam as planificações mútuas, inserção destes professores no grupo de professores com mais experiência e as assistências mútuas é necessário que sejam levadas acabo actividades de formação contínua porque segundo GARCIA (1998; 136) a formação em exercício garante tanto o desenvolvimento profissional como pessoal, individualmente ou em grupo e o desempenho mais eficaz de tarefas actuais ou que o preparam para o desempenho de novas tarefas.

1.8. Havendo possibilidade de se fazer uma supervisão pedagógica direccionada aos professores com o nível de 10ª + 1, quais são os aspectos que deveriam merecer maior atenção?

Para o coordenador da ZIP de Matanato deveria merecer maior atenção a interacção com os alunos, segundo o coordenador da ZIP de Chissibuca deve ser a planificação das aulas, na perspectiva do coordenador da ZIP de Canda é a leccionação das aulas e na óptica do coordenador da ZIP de Zandamela a definição de objectivos no plano de aula é o aspecto que deveria merecer maior atenção.

Os aspectos apresentados pelos 4 coordenadores das ZIP´s fazem parte das dificuldades que fazemos referência na nossa problematização. Isto faz-nos constatar que os coordenadores das ZIP´s têm conhecimento das dificuldades apresentadas por este grupo de professores e têm em mente que uma supervisão pedagógica direccionada a eles pode minimiza-las.

2. Dados do inquérito dirigido aos Directores Adjuntos Pedagógicos[14]

Nos pontos seguintes constarão as respostas aos inquéritos dirigidos aos directores adjuntos pedagógicos. Foram inqueridos seis directores das sedes das ZIP´s e directores adjuntos pedagógicos das escolas cujos professores com a formação de 10ª + 1 foram inqueridos[15]

2.1. Quais são as principais tarefas do sector pedagógico na inserção e desenvolvimento profissional dos professores formados no currículo de 10ª + 1?

O inquérito dirigido aos Directores Adjuntos pedagógicos revelou que as planificações mútuas e as jornadas são as actividades promovidas a nível das escolas para inserção dos professores formados no currículo de 10ª + 1 e estão em mesmo pé de igualdade percentual com 83,3% e os seminários de capacitação é actividade menos realizada em relação às planificações mútuas e jornadas pedagógicas e corresponde a 66,7%[16].

As actividades realizadas com o objectivo de inserir os professores formados no currículo sustentam o compromisso que o sector pedagógico tem na inserção e formação contínua dos professores recém formados e dos restantes professores existentes na escola.

2.2. Acha que é importante fazer a supervisão pedagógica? Justifica

As respostas dos Directores Adjuntos Pedagógicos fazem-nos perceber que é importante fazer uma supervisão pedagógica porque garante a potenciação e a resolução das dificuldades que os professores enfrentam no dia a dia da sua actividade profissional. A posição dos Directores Adjuntos consubstancia-se na essência da supervisão porque segundo NÉRICE (1990;28) Supervisão é o serviço de assessoramento de todas as actividades que tenham influência no processo de ensino - aprendizagem, visando o seu melhor planeamento, coordenação e execução; para que mais eficientemente sejam atendidas as necessidades e aspirações do educando e da comunidade, bem como mais plenamente sejam efectivos os objectivos gerais da educação e os objectivos da Escola.

2.3. Quais são as dificuldades constatadas nos professores formados no currículo de 10ª + 1?

Para os Directores Adjunto das EPC´s de Chissibuca e Zandamela este grupo de professores tem dificuldades ligadas no domínio de conteúdos a leccionar, problemas ortográficos e interacção com os alunos, o director da Escola Primária Completa de Chitondo – Sul constatou que estes professores têm dificuldades ligadas à definição de objectivos no plano de aula e domínio da turma. Os Directores Adjuntos das escolas de Matanato e Belmiro Obadias Muianga não responderam à pergunta.

2.4. Havendo possibilidade de se fazer uma supervisão pedagógica direccionada aos professores com a formação de 10ª + 1, quais são os aspectos que deveriam merecer maior atenção?

Para os Directores Adjuntos das EPC´s de Chissibuca, Chitondo - Sul e Zandamela a planificação de aulas e domínio da turma são aspectos que deveriam merecer maior atenção mas para o Director Adjunto da EPC de Canda o treino ortográfico do professor é um aspectos que deveria ser supervisionado.

