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Metodologia de investigação cientifica (página 2)


2. Ciência, Técnica e Tecnologia

3. Epistemologia

4. Teoria do Conhecimento

a) Cientista

- Cientista

Refere-se fundamentalmente, ao sujeito que efectua a actividade científica e por sua vez ao tipo de conhecimento gerado por uma actividade e que tem a característica de ser:

-Racional;

- Lógico,

- Sistematizado e

- Crítico.

b) Ciência, técnica e tecnologia

b)-1. Ciência

A palavra "ciência" se traduz do latim como "conhecer". Em seu sentido estrito refire-se ao conjunto de conhecimentos objectivos sobre feitos, objectos e fenómenos. Este conjunto de conhecimentos se apoia em leis comprováveis e numa metodologia específica.

b)-2. Técnica

A Técnica se refere dentro do campo da ciência, como uma série de procedimentos e de recursos de que se vale a ciência para otimizar seus estratégias ou metodologias.

Em outras palavras diria a "tática" que emprega o cientista ao enfrentar-se para explicar um terminado fenómeno com relação a ciência.

Existe uma grande variedade de técnicas na investigação científica, que podem-se agrupar em 3 grandes classes, como sendo:

  • Técnicas conceituais

  • Técnicas descritivas

  • Técnicas métricas

b)-3. Tecnologia

A Tecnologia se refere à capacidade do ser humano para construir e transformar, a partir de matérias-primas, uma grande variedade de objectos que têm normalmente uma aplicação prática.

Podem ser máquinas, ferramentas ou algum outro artefacto que implique uma aplicação na actividade humana.

1.1. Epistemologia

A Epistemologia, pode-se definir como o estudo do conhecimento. É além disso um ramo da filosofia que se encarrega ao estudar como se gerou o conhecimento em qualquer das suas áreas

Em outras palavras, a epistemologia se encarrega em verificar como é que se sabe e se o que se sabe é um conhecimento ou não.

1.2. Teoria do Conhecimento

Esta posição da filosofia desenvolveu-de a Teoria do Conhecimento, também conhecida como Gnoseología que num momento se procura a verdade dos factos e as coisas que geram as escolas de pensamento.

Pode-se mencionar as seguintes:

  • a) Empirismo

  • b) Realismo

  • c) Idealismo

  • d) Criticismo e Cepticismo

  • e) Pragmatismo

  • f) Dogmatismo

  • g) Apriorismo

Cada um destes ramos tem uma posição com respeito ao conhecimento, mas é até finais do século XIX que os filósofos passaram de uma Teoria do conhecimento geral a uma Teoria do conhecimento Científico

De tal forma que a Teoria do Conhecimento pode definir-se como o conjunto de correntes filosóficas que se encarregaram ao estudo a validez de conhecimento acumulado ao longo da história da humanidade.

1.4. Método científico e metodologia

- Método Científico.

Possivelmente, um dos maiores suportes da ciência e o cientista é a utilização de algum método em sua investigação.

De facto, se não haver método, não há ciência. O Método Científico pode-se definir num sentido filosófico como o agrupamento de actividades intelectuais por intermédio das de uma disciplina (psicologia, sociologia, economia, biologia, química, entre outras).

Esse "agrupamento de actividades" e as maneiras para se atingir, descrever e provar "essas verdades" é conhecido como Metodologia.

Portanto, a metodologia se pode definir como o agrupamento de estratégias lógicas a serem cumpridas para se chegar a um resultado efectivo.

Em outras palavras; é o estudo de diferentes estratégias para atender compreender, analisar e verificar um conhecimento dado.

É conveniente esclarecer que ao grupo de estratégias se denomina Metodologia. A uma só estratégia; Método

1.5. Elementos do processo de investigação

No processo de investigação, existem três elementos fundamentais que participam de forma coordenada, estes elementos:

1 – O investigador ou o grupo de investigadores.

2 – Os meios materiais para a investigação.

