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A relação do homem com o ambiente laboral (página 4)


Partes: 1, 2, 3, 4

Sociologicamente: Experiências realizadas em pilotos e motoristas, fundamentalmente, têm mostrado que se produzem transtornos ao sistema nervoso, refletindo em insônia, irritabilidade, dores de cabeça, aumento do tempo de reação, alterações de reflexos.

 

REFERÊNCIAS

 

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CAPÍTULO 3.

ILUMINAÇAO

Introdução

O projeto de iluminação não é apenas uma conjugação verbal de dois conceitos, mas a síntese da ciência e da arte de iluminar, a compreensão de valores físicos mensuráveis e sua transformação em sensações, em percepções. Projeto de iluminação significa ter em conta a interação entre o homem, a luz, o ambiente e a matéria. Com a luz se pode jogar, se pode atormentar ou relaxar o homem.

A luz natural proveniente do sol pode ser deslumbrante, cintilante e suave. Suas qualidades mudam dependendo da hora do dia e variam com o clima e as estações do ano.

Em contraste com este quadro, a luz artificial é estática e imutável. O principal objetivo de um sistema de iluminação artificial é fornecer iluminação suficiente para o desempenho de tarefas visuais (Tutorial de instalações em edifícios, 2002).

Para que a luz seja efetiva é necessário que o sistema visual desencadeie o processo que culmina com a visão. Este dispositivo é considerado por Vega (2000), como o mais valioso dos sentidos que têm os seres humanos, sendo este o que proporciona ao homem, maior informação das coisas ao seu redor, como a distância, a forma, as cores, as dimensões.

Considera-se que 80% da informação para o mundo exterior é recebida a partir do sistema visual. Então, toda atividade humana, e é claro, o trabalho (com raras exceções) é acompanhada por meio de observação visual (Escalona, 2002).

Mas não foi sempre assim. Através do desenvolvimento evolutivo do homem outros sentidos tais como o olfato lhe trazia uma grande quantidade de informação, porém essa sensibilidade foi gradualmente se enfraquecendo. O órgão visual foi o único, neste processo evolutivo, que não só não degenerou, mas que, ao contrário, se aperfeiçoou. Este é o resultado da crescente tendência de atribuir a este órgão um grande número de funções.

Entretanto, o homem tem imposto ao órgão visual uma série de condições para o seu desempenho para o qual filogeneticamente não está totalmente preparado: é esse o caso de trabalhar com pouco nível de iluminação, com luz monocromática ou de espectros discretos em contraposição com a luz natural e, finalmente, a tendência de manter a visão de perto por longos períodos de tempo, o que origina uma doença muito comum na atualidade: miopia, chamada também de doença dos intelectuais pela grande quantidade de pessoas que a sofrem.

Especialmente o trabalho com níveis baixos de luz provocam cansaço visual, dores de cabeça e várias doenças a longo prazo. Psicologicamente desenvolver um trabalho na penumbra deprime o trabalhador em contraposição com aqueles que desenvolvem em ambiente claros e bem iluminados. A luz percebida fisiologicamente exerce uma influência favorável sobre outros processos, tais como a respiração, a atividade nervosa elevada e, geralmente, a atividade vital do organismo e, consequentemente, na sua capacidade de trabalho.

Do ponto de vista econômico, o projeto adequado de sistemas de iluminação também é importante, uma vez que favorece o aumento da produtividade do trabalho já que facilita as condições sob as quais o trabalhador realiza seu trabalho, reduzindo o tempo para interpretar sinais e para identificar as maneiras de tomar medidas de controle. Também reduz os erros nas atividades, o que promove um ganho de tempo do trabalhador na medida em que não necessita retroceder o trabalho para corrigi-lo ou incrementar a sua qualidade ao ser capaz de detectar erros e defeitos que os baixos níveis de iluminação iriam impedi-lo e, finalmente, a redução de acidentes de trabalho com seus consequentes danos para a saúde ou para a vida do trabalhador e as perdas econômicas que isso implica, bem conhecidas.

Apesar disso, iluminar custa, e caro, portanto a solução do problema não pode ser instalar luminárias de forma arbitrária. Este é o objetivo de estudo deste capítulo.

3.1 A Luz

A luz é considerada uma onda eletromagnética, já que, sob certas circunstâncias, dá lugar aos fenômenos que originam as ondas: interferência, difração e polarização. Da mesma forma, em outras circunstâncias, as ondas eletromagnéticas se comportam como se estivessem formadas por um fluxo de partículas. É o caso do efeito fotoelétrico e outros fenômenos, cuja única forma de justificar o seu comportamento é a partir da emissão descontínua de energia, minúsculos "pacotes" denominados "quanta", que significa "luz" em grego. Seu plural é "quantum".

A mecânica quântica gerou interpretações e conceitos que diferem daqueles sustentados pela mecânica clássica, pois se baseiam na emissão descontínua de energia, tenta visualizar as propriedades moleculares e atômicas e seus elementos constituintes: elétrons, prótons, nêutrons e demais partículas como os quarks. Essas propriedades incluem as interações das partículas entre si e com a radiação eletromagnética.