2.5. Uma supervisão pedagógica que não se direcciona aos professores com 10ª + 1 pode contribuir para que:

Dos seis Directores Adjuntos Pedagógicos inqueridos um não respondeu a esta pergunta. Dos cinco que responderam à pergunta, 4 ou 80% afirmaram que uma supervisão não direccionada a estes professores pode contribuir para que estes profissionais enfrentem diferentes problemas no processo de ensino – aprendizagem, 3 ou 60% afirmaram que pode contribuir para a continuidade das suas limitações profissionais e 1 ou 20% acha que a falta de uma supervisão pedagógica direccionada a estes professores pode contribuir para que estes profissionais não consigam responder às exigências do novo currículo do ensino básico.

As respostas dos Directores Adjuntos Pedagógicas indicam a comprovação percentual das hipóteses. Com isto notamos que a primeira hipótese foi comprovada por 80% dos inqueridos, a segunda por 20% e a terceira por 60%[17].

2.6. Quem pode supervisionar o professor?

O inquérito revelou que em relação aos profissionais que podem supervisionar o professor os Directores Adjuntos das Escolas de Chissibuca, Belmiro Obadias Muianga e Zandamela indicaram o delegado de disciplina, o Director Adjunto e o Director da Escola como profissionais que podem supervisionar o professor. Para os Directos Adjuntos das EPC´s de Chitondo – Sul e Canda o colega professor, delegado de disciplina, Director Adjunto e Director da Escola são os profissionais que pode supervisionar o professor.

A posição dos Directores Adjuntos das Escolas de Chissibuca, Belmiro O. Muianga e Zandamela contrasta a essência da actividade de supervisão pedagógica porque segundo ALONSO (2002;175) esta actividade é assumida por todo o pessoal escolar, com vista ao fortalecimento do grupo e ao seu posicionamento responsável frente ao trabalho educativo.

3. Dados do inquérito dirigido aos professores formados nos modelos curriculares diferentes de 10ª + 1 ano[18]

Neste tema serão conjuntamente apresentados e analisados os resultados do inquerido dirigido aos professores das EPC´s de Canda, Matanato, Zandamela, Chissibuca, Chitondo – Sul e EP1 Belmiro Obadias Muianga. Os inquéritos foram distribuídos pelas seis escolas mas quatro escolas devolveram os inquéritos respondidos o equivalente a 66,7%e duas não devolveram o equivalente a 33,3%.

Foram inqueridos 29 professores formados nos currículos diferentes de 10ª + 1 mas responderam ao inquérito apenas 14 o que equivale 48,2%. Estes professores pertencem às seis escolas abrangidas no estudo.

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Na EPC de Canda todos os 4 professores inqueridos responderam e equivale a 100%, na EPC de Chissibuca foram inqueridos 5 mas responderam apenas 4 o equivalente a 80%, na EPC de Matanato foram inquiridos 6 e responderam 4 ou 66,7%, na EPC de Zandamela foram inqueridos 4 e responderam 2 ou 50%. Os professores das Escolas de Chitondo – Sul e Belmiro Obadias Muianga não responderam ao inquérito.

3.1. Em que modelo curricular foi formado?

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O inquérito revelou que todos os 4 professores da EPC de Matanato que responderam ao inquérito formaram-se no currículo de 7ª + 3, na EPC de Chissibuca dos 4 professores que responderam 3 ou 75% formaram-se no currículo de 7ª + 3 e 1 ou 25% formou-se no currículo de 10ª + 2 anos, os 4 professores que responderam ao inquérito na EPC de Canda 3 ou 75% formaram-se no currículo de 7ª + 3 e 1 ou 25% formou-se no currículo de 10ª + 2 anos e na EPC de Zandamela os 4 professores que responderam 2 ou 50% formaram-se no currículo de 7ª + 3 e 2 ou 50% formaram-se no currículo de 10ª + 2 anos[19]

3.2. Participou em actividades de inserção de começar com a leccionação?

Todos os professores inqueridos dizem ter participado de actividades de inserção caracterizadas por palestras e debates entre grupos de professores porém estas actividades foram realizadas no a partir do final do primeiro trimestre.