3 – O objecto da investigação

1.6. Tipos de investigação

Do mesmo modo, existem diferentes tipos de investigação que segundo as disciplinas das ciências sociais ou naturais utilizam de acordo com as suas diferentes estratégias ou métodos, embora possa-se distinguir 3 tipos básicos:

a) Investigação de Campo

Refere-se a aquelas investigações que são realizadas no meio em que se dismiuça o que se pretende investigar (problema), ou seja o lugar em que ocorre o facto. O investigador participa, como observador cauteloso do mesmo facto.

b) Investigação de Laboratório:

São aquelas que se levam a cabo num lugar fechado, onde além disso há um estrito controlo das variáveis e o meio onde ocorre o fenómeno.

c) Investigações Teóricas:

Caracterizam-se porque só requerem de instrumentos materiais mínimos, possivelmente em algumas situações um computador com base de dados, mas sobre tudo, da capacidade intelectual do pesquizador.

A investigação teórica, tem como característica principal a reflexão teórica ou filosófica sobre um facto ou fenómeno, onde a síntese de milhares de dados de outras conclusões científicas e seu carácter é compreender um fenómeno, entender seus aspectos, mais que comprová-los ou experimentá-los.

1.6. Aspectos diferenciais e característicos da investigação científica e tecnológica.

Embora exista actualmente um debate em torno da diferença entre ciência e tecnologia, se for necessário fazer uma distinção que permita esclarecer a função do tipo de investigação.

Como se viu anteriormente, a ciência é uma actividade que gera um tipo de conhecimento denominado cientista, enquanto a tecnologia pode considerar-se, embora não necessariamente, a aplicação deste conhecimento científico às distintas actividades do ser humano.

É necessário esclarecer que de maneira nenhuma esta tecnologia "subordina" a ciência, mas sim existe uma correspondência quanto a seus próprios objectivos e metas.

A investigação científica deve considerar os seguintes pontos básicos:

a) Deve ser sistematizada. Quer dizer, deve estar suportado por algum método.

b) É Objectiva, e por isso tem um carácter universal na sua explicação e comprovação de tal forma que não está sujeita a "Julgamentos de valor".

c) Portanto, a investigação científica se caracteriza pela busca constante de conhecimento em qualquer das disciplinas das ciências naturais e sociais. Este conhecimento é debatido, criticado e verificado pelo campo de conhecimento em questão.

A investigação tecnológica, também conhecida como de desenvolvimento, tem como finalidade a invenção de artefactos ou de processos com o propósito de oferecê-los no mercado e obter algum benefício económico.

A investigação tecnológica tem muita correspondência nas áreas científicas, devido o que se chama "grandes inventos tecnológicos" que são sempre assessorados, e muitas das vezes, originados nos centros de investigação públicos e privados, como nas universidades, institutos tecnológicos, empresas farmacêuticas e entre outros.

2. O Que é a introdução de uma investigação e seus elementos?

A introdução para uma investigação científica ou tecnológica, é uma das primeiras noções que deve contemplar quem vai empreender um projecto desta natureza.

Também se localiza à introdução como Colocação do Problema a Investigar, isto implica que o investigador deve hagir previamente para formular um tema a investigar.

Dito tema deve estar delimitado em tempo e espaço dentro de um campo científico determinado, seja das Ciências Naturais ou das Ciências Sociais.

A introdução à investigação é então a forma lógica de expor um problema de investigação. Esta forma lógica se apoia numa série de perguntas que podem ajudar ao investigador a propor mais adiante um Marco Teórico e que serve como instrumentos no momento de redigir sua prova litográfica de investigação.

2.1. Preguntas que facilitam a redacção de uma introdução

Os elementos que devem contemplar nas perguntas que podem facilitar o investigador para uma investigação eficiente são os seguintes:

  • a) Qual é o problema a tratar?

  • b) Que aspectos o compõem, como se relacionam entre si?

c) Especificar o tipo de problema. É mais fácil abordar problemas particulares que gerais.

d) Expressar o tema em termos operativos, quer dizer que indique as actividades necessárias para pô-los em prática.