Em cada caso a luz mostra a natureza ondulatória ou corpuscular, mas nunca ambos ao mesmo tempo.

As teorias quânticas e ondulatórias da luz se complementam, portanto, ambos são aceitos, já que proporcionam uma descrição mais completa da luz. Agora, se a luz tem características únicas, como é produzida industrialmente?

Deste ponto de vista prático, dois fenômenos físicos fundamentais são utilizados para produzir luz.

Incandescência: É a forma mais antiga de produzi-la. Se a algum corpo é fornecido energia de uma fonte externa de modo a ser capaz de elevar a sua temperatura a um nível desejado, estes começam a emitir raios luminosos. As lâmpadas incandescentes são as que funcionam a partir deste princípio, onde o calor a que é submetido o seu filamento ao passar a corrente elétrica é o produtor de luz.

A luminescência: É a transmissão da luz criada a partir da excitação de elétrons de alguns gases, resultantes das colisões que eles sofrem quando viajam em altas velocidades, impulsionados por um campo elétrico criado entre dois eletrodos.

Os elétrons que giram em órbitas com níveis de energia definidos, ao se colidirem, se excitam, manifestando-se nas órbitas de maior energia. Estes, quando caem a um nível inferior, mostram a perda de energia em forma de um fóton de luz.

As lâmpadas de descarga elétrica são as que usam este princípio físico para produzir luz.

Atualmente, e talvez no futuro, são os de maior uso por seu alto rendimento luminoso, razão pela qual se estimula a substituição das lâmpadas incandescente pelas de descarga principalmente em interiores de recintos.

No entanto, os mecanismos físicos descritos para produzir a luz têm a inconveniência de não visualizar toda a energia irradiada pelo átomo ao perder sua excitação. Isso depende do comprimento de onda com que a energia é emitida, que deve coincidir com a sensibilidade do dispositivo ocular (faixa do espectro eletromagnético entre 3800-7500 Ao) será visível, caso contrário, a energia irradiada não será percebida pelos olhos.

Em algumas lâmpadas de descarga que emitem radiações em regiões do espectro não visível, pó fluorescente é adicionado para transformar essa energia em luz visível.

Fisiologicamente a iluminação mais favorável para o homem é a luz natural, além de ser a mais econômica, por isso é necessário explorá-la ao máximo. As telhas translúcidas, os monitores, o posicionamento correto dos vidros e janelas, podem ser formas de aumentar a sua exploração, mas é realmente impossível predeterminar a quantidade de luz natural para tirar vantagem da grande variabilidade dela.

Viña e Gregori (1986) sugerem que o ideal corresponderá aos sistemas naturais artificiais nos quais se atribuem sempre um máximo ao natural, que corresponde ao artificial o papel de "completar" para alcançar o nível de iluminação necessário. O uso das células fotoelétricas poderia ajudar neste aspecto.

3.2 O dispositivo ocular

Corresponde ao dispositivo ocular a recepção de informações provenientes do exterior que vem pela luz que nele entra, enviando ao cérebro para interpretá-la.

Monografias.com

Figura 3.1 Diagrama esquemático do olho humano.

Entre as partes que compõem o olho serão evidenciadas aqui as mais importantes para a proteção do trabalho.

  • A córnea é uma membrana transparente que cobre a parte da frente do globo ocular que constitui a túnica fibrosa que, em certa medida, protege as estruturas mais internas do olho.

  • A íris é a estrutura que regula a entrada de luz no interior do olho. É constituída de músculos circulares e radiais, que apresentam uma abertura em seu centro chamado pupila, por onde penetra a luz. O diâmetro da pupila está determinado por estes músculos.

Quando se observa objetos com baixos níveis de iluminação se contraem os músculos radiais aumentando o diâmetro da pupila. Isso permite que penetre mais luz no interior do olho. Se o nível de iluminação é alta, os músculos circulares se contraem diminuindo o diâmetro da pupila. Esse mecanismo permite a visão para uma ampla gama de intensidade de luz e atua de forma reflexa.

  • O cristalino: É a "lente" dos olhos. É um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo. A forma e a dimenção desta coincidem com a lentilha (lente convexa). O cristalino pode aumentar ou diminuir a convexidade dos seus rostos através dos músculos ciliares que permitem a partir da sua contração ou relaxamento inchaço da lente. Participa assim dos meios refrativos do olho, sendo capaz de aumentar e diminuir o grau para a focalização das imagens de perto. Este mecanismo é chamado de acomodação e é de grande importância, uma vez que é responsável por garantir a nitidez da imagem na parte mais interna do olho, destinada a receber a imagem.

Quando se observa um objeto de perto os músculos se contraem aumentando a convexidade do cristalino, o que possibilita a diminuição da distância focal. É quando ocorre a acomodação.

Se se observa um objeto distante se relaxam os músculos ciliares, diminuindo a convexidade do cristalino, aumentando a sua distância focal.

Em outras palavras, o mecanismo de acomodação tem como objeto buscar a distância focal entre o cristalino e a retina para qualquer distância que se deseja observar.

Quando se está observando objetos próximos é quando os músculos ciliares estão contraídos, o que exige a realização de maior esforço, que se mantido por muito tempo, pode levar ao desajuste do mecanismo.