Na entrevista feita aos coordenadores regozijamo-nos com as iniciativas de inserção dos novos professores mas ao mesmo tempo indignamo-nos pelo facto de estas actividades serem realizadas no final do trimestre o que tira mérito ao verdadeiro sentido da inserção profissional.

3.3. No decurso das aulas beneficia-se da assistência às aulas?

Todos os professores inquiridos afirmam que se beneficiam da assistência às aulas e estas actividades são realizadas mediante um calendário elaborado pelo sector pedagógico de cada escola. Os professores disseram também que as assistências garantem o acompanhamento do grau de assimilação dos conteúdos leccionados pelo professor e permitem que este conheça as potencialidades e dificuldades que norteiam o seu dia a dia na sala de aulas.

3.4. No fim da assistência houve encontro com o professor assistente?

Todos os professores afirmaram que houve encontro posterior à assistência. Na nossa perspectiva e de acordo com as várias literaturas consultadas o encontro posterior à assistência equivale a fase de pós – observação no ciclo da supervisão pedagógica. Para ALARCAO e TAVARES (2003; 98) neste momento o professor assistido ou supervisionado reflecte sobre a sua acção profissional em contacto com o supervisor ou professor assistente. O supervisor usa os dados recolhidos no decurso da assistência para conduzir uma indagação conjunta de acções que visam a potenciação das destrezas do professor e minimização das dificuldades.

3.5. Já assistiu às aulas de um professor formado no currículo de 10ª classe + 1 ano?

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Os dados recolhidos com base no inquérito dirigido aos professores formados nos modelos curriculares diferentes de 10ª + 1 revelam que dos 14 professores que responderam ao inquérito somente 11 ou 78,5% tiveram ocasião de assistir às aulas leccionadas pelos professores com 10ª + 1 e os restantes 3 ou 21,5% nunca assistiram nunca assistiram às aulas leccionados por este grupo de professores.

Estes dados demonstram que a maioria das escolas inqueridas dedicam-se ns actividades de assistências mútuas e isto tem um grande contributo no intercâmbio entre professores de vários níveis de formação.

3.6. Quais são os pontos positivos encontrados?

Para professores EPC de Zandamela os colegas com 10ª + 1 conseguem motivar os alunos e estabelecer uma boa comunicação com eles. Os professores da EPC de Matanato dizem que os colegas com 10ª + 1 de formação trabalham com motivação e são pontuais na sala de aulas. Na óptica dos professores de Chissibuca os colegas formados no currículo de 10ª + 1 têm vontade de trabalhar e estabelecem boa relação com os alunos. Segundo as respostas dadas pelos professores da EPC de Canda os colegas com o nível de 10ª + 1 têm bases metodológicas do processo de leccionação e demonstram interesse em investigar mais.

Os depoimentos trazidos com base no inquérito dirigido aos professores formados no currículo de 10ª + 1 demonstram com clarividência que apesar das dificuldades enfrentadas pelos colegas com a formação de 10ª + 1, existem muitos aspectos positivos.

3.3. Quais são as principais dificuldades encontradas?

As respostas dos professores da EPC de Zandamela revelam que os professores com o nível de 10ª + 1 não conseguem usar adequadamente os meios ensino disponíveis e ao longo da explicação dos conteúdos permanecem parados no memo lugar sem se movimentar pela sala de aula. Segundo as informações colhidas na EPC de Matanato os professores com o nível de 10ª + 1 têm dificuldades na organização do apontamento que dão ao aluno e não conseguem controlar o barulho provocado pelos alunos. De acordo com o parecer dos professores inqueridos na EPC de Chissibuca, os colegas com 10ª + 1 têm dificuldades na definição de objectivos e métodos de ensino no plano de aulas e durante a aula manifestam-se com nervosismo principalmente nas turmas da 6ª e 7ª onde os alunos têm a faixa etária que se aproxima a do professor. Na perspectiva dos professores da EPC de Canda, os colegas formados no modelo de 10ª + 1, alguns colegas por eles assistidos, durante a explanação dos conteúdos não conseguem dar exemplos que se ligam à realidade dos alunos e facilmente se enervam perante as manifestações comportamentais negativas dos alunos.

