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Inclusión Social, los conocimientos, prácticas pedagógicas, recreativas y Ciudadanía del proyecto, de perfil (a) profesor (a).
Lisete Maria Massulini Pigatto[1]identifica-se como aluna do Curso de Doutorado em Ciências da Educação da UTIC, Universidad Tecnológica Intercontinental, Asunción, Paraguay. Casada com o Engenheiro Civil Luiz Paulo Pigatto, mãe do Luiz Augusto, formado em Agronomia pela UFSM[2]e da Liz Helena, Acadêmica do Curso de Direito na Fames[3]Brasileira, natural de Santa Rosa, residente e domiciliada a Rua João Belém 89/402 na Cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Tem como endereço eletrônico para contato o e-mail lisetepigattoaid[arroba]yahoo.com.br. Exerce a função de Educadora Especial na Rede Estadual e Municipal de Santa Maria nas quais desenvolve um trabalho de apoio com alunos (as), Professores (as) Pais e a Comunidade. Psicanalista em formação humanista e Tutora do Curso de Pedagogia na EAD da UFSM.
No Colégio Estadual Coronel Pilar atua com Deficientes Visuais na Sala de Recursos e alunos (as) inclusos na classe regular, com os quais desenvolve o Projeto Alegria e as Oficinas de Sensibilização. Projetos que trabalham a inclusão escolar e social por meio do diálogo e da arte. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia, desenvolve o Projeto Recreação e Cidadania, que utiliza a Educação Fiscal como estratégia para trabalhar a integralidade de ser. No Banco da Esperança, uma Instituição filantrópica que oportuniza o desenvolvimento social em Sistema de Cooperativa, atua como Psicanalista onde atende a população carente da cidade e região. Em ambos os Projetos utilizam-se a Metodologia Recreação e Cidadania.
A formação acadêmica da autora é bastante eclética[4]fundamental para desenvolver a pesquisa. No transcorrer da vida teve a oportunidade de Cursar Economia na UFSM[5]1980-1981), Administração de Empresas (FESAU)[6] (1983-1984). Graduada em Educação Especial (1990) pela UFSM, com habilitação para Deficientes Mentais. Capacitação para Deficientes Visuais (1999) e Altas Habilidades (2005) na UFSM.
Cursou a ADESG[7](1993) e alguns Cursos de Pós-graduação: Pensamento Político (1992) e Engenharia de Produção (1995) na (UFSM), Educação Infantil (2003), Psicopedagogia (2004) na (UCB/IESDE) e Psicanálise em formação Humanista (2008) no (CESUSC/ ITPOH)[8]. Gestão Educacional (2008) na UFSM. Mestrado em Ciências da Educação (2007) na (UNINORTE)[9]. Doutorado em Ciências da Educação (2008) na (UTIC)[10], ambos viabilizados pelo Acordo do Mercosul[11]em Asunción, Paraguai.
Devido há mudança de paradigma na educação e a complexidade no mundo, manifesta-se a necessidade de buscar novos conhecimentos para encantar o (a) aluno (a). No intuito de desenvolver uma Educação Social de qualidade, criam-se novos métodos e técnicas para desafiar o processo de ensino aprendizagem tradicional. Assim, surge o Projeto Recreação e Cidadania numa sucessão de eventos até a Tese Doutoral.
Acredita-se que a sinergia destes elementos, concomitantemente com os estímulos internos, as motivações externas e as oportunidades oferecidas, formaram há combinação perfeita para se estabelecer um caminho seguro, um método eficaz na condução do ser humano a felicidade. Segundo Mourão, (2002) na sua Tese: "Pilares da Inteligência emocional: passos para uma vida plena nos anos dourados" manifestam há importância do homem em "perceber-se como um ser completo." (Mourão 2002, p.5) Para alcançar estes objetivos precisa ter autoconsciência, estar auto-motivado, ter, empatia, aprender a administrar as suas emoções, de modo a exercer a sociabilidade. Neste sentido, precisa manter-se atento para fazer os ajustes necessários, para poder viver e conviver com os seus semelhantes com harmonia.