Há uma série de profissões com estas características: desenhista, digitadores, professores, advogados, dentre outras, de modo que o número de trabalhadores destes setores com transtornos visuais é muito maior do que de outros.

  • A retina é a parte mais interna do olho onde convergem os raios de luz para formar a imagem. É a mais interna das membranas e reveste o interior do olho, sendo a mais importante devido a sua sensibilidade à luz. Pode ser considerada uma expansão do nervo óptico.

Em cada retina há cerca de 120 milhões (Gazzaniga, 2007) de fotoreceptores (cones e bastonetes) que libertam moléculas neurotransmissoras a uma taxa que é máxima na escuridão e diminui de um modo proporcional (logarítmico), com o aumento da intensidade luminosa. Esse sinal é transmitido depois à cadeia de células bipolares e células ganglionares.

Existem cerca de 1 milhão de células ganglionares e são os seus axónios que constituem o nervo óptico. Há, portanto, cerca de 100 fotoreceptores por cada célula ganglionar; no entanto, cada célula ganglionar recebe sinais que provêm de um "campo receptivo" na retina, aproximadamente circular, que abrange milhares de fotorreceptores.

Entre os fotoreceptores e as células bipolares, há uma camada de células horizontais ligadas a eles e ligadas entre si de modo que o potencial de cada uma delas é uma média pesada das suas vizinhas (sendo o peso das mais próximas maior). Cada célula bipolar recebe entradas de um fotoreceptor e de uma célula horizontal e produz um sinal que é proporcional à diferença entre os sinais logarítimicos produzidos pelas duas células; o que equivale a dizer que é um sinal com muito menor gama dinâmica, porque é uma razão entre a intensidade local e a iluminação de fundo na vizinhança, independentemente, por isso, do nível absoluto de iluminação. Como resultado disso, áreas grandes da retina com iluminação uniforme produzem sinais muito fracos, enquanto áreas de maior variação, como é o caso dos contornos dos objetos, resulta em sinais fortes. Ou seja, a retina detecta essencialmente variações de luminosidade.

O sistema de fotoreceptores responde a uma alta gama dinâmica - com variações de iluminação de de 1 para 1 milhão. Os bastonetes são apenas sensíveis a baixos níveis de iluminação, mas os cones, que são sensíveis a altos níveis de iluminação, respondem dentro de uma gama de intensidade que varia com a iluminação média da cena observada. É isso que nos faz sentir ofuscados quando a intensidade luminosa aumenta de repente.

As células bipolares têm uma gama dinâmica muito mais baixa - só precisam de responder a um sinal proporcional à razão entre a intensidade local e a iluminação de fundo. Deste mecanismo sensorial resulta um efeito de adaptação enorme.

Como as células horizontais têm uma resposta relativamente lenta, quando um fotoreceptor detecta um objeto em movimento, elas ainda têm informação sobre a situação anterior, e isso faz com que o sinal de saída das células bipolares, que passa depois através da camada das células amacrinas para as células ganglionares, contenha informação útil para a detecção de movimento.

Tudo isso justifica a importância de se garantir os níveis de iluminação adequados nos objetos que precisam ser observados durante o trabalho.

Se se projeta em uma tela o espectro da luz visível e sua intensidade diminui paulatinamente, o espectro bem iluminado apresenta cores brilhantes, mudam notavelmente seu aspecto à medida que diminui a sua intensidade. A zona mais luminosa é alterada de amarelo para verde, o tom vermelho se apaga em relação ao azul e logo desaparece e vão perdendo seus tons as diversas partes do espectro, até que finalmente só uma banda permanece incolor.

Particularmente contrastantes são as intensidades das sensações que produzem o vermelho e o azul, quando varia a intensidade da luz, aspecto a ter em conta em trabalhos que precisam discriminar cores. Se o trabalho é executado em turnos rotativos nos quais, tanto de dia como de noite seja necessário desenvolvê-los, a iluminação artificial deve satisfazer os níveis adequados, para evitar erros. Isso é conhecido como o fenômeno de Purkinje.

Sánchez (et al., 1996) classifica os fatores que interferem no aparecimento destes transtornos. Entre eles estão:

Locais: Estes podem ser de origen acomodativo (resultado de um esforço anormal da acomodação por defeitos de refração); nervoso ou retinal (por anestesia, hiperestesia, ou qualquer outra anormalidade da retina ou transtornos nervosos gerais), e muscular (por falta de coordenação ou debilidade dos músculos extraoculares ).

Ambientais: A iluminação (excesso, defeito ou má distribuição), o predomínio de cores puras em paredes, tetos e máquinas, os contrastes das cores e o reflexo da luz.

Outros como os psicológicos, excesso de trabalho e pouco descanso.

Finalmente, lembre-se que ao longo dos anos a visão enfraquece.

O Cristalino, normalmente transparente, torna-se cada vez mais opaco, dificultando a passagem de luz, a retina torna-se menos sensível aos raios de luz, os músculos ciliares são incapazes de conseguir as acomodações necessárias para pequenas distâncias. Pode-se dizer que a acuidade visual em crianças é geralmente maior do que em adultos. Quando os adultos chegam mais ou menos aos 40 anos até alcançar a velhice os valores antigos ficam próximos à metade.

