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No ímpeto de indicarmos alguns dos autores e obras com os quais torne-se possível uma diversificação ou ao menos um início de, a monografia presente realiza, então, a identificação de alguns escritores do século XXI, no Rio Grande do Sul.
A importância desses escritores se justifica à medida que tenciona contribuir para a concretização do apreço pela leitura por parte dos alunos, pois é através de suas obras, com temáticas e linguagem dentro do contexto jovem, que entendemos que o aluno possa sentir-se atraído pela leitura e assim , quem sabe, apropriar-se, futuramente, com mais êxito e prazer de obras clássicas que necessitam ler.
Dentre esses autores, destacamos cinco deles, bem como suas biografias e bibliografia, para comporem o corpus do presente trabalho. São eles Daniel Galera - autor de 29 anos que teve narrativas adaptadas para o cinema e o teatro; Daniel Pellizzari, escritor cuja coletânea de contos foi traduzidas para o italiano; Fabrício Carpinejar, reconhecido poeta e cronista, coordenador do curso superior de formação de escritores e agentes literários da Unisinos; Paulo Scott, autor de Ainda Orangotangos, recentemente lançado nos cinemas nacionais e Carol Bensimom a mais jovem, mas não menos importante, escritora gaúcha, agraciada pelo o seu livro Pó de Parede.
Para selecionarmos os cinco escritores que comporiam o corpus desta monografia, outros muitos autores foram lidos, prova da diversidade da literatura pós-contemporânea[1]gaúcha. Para realizarmos a seleção adotamos, pois, alguns critérios, dentre eles a idade quando teve, o autor em questão, a primeira obra publicada, estipulada em até 35 anos.
As obras publicadas deveriam, ainda, fazer parte deste século, ou seja, a partir do ano 2000, (cientes de que o início do século[2]deu-se em 2001), além de serem naturais do Rio Grande do Sul, ou aqui radicados a mais de dez anos.Tais critérios de seleção não impediram que muitos autores fossem surgindo à medida que realizávamos a pesquisa, então decidimos por aqueles que obtiveram algum destaque na mídia, e estes, cujos nomes foram citados acima, receberam maior atenção.
Como o propósito deste trabalho não se restringe somente aquele que é seu objetivo inicial, exaltar a leitura no âmbito escolar, mas visa também divulgar a nova geração de escritores, dedicamos aos autores cujas narrativas mostraram-se interessantes, um espaço, embora pouco, para que fossem apresentados.
Desta forma, preocupados em contribuir para que a literatura renove-se constantemente e siga narrando os novos aspectos e temáticas que brotam a cada geração, os autores que escolhemos para ocupar tal espaço são: Alessandro Garcia, André Czarnobai – "O Cardoso", Antônio Xerxenesky, Ítalo Ogliari, Marcelo Benvenutti, Marcelo Spalding, Michel Laub, Olavo Amaral, Rodrigo Rosp e Samir Machado de Machado.
Do exposto basta ressaltar que esta monografia faz parte do quarto semestre do curso de letras desta universidade, logo, não assentimos estar devidamente preparados para a crítica e análise de textos literários. Desta forma as narrativas dos autores aqui apresentados não foram julgadas, nos restringimos a lê-las e selecioná-las por critérios poucos e próprios que resultam das experiências e aprendizagem da iniciada vida acadêmica.
A fim de proporcionar ao leitor deste trabalho monográfico um indício do que escrevem e como escrevem nossos jovens autores, ou ainda, apontar as influências que sofrem, bem como justificar um dos critérios de seleção citados, anexamos algumas críticas feitas, sobre estes, pela mídia em seus variados meios de propagação.
Desde que o homem estuda as artes por ele mesmo produzidas, a função da literatura tem sido bastante discutida. Para o bom desenvolvimento do presente trabalho é pertinente a reafirmação da importância da literatura, que entre tantas funções, exerce, dentro da escola, a sua função por excelência, atuando como instrumento de educação e formação do homem.
Antonio Cândido diz que a literatura não corrompe nem edifica, mas humaniza em sentido profundo porque faz viver. E afirma:
"A literatura pode formar; mas não segundo a pedagogia oficial. [...], ela age com o impacto indiscriminado da própria vida e educa com ela. Dado que a literatura ensina na medida em que atua com toda a sua gama, é artificial querer que ela funcione como os manuais de virtude e boa conduta. E a sociedade não pode senão escolher o que em cada momento lhe parece adaptado aos seus fins, pois mesmo as obras consideradas indispensáveis para a formação do moço trazem freqüentemente aquilo que as convenções desejariam banir [...]. É um dos meios por que o jovem entra em contato com realidades que se tenciona escamotear-lhe."
Visto a importância da literatura como formadora do homem, ainda pela visão de Antônio Candido, ela tem também a função social, que diz respeito à identificação do leitor e de seu universo vivencial representados na obra literária.
A literatura é a transfiguração do real, é nela que estão retratados os sentimentos humanos e as diversas formas de relação do homem com aquilo o que sente. Na literatura está às verdades de uma mesma condição humana, o que possibilita ao homem, ao ver seus costumes retratados, uma reavaliação da postura que assume. Ler é criar consciência do que somos, é examinar o mundo em que vivemos para transformá-lo no mundo em que gostaríamos de viver.
Iara Bitencourt Neves[3]entende que, neste sentido, a literatura se torna um instrumento fundamental para a promoção da internação dos indivíduos no meio social, porque favorece o diálogo, a vinculação de idéias, as trocas simbólicas [...]. E destaca que ao permitir a construção de conhecimento a partir de experiências já vividas, a leitura está associada ao ato de escrever e vice-versa, logo, a literatura torna-se indispensável, também, à prática de ensino.
Partindo da premissa de que toda obra literária nasce da imaginação ancorada na realidade, realidade histórica e social vivenciada pelo escritor, deve-se ressaltar que, para se tornar efetiva, isto é, produzir sentido ou significado e desenvolver a função social , apresentada anteriormente, sustentada por Antonio Cândido, a leitura necessita estar ampara. A produção de sentido que dela decorrerá está associada ao conhecimento e a experiências prévias da realidade do leitor. Quando o indivíduo não reconhece o mundo que lê, não participa da realidade em que a personagem está inserida, atuando apenas como observador causando-lhe uma alienação e determinando o desinteresse e abandono da leitura.
Toda leitura é realizada a partir do acervo de conhecimento de cada pessoa e se o aluno não conseguir ler com propriedade um texto, não tiver condições de desenvolver a construção de novas idéias a partir daquelas advindas desta leitura,
ou ainda, associar as informações com conhecimentos ou experiências anteriormente adquiridas, dificilmente poderá tirar proventos do que lê e a leitura perde sua acepção , deixando a escola, de cumprir aquela que é a sua função.
