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AIDS- Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
OIE- Organização Mundial de Saúde Animal.
EMBRAPA-Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
DPI- Dias após Infecção
IN- Instrução Normativa
IDARON- Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia.
GTA- Guia de Trânsito Animal
STR- Setor
DF- Distrito Federal
O Brasil detém o maior plantel de equinos na América Latina e o terceiro mundial, mobilizando R$ 7,3 bilhões, com a produção de cavalos (MAPA, 2013).
Segundo dados do IBGE (2013), o plantel de equinos registrados em 2013 foi de 5,312 milhões de cabeças, indicando queda de 1,0% em relação ao registrado em 2012 que era 5,363 milhões. Já os rebanhos de Asininos que em 2009 era de 1.030.584 e 1.275.739 cabeças de Muares, deixaram de ser computados por ausência de fontes. Rondônia detém um rebanho de equinos de 200.600, de Asinino de 1.819 e 26.141 cabeças de Muares, Urupá possui 3.402 equídeos (GIDSA/IDARON, 2015).
A equideocultura tem grande importância econômica e social no Brasil e algumas patologias ocasionam prejuízos vultuosos aos proprietários, especialmente, aquelas onde é obrigatória a eutanásia dos animais positivos, como a anemia infecciosa equina (MORAES, 2011).O setor abrange mais de 30 segmentos, distribuídos entre insumos, criação e destinação final, e compõe a base do chamado Complexo do Agronegócio do Cavalo, responsável pela geração de 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos (MAPA, 2013).
A Anemia Infecciosa Equina – AIE faz parte das patologias que estão sob controle oficial do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos – PNSE, por estabelecer restrições ao comércio, que utiliza de regras e estratégias para sua prevenção e controle.
Uma das medidas de controle é a exigência da Guia de Trânsito Animal, que está condicionada a apresentação de laudo negativo para AIE no teste de Imunodifusão no Gel de Agarose – IDGA (BRASIL, 2006).
Todos os dados epidemiológicos de AIE gerados pelo Serviço Veterinário Oficial levam apenas em consideração os exames laboratoriais obrigatórios para o trânsito animal e participação em eventos, por isso representam apenas um panorama restrito da situação epidemiológica da AIE. Estes dados não permitem conhecer a prevalência da doença nos estados brasileiros e, tampouco em subpopulações de equídeos. No entanto, são dados importantes no contexto deste estudo visto que o alvo preferencial dos exames de rotina são animais de haras, justamente aqueles que tendem a realizar os testes para trânsito (FIORILLO, 2011).
A coleta de dados comoo levantamento dos laudos positivos permitirá a avaliação da frequência da AIE no Município de Urupá e sua comparação com a Regional e com o Estado de Rondônia para que posteriores medidas de controle possam ser implementadas.
O objetivo deste trabalho é estimar e avaliar a frequência de casos positivos de anemia infecciosa equina no Município de Urupá, no período de 2001 a 2014, através de uma série histórica de dados fornecidos pelo Serviço Veterinário Oficial em Rondônia, e comparar com os dados da Regional que abrange a Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal – ULSAV de Urupá, e as médias históricas do Estado de Rondônia.
Etiologia
Para a Organização Mundial da Saúde – OMS (2011) a anemia é uma condição na qual o número de células vermelhas do sangue está insuficiente (e, por conseguinte, a capacidade de transporte de oxigênio do sangue) para satisfazer as necessidades do corpo.
O vírus da anemia infecciosa equina (VAIE) é um lentivírus (LEROUX et al., 2004). Foi identificado na França em 1.843 e teve seu primeiro diagnóstico provisoriamente nos Estados Unidos em 1.888. O VAIE é categorizado como um retrovírus: contém material genético do RNA, que se usa para produzir o DNA. O DNA é então incorporado na composição genética das células infectadas (ISSEL e CORDES, 1996; USDA, 2008). Os únicos reservatórios dessa doença são os equídeos (SANTOS e CORREIA, 2013).
Também conhecida como "Febre do pântano" (REIS e COOK, 2014; USDA, 2001), que causa episódios recorrentes de febre, letargia e destruição das células vermelhas do sangue (anemia) e plaquetas (trombocitopenia) (USDA, 2001).
Cabe salientar, que apesar do nível genético, é um parente próximo do vírus da imunodeficiência humana-1 (HIV-1), o agente que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida ou AIDS em humanos (REIS e COOK, 2014; JUNIOR, 1992). Eles não podem ser classificados como semelhantes pela sequência de aminoácidos (YOONDEOK et al., 2015).