Villena (2005) levanta uma série de fatores de suma importância para a manutenção da função visual. Entre os cuidados que devem ser tomados estão:

  • A intensidade da luz do local onde a atividade ocorre.

  • A distância visual com que se trabalha.

  • A transparência e a limpeza dos elementos que se encontram interpostos entre os olhos e o objeto que se está trabalhando (vidros, telas, livros etc.)

  • A relação com o ambiente que te rodeia (janelas para a luz, posição de fontes de luz etc.)

  • A organização dos períodos de trabalho (tempo de trabalho e pausas a realizar).

3.3. Grandezas e unidades de iluminação

A grandeza de base de iluminação é a intensidade da luz, sendo reconhecida em 1967 pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), com o nome de "candela(cd)".

As outras grandezas de iluminação são determinadas com base nas suas relação normais com a intensidade da luz, tal como definido pelo Sistema Internacional de Unidade.

Magnitude: A intensidade da luz

Unidade: Candela

Símbolo: cd

Definição: A Candela é a intensidade luminosa de uma fonte que emite uma radiação monocromática com uma frequência de 540.1012 Hz em uma direção determinada e cuja intensidade energética nessa direção é de 1/683 watt por estereoradiano.

Representa: A quantidade de luz emitida por uma fonte em todas as direções, por unidade de ângulo sólido.

Se expressa por: Monografias.com Onde:

I: intensidade de luz, cd

E: Nível de iluminação, lux

D: Distância entre a força de luz e a superfície, m.

2. Magnitude: Fluxo luminoso Monografias.com

Unidade: Lumen

Símbolo: lm

Definição: O lumen é igual ao fluxo luminoso de uma variação monocromática onde o fluxo de energia é de 1/683 watt e uma frequência de 540,015 4. 1012.

Representa: A quantidade de luz emitida por estereoradiano por uma fonte de luz uniforme de 1 candela.

Se expressa por: Monografias.com Onde:

Monografias.com: O fluxo luminoso, lm.

E: Nível de iluminação, lux

S: Superfície, m2

3. Magnitude: Iluminação (E)

Unidade: Lux

Símbolo: lx

Definição: O lux é igual à iluminação de uma superfície de 1 m2 quando se inicia sobre ela o fluxo luminoso de 1lm.

Representa: A densidade de fluxo sobre uma superfície.

É expressa por: Monografias.com Onde:

Monografias.com: O fluxo luminoso, lm

E: nível de iluminação, lx

S: área iluminada, m2

4. Magnitude: a luminosidade ou brilho (L ou B).

Unidade: Candela por unidade quadrada

Definição: A candela por unidade quadrada é igual à luminosidade de uma superfície plana uniformemente iluminada em direção perpendicular cuja área é de 1 m2 e a sua intensidade luminosa é de 1 cd.

Representa: Intensidade luminosa de uma fonte ou superfície em uma direção determinada por unidade de área projetada da superfície.

É expressa por: Monografias.com Onde:

L e B: a luminosidade ou brilho, cd/m2

r: fator de reflexo

3 O  Brilho

O brilho ou luminância de uma superfície ou de uma fonte é igual à intensidade de luz emitida em direção normal por unidade de área.

 O brilho depende:

Da intensidade da luz incidente: Existe uma relação direta entre a intensidade da luz incidente e da luz refletida. Uma superfície escura pode chegar a ser tão brilhante quanto um branco se se aumenta suficientemente a luz incidente.

Da proporção de luz refletida: Quando a luz incide sobre uma superfície, se reflete em um determinado tamanho K, chamado de coeficiente de reflexão de luz. Para uma superfície escura K assume valores pequenos, aumentando na medida em que a cor da superfície seja mais clara, mas sempre manterá entre: 0

Se uma superfície altamente brilhante pode chegar a causar reflexos de longo prazo, pode causar sérios problemas. Um exemplo desse problema que se encontra hoje em estudos, é o maior percentual de deficientes visuais que trabalham em salinas, comparado com o resto da população. Acredita-se que a alta porcentagem de reflexão do sal (K> 0,9) exposto ao sol, pode ser a causa desta doença. A determinação do brilho é um fator importante.Mas antes é necessário determinar o tipo de reflexão.

Reflexão difusa: Criada quando a luz é refletida mais ou menos uniformemente em todos os sentidos.

Reflexão dirigida: Criada quando o ângulo é formado entre o raio refletido e o normal são iguais. 4 Contraste:

O contraste é um fenômeno com o qual se pode diferenciar cores atendendo à luminosidade e à cor de fundo sobre a qual se projetam.

O contraste em brilho ou em cor é particularmente importante na iluminação, pois se a relação deles é inadequada, se torna difícil a sua identificação, podendo chegar a parecer invisível. Fazendo diferenças significativas de contraste de objeto-fundo propicia a efetuação da tarefa com menores níveis de iluminação, e, portanto, com menos despesa, uma vez a visão é mais rápida e precisa. A cor desempenha um papel importante no contraste, podendo agregar altos valores a ele a partir do emprego de fundos escuros se o objeto for claro e fundo claro se objeto for escuro.