Os jovens quando compelidos a ler certos escritores se afastam do gosto de apreciar deveras a literatura. Muitos, por não estarem preparados para a densidade
de textos mais intricados, como alguns exigidos em vestibulares, intimidam-se e passam a proferir seu desgosto. O orientador precisa, então, ter sensibilidade e interesse em mudar essa perspectiva do jovem para com o livro.
A importância da leitura e conhecimento dos textos renomados e clássicos pelos alunos do ensino médio não se questiona. As leituras são importantes, entre tantas proficiências, para que gerações atuais conheçam outros contextos sociais, que não o seu. O professor, porém, precisa ensinar "além vestibular". É necessário que tenha consciência de que o crescimento e êxito do homem devem ser constantes e, assim sendo, devem romper os portões da escola. O aluno deve aprender a apreciar a leitura para que ela torne-se um hábito e não uma obrigação, e está nas mãos dos professores realizar tal façanha.
Para que se reconquiste esse aluno é necessário que a instituição escolar, ciente de que, nesta fuga à leitura empreendida pelos jovens há um problema, disponha-se a renovar. Faz-se necessário uma atualização dos profissionais da educação. Estes devem buscar informações, pesquisar sobre outros autores, ler outros textos, buscar obras atuais que, por exemplo, contenham os mesmos conflitos e temáticas dos clássicos que querem trabalhar, trazendo num primeiro momento o contexto para a realidade do aluno, creditando a ele embasamento e contribuindo na aquisição de experiências suficientes para que não se decepcione ao deparar-se com os textos mais complexos.
Diversificar não é tão simples considerando a realidade de nossa educação e o descontentamento dos profissionais que nela atuam, mas o presente trabalho se propõe a apresentar, essas alternativas literárias arrazoadas. Através do perfil dos
escritores que traremos, o professor terá por onde começar a sua inovação e dali
fazer uma jornada em busca dos escritores que mais correspondem com sua didática, contribuindo para o resgate de uma geração de alunos leitores, visto a importância da literatura para o desenvolvimento do homem e da sociedade.
O que faz da literatura, literatura? Há muitos teóricos que discutem a questão e com isso temos cada vez mais ampliado o caminho para conceituar esse fenômeno tão complexo e, em certo sentido, inclassificável.
O conceito de literatura passou por várias transformações ao longo de sua história para ser entendido como é hoje. Marisa Lajolo defende, ao discorrer sobre o conceito de literatura, a diversificação dos conceitos formulados e a necessidade de se preservar as sortidas acepções sobre o que é literatura.
Os sentidos sobre literatura variam tanto que houve um tempo em que praticamente tudo o que se escrevia era literatura, tanto que, ainda nos dias atuais, ouvimos termos como literatura médica, literatura policial, literatura gastronômica etc. Lajolo expõe que com formas tão diferentes de produção e circulação de objetos igualmente dominados literatura, será que é possível defini-la?.
Lajolo afirma ainda que as definições acerca dos textos que servem ou não para constituir o conceito literatura, funcionam, sempre, para que as produz.
"E por que não funcionariam? Afinal, pensadores, escritores, artistas e demais envolvidos em teorias e práticas de literatura discutem, escrevem, polemizam (antigamente às vezes até duelavam!) e molduram conceitos de seu tempo, aos horizontes dos leitores, às práticas de leitura em vigor. Por isso parecem explicar de forma convincente o que é literatura. [...] Quando surgem novos tipos de poemas, de romances e de contos e outras multidões de leitores entram em cena, aquela livralhada toda passa a ser lida de forma diferente. Os novos leitores [...] engatam novas discussões, formulam novas teorias, propõem novos conceitos até que a poeira assenta para, de novo, levantar-se em nuvem tempos depois".
Embora quando se afirma que a literatura é inclassificável ela já esteja sendo classificada, o sentido do termo inclassificável se justifica quando pensamos a literatura sob a perspectiva do leitor. É este quem dirá se um texto é literatura ou não.
Se a escrita é uma forma de linguagem e as diferentes formas de linguagem servem para comunicar algo a alguém, compreende-se que a literatura, modalidade da linguagem escrita, também tem por meta a comunicação de uma mensagem a um tipo de leitor capaz de interpretá-la, de torná-la comum. Portanto, caberá ao leitor o juízo de valor sobre a literariedade de uma obra.
Conceitos à parte, as discussões sobre livros, literatura e leitores, só são possíveis porque a arte do fazer literário não se restringiu aos séculos passados. Neste trabalho apresentamos a importância da literatura, da leitura como ferramenta de construção e evolução do homem e ponderamos sobre a necessidade de se formar leitores. Cabe-nos agora questionar a importância de renovação da literatura em si, visto que a literatura, sempre foi e enquanto existir continuará sendo um denominador comum da experiência humana[4]
Para que experiências, atitudes, culturas e conceitos continuem a ser registrados, precisamos de escritores dispostos a narrar continuamente a humanidade. A literatura não pode estacionar . Acompanhada às novas gerações vem novos movimentos, novas crises humanísticas que carecem de registro para servir a gerações, atuais e futuras, sucessivamente. Se refletimos sobre tempos passados para remontar o nosso, como reconheceremos o que deve ser mudado, então, se não ponderamos as questões que permeiam a época atual.
Do exposto, basta firmar, então, que o novo escritor tem um papel fundamental a cumprir, uma vez que o declínio do ato de narrar é também um declínio na condição existencial dos próprios homens.
Os escritores selecionados para este trabalho representam um conjunto de forças poéticas, sempre necessárias à renovação de linguagem de qualquer literatura. Através deles reconhecemos os conflitos da nova geração, os seus interesses e gostos, as suas concepções de mundo, e a partir da leitura desses novos escritores, concebemos ainda, novas formas de linguagem e comunicação, características pertinentes ao ofício de ensino.
Alguns dos autores que apresentaremos não são, ainda, grandes escritores e portanto não devem ser analisados pelos crivos machadianos. Jovens de no máximo 35 anos, possuem, esses, personalidade, sensibilidade descritiva, dedicação, interesse e muita técnica e estudo. Maturidade literária só se alcança com o tempo e confiantes de que a literatura só vive quando em movimentação constante e de que esses novos autores agregam grande potencial e competência, além de paixão pela arte, foi que o tema sobre o qual este trabalho se aplica, foi definido.
Além da preocupação com a propagação da leitura entre os jovens, preocupa-se também, esta monografia, com a literatura atual e suas movimentações, a fim de incentivá-las e divulgá-las. Atenta para as necessidades, de um todo, não só do professor ou aluno, de prestar-se ao novo, de atualizar-se e interessar-se pelo presente, de consentir possibilidades, de estar a par dos movimentos literários, lingüísticos e sociais correntes, enfim, de oportunizar que este aconteça.
Para encerrar este capítulo, prescrevo um trecho do filósofo Descartes, em seu Discurso do Método, no qual, na primeira parte, apresenta considerações sobre o bom senso e a importância de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e de não considerarmos sempre as mesmas coisas.