A inclinação para o trabalho se dá no momento em que ingresso na escola e me deparo com uma realidade não muito promissora. Alunos (as) inquietos e Professores (as) assustados com a perspectiva da inclusão em 2004. No inicio do trabalho a situação era muito delicada e a violência entre os alunos era visível, precisava-se trabalhar além do conteúdo formal, o emocional. Nos olhos dos (as) Professores (as) havia muitos questionamentos e na face assustada dos (as) alunos (as) uma infinidade de perguntas:
- O que você esta fazendo aqui?
- Porque insiste em querer fazer a gente aprender?
- Para que aprender tudo isto? Não serve pra nada mesmo!
- Eu quero é aprender a fazer conta, você sabe pra que?
- Ora! Onde a gente vai utilizar todas estas bobagens?
- Pra que estudar e trabalhar, a gente ganha tudo mesmo.
Frente a tantas perguntas, me faltaram respostas. Não estava ali para lhes ensinar nada, mas para aprender. No intuito de inspirar-lhes um pouco do que os saberes da vida haviam me proporcionado internalizar. De modo que permanecessem na escola não por obrigação, mas porque ali existe alegria e a esperança de uma vida melhor. No início, o Projeto volta-se aos alunos (as), à medida que se desenvolve, percebe-se a necessidade de trabalhar o (a) Professor (a) para atuar com a inclusão escolar e social.
Devido às exigências do contexto, os (as) Professores (as) precisam aprender a atuar com os (as) alunos (as) e a comunidade no intuito de ajudá-las a se adaptar ao novo paradigma. Deste modo, investigar a prática pedagógica e delinear o seu perfil se constitui no grande desafio da pesquisa. Com o objetivo de analisar o processo de ensino aprendizagem e a transposição didática numa Educação com perspectiva Social.
A escola em 2004 identifica-se muito com a música Medley Titãs. Interpretada pelo Músico Gaúcho Nico Nicolaiewsky, que com muita sensibilidade, retrata a triste realidade vivenciada pelos (as) alunos (as) e Professores (as). Estranho e curioso ao mesmo tempo, pois a música tem na sua letra as perguntas que fazíamos aos alunos (as) e as respostas desafiadoras que manifestavam por meio das palavras e dos gestos.
Nesta música se percebe as ansiedades e as inquietudes dos (as) alunos (as) diante da vida. A triste contextualização, a presença marcante da violência e da opressão nas suas vidas. A ausência da esperança e compaixão, a carência do amor, princípios e valores. "Não existe paz, não existe perdão" palavras duras marcadas pela falta de coerência e tolerância. De estímulos, motivadores e oportunidades circunstanciais.
Assim diz a letra da música:
- Comida é pasto. - Bebida é água. - Você tem sede de que? - Você tem fome de que? - A gente não quer só comida. - A gente quer comida, diversão e arte. - A gente não quer só comida. - A gente quer saída para qualquer parte. - A gente não quer só comida. - A gente quer bebida, diversão, balé.
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- A gente não quer só comida. - A gente quer a vida como a vida quer. - A gente não quer só comer. - A gente quer comer e quer fazer amor. - A gente não quer só comer. - A gente quer prazer pra aliviar a dor. - A gente não quer só dinheiro. - A gente quer dinheiro e felicidade. - A gente não quer só dinheiro. - A gente quer ser inteiro e não pela metade.
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Nesta música percebe-se a vida na forma de prisão, segregada pelo sistema que absorve as energias dos cidadãos em forma de tributos, mas oferece poucas oportunidades de educação, trabalho, emprego, ocupação e renda. Num país que viabiliza a Educação Inclusiva, mas gradativamente vem excluindo o (a) aluno (a) devido à falta de diálogo e de uma Gestão Institucional adequada para a Inclusão Escolar e Social de modo a promover um ensino ideal e uma educação de qualidade.
A pesquisa apresenta no anexo seis uma proposta de trabalho desenvolvida com a Inclusão escolar e Social, a qual respeita as suas potencialidades e as suas dificuldades, incluindo-os. O Projeto atua na perspectiva da Educação Social. Busca um ensino ideal e uma educação de qualidade que contempla a inclusão nos setores: educacional e sócio-econômico. O mesmo é uma sugestão a ser estendido a grupos de pessoas que necessitam voltar à escola para qualificar-se e certificar-se viabilizado por meio de projetos e ações complementares associados ao ensino formal. No Brasil, devido aos Programas Sociais desenvolvidos já conseguimos colocar quase todas as crianças na sala de aula. Atualmente o grande desafio consiste em:
- Como vamos manter os (as) alunos (as) na escola?