É mais fácil ter fundos que façam um bom contraste com o objeto, pois é mais difícil alterar o brilho ou a cor dele. Um exemplo é a cor verde escuro das lousas, que permite um bom contraste com o giz branco. Outro exemplo é o microcomputador, que fornecem a possibilidade de selecionar a seu gosto o fundo da tela do monitor. Se tanto o objeto quanto o fundo não fosse possível alterar o seu brilho e suas cores, e estes fossem semelhantes, a solução seria aumentar os níveis de iluminação.

Pérez (et al, 2005) refere-se ao contraste físico e perceptivo. O primeiro referindo-se às quantidades diferentes de luz por parte de duas áreas, enquanto o segundo definido como percepções diferentes, argumentando que neste influenciam diversos fatores como: o estado de adaptação do observador, a natureza dos contornos e o tamanho e a frequência espacial do estímulo.

5  Distribuição de brilho no campo visual

A relação de brilho no campo visual deve ser o mais homogêneo possível, ou seja, não devem existir grandes diferenças entre o brilho do objeto ou superfície com que se está trabalhando e a área ao redor.

Como se tem visto, o brilho é a intensidade da luz emitida por uma superfície.  Se, de forma constante, é necessário estar mudando a visão para superfícies com diferentes níveis de brilho, fará com que a íris tenha que regular constantemente o seu diâmetro para limitar o fluxo de luz que penetra no olho.

Realmente para fazer com que o brilho da tarefa seja igual ao dos arredores é difícil, por isso que foram estabelecidas proporções entre as duas. Considera-se que uma relação de brilho entre as proximidades não maior de 3 a 1 é aceitável e uma relação entre o objeto e qualquer parte do campo visual inferior que 10 a 1 é desejada, estabelecendo como a taxa máxima permitida a relação de 40 a 1.

As relações anteriores mostram o critério de que as proporções de brilho a conseguir são bastante amplas. Isso não deve ser confundido ou induzir a pensar que quando as relações de brilho estão perto dos máximos permitidos as condições são boas. Deve-se conseguir a uniformidade, evitando que nem o objeto de trabalho nem o seu entorno brilhe com diferenças marcantes.

Para isso se dever ter em conta as condições concretas em que a tarefa é executada e a reflexão da luz nas diferentes superfícies que a compõem.

7 Reflexo: O transtorno que provoca na visão um excessivo nível de brilho. O reflexo, tanto direto como refletido é um fenômeno muito complexo e deve ser evitado em todas as instalações de iluminação artificial, já que causa uma diminuição da percepção visual do olho humano (reflexo fisiológico) e com o tempo diminui também o bem-estar e desempenho do indivíduo (reflexo psicológico).

Quando o sistema visual está adaptado para receber uma determinada quantidade de luz e repentinamente sobre ele se faz incidir maior quantidade, provoca um impacto muito grande, já que o fluxo de luz que atinge a retina é maior do que o necessário para atingir a sensibilidade normal, pois não decorreu tempo suficiente para que a íris regulasse o fluxo de luz que devia penetrar.

Isso causa uma cegueira temporária que durará o tempo que leva para a íris regular o fluxo de luz novamente.

Embora a situação descrita seja a mais típica são poucas as profissões em que se faça necessário trabalhar com diferentes níveis de brilhos tão intensos, sendo mais frequentes os seguintes:

Reflexo direto: produzido quando o feixe de luz que emite a fonte luminosa incide diretamente sobre os olhos.

A causa disto é a localização na linha de visão do trabalhador da fonte de luz. Para evitar isso se colocam os acessórios especiais de proteção que podem ser classificados, em princípio, de difusores e refletores.

Os difusores são feitos de vidro fosco ou vidro escuro para evitar o impacto direto do fixe de luz.

Os refletores criam um fluxo de luz direcionado para uma zona determinada fazendo com ele um ângulo protetor adequado, que não deve ser inferior a 170.

As janelas ou vidros utilizados para tirar proveito da luz natural, que por dia são fontes de alto brilho, podem causar os reflexos ou ofuscamentos.

Reflexo Indireto: é causado pela incidência da luz sobre superfícies brilhantes, cuja reflexão é direcionada para os olhos. As superfícies brilhantes são causadoras deste tipo de reflexo, porque a sua reflexão é direcional.

Esta situação é fácil de evitar mudando a posição da fonte de luz, do local de trabalho ou a posição do trabalhador. Cobrindo as superfícies brilhantes com cores de acabamento opacos de reflexão não brilhantes, encontra-se outra solução.

Com o tempo de permanência à exposição de diferentes brilhos aumenta o desconforto, chegando a ficar cansativo o que no início não se notava.

Morera, Saez e Varela (2004) sugerem que o desconforto do reflexo é um fenômeno que afeta o conforto visual, colocando em risco a saúde e a segurança das pessoas na sua jornada laboral, principalmente na forma de cansaço visual, dores de cabeça, entre outros. Como resultado destas situações podem ser detectados problemas na qualidade e na produtividade das tarefas realizadas em condições de iluminação inadequada.