Transformar o problema em perguntas, que estabeleçam os limites de espaço e de tempo, por exemplo:o que?, quem?, onde?, Quando?, como?, porque? e para que?

e) Expôr objectivos prévios de que se pretende obter na investigação, tanto em térmos gerais, como específicos, por exemplo.

Como estratégia, o investigador deve ordenar suas ideias através de perguntas que facilitem sua delimitação ao tema, assim como sua objectividade.

As perguntas devem ser concisas e devem refletir a importância do tema.

As perguntas seriam:

a) O que se aborda sobre o tema?

b) Como se fazer o estudo do mesmo?

c) Pelos quais e com que resultados se estuda o tema?

d) Quais são as possibilidades de investigação em tempo e espaço?

e) Qual é o potencial contribuição ao tema?

f) Por que da escolha do tema?

É necessário esclarecer que estas perguntas, só representam um guia aproximado. O fazer investigação depende do "estilo" ou a forma de fazer investigação por parte de quem a faz.

Mas, as perguntas obrigam de alguma forma que o investigador se confronte com o conhecimento acumulado em relação ao tema.

Esse conhecimento acumulado, sistematiza-se, discute-se, crítica-se e propõe-se no chamado Marco Teórico.

2.2. Definição, elementos e função do Marco Teórico

É conveniente chegar ao Marco Teórico, uma vez que se delimitou o tema ou objeto de estudo, além de que seja sujeito de investigação.

O Marco Teórico se define como o conjunto de teorias, postulados, conceitos, técnicas e metodologias específicas em relação a tema ou problema do conhecimento científico ou tecnológico.

2.3. Etapas para elaborar um marco teórico

Para a elaboração de um Marco Teórico, são necessários os seguintes elementos:

a) A revisão da literatura sobre o tema, também se conhece como revisão do "estado do conhecimento";

b) O resumo das contribuições de teorias afins ao tema dentro do campo disciplinar e outros campos comuns;

c) A sistematização de conceitos, métodos e paradigmas teóricos;

d) O ponto de vista particular do investigador ao momento de confrontar seus dados empíricos com a teoria.

Por último, a função do Marco Teórico no processo de investigação é singela, mas extremamente importante.

Fazer que o investigador tenha objectividade e suporte conceptual em sua investigação e simultaneamente guiar ao investigador para acautelar confusões nas variáveis utilizadas durante o desenvolvimento da mesma.

O marco teórico tem dois aspectos diferentes.

Por uma parte, permite localizar o tema objeto de investigação dentro do conjunto das teorias existentes com o propósito de precisar em que corrente de pensamento se inscreve e em que medida significa algo novo ou complementar.

Por outro lado, o marco teórico é uma descrição detalhada de cada um dos elementos da teoria que serão diretamente utilizados no desenvolvimento da investigação. Também inclui as relações mais significativas que se dão entre esses elementos teóricos.

Desta maneira, o marco teórico está determinado pelas características e necessidades da investigação. Constitui-o a apresentação de postulados segundo autores e investigadores que fazem referência ao problema investigado e que permite obter uma visão completa das formulações teóricas sobre as quais tem que fundamentar o conhecimento científico proposto nas fases de observação, descrição e explicação.

Desta forma o marco teórico é um fator determinante da investigação pois suas diferentes fases estão condicionadas por aquele.

2.4.Funções do Marco Teórico

Algumas das funções do marco teórico são:

- Ajuda a acautelar enganos que se cometeram em outros estudos.

- Orienta sobre como terá que levar-se a cabo o estudo (ao ir aos antecedentes, vislumbra-se como foi tratado um problema específico de investigação, que tipos de estudos se efetuaram, com que tipo de sujeitos, como se compilaram os dados, em que lugares se levaram a cabo, que desenhos se utilizaram).

- Amplia o horizonte do estudo e guia ao investigador para que este se centre em seu problema evitando separações da colocação original.