O discurso cartesiano reflete sobre a necessidade do novo, o que vem ao encontro do propósito aqui exposto.
"É bom saber algo dos costumes de diversos povos, a fim de julgar os nossos mais corretamente, e não pensar que tudo que se opõe aos nossos modos é ridículo e contrários à razão, como costumam fazer os que nada variam. Mas, quando se emprega tempo demais em viajar, acaba-se por virar estrangeiro no próprio país; e, quando se é muito curioso por coisas que se praticavam nos séculos passados, fica-se geralmente muito ignorante das que se praticam neste".
Daniel Galera nasceu em julho de 1979, na cidade de São Paulo, mas morou a maior parte da vida em Porto Alegre. Formado em Publicidade ePropaganda pela UFRGS, além de escritor, atua como tradutor de língua inglesa, edita o blog Rancho Carne e é hoje considerado pela crítica uma das principais referências da nova geração de escritores no Brasil..
Iniciou suas publicação na internet em 1996 e, em 1998, tornou-se colunista do ezine CardosoOnline (COL) , um dos mais populares fanzine eletrônicos que alcançou o número de 5.000 assinantes e contribui para o lançamento de alguns escritores da nova geração. Lançou em 2001 Dentes Guardados, seu primeiro livro, pela editora Livros do Mal, editora criada, no mesmo ano, por Galera em sociedade com os amigos Daniel Pellizzari e Guilherme Pilla.
Dentes Guardados teve duas edições esgotadas, contos adaptados para o teatro e chegou a ser lançado na Itália. Os quatorze contos que o compõe chamaram a atenção de alguns críticos que voltaram as atenções para Daniel Galera sobre o qual escreveram[5]
"[...] um escritor estreante com consciência dos poderes subjetivos da literatura."
Folha de São, por Paulo Bernardo Carvalho.
"Refletindo o combate entre uma neurose enferrujada provocada pelo ambiente hostil do capitalismo e a erupção dos instintos humanos como uma ruptura brutal e efêmera com a civilização, as criaturas do autor vêem-se suspensas."
Ócio do Caramujo, por Rodrigo Moreno
"Daniel Galera anda no fio da navalha da ficção e confissão. A começar pelo título, tirado de Hilda Hilst, Dentes guardados estabelece diálogos com a tradição literária, mas cada uma das 14 histórias é atravessada por referências ao cotidiano de jovens intelectualizados e saudavelmente insatisfeitos com a vida. Isso se manifesta, é claro, em situações, mas principalmente no bom ouvido de Galera para registrar o coloquial sem descuidar da forma. Seus personagens são facilmente reconhecíveis, mas não decalcam a vida: são, por tudo isso, solidamente literários [...]".
Revista Época, Paulo Roberto Pires.
Em 2003, aos 23 anos, Daniel escreveu seu segundo livro, a novela Até o dia em que o cão morreu, lançado inicialmente pela editora Livros do Mal. Como sua primeira obra obtivera grande êxito a novela caíra nas graças dos leitores. Até o dia em que o cão morreu projetou seu nome nacionalmente e foi festejado pela crítica por seu caráter renovador.[6]
"Estou lendo, e admirando pra burro, o estilo de um garoto chamado Daniel Galera. O menino gaúcho tem apenas 23 anos e escreve como um velho endemoniado. Até o Dia em que o Cão Morreu, da editora Livros do Mal, merece uma visita. É escrita de cachorro grande."
Revista Caros Amigos, Carlos Castelo Branco.
"O que parecia uma história de amor se torna uma espécie de fábula sobre a decadência [...]. Quem sabe por isso emane do livro uma aura que lhe confere, desde já — e sem favor nenhum —, o status de clássico"
O Globo, por Ronaldo Bressane.
"É possível que [Galera] tenha captado como ninguém o espírito dessa geração que, aos olhos dos mais velhos, parece perdida e desejosa de prolongar indefinidamente a adolescência. Seja como for, Até o dia em que o cão morreu revela um escritor talentoso e cheio de personalidade, que tem no frescor da linguagem sua virtude mais evidente."
Carta Capital, José Geraldo Couto.
O nome Daniel Galera desperta o interesse da renomada editora Companhia das Letras que lança em 2006 seu terceiro livro, Mãos de Cavalo, marcando a passagem do autor rumo a ascensão literária. Um romance que tem Porto Alegre por cenário e conduz o leitor a percorrer, na bicicleta do personagem, os bairros e os pontos peculiares da cidade.
A segunda edição de Até o dia em que o cão morreu foi lançada em 2007 pela Companhia das Letras e no mesmo ano é adaptada para o cinema por Beto Brant e Renato Ciasca. Sob o nome de Cão Sem Dono, o filme recebeu duas indicações ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, nas categorias de melhor diretor e melhor roteiro adaptado. Ganhou três prêmios no Festival do Audiovisual, e no Festival de Cuiabá foi escolhido na categoria melhor Atriz (Tainá Müller).
Daniel Galera conquistou seu espaço no círculo literário e recebe incentivo por parte dos meios de comunicação sempre atentos à literatura e suas novas apostas. Neste ano, 2008, Galera lança seu mais recente livro, Cordilheira, ao qual muitos aguardam esperançosos por testemunharem a metamorfose daquele que acreditam tornar-se-á um futuro "mestre da literatura".
3.1 BIBLIOGRAFIA DE DANIEL GALERA
3.1.1 LIVROS
Romance editado pela Companhia das Letras em 2008.
Romance lançado em 2006 pela Companhia das Letras.
Novela romântica lançada pela editora Livros do Mal em 2003 e reeditada pela Companhia da Letras em 2007.
Primeiro livro do autor, composto por quatorze contos lançado pela editora Livros do Mal, em 2001
3.1.2 PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS
O escritor Daniel Pelizzari nasceu em Manaus no ano de 1974 e reside em Porto Alegre desde 1984. Mojo, como também é conhecido, iniciou alguns cursos de graduação: jornalismo, história, letras e psicologia, mas, como afirma, não teve "paciência para terminar nenhuma", dedicando-se então à sua paixão, os livros. Em 1996 estudou criação literária com Luis Antonio de Assis Brasil.
Mojo foi um dos primeiros autores brasileiros a explorar a internet como meio de divulgação e laboratório literário e de 1998 a 2001 foi um dos COLunistas do finado mailzine CardososOnline.
Ao lado do amigo Daniel Galera, fundou, em 2001, a editora Livros do Mal. Lançou, então, seu primeiro livro "Ovelhas que Voam de Perde no Céu" , que teve seus 600 exemplares iniciais esgotados. Os textos desta coletânea não eram inéditos, todos já haviam sido publicados na internet e ainda assim esgota duas edições, fato que repercutiu com bastante estrondo na imprensa nacional.