O fenômeno do desconforto do reflexo é sutil. A percepção por parte do trabalhador não é tão evidente como pode ser um nível sonoro excessivamente elevado. O olho humano adapta-se progressivamente às condições de iluminação o que pode impedir de notar possíveis defeitos na instalação da iluminação.

A avaliação do desconforto do reflexo se realiza mediante o índice UGR (Unified Glare Rating) da Comissão Internacional de l'Éclariage (CIE). O índice UGR e seus métodos de cálculo são descritos na publicação do CIE no117-1995: "Discomfort Glare in interior lighting". A tabela 3.1 mostra a escala UGR que quantifica desconforto do reflexo.

Tabela 3.1 Escala de quantificação do desconforto do reflexo

Denominação

Valor UGR

Imperceptível

10

Pouco perceptível

13

Perceptível

16

Pouco aceitável

19

Inaceitável

22

Pouco desconfortável

15

Desconfortável

28

Intolerável

31

8 Difusão

A iluminação difusa é obtida quando a luz incide em diferentes direções. É útil em muitos locais de trabalho, pois reduz significativamente o efeito indesejável das sombras, já que ao estar iluminado o objeto por diferentes ângulos, impede que isso ocorra. Evita também o reflexo de superfícies espelhadas. Apesar destas vantagens, se você garantir um nível determinado de iluminação em um local específico, a iluminação difusa é mais cara que a dirigida porque espalha o feixe de luz sobre uma área maior.

Em locais de trabalho onde é necessário precisar determinados detalhes de relevância, como irregularidades no acabamento de superfícies, inspeções, a iluminação difusa não é recomendada porque não destaca os defeitos. A iluminação dirigida, neste caso, é mais eficaz.

A iluminação difusa pode ser alcançada, não só a partir da instalação de maior número de luminárias, mas, a partir da utilização de sistemas de iluminação indireta ou parcialmente indireta, porque o teto e as paredes se convertem em fontes secundárias de grande superfície. Um acabamento fosco sobre elas definitivamente favorece um alto grau de difusão.

O caminho para alcançar a iluminação difusa com a utilização de sistemas não diretos de emissão de luz conduz a uma menor porcentagem de aproveitamento de energia, portanto, também deve ser levado em consideração.

Uma solução muito particular é fornecida pela lâmpada que é colocada sobre a mesa de cirurgia. É de grande diâmetro circular, colocando as fontes de luz para o perímetro da lâmpada, de modo que quando o cirurgião se inclina sobre o paciente, a sombra que ele projeta sobre ele é atenuada pela luz proveniente de outras fontes.

Algumas características da luz suave (difusa) e dura (direta), segundo Rincóndelvago (2002). A luz dura revela os contornos.

A Luz macia reduz o contraste também.

A luz suave é uma iluminação difusa, sem sombras. Obtém-se com fontes de luz de ampla cobertura. A luz dura é uma iluminação muito direcional e produz sombras pronunciadas. Obtém-se com fontes de iluminação pontuais "spots" e da luz solar direta. Quanto menor é o tamanho da fonte, mais dura é sua qualidade.

9 A Cor:

É a impressão que a luz produz na retina quando decomposta em seus diferentes comprimentos de onda. Assim, cada cor ocupa uma banda (não exatamente delimitada) do espectro eletromagnético.

A origem dessa impressão pode ser a exposição proveniente de fontes de luz monocromática ou de objetos que refletem este tipo de luz. Se uma superfície de um corpo é iluminada com luz branca (que contém todos os comprimentos de onda) e tem a cor vermelha, é porque esta superfície tem absorvido todos os comprimentos de onda exceto a faixa do espectro eletromagnético correspondente a esta cor,  que é refletida.

Determinar a pureza de uma cor é muito difícil porque não existe um critério objetivo que o sustente. Para superar esta dificuldade se estabelece a comparação com as diferentes tonalidades que vai adquirindo um corpo negro quando é aquecido. Este, como todo incandescente, na medida em que sua temperatura muda, sua cor também muda, de modo que cada cor corresponde a uma temperatura.

As diferentes cores que vai adquirindo o corpo negro aquecido a temperaturas diferentes se conhece como a temperatura de cor. Assim, quando dizemos que a temperatura da cor da chama de uma vela é 18000 K significa que sua cor é semelhante à do corpo negro quando adquire esta temperatura.

Efeitos Fisiológicos e psicológicos da cor

A percepção prolongada das cores pelo homem, condiciona a atividade de vários processos fisiológicos. Assim, a exposição às cores vermelha e amarela é pensada para aumentar a atividade muscular e a pressão arterial. Ao mesmo tempo, aumenta a frequência respiratória pela íntima relação do sistema cardiovascular e esta última se predispõe a ação e movimento. Fornece a sensação de calor.

A ação dos diferentes tons de verde produz efeito totalmente oposto, pois reduz a pressão arterial, o ritmo da respiração, enquanto o sistema nervoso, talvez por essas mesmas razões, se apazigua. Proporciona sensação de frieza, como o azul.