É uma doença infecciosa potencialmente fatal, a AIE tem gerado uma grande atenção ao longo dos anos. Não existe vacina nem tratamento para a doença. É frequentemente difícil de diferenciar de outras doenças que causam febre, incluindo o antraz, gripe, e encefalite equina (USDA 2008).
Transmissão
Para Figueiredo e colaboradores (2012), a transmissão é realizada basicamente pela picada de insetos hematófagos e fômites contaminados.Para Organização Mundial da Saúde Animal – OIE (2013), a transmissão vai depender do número e espécies de vetores, seus hábitos alimentares, a densidade da população de cavalos, o nível de viremia no hospedeiro e da quantidade de sangue transferido.
Barros (2009) & Karam (2010) colocam no "rol" dos vetores naturais as moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans) e a mosca do cavalo (Tabanus sp.). Para Karam e seus colaboradores (2010), as espécies que parecem estar envolvidas são os tabanídeos (Tabanus spp., Hybomitra spp., Chrysops flavidus), os borrachudos (Simulinium vittatum), os mosquitos (Psorophora columbiae, Aedes vexans e Anopheles spp.) e possivelmente os Coloides spp.
A transmissão pode ser vertical (intra-uterina) ou horizontal, por meio de utensílios contaminados (agulhas, freios, esporas e outros), leite materno (colostro), sêmen ou insetos hematófagos, particularmente os tabanídeos (mutucas) (SILVA et al., 2013). Geralmente, relacionada com a transferência de sangue de um cavalo infectado a um receptor sadio (EMBRAPA, 2001). O vírus está presente em todas as secreções e excreções do animal infectado (KARAM et al., 2010).
Na mucosa bucal do inseto o vírus permanece viável por 4horas (MARQUES 2012). Em temperatura ambiente o vírus da anemia conserva sua capacidade infectante durante, aproximadamente, sete meses no sangue seco; estando ele no chão é conservado por aproximadamente 27 semanas; já na urina e fezes, dois meses e meio; no soro e porções de órgãos à 10ºC, pelo menos quatro anos; no soro liofilizado, não menos de seis anos, no esterco amontoado, menos de 30 dias (RICHETER, 1999).
Sinais Clínicos
O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, permanece por toda a vida, mesmo quando não manifestar sinais. É uma doença essencialmente crônica (GONÇALVES et al., 2005).
O VAIE causa uma infecção persistente ao longo da vida em equídeos. Ao serem infectados com VAIE geralmente experimentam um curso variável da doença clinicamente demarcado como fase aguda, crônica e inaparente da infecção (GONÇALVES et al., 2005). A fase aguda está associada com a liberação inicial da viremia e rápido início da doença clínica, caracterizado por febre e trombocitopenia (SELLON,1994). Na forma crônica febre recorrente, fraqueza, falta de apetite e baixo rendimento esportivo são os sinais clínicos mais comuns (DIEHL, 2013). A maioria dos cavalos progridem para a fase da doença inaparente, distingue-se pela ausência de doença clínica (USDA, 2001).
A evolução da doença pode ser visto como um equilíbrio entre a evolução viral rápida e frágil, e umaresposta imune eficiente (LEROX et al., 2004). Níveis reduzidos de viremia e vigorosas respostas imunitárias estão presentes durante a fase inaparente ao longo da doença, o que indica que o controle imunitário do vírus está desempenhando um papel crítico na limitação da manifestação dos sinais clínicos (USDA, 2001).
Os principais sinais clínicos da AIE de uma forma geral são caracterizados por episódios febris recorrentes, pequenas hemorragias de mucosas (petéquias), palidez de mucosa (anemia), perda de peso, hipertermia, depressão, desorientação e andar em círculos (DIEHL, 2013).
De uma forma geral o período de incubação é de 7 a 45 dias ou mais, sendo que alguns cavalos permanecem assintomáticos até que eles fiquem estressados (OIE, 2013).
Belshan e colaboradores (2001) ao realizar experimento em um pônei, provocando sua infecção com uma cepa virulenta do VAIE, mensuraram o curso clínico da patologia, distinguindo em um episódio de febre aguda aos 12 dias após a infecção (DPI), vários episódios de febre recorrentes até 135 DPI, um período subclínico e prolongado, e dois episódios de febre final.