"Dentes guardados e Ovelhas que voam se perdem no céu marcam a estréia de dois autores novos, Daniel Galera e Daniel Pellizzari, jovens (23 e 27 anos) que lançam uma editora (a Livros do Mal) para escoar a produção que há alguns anos derramam na Internet. Seu principal trunfo é mostrar como "novo" pode passar de adjetivo a substantivo: uma prosa sem travas mas livre de espontaneísmo, radicalmente urbana (ambos vivem em Porto Alegre) [...]"
Revista Época, 11 de fevereiro de 2002, por Paulo Roberto Piresdo.
"Os contos de Daniel Pellizzari avançam no experimentalismo, utilizando-se de formas narrativas inesperadas, para catalisar o absurdo de suas histórias.[...] Borges e Cortázar estão presentes em contos como A Fronteira no Fim do Mundo, O Vôo das Ovelhas e Arnaldo e os Moinhos. Neles, Pellizzari cria universos a partir do inconsciente humano e os sobrepõe ao material, carregando-o de ainda mais realidade".
Revista Carta Capital, 17 outubro de 2001, por Marcelo Träsel.
"[...] faz experiências com a forma, joga com enxertos no tempo e na intertextualidade, como no conto "Arnaldo e os Moinhos", homenagem a Dom Quixote. [...] recriam experiências bastante pessoais da geração que ainda não fez 30 anos com engenho e clareza promissores. Os temas até podem ser comuns na literatura (sexo, drogas, bebedeiras), mas há histórias de vida muito específicas nos contos, um registro bastante detalhado, despudorado sem perder a elegância, [...]."
Zero Hora, Segundo Caderno, 01outubro de 2001, por Cris Gutkosky.
Ovelhas que voam teve, em 2002, contos adaptados para o teatro pelo grupo paulistano Cemitério de Automóveis, de Mário Bortolotto e em 2004 foi traduzido para o italiano com o título adaptado Percore Che volano si perdono nel cielo , pela editora Arcana Librie.
Em 2002 chega às bancas seu segundo livro de contos, O Livro das cousas que acontecem, também lançamento da editora Livros do Mal. Composto por 14 contos, a crítica aprovou Daniel Pellizzari e seus textos nada convencionais.
"O Livro das Cousas que Acontecem, de Pellizzari: nele, estão reunidas histórias fantásticas e surrealistas, que adotam uma narrativa de crônica, aproximando o absurdo do jornalístico, mais até do que da literatura".
O Estado de SP, 11 de janeiro 2003, por Haroldo Ceravolo Cereza.
"Desta vez parece que Pellizzari quer mostrar como nossos cérebros e conceitos são fracos e confusos diante das cousas que acontecem. Porque, sim, os personagens estranham e tentam explicar os absurdos que lhes batem à porta (literalmente). Mas acabam se confundindo ou simplesmente cansando da lógica".
Revista Fraude.com, outubro de 2002, por Eduardo Fernandes.
Na sequência surge então a narrativa longa e o primeiro romance do autor é lançado em 2005 pela editora DBA. "Dedo Negro com Unha" é intitulado pelo autor como uma "farsa épica contendo as mais abstratas, discutíveis, traumatúrgicas e desopilantes desventuras ocorridas desde o início dos tempos até os atribulados dias pentadiluvianos".
"O grotesco em Dedo Negro com Unha é feito sob medida para enojar a mesma classe média urbana que acha muito natural, e até divertido, o show de horrores dos programas dominicais nas redes abertas de tevê. Mas, nesta comédia horripilante, a gargalhada dá lugar a um sorriso amarelo. A estratégia do autor é brincar com narradores múltiplos, mistura de linguagens e muita experimentação formal, características que fazem deste um romance tipicamente pós-moderno. Ou, se o termo provoca mal-estar no estômago do leitor, um romance, para todos os efeitos, "contemporâneo".
Aplauso, 3 de outubro 2005, por Fábio Prikladnicki.[7]
Daniel Pellizari, além de escritor atua como tradutor, já traduziu para o português brasileiro obras de William S. Burroughs (O Almoço Nu), Irvine Welsh , Hunter S. Thompson (Medo e Delírio Em Las Vegas, um dos marcos do chamado gonzo jornalismo) e série em quadrinhos Sandman, do escritor britânico Neil Gaiman . O último trabalho do autor foi a tradução de Menino De Lugar Nenhum - David Mitchell, lançado pela Companhia das Letras em 2008.
4.1 BIBLIOGRAFIA DE DANIEL PELLIZZARI
4.1.1 LIVROS
Dedo negro com unha
Primeiro romance do autor, lançado pela editora DBA, em 2005.
Livro de contos, lançado pela editora Livros do Mal em 2001.
Ovelhas que voam se perdem no céu
Livro de estréia, lançado pela editora Livros do Mal em 2001, reúne 19 contos dos quais merecem destaque "Um Hamster" e "Jardim de Infância"[8].
4.1.2 PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS
Lusofonica: La nuova narrativa in lingua portoghese - La Nuova Frontiera, Itália, 2006.
Contos do Novo Milênio - Instituto Estadual do Livro/RS, 2006.
Sex'n'Bossa - Mondadori, Itália, 2005.
Contos de Bolso - Casa Verde, 2005.
Wunderblogs.com - Barracuda, 2004.
Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século, Ateliê Editorial, 2004.
Geração 90: Os trangressores - Boitempo Editorial, 2003.
Jovem escritor 90 - Nova Dimensão, 1990.
Filho dos poetas Carlos Nejar e Maria Carpi, Fabrício Carpinejar nasceu no município de Caxias do Sul, no ano de 1972, e mudou-se para Porto Alegre aos dois anos De idade.
Forma-se em jornalismo pela UFRGS em 1995 e no ano seguinte lança seu primeiro livro de poesias, "As solas do sol", o primeiro dentre os nove que compõem a bibliografia do autor. A imprensa reconhece o talento do jovem poeta, que surpreende pela autenticidade..
"O primeiro livro de Fabrício Carpi Nejar (que fundiu tudo no sonoro Carpinejar) mostra um poeta de versos densos. Seja pelo uso de metáforas com múltiplos significados ou pelo ritmo bem marcado de seus versos".
Revista Aplauso, 1999, por Eduardo Nasi.
Carpinejar passa a colecionar prêmios literários. O primeiro, em 1999, é o Prêmio Fernando pessoa, da União Brasileira de escritores. Depois, somaram-se outros como Prêmio Nacional Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (2003).
Seu segundo livro, Um terno de pássaros ao sul, surge em 2000, mesmo ano em que ingressa no mestrado de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Um terno de pássaros ao sul, recebeu o Prêmio Destaque da 46º Feira do Livro de Porto Alegre, e o Prêmio Literário Internacional 'Maestrale - San Marco' 2001, de Gênova / Itália (categoria obra em língua estrangeira).