Uma pergunta respondida pela pesquisa desenvolvida com a Metodologia Recreação e Cidadania[12]na Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação, apresentada a Universidad del Norte em Julho de 2006. Quando aponta a contribuição da metodologia Recreação e Cidadania no processo de ensino-aprendizagem com a Educação Fiscal, como uma sugestão para ajudar as pessoas a incluir-se no sistema. Independente disto se faz necessário encontrar alternativas para que os (as) alunos (as) voltem a se encantar pela educação. De modo que possam perceber os princípios, agregar os valores éticos para que permaneçam nas escolas e nas instituições.
A Educação é um longo e delicado processo de humanização. Nesta perspectiva o (a) Professor (a), a escola e a comunidade devem atuar, para que não abandonem a escola, valorizem os seus estudos e se encantem pelos saberes da vida. Imbuídos da certeza de que no futuro existe esperança e oportunidades para realizar os seus sonhos.
Ao associar a música com a realidade, percebe-se que a sede e a fome não eram apenas de matéria, mas de subjetividade, de liberdade, de justiça, de paz e de humanização. Era isso que se percebia nas suas atitudes e nos seus olhos assustados: a aversão à solidão, o medo do abandono e a certeza da exclusão pelo próprio sistema. A angústia não era apenas pela falta de comida, pelos bens de primeira necessidade ou pela falta de um teto descente. O que os deixava aflitos era a falta de afeto, de amor que não tinham, precisavam de uma escola que fosse capaz de acolher, de aceitar e trabalhar as suas dificuldades e potencialidades. No intuito de ajudá-los a encontrar a sua essência[13]As suas virtudes, os seus valores, os sentimentos e não apenas reforçar os fracassos demonstrados pelas notas e pelo comportamento no contexto escolar e social.
À medida que a prática pedagógica se desenvolvia com os (as) alunos (as), tornava-se cada vez mais evidente a necessidade de aprimorar o processo de ensino aprendizagem, criar novas práticas pedagógicas para obter uma educação de qualidade. O método tradicional não dava mais conta. Assim, se percebe a necessidade de renovar a educação por meio de metodologias capazes de trabalhar os conceitos e os conteúdos sérios de forma alegre e divertida. No intuito de suprir as suas necessidades imediatas, responder as perguntas, amenizar a ansiedade, despertando as suas potencialidades.
Nesta perspectiva desenvolve-se a Tese de Doutorado, no intuito de investigar as práticas pedagógicas inovadoras na escola e buscar do Perfil do (a) Professor (a) para atuar no processo inclusivo. O estudo de caso trabalha com a educação emancipadora, apresenta como Tema: "A Prática Pedagógica e o Perfil do Professor. Tem como Título: A Investigação da Prática Pedagógica com o Projeto Recreação e Cidadania na Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia e o Perfil do Professor."
Desenvolve-se na Linha de Pesquisa em: Teorias Educativas e Educação Contemporânea. O estudo volta-se a Educação Social, analisa as Políticas Públicas Inclusivas que favorecem o desenvolvimento das metodologias inovadoras e possibilitam a qualificação de Professores (as). A Proposta da pesquisa fundamenta-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), no movimento "Educação para Todos", que se inicia em (1990) em Jontien na Talilandia, Salamanca (1994) e outros.
Segundo Torres (2001) a conferencia foi uma tentativa para garantir às necessidades básicas de aprendizagem a população mundial, bem como renovar a visão e o alcance da educação básica para todos. O movimento influenciou as Políticas Públicas Inclusivas, as metas da alfabetização e da escolarização universal.
A Declaração Educação como um Direito de todos manifesta a necessidade de escolas inclusivas, adaptadas as reais necessidades e potencialidades dos (as) alunos (as). Garante o acesso à escola, a um atendimento diferenciado e personalizado. Inclusive Classes pequenas para atender a clientela especial de forma alternativa e interativa por meio da informática educativa e outros métodos quando necessários.