Diagnóstico
O lentivírus equino da AIE tem sido estudado extensivamente (TANG et al., 2014). Ele é um patógeno persistente que causa a doença tanto aguda como crônica. Desde 1970, as ferramentas estão disponíveis para identificar portadores do vírus. Ensaios de anticorpos do soro do VAIE torna possível monitorar com precisão a infecção. Os testes utilizados são a imunodifusão em gel de agar (IDGA ou Teste de Coggins) e vários testes de ensaio imunossorvente (ELISA) ligados a enzima. Em muitas partes do mundo, os testes de remoção de transportadores tornaram-se de rotina e/ou requerido e forneceram uma medida de proteção contra a exposição ao vírus (USDA, 2001).
As doenças causadas pelos retrovírus apresentam-se como infecções persistentes, com período de latência que pode se estender por toda a vida do animal, dificultando assim o diagnóstico da infecção (CRUZ et. al.,2013).
O teste oficial para o diagnóstico da AIE é a detecção dos anticorpos com a técnica de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA) de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) (FIGUEIREDO et al., 2013; BELTRAO et al., 2015).
A Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA) é o teste sorológico mais empregado e oficialmente reconhecido para o VAIE em vários países, porém exige altos títulos de anticorpos para a reação antígeno–anticorpo, visualizado a olho nu pela formação de linhas de precipitação no gel. A soro conversão do animal pode ser tardia, e inclusive os títulos podem variar ao longo da vida do animal, o que pode favorecer testes falso-negativos (CRUZ et al., 2013).
Alvarez e colaboradores (2015) testaram a eficácia de dois kits comerciais para o diagnóstico do VAIE e conseguiram provar as vantagens da sua utilização. Sendo colhidas amostras do soro de 302 cavalos e ambos os testes ELISA mostraram sensibilidade diagnóstica de 100% e uma especificidade na ordem de 92,3 a 94,3%. Os resultados mostraram que os testes de ELISA são, ambos, muito eficientes em detectar animais infectados, o que permite identificar um maior número de casos positivos.A pesquisa adicional é necessária para melhorar as técnicas de detecção direta, como métodos baseados em reação em cadeia de polimerase para a amplificação do material genético do VAIE (ISSEL et al., 2014).
Os locais de tecidos primários para a transcrição viral durante a infecção aguda, são o fígado, o baço, nódulos linfáticos, o rim, o pulmão, e glândula adrenal (SELLON et al., 1992).
Na necropsia podem observar edema subcutâneo, icterícia, hemorragias petequiais ou equimoses das membranas serosas e aumento de tamanho do baço, dos linfonodos e do fígado. Em casos crônicos, os únicos sinais clínicos podem ser o emagrecimento e a anemia.Na histologia, observa-se hemosiderose do fígado, baço e linfonodos, vasculite com infiltração de células mononucleares em diversos órgãos, e glomerulite proliferativa devida ao acúmulo de imunocomplexos no glomérulo (RIET-CORREA et al., 2001).
Cheng e colaboradores (2015) infectaram ratos transgênicos e observaram lesões nos baços e linfonodos, semelhantes às observadas em cavalos, facilitando os estudos e seu diagnóstico.
Medidas de Controle e Profilaxia
Muitos países estabeleceram medidas de controle contra a AIE. Frequentemente estas medidas são constituídas principalmente por aplicar testes de triagem em cavalos importados ou transportados. Realizar testes sorológicos para a AIE em cavalos que entram em um estabelecimento pela primeira vez é muito útil, a fim de ter um rebanho livre de AIE (OIE, 2013). Programas de controle de AIE nos Estados Unidos têm sido eficazes, embora eles estejam agora em uma "encruzilhada", em que a população de equídeos que transita está sendo testada é maioritariamente segregada, e portanto, com baixo risco, os equídeos que não circulam não estão sendo testados, e são eles que constituem os remanescentes dos reservatórios para o VAIE (ISSEL et al., 2014). Na Espanha não há casos de AIE desde o ano 1983, mas os fatores que poderiam reintroduzir o vírus incluem a recente ocorrência da doença na Europa e a ausência de um controle sorológico obrigatório antes da importação para Espanha (CRUZ et al., 2014). No Brasil, mesmo sabendo da importância da enfermidade, não existem muitos estudos sobre a situação da AIE (REBELATTO et al., 1992).
As medidas de controle e profilaxia à AIE no Brasil seguem o Programa Nacional de Sanidade de Equídeos (PNSE), desde 1981, através da Portaria nº 200. A AIE está incluída entre as doenças passíveis de medidas previstas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal – MAPA– (Decreto Federal 24.548/1934). Atualmente, está em vigor a Instrução Normativa (IN) nº 45 de 15 de junho de 2004 (BRASIL, 2004), a qual contém normas para prevenção e o controle da AIE, sendo obrigatória a notificação da doença no território brasileiro.