O poeta Carpinejar, incansável, publica um livro após o outro. Lança, em 2001 Terceira Sede, escolhido como o melhor livro de poesia 2001, o qual rendeu o Prêmio Açorianos de Literatura 2002 e Prêmio Nacional Cecília Meireles 2002, da UBE. Em 2002, ano em que conclui seu mestrado, publica Biografia de uma árvore, escolhido como o melhor livro de poesia de 2002, agraciado com o Prêmio Nacional Olavo Bilac 2003, da Academia Brasileira de Letras.
Carpinejar, já conhecido nacionalmente e renomado poeta brasileiro, tem mais livros publicados, somados a muitos outros prêmios: 30 segundo (mini-coleção, 2003); Caixa de Sapatos – Antologia (2003);
Contrariando a realidade do gênero poesia, Cinco Marias, lançado em 2004 entrou na 2ª edição em apenas dois meses, fato raro aos poetas. O livro, na verdade, pode ser lido tanto na forma de poesia como de um romance. Registra o diário de uma casa, imitando o jogo infantil com o revezamento de vozes. Cada poema é a fala de uma das personagens. Segura-se uma das pedras de pano para pegar a outra, assim, as personagens se complementam até um final surpreendente.
Reconhecido com uma das novas forças da literatura brasileira, Carpinejar tem sua obra editada em Portugal e na Itália, e vários de seus versos já foram publicados em revistas e antologias no México, Alemanha, Índia, Colômbia e Espanha. Nos anos seguintes surgem Porto Alegre e o dia em que a cidade fugiu de casa (2004) e Como no Céu /Livro de visitas (2005).
O jornalista, mestre em literatura e poeta comparece então pela primeira vez vestido em prosa com o livro O Amor Esquece de Começar. Lançado em 2006, o livro de crônicas de carpinejar é a prova de sua versatilidade.
"As crônicas reunidas em O amor esquece de começar são textos simples. No entanto, embora não tenham um sentido oculto, nem por isso lêem-se ao pé da letra".
Entre livros, maio de 2006, por Heidi Strecker.
"[...] Carpinejar faz com a crônica aquilo que tanto já fez com a poesia, apesar dos pouco mais de 30 anos de idade e da produção ainda relativamente pequena: muito mais do que trazer novas idéias e fazer afirmações com alguma relevância, transforma textos, livros ou mesmo frases/versos isolados em literatura de verdade. Eleva a crônica, tanto quanto a poesia, à sublimação que só a arte é capaz de elevar. O Amor Esquece de Começar é crônica "mas" é arte, é crônica "mas" é literatura de verdade."[9]
Revista Aplauso, Junho de 2006, por Daniel Felix.
Ainda em 2006, Carpinejar lança Filhote De Cruz Credo, história quase autobiográfica que conta sobre os tormentos de uma criança que sofria preconceitos na escola devido a sua aparência. No ano seguinte publica Meu filho, minha filha, retomando os poemas, e neste ano a coletânea de crônicas Canalha! (2008). Carpinejar mora atualmente em São Leopoldo, e é coordenador do curso de formação de escritores e agentes literários da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
5.1 BIBLIOGRAFIA DE FABRÍCIO CARPINEJAR
5.1.1 LIVROS
Canalha! Livro de Crônicas, lançado pela editora Bertrand Brasil em 2008.
Meu filho, minha filha
Poesias editadas pela Bertrand Brasil em 2007.
Filhote de cruz credoNarrativa "quase autobiográfica", infanto-juvenil, lançada pela editora A Girafa em 2006.
O amor esquece de começar
Primeiro livro de crônicas do autor, lançado pela editora Bertrand Brasil, em 2006.
Porto Alegre e o dia em que a cidade fugiu de casa
Lançado em 2004, pela editoura Alaúde, o livro faz parte da Série Paralelepípedos, que reúne um escritor, de cada uma das 27 capitais brasileiras, convidado a apresentar ao público infantil a cidade onde ele mora.
Como no céu/Livro de visitasLivro de poesias lançado em 2005, pela editora Bertrand Brasil.
Cinco MariasLivro que pode ser lido como poesia ou prosa, publicado pala editora Bertrand Brasil, no ano de 2004.
Caixa de sapatos - antologiaPoesias reunidas, pela editora Companhia das Letras, em 2003.
30 segundosColeção de mini-livros, lançamento da Era o dito Editora.
Biografia de uma Árvore
Poesia, lançado pela editora Escrituras, em 2002.
Terceira Sede
Poesia, lançado pela editora Escrituras, em 2001.
Um Terno de Pássaros ao Sul
Poesia, lançado pela editora Escrituras, em 2000.
As Solas do Sol
Poesia, lançado pela editora Bertrand Brasil em 1998.
Poeta, contista e romancista, Paulo Scott, nasceu em Porto Alegre e é considerado uma das revelações da literatura contemporânea brasileira. Formado em direito e professor universitário de direito econômico, seu primeiro romance foi lançado em 2001. Histórias curtas para domesticar as paixões dos anjos e atenuar os sofrimentos dos monstros, foi publicado sob o pseudônimo de Elrodris.
Hoje colunista do Portal de Literatura e Arte Cronópios e da revista eletrônica Terra Magazine, em 2003 Scott lança o livro de contos Ainda Orangotangos, pela editora Livros do Mal. Em 2004, foi um dos três finalistas do Prêmio Açorianos de literatura com o livro de contos que despertou curiosidades.
"Os personagens dos contos do escritor gaúcho Paulo Scott estão em conflito. Perderam, e não lembram onde, aquilo que os tornaria seres humanos. Vivem situações-limite, à beira do surreal, num tom seco, brutal, fechado a alternativas. (.) o contista fala do desafio de existir, sobretudonutrindo esperanças e lucidez. Scott ilumina a face tenebrosa dessas caricaturas humanas sujeitas a comportamentos bizarros, grotescos e - o mais importante, embora perturbador - familiares. Como se qualquer um pudesse cometer as mesmas insanidades e excessos, apesar da impossibilidade de admiti-lo."
Jornal o estado de S.Paulo, por Francisco Quinteiro Pires
"Ainda Orangotangos, o livro de Paulo Scott, é um painel contundente de uma Porto Alegre habitada por pessoas que se movem impulsionadas por instintos e razões às vezes não-civilizadas (...)"
Zero Hora, setembro de 2008, por Daniel Feix .
"Os contos colocam a violência no patamar do absurdo, com paroxismos de crueldade. [...] No conto 'Nada em cima do invisível', Scott manipula o inconsciente possível num ato de violência [...]."
Jornal do Brasil, setembro 2008, por Cecília Giannetti.
O primeiro romance aparece em 2005, Voláteis, lançado pela objetiva, inaugurando o projeto Coleção Fora dos Eixos, que pretende revelar talentos literários de fora do eixo Rio-São Paulo. O romance de Scott é provado pela público e pela crítica.