Atualmente, da mesma forma que a escola adapta-se ao paradigma inclusivo, há necessidade de que o sistema também se adapte ao novo paradigma que se instala no mundo. Sendo assim, a inclusão deve ser um processo emancipador, alegre e saudável. Recheado de estímulos, motivadores e oportunidades, de forma individual e coletiva.
Nesta perspectiva necessita-se de um Professor (a) que saiba trabalhar com a Inclusão Escolar e Social. Capaz de interagir no processo de ensino aprendizagem de forma dinâmica no intuito de promover uma sociedade educativa. A pesquisa investiga as práticas pedagógicas inovadoras, utilizando o Projeto Recreação e Cidadania como uma estratégia para delinear o Perfil do (a) Professor (a) para atuar com a Inclusão Escolar e Social. No intuito de "diversificar as formas de aprendizagem e buscar novas formas de certificação para se reconhecer todo tipo de aprendizagem dentro e fora do sistema escolar." (Torres, 2001, p. 87) Neste contexto, percebe-se a necessidade de identificar o perfil do profissional para atuar de forma dinâmica na sociedade.
No inicio, devido à complexidade do processo os (as) Professores (as) apresentavam dificuldade para trabalhar com a inclusão escolar e social, devido à falta de informações e conhecimentos. Assim, inicia-se a pesquisa na escola, a qual exigiu escuta, diálogo, estudo, reflexão e investigação. Visto que se trabalha com o desenvolvimento e o aprimoramento humano, para o qual se leva em conta a subjetividade de cada um no contexto, as suas vivencias, os tempos e os espaços sociais.
A Metodologia Recreação e Cidadania existem há mais de vinte anos. Fundamenta-se em Piaget (1973) Wygotsky (1994), Wallon (1973), Ausubel (1980), Freire (1999), Morin (2001) e nas práticas pedagógicas inovadoras com os (as) alunos (as). A fundamentação teórica e prática vem se aprimorando nos Cursos de Pós-graduação em: Educação Infantil, Psicopedagogia, Gestão Educacional e Psicanálise. Assim como nos Cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências da Educação. Na seqüência do trabalho, a metodologia transforma-se no Projeto Recreação e Cidadania para melhor organizar os temas, as ações e as atividades educativas no contexto.
Devido à flexibilidade da metodologia, o Projeto Recreação e Cidadania atuam concomitantemente ao processo de ensino aprendizagem formal. O avanço da pesquisa em 2004 estimulou os (as) Professores (as) a dar continuidade no trabalho. No ano de 2005 foram feitos passeios imaginários com os (as) alunos (as), de modo a exercitar a cidadania pró-ativa, brincar com a arrecadação dos impostos nas três esferas[14]federal, estadual, municipal e perceber a reaplicação dos impostos no Plano social. Deste modo, inicia-se o ano com uma viagem de brincadeira para o Rio de Janeiro. No transcorrer do ano letivo vivenciam-se situações das mais diversas, como os passeios imaginários pelo setor terciário por meio dos Ambientes de Recreação.
Na escola, no intuito de valorizar os (as) Professores (as) criaram-se as oficinas, espaços pedagógicos de interação e sensibilização, onde tiveram a oportunidade de expor as suas idéias, qualificarem-se como seres humanos e profissionais. Assim como compartilhar as suas experiências. Uma oportunidade que resgatou a auto-estima, a consciência de todos sobre a função e a importância do (a) Professor (a). Na seqüência como segue, anualmente selecionava-se um tema para trabalhar na escola.
No ano de 2006 trabalhamos as questões relativas à Prefeitura, ao Banco e ao Empreendedor. Neste, salienta-se a importância do relacionamento humano, da organização social, das instituições à humanização, a emancipação e a inclusão social.
Em 2007 dá-se seqüência ao trabalho com a formação do autor e as noções sobre a redação oficial. Inicia-se o desenvolvimento de um projeto de vida, no qual se instiga o (a) aluno (a) a pensar sobre a sua existência e a vivenciá-la. A refletir sobre o passado histórico, o presente, avaliar os sonhos e organizar-se para conquistar o futuro.