3.4. Quais são as causas dessas dificuldades?

Para os professores inqueridos na EPC de Zandamela a redução do tempo do professor no local de formação e a exiguidade de muitas actividades de exercitação da leccionação são as causas destas dificuldades. Segundo os professores da EPC de Matanato a falta de ocasiões de partilha de conhecimentos entre estes colegas e os professores com mais experiência ocasiona estas dificuldades. De acordo com os professores da EPC de Chissibuca, o pouco de formação, a existência de poucas aulas práticas e o facto de muitos professores serem de tenra idade são causas das dificuldades que enfrentam. Na óptica dos professores de Canda, o facto de serem novos na carreira docente e a falta de actividades de inserção no início do ano são as causas destas dificuldades.

3.5. Quais podem ser as soluções para ultrapassar as dificuldades?

Segundo as palavras dos professores das EPC´s de Zandamela e de Chissibuca devem ser intensificadas os seminários de capacitação destes professores e os professores doutros níveis de formação devem apoiar aos colegas formados no modelo de 10ª + 1. Para os professores da EPC de Matanato os colegas formados no currículo de 10ª + 1 devem assistir as aulas leccionadas pelos professores formados noutros modelos curriculares e as planificações mútuas devem ser intensificados. Na óptica dos professores da EPC de Canda o sector pedagógico deve intensificar as actividades de supervisão destes professores para ajudá-los a ultrapassar as dificuldades.

3.6. Uma supervisão pedagógica que não se direcciona aos professores formados no currículo de 10ª + 1 contribui para que:

Nem todos os 14 professores que aderiram ao inquérito responderam à pergunta. Foram apenas 12 professores que responderam a pergunta o que equivale a 85,7% e 2 ou 14,3% dos professores não responderam à pergunta.

Os resultados do inquérito revelam que 8 ou 66,7% dos professores acham que uma supervisão pedagógica não direccionada aos colegas formados no currículo de 10ª + 1 pode contribuir para que estes enfrentem diferentes problemas no processo de ensino – aprendizagem, 4 ou 33,3% dos professores acham que pode contribuir para que continuem as limitações profissionais dos seus colegas, 2 ou 16,7% acredita que a supervisão pedagógica não direccionada a estes colegas contribui para estes não consigam responder às exigências do novo currículo do Ensino Básico

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Os dados apresentados no gráfico indicam a comprovação das hipóteses formuladas. Com base no inquérito foi possível constatar que a primeira hipótese (Os diferentes problemas que os professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano enfrentam no processo de ensino - aprendizagem têm sua origem na falta de uma supervisão pedagógica ligada a eles;) foi aprovada por 66,7% dos professores inqueridos. A segunda hipótese (A supervisão pedagógica que não atende às necessidades dos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 contribui para que estes profissionais não consigam responder às exigências do novo currículo do Ensino Básico) foi comprovada por 16,7% dos professores inqueridos e a terceira hipótese (A falta de supervisão pedagógica direccionada aos professores com a formação de 10ª classe + 1 ano repercute-se na continuidade das limitações profissionais do professor) foi provado por 33,3% dos professores.

4. Dados do inquérito dirigido aos professores formados no currículo de 10ª + 1 ano[20]

Os dados que serão posteriormente apresentados foram recolhidos nas EPC´s de Matanato, Chissibuca, Chitondo – Sul, Canda, Zandamela e Escola Primária Belmiro Obadias Muianga[21]Foram inqueridos 20 professores sendo 4 da EPC de Matanato, 6 da EPC de Chissibuca, 2 da EPC de Chitondo – Sul, 2 da EPC de Canda, 4 da EPC de Zandamela e 2 da EP1 Belmiro Obadias Muianga. Num total de 20 inqueridos responderam apenas ao inquérito 17 professores ou 85% e não responderam ao inquérito 3 professores ou 15%. O inquérito é constituído por 12 perguntas mas serão apresentados apenas os dados inerentes a seis perguntas porque é nestas que se concentram os pontos focais da nossa pesquisa.