"Seus contos, poemas e romances, como o ótimo Voláteis (Objetiva), mostram sujeitos ansiosos em cidades inexistentes (...) Os diálogos são poderosos"
Revista Época, março 2007, por Gisela Anauate
"o autor criou personagens à margem das convenções sociais, gente que circula numa atmosfera de cinismo e transgressão. Num enredo de alta-tensão psicológica os personagens parecem atados num círculo vicioso, fadados a vínculos "vampirescos". São relações que ora sugam e dominam. Ora seduzem e corrompem. São figuras voláteis não por serem aladas e possuírem leveza. Mas porque são perecíveis, humanamente frágeis e carentes. Não sentir o peso da existência implica encharcar-se de álcool e urgências. O romance dá a dica que o inferno não é o "outro", mas o próprio "eu" dissolvido em niilismo e desassossego."
O Globo, março 2007, por Cristina Zarur.
No ano seguinte Scott se envolve com vários projetos. Iniciam as filmagens do longa metragem Ainda orangotangos, adaptação de 6 contos de seu livro, pelo diretor Gustavo Spolidor. Lança os livros de poesia A timidez do monstro, pela editora Objetiva e Senhor escuridão, pela editora Besttrans Brasil, e escreve a peça Crucial dois um .
"[..] com certeza leitores vão estranhar os textos de Scott, achando que aquilo não é poesia – em parte o preconceito decorre da idéia romântica do poema, bobagem que continua a persistir. Deve-se lembrar que muitos poemas considerados como 'anti', quando apareceram, se tornaram canônicos, como foi o caso de Drummond e aquela pedra."
Revista Cult, maio de 2006, sobre Senhor da escuridão.
"Por tudo isso, eis um trabalho provocador e inteligente, obrigatório para quem goste de coisas bem feitas, obras que quebrem o cotidiano e provoquem nossa curiosidade."
Jornal do Comércio, por Antonio Hohlfeldt, sobre Crucial dois em um.
"Não adianta, a poesia bailou. A festa promovida por Paulo Scott, que recém-lançou o desconcertante romance Voláteis e que se prepara para reincidir num gênero que ele definitivamente está sacudindo, a poesia (Senhor Escuridão, a sair na próxima Bienal Internacional do Livro de São Paulo), é regada a substâncias que não identificamos e, no entanto, não nos fazem sonhar. O sonho vinha de antes, do lirismo sem liberdade e acomodado que nos deixava adormecidos ou nos distraía com alucinações pseudo-adultas. A Timidez do Monstro nos dá o safanão inadiável e nos carrega para encarar uma manhã desfigurada. São 57 poemas roendo a corda do relógio, instalando-se, como um vírus, felizmente já identificado. Há toda uma literatura sobre esse vírus: Histórias Curtas para Domesticar as Paixões dos Anjos e Atenuar os Sofrimentos dos Monstros, Ainda Orangotangos, mais o romance já citado e, agora... isto!"
O Estado de São Paulo, 03 de maio de 2006, por Paulo Bentancur.[10]
Com tantos lançamentos e projetos, o nome Paulo Scott é citado em muitos veículos de comunicação e em 2007, a Besttrans Brasil lança a nova edição de seu livro "Ainda Orangotangos", esgotado desde 2005. O filme de mesmo nome foi estreou no Festival Internacional de cinema de Roterdã e ganha as telas do Brasil em 2008, gravando definitivamente o nome de Scott nos círculos culturais do país.
6.1 BIBLIOGRAFIA DE PAULO SCOTT
6.1.1 LIVROS
Histórias curtas para domesticar as paixões dos anjos e atenuar os sofrimentos dos monstros
Primeiro livro do autor, lançado pela editora Sulina, 2001.
Editora Objetiva, 2005.
Editora Objetiva, 2006.
Editora Bertrand Brasil – 2006
6.1.2 PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS
Poesia do dia: poetas de hoje para leitores de agora - Editora Ática, 2008;
Contos do novo milênio - Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul, 2005;
Contos de bolso - Editora Casa Verde, 2005;
Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século - Editora Ateliê, 2004
6.1.3 TEATRO
Crucial dois um – texto de dramaturgia contemplado no Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz em 2006.
Nascida em Porto Alegre em 1982, Carol Bensimon é formada em publicidade. Como sua paixão era a literatura, deixou a profissão para se dedicar ao mestrado de teoria literária pela PUC.
Publicou alguns contos na Zero Hora e nas revistas Ficções e Bravo. Venceu alguns prêmios de revelação literária e em 2008 publica sua primeira obra, Pó de parede, lançado pela Não Editora, finalista do Prêmio Açorianos, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre.
"Composto de três histórias que, embora autônomas, têm em comum uma melancólica visão da passagem da adolescência para a vida adulta, o livro consegue apropriar-se desse tema de forma bastante original. Fugindo da banalidade de uma narrativa egóica e linear, Carol constrói personagens verossímeis que vivenciam um mundo reconhecível, por meio de olhares diversos e complementares, e se utilizam de uma linguagem que, como o pó da parede, esconde estruturas sólidas."
Revista Bravo, por Luiz Ruffato.
"A expressão pó de parede remete à arquitetura e à passagem do tempo, e é a articulação justamente desses dois elementos o mote das narrativas reunidas por Carol Bensimon em seu livro de estréia. Três histórias que apresentam uma unidade e um domínio técnico admirável para uma primeira publicação autoral."[11]
Zero Hora, por Carlos André Moreira.
Atualmente Carol cursa doutorado na Sorbonne Nouvelle, em Paris e trabalha seu segundo livro, o romance "Sinuca embaixo d'água", Vencedor da Bolsa Funarte de Estímulo à Criação Literária. "Sinuca embaixo d'água", segundo a autora, será lançado em meados de 2009.
É provável que a característica mais intrigante da leitura, de transferir ao leitor as várias possibilidades de interpretação de um texto, seja o principal atrativo do livro - o resultado do choque de singularidade, dos modos de ver e sentir e a resultante desse choque, que é sempre um contra-texto, um contra-ver, um contra-sentir, um contra-criar. Concordar sempre com um texto é traí-lo e é, também, trair-se. No decorrer construtivo deste presente trabalho, deparei-me com textos que me inquietaram, confundiram-me, acarretando uma ruptura de equilíbrio. Não tinha mais eu a certeza de que esses novos escritores, aos quais me dedicara até então, e suas produções, merecessem tal atenção. Algumas narrativas, como, por exemplo, as de Ítalo Ogliari, violentaram-me, causaram-me estranhamento ao abordarem temas considerados tabus sociais intocáveis, sem nenhum pudor.