No planejamento de 2008, trabalha-se com a ética e a moral, em função do ano caracterizar-se como eleitoral. Um contexto propício para realizar debates e discussões, que contemplem os princípios e os valores. De modo que possam superar-se.
A escola em geral é um sistema aberto, mas apesar de todos os esforços com as práticas pedagógicas inovadoras na aprendizagem, ainda muitos Professores (as) centra-se nos conteúdos como um fim em si mesmo. Fundamenta-se no tecnicismo, em métodos tradicionais que não oportunizam o (a) aluno (a) a aprender com o erro. De forma inconsciente e radical o impedem de buscar o novo, de pensar, de criar e ousar, porque devem reproduzir os conceitos e os conteúdos oferecidos na sala de aula.
Nesta perspectiva é que Morin (2001) propõe a dialógica dialética. De modo que o método seja flexível, para que o (a) aluno (a) não se sinta impedido de desafiar o novo, de correr riscos, de errar e construir novas alternativas para aprender. A rigidez no método do (a) Professor (a) bloqueia o emocional, salienta a dificuldade do (a) aluno (a), impede de desenvolver as habilidades[15]e as competências[16]para a prática da inclusão escolar e social, porque não tiveram oportunidade de vivenciar as experiências.
Percebe-se que devido à ausência de vínculos entre os conceitos conteúdos e a aplicabilidade na vida cotidiana, se provoca o desencanto educacional. As dificuldades apresentadas pelos (as) alunos (as) comprovam cada vez mais a necessidade de novos métodos e técnicas educacionais inovadoras. A ausência de perspectivas de vida aponta a necessidade de criar dinâmicas capazes de encantar o (a) aluno (a). No intuito de descobrir os caminhos, interligando os conteúdos com as vivencias saudáveis.
Desta forma, percebe-se que para educar não requer apenas dominar os conteúdos e a tecnologia, mas precisa-se educar a persona.[17] A pessoa, a personalidade de modo que possam compreender como se processam as autorepresentações e os símbolos nos processos psíquicos inconscientes, manifestos pelo comportamento.
Atualmente, apesar de toda a evolução, "a educação da personalidade não se dá pela tecnologia" Moser (2002, p.02), requer escuta, emoção, sentimentos e significados. A aprendizagem necessita do desenvolvimento integral do ser humano. Da interação do micro com o macrossistema, das informações e dos conhecimentos, das habilidades e das competências a serem desenvolvidas individual e coletivamente. A partir da compreensão da realidade, a complexidade estabelece vínculos entre o ser e o ter no mundo. No entanto, o termo educar instiga aprender a pensar, a tomar atitudes e para isso requer um preparo específico: a humanização e a emancipação permanente.
O (a) Professor (a) deve ter "a possibilidade de escolher pode ser interior, isto é, subjetiva ou mentalmente possível: liberdade de mente. Pode também ser exterior, ou seja, objetiva ou materialmente possível: liberdade de ação." (Morin, 1999)[18] Deste modo a liberdade na sua essência deve ter duas dimensões, a interior e a exterior, de modo que as pessoas possam aprender a perceber-se como seres humanos em evolução e modificar-se na medida em que interagem com as pessoas e o objeto do desejo.
De acordo com as novas Diretrizes da educação[19]as escolas adaptam-se. Desta forma os (as) Professores (as) procuram adequar-se às novas exigências, amenizando os problemas com acessibilidade na diversidade para desenvolver um ensino ideal e uma escola de qualidade. A eles cabe a função de desenvolver, aprimorar o saber das mais diversas formas no intuito de instigar e atuar na transformação dos (as) alunos (as). Deste modo, percebe-se que estimular o fazer, sem desenvolver o saber será um grande desastre. No entanto, transformar os conhecimentos em sabedoria nos leva a humildade, ao equilíbrio e ao discernimento para que se possa viver e conviver com dignidade.
A Pesquisa investiga as práticas pedagógicas, concomitantemente com o Projeto Recreação e Cidadania[20]O qual está contemplado no Projeto Político Pedagógico da escola no intuito de desenvolver as metodologias de acordo com as necessidades dos (as) alunos (as) na escola. De acordo com a proposta do MEC para o Ensino Fundamental de nove anos (2006, p.7) a: "organização federativa garante que cada sistema de ensino é competente e livre para construir, com a respectiva comunidade escolar, seu plano de ampliação do ensino fundamental".