4.1. Quantos anos tem na docência?

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Os dados revelam que dos professores que responderam o inquérito (17 professores) 9 ou 47,1% têm 2 anos de professorado e 8 ou 52,9% têm 1 ano na carreira de professorado.

4.2. Qual foi a classe na qual leccionou no primeiro ano?

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Dados ao nosso poder indicam que a 5ª e 7ª classes são classes em que muitos professores foram atribuídos no primeiro ano da sua leccionação por isso ocupam a mesma percentagem de 23,5% o que corresponde a um total de 8 professores, a 4ª e a 6ª classes ocupam a segunda posição com a mesma percentagem de 17,6% o que corresponde a 6 professores que começaram a leccionar nestas duas classes sendo 3 professores na 4ª classe e 3 na 6ª classe, a terceira posição é ocupada pela 2ª classe com 2 professores o equivalente a 12% e a quarta posição é ocupada pela 3ª classe com 1 professor o equivalente a 5,8%.

4.3. Quais são as dificuldades enfrentadas na sala de aulas?

O único professor da EPC de Matanato que respondeu à pergunta revelou-nos que enfrenta problemas ligados ao domínio dos alunos durante as aulas; os professores das EPC´s de Chissibuca e Zandamela enfrentam problemas ligados à comunicação com os alunos que não têm noções básicas da língua portuguesa, problemas de nervosismo e controlo da turma; o professor da EPC de Chitondo – sul tem se deparado com problemas ligados ao controle do tempo pré - programado para a aula; de acordo com os dois professores inqueridos na EPC de Canda no seu dia a dia enfrentam dificuldades ligados à indisciplina dos alunos principalmente os da 6ª e 7ª classes e falta de motivação por parte de alguns alunos e o único professor da Escola Primária Belmiro Obadias Muianga enfrenta dificuldades na transmissão de conteúdos porque a maioria dos alunos dos têm dificuldades na leitura, fala e escrita da língua portuguesa.

4.4 Uma supervisão pedagógica que não se direcciona aos professores formados no currículo de 10ª + 1 pode contribuir para que:

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A pergunta foi respondida por dezassete professores mas existe uma diversificação de opiniões entre eles. Dos 17 professores que responderam 11 ou 64,7% acham que uma supervisão pedagógica não direccionada a estes professores contribui para que enfrentem diferentes problemas no processo de ensino – aprendizagem; para 5 ou 29,4% dos professores uma supervisão pedagógica não direccionada aos professores formados no currículo de 10ª + 1 contribui para que continuem as limitações profissionais destes professores e em última análise 1 professor ou seja 5,8% afirma que uma supervisão pedagógica não direccionada a estes colegas contribui para que não consigam responder às exigências do novo currículo do Ensino Básico.

Com base no gráfico é possível constatar que a primeira hipótese teve uma aprovação de 64,7%, a segunda 5,8% e a terceira 29,4%.

A primeira hipótese foi a mais comprovada com a percentagem de 64,7% ou seja dos 17 professores inqueridos 11 confirmaram que uma supervisão pedagógica não direccionada aos professores formados no currículo de 10ª + 1 contribui para que estes profissionais enfrentes diferentes problemas no processo de ensino – aprendizagem.

Conclusão

Constituiu o ponto fulcral da nossa investigação a supervisão pedagógica. Segundo a nossa perspectiva de análise esta constitui um processo de acompanhamento de professores tendo como pontos fundamentais o desenvolvimento das potencialidades e minimização ou extinção de problemas enfrentados durante a sua acção educativa na escola e na sala de aulas em particular.

Devido à importância que atribuímos à supervisão pedagógica e ao seu poder de resolução de problemas levamos a cabo um estudo sobre esta actividade direccionada aos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano com os seguintes objectivos específicos: Analisar as actividades de inserção dos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano; aferir os problemas que os professores formados no modelo de 10ª classe + 1 ano enfrentam no processo de ensino - aprendizagem; apontar os aspectos que merecem maior atenção no âmbito da supervisão pedagógica direccionada aos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano; propor formas de apoio pedagógico que possam resolver os problemas enfrentados pelos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano e proporcionar um excelente ambiente de leccionação.

