NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE A TEORIA DO DETERMINISMO EVOLUTÍVO
(TEORIA DA ÁRVORES DO ÉDEN)
Um dos assuntos mais discutidos, nos últimos tempos, pela comunidade científica e mesmo pelos meios políticos e opinião pública é a "fuga" de talentos portugueses para outros países. É uma discussão que se manterá enquanto não forem tomadas medidas concretas e efectivas para criar, nas Universidades Portugueses, os meios e os incentivos que permitam que esses investigadores se mantenham no seu país e aqui desenvolvam o seu trabalho.
O caso do Prof. Doutor Rui Alberto Silva é um dos paradigmas deste problema. Licenciado em Línguas e Literaturas Clássicas e com Mestrado em Antropologia Cultural na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, não encontrou, no nosso país, condições nem apoios para avançar com os seus estudos, já na época, demasiado "irreverentes" para a mentalidade académica nacional.
Desta forma rumou para Espanha, para a Universidade de Santiago de Compostela onde se doutorou com a classificação de Summa cum Laude em semiótica apresentando uma tese brilhante e completamente revolucionária sobre os métodos de doutrinação política através de processos icónicos[1]
De imediato foi convidado a integrar os quadros da Universidade Compostolense onde, primeiro, desempenhou as funções de assistente no departamento de Semiótica, passando, no mesmo ano para as funções de Assistente Agregado do mesmo departamento.
No desempenho destas funções destacam-se o desenvolvimento de algumas teorias e postulados que hoje são aceites e ensinados nas melhores universidades mundiais, como é o caso da Teoria do Círculo do Processo Artístico[2]e o esquema da Percepção Icónica em que trabalhou em conjunto com o afamado Prof. Doutor Umberto Eco[3]
Mas o grande progresso na carreira do Prof. Doutor Rui Alberto Silva foi a sua transição para o Departamento de Antropologia da Universidade de Santiago de Compostela como Assistente agregado do brilhante Prof. Doutor José Hermes Fernandez. Foi no desempenho dessas funções que o Prof. Doutor Rui Silva desenvolveu, cabalmente, as suas teorias mais brilhantes. A Teoria da Transversalidade Civilizacional, a Teoria do Determinismo Civilizacional, mais comummente conhecida como "Teoria da Árvore do Éden" e finalmente o Postulado Determinismo Indeterminado, revolucionaram, completamente, aquilo que se entendia como "Antropologia Cultural".
Aliando ao seu natural brilhantismo uma cultura abrangente notável, o grande contributo que o Prof. Doutor Rui Alberto Silva trouxe para os estudos antropológicos (tradicionalmente de cariz Humanista) foi todo o património, métodos e processos das ciências exactas. Esta simbiose permitiu à Antropologia uma nova visão sobre o seu objecto de estudo, os seus métodos, as suas práticas.
Hoje em dia o Prof. Doutor Rui Alberto Silva é Professor Catedrático de Antropologia da Universidade de Santiago de Compostela. Frequenta o pós-Douturamento em Ciências da Religião na prestigiada Universidade Oxford. Em Espanha, França, Itália, Inglaterra é um nome incontornável na Antropologia Moderna. Desempenha o cargo de Especialista Sénior da UNESCO, é Conselheiro permanente do Vaticano para as questões inter-culturais e inter-religiosas, membro da Royal Society, da National Geographic Society. Recebeu, em Espanha, a Grande Comenda das Ciências Sociais e o Ordem de São Hermenegildo, uma das mais altas condecorações espanholas. Em Inglaterra foi honrado com o título de Cavaleiro do Império Britânico.
Em Portugal, o seu nome é praticamente desconhecido.
Desta forma, publicamos, a partir da versão inglesa o último trabalho deste vulto da cultura mundial.
Esperamos que seja o primeiro passo, ainda que tímido, para, definitivamente, o trabalho do Prof. Doutor Rui Alberto Silva seja apreciado e reconhecido no seu país.
Coimbra, Março de 2007
Eugénia Cunha (Ph.D)
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