No estado de Rondônia, a Resolução nº.1, de 29 de Setembro de 2006 que dispõe sobre a adoção de medidas de defesa sanitária animal no âmbito do Estado e dá outras providências correlatas (IDARON, 2007).
É de notificação obrigatória e seu controle é baseado no diagnóstico sorológico pela Imunodifusão em Gel de Agarose e eutanásia de infectados (CAVALCANTE, 2014).
Ressalta-se também a necessidade de se intensificar a fiscalização do trânsito de equídeos em nível regional e estadual, considerando-se inclusive a inclusão da avaliação sorológica de animais utilizados como meio de transporte, potencialmente infectados e transmissores do vírus causador da Anemia Infecciosa Equina (CUTOLO et al., 2014).
O risco de transmissão da AIE entre animais positivos e sadios aumenta com a proximidade destes (CHAVES et al., 2014). No entanto Almeida e colaboradores (2006) destacam que, onde há uma maior concentração de criadores de equinos, a média da prevalência da AIE é baixa, pois há uma preocupação por parte dos produtores em sacrificar o mais rápido possível os animais portadores, assim que identificados.
Em uma pesquisa realizada por Lage e colaboradores (2007), em Mossoró-RN, em relação à realização do exame sorológico constante, apenas 10% dos proprietários e tratadores disseram fazê-lo, sendo que todas as propriedades participam de vaquejadas.
A legislação brasileira preconiza que o trânsito interestadual de equídeos, somente é permitido quando os animais estão acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA). No entanto ela desobriga o diagnóstico em equídeo com menos 6 (seis) meses de idade e para aqueles destinados ao abate, sendo obrigatória a apresentação de resultado negativo à prova de IDGA para as participações de equídeos em leilões, feiras, rodeios, exposições, torneios e demais concentrações destes animais, independentemente da necessidade da movimentação, interestadual ou não (BRASIL, 2004).
Quando as medidas de biossegurança não estão sendo executados para realmente verificar registros dos equídeos e suasinstalações, eventos equestres podem inconscientemente agir como o mecanismo de propagação da AIE (FINNEY et al., 2015).
A movimentação de equídeos a pé em que fique caracterizado o transporte do homem pelo equídeo, sendo o equídeo o meio de transporte não se exigirá GTA (SAO PAULO, 2002).
Devido ao tempo de 4horas em que o vírus permanece viável na mucosa bucal do inseto, este proporciona uma maior contaminação em mais de um animal sadio (MARQUES 2012). Não existindo atualmente métodos práticos e eficazes de controle dos tabanídeos, assim, o risco de transmissão mecânica por insetos vetores pode apenas ser minimizada, separando-se os animais positivos de negativos (DIEHL, 2013).
Uma vacina viva atenuada, desenvolvida no início de 1970, foi amplamente utilizada na China entre 1975 e 1990 e foi eficaz no controle da prevalência da AIE. Com baixa prevalência desde 1990, a estratégia de controle AIE mudou de ação para a quarentena, para evitar a interferência de anticorpos vacinais com testes de diagnóstico (MANUAL OIE, 2013). Vacinas comerciais não estão disponíveis nos países ocidentais, e medidas de controle visam a reduzir o risco de infecção (QUINN, 2005).
Atualmente, não há tratamento eficaz para a AIE. As terapias de suporte para aliviar os sinais clínicos da doença são recomendadas até que haja uma definitiva confirmação do diagnóstico, quando o sacrifício é obrigatório em muitos países (incluindo Espanha) (OIE, 2013). Em Rondônia o abate sanitário é realizado com o apoio da Polícia Militar, com uso do rifle sanitário (RONDONIA, 2001). A recomendação mais importante é assumir que todos os contatos estão infectados com o VAIE (ISSEL et al., 2014).
Desde 1980, em média, 1 milhão de amostras equina foram testadas para AIE a cada ano, um grande esforço de vigilância por parte da indústria, veterinários e agências reguladoras. Apesar disso, o levantamento "Animal Health Monitoring Sistemas Nacional "da indústria equina, em seus relatórios, afirma que 58% dos proprietários no Meio-Oeste Unidos nunca ouviram falar de AIE, e apenas 12% dos equinos no Ocidente são testados para ele. A mesma pesquisa também informa que é percebido como a doença infecciosa viral mais importante dos equinos nacionalmente (USDA, 2001).
O período escolhido para análise foram os últimos 14 anos (2001 a 2014). A partir deste período a IDARON passou a controlar os dados relacionados à AIE no estado de Rondônia.