Em uma segunda reflexão observei que na verdade essas narrativas tinham alcançado o objetivo ao qual a literatura se propõe, que é o de tirar o leitor da inércia, bagunçá-lo para que em seguida busque, em novos conceitos e visões , uma reformulação de suas crenças e convicções. Voltei a estudá-los com convicção e total aprovação, pois acredito que a literatura nunca deve ter fim, e para que ela proceda é necessário que novos escritores recebam estímulo para seguirem sua modesta vocação em tempos tão modernos.
Apresento-lhes, então, alguns nomes, além dos que figuram o corpus deste trabalho, que estão trilhando igualmente o caminho do fazer literário gaúcho. Dignos de atenção, devido à necessidade de recortes para a evolução e conclusão desta monografia, não foram trabalhados em profundidade. Sugiro aos que assentem às necessidades aqui dispostas, que num momento propício lhes dediquem a atenção carecida.
Porto-alegrense nascido em 1979, é escritor e dramaturgo e um dos editores da Fósforo. Trabalha com publicidade, literatura e jornalismo cultural. Escreve nos sites Paralelos, Simplicíssimo, Duplipensar e Cronópios, entre outros. Autor do livro
A sordidez das pequenas coisas – Lançado em 2006, pela editora Fósforo.
Porto-alegrense, nascido em 1979, Cardoso, como é conhecido, criou o CardosOnline, o mais famoso fanzine eletrônico do Brasil. Cardoso é jornalista e pratica o chamado jornalismo Gonzo, que é um estilo no qual a reportagem é escrita em primeira pessoa e enfoca o sentimento obtido pelo repórter ao longo da matéria.
Autor de "Cavernas & Concubinas", livro considerado "literatura de internet", reúne 41 estórias onde conta causos e faz reflexões sobre os mais variados temas. Cardoso procura minimizar a distância entre a língua por ele falada e a literatura que faz, então, não é raro encontramos palavras e vocábulos novos, mistura de palavras, de expressões, citações, comparações.
Nasceu no ano de 1984, em Porto Alegre, É ex-estudante de Direito, ex-estudante de Física e atualmente, estudante de letras na UFRGS. Suas narrativas são influenciadas por Thomas Pynchon, James Joyce e Júlio Cortazar. Escritor de gênero Faroeste, "Areia nos Dentes" é seu romance de estréia.
Nascido em Porto Alegre, no ano de 1977, é Graduado em Letras e Mestrado em Teoria Literária. Foi aluno do escritor Luiz Antônio de Assis Brasil na Oficina de Criação Literária pelo programa de Pós-Graduação da PUCRS e atualmente faz Doutorado em Teoria Literária, também na PUCRS.
Em 2001 criou a Construção Filmes, uma produtora independente de cinema, dedicada à produção em super-8, com a qual ganhou alguns prêmios no Festival de Gramado. Em 2005 foi vencedor do prêmio Coleção 2000 / Caixa RS, com o livro "Ana Maria não tinha um braço" e escreveu "A mulher que comia dedos".
Escritor portoalegrense, nascido em 1970, autor de Vidas Cegas (livro de contos, lançado em 2002 pela Livros do Mal); O Ovo Escocês , Manual do Fantasma Amador e Arquivo Morto (Kafka Edições).
Nascido em Porto Alegre em 1981 é publicitário, designer gráfico e professor. Participou da Oficina Literária do professor Luiz Antônio de Assis Brasil, publicou na revista virtual Bestiário. Seu interesse é a literatura fantástica, de horror e ficção científica, é criador e organizador da coletânea Ficção de Polpa, qual participa com o conto "O homem que criava fábulas", narrativa que mistura, a gosto do autor, ficção e terror com muito bom gosto.
Nascido na Capital Gaúcha em 1982, Marcelo é jornalista e mestre em Literatura Brasileira. Iniciou sua jornada literária aos 16 anos. Já atuou como editor do site literário Veredas, dos jornais Ação e Reação, Jornal das Letras e Entretexto. Membro da Associação Gaúcha de Escritores exerceu o cargo de vice-presidente, participou de algumas antologias de contos e dirigiu a msmídia.com, empresa de informática e comunicação.
Atualmente é professor da Oficina de Criação Literária da Uniritter, editor do portal Artistas Gaúchos, e colunista do Digestivo Cultural. Na feira do livro de 2008, lançou a novela "A Cor do Outro" pela editora Cassol.
As cinco Pontas de uma Estrela – Livro infanto-juvenil, escrito aos 16 anos e teve sua 2ª edição, lançada pela WS em 2002.
Vencer em Ilhas Tortas - Livro infanto-juvenil, lançado pela WS em 2005.
Crianças do Asfalto - Lançado em 2007 pela Casa do Psicólogo, é o livro de estréia na literatura adulta. Trata-se de uma releitura de trabalhos de teses e dissertações de alunos do Centro de Estudos Psicológicos sobre meninos e Meninas de Rua (CEP-RUA).
A Cor do Outro – Novela lançada na Feira do Livro de 2008 pela editora Cassol.
Escritor e jornalista, Michel Laub nasceu em Porto Alegre, no ano de 1973. É autor de três romances publicados pela Companhia das Letras. Reside atualmente em São Paulo, onde leciona criação literária na Academia Internacional de Cinema de São Paulo e atua como colaborador para a Folha de S. Paulo. Foi ainda editor-chefe e diretor da redação da revista Bravo. Considerado um dos principais nomes da literatura nacional atualmente, escreveu O Segundo tempo romance finalista do prêmio Jabuti de 2006.
Médico, nascido em Porto Alegre no ano de 1979, teve em 2005 seu volume de contos publicado. Participou da antologia "Contos de Oficina 34" e atuou como roteirista de cinema, colaborando com a produtora Clube Silêncio, onde produziu seu primeiro curta-metragem. Além disso, mantém-se atuante na medicina, realizando pesquisas na área de Neurociência. Autor de Estática .
Rodrigo Rosp nasceu no Rio de Janeiro em 1975. Em 1980, naturalizou-se gaúcho. É formado em Publicidade e Propaganda e tem pós-graduação em Estudos Lingüísticos . Escreve críticas para o site de cinema Cine Players e uma coletânea de contos chamada "A Virgem que Não Conhecia Picasso". .
O presente trabalho monográfico teve como objetivo principal a motivação de novos leitores, através da familiaridade com a narrativa dos novos escritores apresentados, desenvolvendo, assim, nos estudantes, pela semelhança e aproximação, o hábito e gosto, tanto pela leitura como pela elaboração de textos próprios.
Firmou a importância da literatura embasando os conceitos argüidos com importantes nomes de estudiosos de literatura. Realizou um estudo acerca da ficção escrita por jovens autores do estado do Rio Grande do Sul, identificou seu perfil, bem como suas características no que se refere à temática e a aspectos estruturais delineados através das resenhas e críticas feitas por profissionais da área.