Nisto, consiste o interesse da pesquisa, aprimorar o processo de ensino aprendizagem e delinear o Perfil do Professor (a). No intuito de inspirar Políticas Públicas Inclusivas, pois devido ao novo paradigma, enfrentam-se desafios, principalmente nas questões referentes à aprendizagem dos (as) alunos nos anos iniciais com a inclusão escolar e social. Deste modo, salienta-se há necessidade de estudos sobre o processo de inclusão dos alunos (as) especiais nas classes regulares. Seja ele desenvolvido por meio da Educação Inclusiva ou pela Proposta da Educação Social, no intuito de fazer com que a Inclusão Escolar e Social seja um processo saudável.
O MEC[21]prima pela formação continuada de Professores (as) em áreas de maior dificuldade. Sendo esta uma das mais complexas e delicadas. Portanto, identificar a prática do Professor (a) e definir o perfil do (a) profissional para trabalhar com a inclusão não é uma tarefa fácil. Exige um desempenho inter, trans-disciplinar e multidimensional, uma prática especial para lidar com as habilidades e as competências de todos. Envolve conhecimentos e atitudes voltadas ao desenvolvimento do cidadão.
A pesquisa, as palestras, as visitas e os estudos sobre temas variados promoveram um vínculo entre a escola e a comunidade. Os temas trabalhados foram editados, gravados em CD ROM, apresentados para a comunidade e estão disponíveis na escola, como fonte de pesquisa. Na prática, os (as) Professores (as) não encontraram dificuldades para incluir as práticas pedagógicas inovadoras no currículo com as vivências. A escola dinamizou temas, ações e atividades educativas transformando a realidade. Gradativamente vem eliminando o estigma da escola, pobre carente de estímulos, motivadores e oportunidades. Desta forma, percebe-se a inclusão, como "a arte da democracia na diversidade", em busca de uma Cultura de Paz.
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Ações complemen-tares |
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Ações Ed. Complementares |
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Bacon |
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Declaração de Salamanca |
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Descarte |
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ECA |
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Edgar Morin |
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IDH |
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Inclusão Social |
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Paidéia |
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Projeto Recreação e Cidadania |
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Educação social |
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http://en.wikipedia.org/wiki/Norbert_Wiener#Youth
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Norbert Wiener |
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http://wdr.doleta.gov/SCANS/whatwork/whatwork.pdf |
Requisitos Escolares |
Esta Tese foi julgada e aprovada para a obtenção do Título de Doutora em Ciências da Educação, pela Universidad Tecnológica Intercontinental – UTIC.
Assunción – Paraguay, 26 de julho de 2008.
Rector: Prof. Dr. Hugo Ferreira González
Coordenador do Curso – Prof. Dr. Osvaldo Villalba
Tribunal Examinador
Prof. Dr. Domingo Borja – Presidente
Prof. Dra. Margarita Prieto Yegros – Miembro
Prof. Dra. Catarina Costa – Miembro Invitado
Tese apresentada a UTIC – Universidad Tecnológica Intercontinental como requisito parcial para obtenção do Título de Doctorado em Ciências da Educação.
Massulini Pigatto, Lisete Maria. 2008. A Investigação da Prática Pedagógica com o Projeto Recreação e Cidadania na Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia e o Perfil do Professor./Lisete Maria Massulini Pigatto. 436 páginas.
Orientador: Professor Doutor: Osvaldo Villalba
Tese Acadêmica em Educação – Curso de Doutorado em Ciências da Educação – UTIC, 2008.
A minha família
Luiz Augusto, Liz Helena e Luiz Paulo.
As Eternas presenças e as
Razões da minha existência.
AGRADECIMENTOS
Ao término de um trabalho, uma longa caminhada se fez, muitas pessoas nos ajudaram e neste momento são lembradas com muito carinho e gratidão.
Ao Governo do Paraguai pela acolhida aos estudantes brasileiros.
A Universidad Tecnológica Intercontinental pela oportunidade de Cursar o
Doutorado em Ciências da Educação.