A população de equídeos foi obtida através do levantamento realizado durante as campanhas semestrais de vacinação contra febre aftosa no estado de Rondônia, onde os produtores também declaram o plantel equídeo existente em suas propriedades.
O número de exames realizados e de exames positivos foi disponibilizado pela Gerência de Inspeção e Defesa Sanitária Animal– GIDSA da Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia – IDARON. Esse dado tem origem no envio mensal de relatórios enviados pelos laboratórios credenciados e corresponde às amostras colhidas pelos médicos veterinários da rede privada quando solicitados pelos proprietários.
Os animais sacrificados são descritos em relatórios mensais pelas Unidades da IDARON e enviados a GIDSA para compilação dos dados, gerando o número de sacrificados.
A prova diagnóstica utilizada pelos laboratórios credenciados para exame de anemia infecciosa equina é o Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA).
Os dados obtidos, na grande maioria, são provenientes, de amostras encaminhadas aos laboratórios para obtenção de laudo negativo exigido para emissão de GTA, o que poderia sugerir um resultado de animais sadios e com grande probabilidade de serem negativos a AIE.
O estado de Rondônia possui 52 municípios e para tabulação dos dados foi considerada a estratificação geográfica adotada pela Agência IDARON, que divide o Estado em 07 regionais (Figura 1).
Figura 1: Mapa de Rondônia dividido em Regionais e a demonstração da proporção do nº de focos X nº de positivos para AIE.
Fonte:IDARON (2015).
Atualmente a Supervisão de Alvorada está em São Francisco do Guaporé. Recentemente houve modificação das Regionais, criação da Regional de Jaru e subdivisão da Regional de Ji-Paraná, em Regional de Ouro Preto e Ji-Paraná. Urupá passou a pertencer a Regional de Ji-Paraná, mas ainda não está funcionando.
O município de Urupá possui uma área de 831,86 km² e foi dividido em 5 setores para melhor atuação da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal – ULSAV (Figura 2).
Figura 2: Mapa do Município de Urupá e sua divisão em setores.
Fonte: ULSAV/IDARON – URUPÁ (2015).
Cada município divide os setores de acordo com informações Epidemiológicas específicas, como por exemplo trânsito de animais. Levando também em consideração a facilidade de atuação para execução das atividades.
A primeira notificação de suspeita clínica de AIE em Rondônia foi realizada por Netto e Tavares (1983), pesquisadores da EMBRAPA-UEPAE em 1983, mas só a partir de 2001 a Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia - IDARON passou a controlar os dados relacionados à AIE no Estado. Nessa época, iniciou-se o sacrifício dos positivos como forma de controle da doença. A lei estadual 982 de 06/06/2001 e o decreto 9.735 de 03/12/2001 disciplinaram uma política de Defesa Sanitária Animal no Estado de Rondônia, incluindo ações para o controle e a prevenção da AIE em Rondônia.
Das 1.555 amostras examinadas em Urupá entre 2001 a 2014, 46 resultaram positivas ao teste de IDGA, ou seja, uma frequência de 2,97% de animais positivos nos últimos 14 anos, e destes, apenas um animal não foi sacrificado.Corroborando com Rebelatto e colaboradores (1992), os quais acharam uma prevalência do vírus próxima de 3% nos últimos 10 anos no Brasil. Em certas áreas da Nigéria a prevalência é de 2,4%, resultados parecidos com os Brasileiros (MAYAKI et al., 2014).
Podemos observar que a ocorrência de casos de AIE em Urupá variou anualmente (Tabela 1). O ano com a maior frequência foi o de 2001, com 50% de positivos, e o de menor frequência o ano de 2012, com nenhum caso positivo.A frequência observada no ano de 2001 de 50% se deu devido a apenas quatro animais serem examinados, e destes, dois resultaram positivos, sendo que em Rondônia (Tabela 2) a média neste mesmo ano foi de 7,8%. Frequência superior foi relatada por Aguiar e colaboradores (2008), de 9,6% em Monte Negro – RO.Já frequências superiores a 9,6%, no município de Urupá, só se deram nos anos de 2001 (50%), 2002 (25%)e 2014 (21,6%).
Tabela 1: Relação do plantel de equinos, nº de exames realizados, animais positivados e sacrificados no município de Urupá nos anos de 2001 a 2014.