Para a investigação do tema e a consequente concretização dos objectivos foi feito um estudo centrado em 4 ZIP´s. Para além dos coordenadores das ZIP´s o estudo também abrangeu directores das sedes das ZIP´s, professores formados nos modelos curriculares diferentes de 10ª classe + 1 ano e professores formados no currículo de 10ª + 1 ano. Os coordenadores das quatro ZIP´s e os directores adjuntos concordaram mutuamente que os seminários de capacitações, debates em volta dos procedimentos do professor na sala de aula e as planificações mútuas são uma forma criar interacção entre os professores e inserir profissionalmente os recém formados. Em relação aos problemas enfrentados pelos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano, os coordenadores das ZIP´s, directores adjuntos das escolas abrangidas e os professores formados nos modelos diferentes de 10ª + 1 afirmaram na generalidade que os colegas formados no currículo de 10ª + 1, enfrentam dificuldades relacionadas com a planificação das aulas, selecção e uso dos meios de ensino, definição dos objectivos, mediação das aulas, interacção com os alunos e controlo dos alunos indisciplinas. Em contrapartida os professores formados no currículo de 10ª + 1 revelaram na generalidade que enfrentam problemas relacionados com o controlo comportamento dos alunos na sala de aulas, a mediação de conteúdos nas turmas em que a maioria dos alunos não falam nem entendem a língua portuguesa e cumprimento do tempo estabelecido para uma aula. A unanimidade dos professores formados no currículo de 10ª + 1 e os restantes colegas na apresentação de certos problemas demonstra com clarividência que na verdade existem problemas no grupo alvo do nosso estudo e segundo os depoimentos dos coordenadores das ZIP´s, directores adjuntos e alguns professores formados noutros modelos curriculares diferentes do modelo 1ª + 1, estes problemas são directamente causados pela redução do tempo de formação destes professores e a consequente inexistência de muitas actividades de prática da docência no decurso da formação. Esta justificação da razão das dificuldades deste grupo de professores vem sustentar uma das passagens da nossa justificativa que passamos a citar: O tempo de permanência dos professores deste nível nos IFP´s que por ser reduzido não contribui para que os formandos aprofundem suficientemente os conteúdos que lá se leccionam. Existem muitas disciplinas e conteúdos adequados para uma formação de professores à altura de responder às necessidades da escola primária, porém a sua " administração equivale a uma mãe que dá de comer o filho e não deixa que mastigue e engolia porque quer que acabe o pratinho em um minuto".

Devido aos problemas que os professores com a formação de 10ª + 1 enfrentam, torna-se urgente uma supervisão direccionada a eles para que possam ser resolvidos os aspectos ligados à planificação das aulas (definição de objectivos, métodos e selecção de meios de ensino apropriados), a relação com os alunos indisciplinados e a mediação de conteúdos nas turmas em que muitos alunos têm problemas na fala e escrita da língua portuguesa.

Em relação às hipóteses propostas no projecto de investigação cabe-nos apresentar a seguinte informações: os inquéritos foram respondidos por 37 intervenientes do processo de ensino – aprendizagem. Porém só 35 ou 94,5% de inqueridos responderam à pergunta inerente à comprovação das hipóteses e 2 ou 5,5% não responder.

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Com base na interpretação do gráfico é possível notar que a primeira hipótese foi comprovada por 62,8% o equivalente a 22 inqueridos que a escolheram, a segunda hipótese foi aprovada a foi comprovada por 11,4% o que equivale a 4 inqueridos que a escolheram, a terceira hipótese foi confirmada por 31,4% o equivalente a 11 inqueridos.

Com base nestas constatações é possível afirmar que a primeira hipótese é a mais comprovada porque mais do que a metade dos inqueridos a confirmam. Por isso afirmamos com segurança que uma supervisão pedagógica não direccionada aos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano contribui para que estes professores enfrentem diversos problemas no processo de ensino – aprendizagem.

Propostas para a resolução do problema

A fim de minimizar ou extinguir os problemas enfrentados pelos professores formados no currículo de 10ª classe + 1 ano, propomos o seguinte:

  • Deveria haver um diagnóstico da vida profissional destes profissionais com o objectivo de saber quais são as dificuldades que enfrentam;

  • Deveria haver uma supervisão direccionada a este grupo de professores para resolver os problemas especificamente ligados a sua actividade profissional;

  • Os professores deveriam ser postos a superar as próprias dificuldades por meio de um modelo clínico de supervisão pedagógica.