A cor como outras sensações que percebemos através dos sentidos está sujeita a critérios de análise subjetiva. Depende das preferências pessoais, seu relacionamento com outras cores e formas dentro do campo visual (contraste, a extensão que ocupa, a luz recebida, a harmonia com o ambiente, o estado de ânimo e de saúde etc (Fernandez e Boix, 2004). Tradicionalmente distinguimos entre cores quentes e frias. Os primeiros são os violetas, os azuis e verdes escuros. Eles dão a impressão de frescor, tristeza, isolamento e redução do espaço. Em contrapartida, o segundo, amarelos, laranjas, vermelhos e verdes claros produzem sentimentos de alegria, ambiente estimulante e acolhedor e amplo espaço.

Sensações associadas às cores

Branco: Frieza, higiene, neutralidade.

Amarelo: Atividade, impressão, nervosismo.

Verde: Calma, repouso, natureza.

Azul: Frieza.

Preto: Inquietude, tensão.

Marrom: Calor, relaxamento.

É preciso destacar também o fator cultural e climático porque nos países quentes as pessoas preferem tons frios para a decoração de interiores, no entanto nos países frios acontece o contrário.

3.4. Sistema de iluminação

Bahamonde (2000) concorda com a classificação que será apresentada em relação aos sistemas de iluminação, tendo em conta a distribuição do fluxo luminoso, por cima ou por baixo da horizontal, ou seja, tendo em conta a quantidade do fluxo luminoso projetado diretamente na superfície iluminada e a que chega depois de refletir-se pelo teto e pelas paredes.

Tabela 3.2 Distribuição do fluxo luminoso

Sistema de Iluminação

Distribuição do fluxo luminoso

Para Cima Para Baixo

Iluminação direta

0 - 10

100 – 90

Iluminação semidireta

10 - 40

90 – 60

Direta – indireta

40 – 60

60 - 40

Geral difusa

40 - 60

60 – 40

Iluminação semi-indireta

60 - 90

40 - 10

Iluminação indireta

90 - 100

10 - 0

  • Iluminação direta: É muito utilizada no ambiente industrial para trabalhar diretamente com equipe de alta eficiência, porque concentrando-se a luz para baixo em uma porcentagem elevada impede a absorção no teto e paredes.

  • Iluminação semidireta: Também são amplamente usadas industrialmente pelas mesmas razões que a direta. A pequena distribuição do fluxo para cima produz o efeito de reduzir o contraste do brilho ao fazer mais brilhante à área em torno da luminária.

  • Geral difuso: Distribui o fluxo luminoso quase que uniformemente em todas as direções. É amplamente utilizado em armazéns, escritórios etc, oferecendo uma boa qualidade.

  • Direto - Indireto: A diferença em relação ao geral difuso é que não tem componente na direção horizontal, tendo os mesmos usos e vantagens.

  • Iluminação semi - Indireta: não é utilizada praticamente no ambiente industrial por sua baixa eficiência, exceto nos serviços e nos laboratórios muito específicos, pois limita a iluminação já que favorece a relação do brilho entre a luminária e teto.

  • Iluminação indireta: Não é utilizada industrialmente por sua ineficiência, apesar de evitar o brilho e o efeito não desejado das sombras. Necessita-se de uns 30 a 50% mais energia luminosa com este sistema do que com um direto para conseguir um nível de iluminação semelhante, supondo iguais todas as outras condições. No entanto, por causa dos benefícios antes ditos, não se deve descartar o seu uso para o futuro, quando as condições de energia não forem tão urgentes.

3.5. Métodos de iluminação

Os métodos de iluminação estão referidos às áreas em que é necessário garantir um nível de iluminação. No capítulo XIII da obra Iluminación (2003), fala-se dos tipos de iluminação, que são:

  • Iluminação geral: Com este método de iluminação se consegue uma uniformidade em todo o local. Aplica-se quando em toda a área se realiza uma mesma tarefa, que exige o mesmo nível de iluminação. A simetria deve ser alcançada na instalação de fontes de luz.

  • Iluminação geral Localizada: É a necessária para alcançar em áreas que, pelo tipo de tarefa a ser executada exige altas intensidades, não sendo necessário (nem econômico) fornecer esse nível de iluminação em todos os locais que podem utilizar fontes que concentrem a luz baixa. Geralmente é suficiente para iluminar a área circundante.

  • Iluminação Suplementar: Recebe este nome o método para iluminar pontos específicos do espaço de trabalho que exige elevado nível de iluminação. É possível que o equipamento que a necessite já traga incorporado na sua fase de projeto a luminária como acontece em tornos, furadeiras etc. É combinada com a iluminação geral situada, pois a área que ela cobre é muito específica, sendo insuficiente para iluminar áreas adjacentes. Se a tarefa exige uma qualidade de luz específica, tal requisito é essencial.

  • Iluminação de emergência: Pode ser usada em casos de falha de energia elétrica, para os quais existem basicamente dois sistemas:

Os centrais: são para construções de certa importância, requerem uma central e uma manutenção, e instalações mais complexas. São usadas em instituições, empresas, comércio, igrajas etc.