ANO |
PLANTEL |
EXAMINADOS |
POSITIVOS |
% POSITIVOS |
SACRIFICADOS |
||||
2001 |
? |
04 |
02 |
50 |
100% |
||||
2002 |
? |
12 |
03 |
25 |
100% |
||||
2003 |
? |
29 |
04 |
13 |
100% |
||||
2004 |
? |
55 |
02 |
3,6 |
100% |
||||
2005 |
? |
50 |
02 |
4 |
100% |
||||
2006 |
3222 |
200 |
06 |
3 |
100% |
||||
2007 |
3555 |
223 |
03 |
1,3 |
100% |
||||
2008 |
3551 |
236 |
09 |
3,8 |
100% |
||||
2009 |
3510 |
83 |
1 |
1,2 |
100% |
||||
2010 |
3802 |
194 |
3 |
1,5 |
66.67% |
||||
2011 |
3636 |
221 |
2 |
0.9 |
100% |
||||
2012 |
3930 |
179 |
0 |
0 |
100% |
||||
2013 |
3663 |
32 |
2 |
6,2 |
100% |
||||
2014 |
3402 |
37 |
8 |
21,6 |
100% |
||||
Total |
|
1555 |
46 |
2,97 |
97,62 |
Fonte:GIDSA/IDARON (2015)
Cabe salientar que a baixa procura pela GTA nos anos de 2001 até 2005 foi devido a estrutura de fiscalização precária e a falta de meios de fiscalização.
O trabalho mais abrangente no Brasil é de Carvalho Júnior (1998) que relata que entre 1974-1993 foram examinados 3.553.626 equídeos, sendo que desses 94.129 foram positivos para AIE, mas somente 7.976 foram sacrificados. Desse total de positivos a região norte apresentou 11,51%, em Rondônia no período de 2001-2012 foram realizados 148.565 exames com uma média de positivos de 2,54% (Tabela 2), o que nos mostra que o nosso Estado ou já tinha uma média baixa ou as medidas de controle foram eficientes. No Acre em um estudo de 10 anos no período de 1986-1996 se obteve média de 7,7% de positivados (SANTOS et al., 2001).
Tabela 2: Relação do plantel de equinos, nº de exames realizados, animais positivados e sacrificados no Estado de Rondônia nos anos de 2001 a 2012.
ANO |
PLANTEL |
EXAMINADOS |
POSITIVOS |
% POSITIVOS |
SACRIFICADOS |
||||
2001 |
? |
644 |
50 |
7,8 |
? |
||||
2002 |
164.606 |
1.932 |
150 |
7,7 |
83,34% |
||||
2003 |
167.487 |
10.738 |
522 |
4,86 |
79,50% |
||||
2004 |
177.582 |
12.062 |
378 |
3,13 |
96,30% |
||||
2005 |
177.852 |
12.929 |
514 |
3,98 |
96,70% |
||||
2006 |
174.630 |
13.717 |
358 |
2,61 |
70,67% |
||||
2007 |
188.357 |
15.324 |
399 |
1,69 |
86,97% |
||||
2008 |
171.777 |
15.494 |
361 |
2,33 |
96,12% |
||||
2009 |
197.067 |
16.117 |
333 |
2,10 |
98,23% |
||||
2010 |
188.894 |
16.594 |
288 |
1,87 |
92,60% |
||||
2011 |
200.600 |
16.314 |
230 |
1,41 |
95,65% |
||||
2012 |
? |
16.700 |
196 |
1,64 |
90,31% |
||||
Total |
|
148.565 |
3779 |
2,54 |
89,67% |
Fonte:GIDSA/IDARON (2015)
Resultados parecidos com os encontrados em nosso Estado (Rondônia) foram realizados por Silva e colaboradores (2013) em três estados do Nordeste, os quais obtiveram os seguintes resultados: Rio Grande do Norte com 1.010 amostras, 13 positivas, representando 1,29% das amostras do estado, Paraíba 1.926 amostras, 55 positivas, representando 2,86 % das amostras do Estado e Ceará com 2.679 amostras, sendo 83 positivas, representando 3,10 % das amostras do Estado.
Médias bem superiores foram encontradas em Uruará no Pará, Heinemann e colaboradores (2002) obtiveram uma prevalência de 17,71%. Em Altamira, Castelo dos Sonhos e Novo Progresso foi observado uma prevalência entre os anos de 2007-2010 de 12,79% em 1.626 exames realizados (HEINEMANN et al., 2012). Estudo idealizado por Ferreira e Colletta (2011) mostram a incidência dos casos da doença na região de São João da Boa Vista/SP no período de 1999 a 2010. A incidência da Anemia Infecciosa Equina no período dos 12 anos estudados foi de 18 novos casos para cada 10.000 equídeos na região de São João da Boa Vista/SP, o que nos dá a média de 0,18%, bem inferiores das encontradas em Rondônia, no mesmo espaço de tempo 2,97%.
