A relação do homem com o ambiente laboral



Partes: 1, 2, 3, 4

  1. Prefácio
  2. Relação homem/trabalho: breve histórico
  3. Carga de trabalho mental
  4. Ruídos e vibrações
  5. Iluminação
  6. Considerações finais
  7. Referências

PREFÁCIO

Diversos textos tratam com frequência das relações que se estabelecem entre o homem e o ambiente de trabalho. Estes temas têm sido abordados a partir de uma visão técnica, sociológica e humana. Uns isoladamente e outros tratando de dar um caráter mais integrador.

A presente obra pretende realizar um estudo técnico de alguns problemas laborais, buscando, fundamentalmente, uma forma de avaliar as características de um ambiente de trabalho para sugerir uma forma de controle deste ambiente. Os exemplos aqui evidenciados trazem resoluções de casos em que foram dadas respostas adequadas a situações desfavoráveis em um ambiente de trabalho hostil.

Procurou-se incorporar ao trabalho referências bibliográficas atuais, incluindo vários sites da internet, todos eles reconhecidamente sérios e de qualidade incontestável.

Os três capítulos da obra foram elaborados a partir de contribuições de diversos autores que tratam do tema, fruto de conhecimentos advindos de experiências práticas, adquiridas ao longo de anos de pesquisas, o que tem enriquecido o acervo cultural de cada um.

Outros muitos aspectos relacionados ao ambiente laboral não se encontram no presente trabalho: ventilação, radiações ionizantes, contaminação ambiental e outros. Isso porque não é nossa intenção esgotar o tema, ao contrário, este é um convite a novas abordagens. Sendo o começo de um estudo científico, aberto às curiosidades e buscas dos leitores, nosso convite à leitura da obra se faz presente aqui.

Que cada leitor compreenda e cuide dos detalhes da sua vida laboral para, consequentemente, cuidar da sua saúde.

Boa leitura.

Os autores

RELAÇAO HOMEM/TRABALHO: BREVE HISTÓRICO

O estudo científico do ambiente laboral (ambiente de trabalho) tem surgido, na contemporaneidade, como produto do desenvolvimento da sociedade. É o mesmo que dizer que o ritmo acelerado do desenvolvimento social e econômico é que tem provocado este estudo sistemático sobre as condições em que se desenvolvem as atividades laborais.

A origem dos problemas no ambiente laboral é tão antiga quanto o surgimento do próprio trabalho. Isto é óbvio. O que precisa ser levado em consideração é que naqueles tempos os instrumentos de trabalho eram tão rudimentares que não se podia pensar que os riscos a que os homens estavam expostos poderia constituir uma preocupação para eles.

As condições de trabalho em suas sucessivas fases históricas não demandaram a atenção do homem com ele mesmo. O grau de desenvolvimento das ciências o impedia. Apenas alguns lúcidos homens da ciência, intuíam, mais que descreviam, o efeito sobre a saúde do homem das condições em que ele desenvolvia a sua atividade. As pesquisas históricas coincidem quando assinalam Hipócrates (século V, a.C) como o primeiro nestas investigações. Seu livro: "Dos ares, águas e lugares" é uma obra que trata da influência da natureza sobre a saúde do homem e assinala duas causas fundamentais para as enfermidades que se apresentavam: as influências externas, que podem ser inanimadas (temperatura, clima, alimentação, venenos.), animadas (parasitas de origem animal.), psíquicas (emoções.) e internas (raça, sexo, idade.).

Outra tentativa de proteger a saúde humana em uma época tão longigua como o século I a.C nos foi oferecido por Plinio, chamado de "O Velho", em sua obra "História natural". Essa obra perdurou longo tempo representando os elementos nocivos e valores reconhecidos pela humanidade de particular interesse na saúde ocupacional, pois descreveu os primeiros meios utilizados para a proteção pessoal utilizado pelo homem para evitar a inalação do pó, utilizando máscaras produzidas com bexigas de animais.

A Fisiologia humana, este complexo sistema de mecanismos que possibilitam a vida, oferece um apoio particular ao campo da segurança humana. É possível conceber um estudo sobre as capacidades e limitações do homem no desenvolvimento da sua atividade fundamental sem conhecer os mecanismos o regem, sem conhecer o seu funcionamento? Galeno, no séc II d.C, descreveu anatomicamente o coração e algumas estruturas cerebrais do homem. Descreveu também os músculos que possibilitam o movimento indispensável para o trabalho, localizados nos braços e peito. Inicia-se, então, um estudo do corpo humano e a sua capacidade de trabalho.

Outros homens, desta mesma época, contribuiram nestes estudos, sem dúvida, e alcançaram valiosos conhecimentos que estabeleceram as bases e, sobre elas, se embasaram estágios superiores do conhecimento.

Durante mais de dez séculos a literatura não recolheu estudos neste campo, até encontrar uma obra muito objetiva e precisa no campo que nos ocupa: "Dos ofícios e das enfermidades das Montanhas", escrita por Aureolus Tecfrastus Von Hchemchein, conhecido como Parecelso (1493-1541). Ela descreveu as doenças profissionais que padeceram os mineiros e fundidores de metais, enfatizando as patologias que apresentaram os profissionais que trabalhavam com sílica e as intoxicações por chumbo e mercúrio.

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