  • Os seminários de capacitação levadas acabo pelas estruturas educativas locais deveriam versar aspectos ligados à planificação da aula, superação do nervosismo e mediação de aulas numa turma em que muitos alunos não falam a língua portuguesa porque estes constituem problemas levantados pelos coordenadores das ZIP´s e pelos próprios professores;

  • A nível de cada ZIP deveria ser criado um grupo de professores que pudesse apoiar de forma particularizada este grupo de colega formados no currículo 10ª + 1 ano;

  • As actividades de inserção profissional destes professores deveriam ser início do trimestre e não no fim, para permitir que antes de iniciarem com o processo de leccionação tenham conhecimentos que lhes possibilitem o início sem muitos transtornos de natureza psicológica.

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  • 18. MARCONI, M. A. e LAKATOS, E. M.. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2002.

  • 19. ________________________________. Fundamentos de Metodologia Científica, 6ª Ed, São Paulo, 2009.

  • 20. MEQUE, Francisco Itai. Modalidade de Alternância, Rítimos e Actividades de Formação, Maputo, Centro Gráfico do IPS, 1998

  • 21. MINED: Manual de Apoio à Supervisão, Maputo, Ministério da Educação, 2003

  • 22. __________; Plano Curricular de Formação de Professores Para o Ensino Primário. Maputo, Dezembro de 2006

  • 23. __________; Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico, Maputo, DNEB, Março de 2003

  • 24. MORRENO, Ciriaco Izquierdo. Educar em Valores, 2ª, São Paulo, Edições Paulinas, 2003

  • 25. NERICE, I. G. Introdução à Supervisão Escolar, Buenos Aires, Kapelusz, 1990

  • 26. NIVAGARA, Daniel. Módulo de Formação em Administração, Gestão e Supervisão Escolar, Maputo, INSITEC, 2005

  • 27. POSTIC, Marcel. Para uma Estratégia Pedagógica do Sucesso Escolar, Porto Editora, Porto, 1995

  • 28. PRZYBYLSK, Edy. O Supervisor Escolar em Acção, Porto Alegre, Sagra, s/d

  • 29. RALHA-Simões, H. Sc Simões. Desenvolvimento pessoa dos professores e a competência pedagógica, In Tavares, J. & Moreira, A. (ed.)s Desenvolvimento, Aprendizagem, Currículo e Supervisão, Aveiro, Universidade de Aveiro/ PIDACS, 1993

  • 30. RIBEIRO, António. Formar Professores: Elementos Para uma Teoria e Prática da Formação, 4ª ed., Lisboa: Texto Editora, 2003

  • 31. TALES, J.F. De Sá. Supervisão e Administração Escolar: Princípios e Técnicas, São Paulo, Editora F.T.D S.A, 1997



Autor:

Leonildo Missael


[1] Ver anexo das páginas 84 e 85 (ALARCAO e TAVARES) que fala desta fase

[2] Ver anexo pag 87 Alarcao e Tavares

[3] Ver anexo pag 94

[4] Ver anexo da pagina 85 e 86 A e T.

[5] Ver apêndice 1 (trabalho que fala da supervisão clínica)

[6] Ver anexo.....

[7] Ver anexo .....

[8] Ver anexo do jornal diário de Moçambique

[9] Ver a guia de Marcha passada pelo SDEJT de Zavala

[10] Ver apêndice que ilustra professores distribuídos pelas ZIP´s

[11] Ver tabelas e gráficos da apresentação de dados

[12] Ver o guião de entrevista

[13] Ver apêndice ligado ás respostas dadas pelos coordenadores.

[14] Ver o inquérito dirigido aos directores adjuntos

[15] Ver apêndice (dados do inquérito aos directores adjuntos)

[16]

[17] Ver apêndice respostas dos directores adjuntos

[18] Ver

[19] Enumerar os appendices das respostas dos professores formados noutros modelos

[20] Ver o inquérito dirigido a estes professores

[21] Formar apêndices com base nos dados recolhidos nos professores com 10 + 1

Partes: 1, 2, 3


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