No ano de 2008 se obteve o máximo de animais examinados e positivados, no município de Urupá, 236 e 9 respectivamente. No entanto este fator não ocorreu em 2014 quando se examinaram 37 animais e se obtiveram 08 positivos, média de 21,6%, podendo ser explicado pelo surgimento de um foco que ocorreu neste ano, consequentemente a adoção de medidas sanitárias oficiais (Saneamento de Foco), aonde testam-se todos os animais vizinhos ao foco (propriedades vizinhas) e que apresentam histórico de vínculo epidemiológicos (trânsito ou fômites).
O Estado de Rondônia realizou 148.565 exames e Urupá 1.555 no período estudado, o que significa que Urupá realizou 1,05% destes exames. Em relação ao plantel equídeo do Estado, que em 2011 era de 200.600, e em Urupá 3.930, podemos dizer que o nosso município representa 0,19% do plantel Estadual. Em comparação com a regional (Tabela 3) com um plantel de 24.190, Urupá representa 16,25% destes equídeos.
Tabela 3: Relação do plantel de equinos, nº de exames realizados, animais positivados e sacrificados na Regional de São Francisco nos anos de 2004 a 2012.
ANO |
PLANTEL |
EXAMINADOS |
POSITIVOS |
% POSITIVOS |
SACRIFICADOS |
|||||
2004 |
16.222 |
574 |
22 |
3,8 |
95,50% |
|||||
2005 |
18.775 |
826 |
36 |
4,4 |
94,40% |
|||||
2006 |
18.078 |
1.100 |
29 |
2,64 |
75,86% |
|||||
2007 |
20.358 |
1.182 |
20 |
1,69 |
50,00% |
|||||
2008 |
18.943 |
1.845 |
66 |
2,31 |
95,45% |
|||||
2009 |
23.067 |
1.460 |
34 |
2,13 |
88,24% |
|||||
2010 |
22.247 |
1.372 |
16 |
1,17 |
93,75% |
|||||
2011 |
22.332 |
? |
? |
? |
? |
|||||
2012 |
24.190 |
1.587 |
23 |
1,18 |
78,26% |
|||||
Total |
|
9946* |
246* |
2,47 |
83,93%* |
Fonte:GIDSA/IDARON (2015).
O número de exames realizados em Urupá no ano 2001 correspondem a apenas 2% dos realizados em 2006, isso equivale a um aumento de 4.900%, mantendo-se estável até 2012, quando caiu de 179 para 37 em 2014, representando uma baixa de 79,3%.
No entanto, no ano de 2011 foram examinados 221 animais, e só se obteve dois positivados, o que corresponde a menos de 0,9%. Neste mesmo ano não obtivemos os dados da regional. E em Rondônia se obteve uma média de 1,41% de animais positivados, a menor registrada no período de 2001 a 2012.
Urupá vivenciou um período (2006 a 2012) de maior procura por exames de AIE, com um acréscimo de 300% em relação a 2005. Após este período viveu seu declínio com queda na procura de 82,12% de 2012 para 2013.
Cabe salientar que no ano de 2012 não se obteve casos positivos em Urupá. No entanto na Regional, a média foi de 1,18% e em Rondônia 1,64%.
Em comparação com os sacrificados, Urupá realizou este procedimento em 97,62% dos casos. Só no ano de 2010 que um animal não foi sacrificado, obtendo média bem superior aos registrados pela regional (89,67%) e Rondônia (83,93%). Esta falta de procedimentos obrigatórios pode ser explicada, pois animais positivados podem ser comercializados para frigoríficos próprios para abate dos mesmos. Em Urupá no ano de 2010 um equídeo veio a óbito antes de ser sacrificado, outra maneira para justificar a falta destes sacrifícios.
É de se estranhar a baixa procura pela emissão da Guia de Trânsito Animal – GTA, nos anos de 2001 a 2005, e o súbito acréscimo nos anos seguintes. Isso se deu à Resolução nº01, de 29 de Setembro de 2006, e ao maior rigor na fiscalização. O mesmo ocorreu no Rio Grande do Sul, onde os resultados demonstraram que a partir da publicação do Decreto Estadual nº. 50.072/2013, que instituiu a aplicação de multa aos que transitassem sem exame negativo para AIE e sem GTA, os registros de cadastros para produtores aumentaram 126% em relação ao ano anterior (DIEHL, 2013).