Além do principal objetivo, o presente trabalho visou também tornar conhecida a narrativa e o perfil desses escritores, para que, não só as escolas possam trabalhar com seus textos, a fim de motivar seus alunos à leitura e produção textual, mas também para que a literatura seja atualizada e estimulada à renovação.
Enfim, certos de que realizamos os objetivos previstos, ainda que resumidamente, orgulhosamente encerramos tal monografia, cientes que este pequeno gesto impulsionado por boas intenções cumpriu objetivo a que se propôs.
JORNAIS E REVISTAS:
VERAS, Eduardo. A alma tem só uma cara: Daniel Galera lança em Porto Alegre o livro "Mãos de cavalo". Zero Hora, Porto Alegre, 25 abr. 2006. Segundo Caderno.
BENTANCUR, Paulo. Livros: Mente Aberta – Ascensão à Montanha Literária. Revista Época, RJ, 27 out. 2008
LIVROS:
AMARAL, Olavo. Estática. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 2006.
ARISTÒTELES. A Arte Poética. SP: Martin Claret, 2004.
BALDI, Cristiano. Ou Clavículas. Porto Alegre: Livros do Mal, 2002.
BENSIMON, Carol. Pó de Parede. Porto Alegre: Não Editora, 2008.
CÃNDIDO, Antonio. A Literatura e a Formação do Homem. SP: 1972.
CARPINEJAR, Fabrício. O Amor Esquece de Começar. RJ: Bertrand Brasil, 2006.
GALERA, Daniel. Até o Dia em que o Cão Morreu. SP: Companhia das Letras, 2007.
_________. Dentes Guardados. Porto Alegre: Livros do Mal, 2004.
_________. Mãos de Cavalo. SP: Companhia das Letras, 2006.
LAJOLO, Mariza. Literatura: Leitura & Leitores. SP: Moderna, 2001.
MACHADO, Samir Machado de (Org.). Ficção de Polpa. Volume 1: Porto Alegre, 2007.
OGLIARI, Ítalo. A Mulher que Comia Dedos. Porto Alegre: WS Editora, 2004.
PELLIZZARI, Daniel. Ovelhas que Voam se Perdem no Céu. Porto Alegre: Livros do Mal, 2004.
_________. Dedo Negro com Unha. Porto Alegre: DBA, 2005.
ROSP, Rodrigo. A Virgem que Não Conhecia Picasso. Porto Alegre: Não Editora, 007.
SANTOS, Jussara Pereira (Org.). A Leitura como Prática Pedagógica. RJ: Fundação Biblioteca Nacional, 2007.
SARTRE Jean-Paul. Situações II. [S.l: s.n.]
SCOTT, Paulo. Ainda Orangotangos. RJ: Bertrand Brasil, 2007.
PERIÓDICOS ON LINE:
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ARRAIS, Daniela. Informática: E-zine Cardosonline completa dez anos. Folha On Line. Disponível em:
AMARAL, Olavi. Última Faixa de Areia Antes do Mar. Bestiário:Revista de Contos. Disponível em:
BRUST, Gabriel. Guerrilha Letrada. Aplauso: Edições Anteriores. Disponível em:
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DIAS, Rafael. Entrevista: O Absurdo que Cabe na Rotina de Qualquer Um. Revista O Grito. Disponível em:
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GIRON, Luís Antônio. Exclusivo Online: Carpinejar Revela Suas Fontes. Revista Época: Globo. Disponível em:
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Acesso em: 17 set. 2008.
MILONI, Renata. Le Monde Diplomatique: UOL. O Vento, a Areia e o Nada. Disponível em:
NOVELLO, Eric. Aguarrás:Entrevista. Disponível em:
OGLIARI, Ítalo. A Mulher que Comia Dedos. Livraria Cultura: Entrevista. Disponível em:
PRIKLADNICKI, Fábio. Uma Comédia Horripilante. Aplauso: Edições Anteriores. Disponível em:
ROSP, Rodrigo. Catálogo: A virgem que não conhecia Picasso. Não Editora. Disponível em:
RUFFATO, Luiz. Nossa Aposta: Carol Bensimon. Revista Bravo On Line. Disponível em:
SPALDING, Marcelo. Marcelo Spalding: Biografia. Artistas Gaúchos. Disponível em:
WIKIPEDIA. Daniel Pellizzari. Disponível em:
Ao meu filho Lucca, um futuro promissor, às minhas amigas e ao meu marido que me apóiam no que for, e às minhas duas companheiras fiéis, Francisca e Glaci.
Agradeço às minhas professoras Rejane, que me iniciou neste trabalho, e Regina, que me orienta; e aos amigos João Silvestre e Daniel Braga pela importante colaboração.
"O escritor escolheu o mundo e especialmente a revelação do homem aos outros homens para que estes adquiram, em face do objecto assim desnudado, toda a sua responsabilidade. Ninguém pode fingir ignorar a lei, porque há um código, e porque a lei é coisa escrita: depois disto, pode infringi-la, mas sabe os riscos que corre. Do mesmo modo, a função do escritor é fazer com que ninguém possa ignorar o mundo e que ninguém se possa dizer inocente".[12]
Autor:
Angela Francisca Mendez de Oliveira
mendez_oliveira[arroba]yahoo.com.br
Porto Alegre, 2008
CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS
FACULDADE DE LETRAS
Monografia apresentada ao Curso de Letras, como requisito das Atividades Curriculares, sob orientação da professora Regina da Costa.
[1] Termo utilizado pelos próprios autores para designar a nova geração de escritores, da qual fazem parte.
[2] Se cada século tem cem anos, o primeiro foi do início do ano 1 ao final do ano 100. O século II foi do início do ano 101 ao final do ano 200. Prosseguindo dessa forma, concluiremos que o século XX começou no início do ano 1901 e terminou no final do ano 2000. Pelo mesmo raciocínio, o século XXI começou no início do ano 2001 e somente terminará no final do ano 2100. Fonte: www.silvestre.eng.br/astronomia/polemicas
[3] Dissertação consultada na obra "A leitura como prática pedagógica - na formação profissional de informação".
[4] Mario Vargas Llosa - Disponível em: http://www.geocities.com/Athens/Olympus/3583/literatura.htm
[5] Fonte: http:// www.ranchodacarne.org
[6] Fonte:Zero Hora, segundo caderno, 25 de abril de 2006.
[7] Clipagens arquivadas por Daniel Galera, disponíveis no site http://www.ranchocarne.org/ldm/clip_cult.html
[8] O autor disponibiliza o livro no site http://www.cousas.org/pdf/ovelhas.pdf
[9] Clipagem disponibilizadas pelo autor disponíveis no site: http://www.carpinejar.com.br/home.htm
[10] As críticas aqui apresentadas são clipagens do autor disponíveis no site: http://elrodriselrodris.blogspot.com
[11] Clipagens disponíveis em: http://www.carolbensimon.com/
[12] Jean - Paul Sartre, in 'Situações II'
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