Individuais ou Autônomos: São dispositivos que, individualmente, permanecem conectados à rede electrica, e ao suspender-se a energia acendem automaticamente, manterão uma iluminação mais ou menos adequada durante o tempo que durar a bateria. Quando a energia se reestabelece a bateria recarrega automaticamente. No mercado há uma grande variedade, mas para uma construção pequena pode-se utilizar equipamentos de 4 horas de duração (bateria), transportáveis, não fixas, e assim servirão para suprir outras necessidades.

3.6. Os níveis de iluminação

Por nível de iluminação se entende como a quantidade de luz sobre o plano de trabalho.

Uma vez realizado um estudo que abrange todos os aspectos vistos nas seções anteriores, a tarefa é garantir que sobre o plano de trabalho chegue a luz em quantidade suficiente que assegure a execução da atividade, mas também que se ajuste às necessidades da economia.

Escalona (2002)faz referência à norma DIN 5035 de iluminação de interiores com luz artificial. Na mesma menciona seis tipos de atividades e um intervalo de intensidade correspondente a cada uma, a fim de eleger segundo o grau de reflexão de permanência da luz (Tabela 3.3).

Tabela 3.3 Norma DIN 5035 de iluminação interior com luz artificial

Classe de atividade

Intensidade de iluminação recomendada E

Recinto destinado somente a orientação

60 Lux

Trabalhos que exigem que o olho perceba grandes detalhes com elevados contrastes

120 – 250 Lux

Atividades em que são necessárias reconhecer detalhes com reduzidos contrastes

500 – 700 Lux

Trabalhos de precisão que requerem um reconhecimento de detalhes muito precisos com uns contrastes muito reduzidos

1000 – 5100 Lux

Trabalhos de precisão que requerem um reconhecimento de detalhes muito precisos com uns sete contrastes muito reduzidos

2000 – 3000 Lux

Casos especiais em que o trabalho a realizar impõe altas exigências, pouca energia para a intensidade de iluminação: por exemplo, iluminação de uma sala de operações clínicas

5000 Lux ou mais

Deve-se considerar que todas as superfícies (teto, piso, paredes) refletem a luz que incide sobre elas. As superfícies claras e brilhantes possuem maior poder refletor, as escuras refletem menos. Isto se deve ter em conta não somente ao eleger a intensidade da iluminação, mas também ao estudar a distribuição das lâmpadas e os planos de trabalho.

Considerações Finais

Falar da importância da visão e da audição humana pode até parecer redundância diante de tudo que já foi discutido aqui. Mas, o que se observa em muitos locais de trabalho e nas mais variadas empresas é que nem todos percebem o quanto estes sentidos são essenciais para a consecução dos trabalhos. É claro que existem outros fatores relevantes e outros itens evidentes no que diz respeito à falta de condições adequadas no meio ambiente do trabalho, mas este é um fator histórico e precisa de outra análise.

O que se deve evidenciar é que o olho humano é o receptor mais importante de informações. Alguns estudos mostram que de 80 a 90 % de todas as nossas percepções ocorrem através da visão o que não é muito diferente em muitos trabalhos que o homem realiza. Supostamente pode-se então acreditar – pela experiência e vivência – que grande parte da fadiga relativa ao trabalho passe pela sobrecarga dos olhos.

Somos seres projetados e dimensionados para trabalhar com a luz natural. A luz do dia com céu claro e sem nebulosidades é composta de 90 % de luz solar direta e 10 % de luz difusa. Sempre que possível os postos de trabalho devem ser planejados para o máximo de aproveitamento possível da luz natural. Neste ponto é interessante citar alguns números: em um dia nublado de verão é possível encontrarmos de 10.000 a 30.000 lux em locais abertos. – já em dias de verão os valores chegam a 100.000 lux.

Outro aspecto muito relevante é a questão da audição. A exposição frequente ao som alto leva à surdez ocupacional. Algumas iniciativas e uso de protetores podem resolver o problema -Furadeiras, britadeiras, buzinas, entre outros itens muito comuns no cotidiano, aliados a falta de conhecimento das normas do trabalho, da consulta ao médico ocupacional e ao otorrinolaringologista, e o descaso com equipamentos de segurança estão entre as principais causas da surdez ocupacional, um dos mais graves problemas ocasionados em ambientes de trabalho no Brasil.

Eis aí o grande objetivo deste estudo. Alertar e ajudar, com algumas informações e direcionamentos para a arganização consciente do ambiente de trabalho a fim de criar as condições necessárias para um trabalho com qualidade e um trabalhador com saúde.

Referências

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Agradecementos,

A La vida, por darnos la oportunidad de presentar este trabajo.

Fruto del esfuerzo y la dedicación de los autores en el camino profesional.

A nuestros Hijos por ser el motivo y la razón para vivir.

 

Autores:

Grether Lucía Real Pérez

Máster en Gestión de la producción, Profesora axiliar, profesora de Ergonomía y Seguridad y Salud Ocupacional

Joaquin Aramis García Dihigo

Doctor en Ciencias Técnicas, Profesor Titular, profesor de Ergonomía y Seguridad y Salud Ocupacional

Nota: La primera versión de este libro fue realizada por los autores en el ano 2005 en español.

El ISBN (Certificación de Depósito Legal Facultativo de obras protegidas) es: 1488-2008

Partes: 1, 2, 3, 4


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