Aos alunos (as), aos Professores (as), a Equipe da Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia e ao Projeto da Educação Fiscal pela parceria.
Ao Cibersociedad, a Monografias, ao Mobrec e ao Sinprosm pela oportunidade de divulgar os trabalhos.
Ao Professor: Dr. Osvaldo Villalba pela orientação da Tese.
Aos meus familiares pelo apoio.
E a Deus por Ser presente e nunca Ter nos abandonado.
Autora:
Lisete Maria Massulini Pigatto
lisetepigattoaid[arroba]yahoo.com.br
Orientador: Osvaldo Villalba
Universidad Tecnológica Intercontinental Doutorado Em Ciências da Educação
Asunción, Paraguay
2008
[1] E-mail - lisetepigattoaid[arroba]yahoo.com.br
[2] Universidade Federal de Santa Maria.
[3] Faculdade Metodista de Santa Maria.
[4] Eclético - Formado por elementos colhidos em diferentes gêneros ou opiniões.
[5] UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.
[6] Fundação de Ensino Superior do Alto Uruguai, Frederico Westphalen, RS, Brasil.
[7] ADESG - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. - Área de Política e Estratégia.
[8] ITPOH, Instituto de Terapia Psicanalítica Onirológica e Holística. CESUSC, Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina.
[9] Universidad del Norte, Asunción, Paraguai.
[10] Universidad Tecnológica Intercontinental, Asunción, Paraguai.
[11] Decreto 5518 - Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5518.htm acesso em 12 de março de 2007.
[12] A contribuição da metodologia recreação e cidadania no processo de ensino-aprendizagem com a educação fiscal, disponível em https://www.monografias.com/pt/trabalhos2/educacao-fiscal/educacao-fiscal.shtml acesso em 15 de novembro de 2007.
[13] O ser para Aristóteles. Num mundo em que o universal não subsiste por si próprio, formado apenas por coisas individuais concretas, como seria possível conhecer, visto que as coisas individuais concretas são em número infinito? A resposta estaria na indução, onde o indivíduo, partindo do particular para o universal, procura agrupar um conjunto de elementos comuns em grupos e classes de coisas, para classificá-las e conhecê-las. Assim, ao observar uma variedade enorme de cachorros particulares, o homem abstrairia o comum entre eles para criar o conceito de cachorro. Tal conceito existiria apenas no logos, na linguagem e intelecto humanos. [...] Enquanto Platão vê o céu, Aristóteles vê a terra. Disponível em: ,http://www.consciencia.org.antiga/aristmeta.shtml> Acesso em 16 de maio de 2006.
[14] Impostos arrecadados a nível municipal, estadual e federal.
[15] As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades. Vasco Moretto (2002), doutorando em Didática pela Universidade Laval de Quebec/Canadá.
[16] As competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam por exemplo uma função/profissão específica. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências." Ibid.
[17] Na Psicologia Analítica (Jung), é dado o nome de persona á função psíquica relacional voltada ao mundo externo, na busca de adaptação social. Nesta acepção, opõe-se á sizígia (animus/anima), responsável pela adaptação ao mundo interno. No processo de individuação. A primeira etapa é, justamente, a elaboração da persona desenvolvida, em termos de sua relatividade frente á personalidade como um todo. Nos sonhos, costuma aparecer sob várias imagens ou formas, a personalidade. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Persona acesso em 01 de fevereiro de 2008.
[18] Morin Edgar. 1999 Antropologia da Liberdade. Disponível < http://www.comitepaz.org.br/Morin3.htm> acesso em 16 de fevereiro de 2008.
[19] Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pceb005_07.pdf, acesso em 22 de outubro de 2007.
[20] Massulini, Pigatto, Lisete. A contribuição da metodologia recreação e cidadania no processo de ensino-aprendizagem com a educação fiscal Disponível em https://www.monografias.com/pt/trabalhos2/educacao-fiscal/educacao-fiscal.shtml, acesso em 22 out 2007.
[21] Ministério da Educação e Cultura. Rede Nacional de Formação Continuada de Professores Disponível em< http://portal.mec.gov.br/seb/index.php?option=content&task=view&id=203&Itemid=228> acesso em 15 de outubro de 2007.
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