- Conduz ao estabelecimento de hipótese ou afirmações que mais tarde terão que submeter-se a prova na realidade.

- Inspira novas linhas e áreas de investigação.

- Proporciona de um marco de referência para interpretar os resultados do estudo.

- Permite decidir sobre os dados que serão captados e quais são as técnicas de coleta mais apropriada. Impede que se coletem dados inúteis que fazem mais custosa a investigação e dificultam sua análise.

- Proporciona um sistema para classificar os dados compilados, já que estes se agrupam em torno do elemento da teoria para o qual foram recolhidos.

- Orienta ao investigador na descrição da realidade observada e sua análise. Na medida em que os conteúdos do marco teórico se correspondam com a descrição da realidade, será mais fácil estabelecer as relações entre esses dois elementos, o qual constitui a base da análise.

- Impede que ao investigador lhe aconteçam inadvertidos alguns aspectos sutis que não podem ser captados a partir do sentido comum ou da experiência.

- Como se expressa em forma escrita, é um documento que pode ser submetido à crítica e pode ser complementado e melhorado.

- Faz mais homogêneo a linguagem técnica empregada e unifica os critérios e conceitos básicos de quem participa na investigação.

O marco teórico supõe uma identificação de fontes primárias e secundárias sobre as quais se poderá investigar e desenhar a investigação proposta.

A leitura de textos, livros especializados, revistas, e trabalhos anteriores na modalidade de tese de grau são fundamentais em sua formulação.

De igual maneira a capacidade de síntese e compressão de textos por parte do investigador. Não existe uma norma quanto à extensão do marco teórico a formular-se no projeto, por isso é importante que quem o presente o faça de tal forma que lhe permita obter um conhecimento claro e concreto do mesmo, já que nisto o desenvolvimento da investigação se ampliará e se complementará.

Conclusão

A metodologia de investigação científica é uma disciplina que permite ou que ajuda o investigador realizar as suas investigações sem quaiquer problemas, ou seja, o ajuda a chegar a uma terminada solução de um problema qualquer, desde que este seja científico.

Nesta abordagem desta, tratou-se de pontos relevantes que podem ser relevantes numa investigação, elementos que constam num projecto ou numa monografia.

Dentre destaca-se em grande plano o marco teórico:

Cabe mencionar que o elaborar do marco teórico referencial é toda uma arte, no qual não deve realizar uma curta pega de cada entrevista ou resumo do que se cita em cada fonte bibliográfica, o que quase se faz ficando um emplastro de betume ou "Frankestein" que não serve de muito nas investigações realizadas, mas sim o que contribui a cada investigação é uma profunda reflexão feita às fontes bibliográficas revisadas sobre o problema exposto, sua hipótese e métodos, para assim ver o apoio que dá uma investigação.

Posteriormente, deve-se realizar uma análise e se deve expressar com próprias palavras, assim como a forma de apoio ou contribuição que se dá a cada parte do trabalho. Isso ajudará a dar mais luz à investigação e o guiará de maneira mais concreta.

Desta forma se constatará se o problema vale a pena resolvê-lo ou simplesmente se a investigação estiver resolvida e/ou também nos dará pautas ou mais luz para expor ou resolver outros problemas a investigar.

Em resumo, o desenvolvimento desta disciplina e em particular destes pontos poderão ajudar o desenvolvimento de qualquer e outra problemática considerada científica, desde dos invetigadores actuais como futuros.

Referências

1 -Carvalho, A. (2007). Ensino de ciências sociais, Unindo a pesquisa e a prática. Sao Paulo.

2-Eco, U. (2009). Elaboração de uma Tese (19ª ed.). Sao Paulo: Perspectiva.

3- José A. (2010) Fundamentos de la redacción científica:UPR/RUM,

4-Nuno,V. ( 2007). Literacia científica y educación de laciencia. Revista lusofana de educação.



Autor:

Joao Kiaba

joaokiaba[arroba]hotmail.com

FECHA: 11/26/2013

LUGAR: ANGOLA/CABINDA



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