Já a queda na procura pela emissão da Guia de Trânsito Animal no município de Urupá nos anos de 2013 e 2014 se deu pelo fato do surgimento do Mormo em Rondônia, tornando obrigatório para emissão da GTA, exame de AIE, Mormo e Atestado Sanitário para Mormo. Para se ter uma ideia, no ano de 2014, só se emitiram 12 GTA"s, sendo que dos 37 animais examinados, 25 foram relacionados a um foco em Urupá.
Esta intensa variação em casos positivos no decorrer dos anos, de 0 a 50%, não foram observadas na regional (1,17 a 4,4%) nem em Rondônia (1,41 a 7,8%). Valor semelhante ao máximo de positivados em nosso Estado, foi registrado no Estado do Acre, que entre os anos 1986 e 1996, obteve uma frequência de 7,5% (SANTOS et al., 2001). Valores bem superiores aos do Distrito Federal – DF, que no período de 2004 a 2010, foram realizados 70.205 exames para Anemia Infecciosa Equina em laboratórios credenciados e 329 animais foram positivos para a doença, com uma média de 0,47% (MORAES, 2011).
Obtivemos em Urupá frequência 2,97%, na Regional 2,47 e em Rondônia 2,54% em casos positivos de AIE. Estatisticamente, a Regional e Rondônia estão similares e Urupá com uma frequência pouca superior.
Devido a sua importância como ferramenta de trabalho na pecuária bovina, a diminuição de 6,8% do ano de 2012 para 2013 e de 7,1% para 2014 do plantel equídeo, pode também estar associado à mudança de hábitos dos produtores de Urupá em relação a utilização de equídeos. Como a maior parte dos equídeos portadores da AIE encontram-se em estágio de portador inaparente, o diagnóstico laboratorial torna-se a principal ferramenta de prevenção e controle da AIE.
Podemos dizer que em Urupá houveram três períodos distintos em relação a exames de AIE, um primeiro (2001 a 2005) caracterizado por uma fiscalização mais branda, o segundo (2006 a 2012) por um aumento na fiscalização e um terceiro (2013 a 2014) por um aumento nos custos dos exames, devido a exigência do exame de Mormo.
A redução nos animais reagentes nos anos de 2009 a 2013 pode ser atribuído às ações em propriedades com animais positivos para AIE, demonstrando que a eliminação da fonte de infecção é uma ferramenta eficiente como forma de controle e prevenção da AIE.
Se considerarmos que AIE está presente em todos os confins do Brasil, levando em conta o caráter inaparente da maioria dos animais infectados, dificulta a identificação dos portadores, considerando também a importância social e econômica da criação de equídeos para o estado de Rondônia, onde vários criadores só possuem um animal para trabalho, devemos desejar a destinação de recursos para a promoção de políticas públicas de saneamento das propriedades focos e perifocos, para garantir a prosperidade da equideocultura no Brasil.
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DEDICO
Primeiramente a Deus por proteger-me e guiar-me nesta longa caminhada e a toda minha família por aceitarem os momentos de ausência.
"Ciência se faz com fatos (dados), assim como uma casa se faz com pedras. Um monte de pedras não é uma casa, da mesma forma que um monte de dados não é ciência".
Henri Poincaré
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus que deu-me capacidade e forças para estar aqui neste momento, e em todos os longos anos da graduação.
Aos meus pais, José Aparecido Coimbra de Jesus e Jaci Gomes de Jesus, minha esposa Rosângela Alves de Oliveira Coimbra, minha filha Emanueli Alves Coimbra, minha cunhada Ãngela Aparecida de Oliveira Costa, meus tios João Barbosa dos Santos e Nilda Gomes dos Santos por ajudarem a fazer deste sonho uma realidade.
Aos orientadores Profº. Esp. Pablo Luiz Moreno Borges e Ãngelo Rodney R. Coelho, por me auxiliarem a escrever essa monografia.
Aos professores de minha formação acadêmica Sandro Shons, Vanessa Mottin, Cíntia Daudt, Flavio Chaves, Daniela Lemos, Alessandro Góes Orrutéia, Vanessa Ingred Janes, Henry Wajnsztejn, Paula Duarte Silva Rangel Garcia, Igor Mansur, Paulo Henrique Gilio Gasparotto, Aliny Pontes Almeida Torchitte, Pablo Luiz Moreno Borges, Camila Maia, Andrea Smith Maia, Ana Sabrina Coutinho Marques, Graziela Kopinits de Oliveira e Henrique Fulaneti Carvalho por auxiliarem na minha formação acadêmica.
Autor:
Elton Gomes Coimbra
eltoncoimbra[arroba]hotmail.com
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
JI-PARANÁ/RO
NOVEMBRO DE 2015
ELTON GOMES COIMBRA
Monografia apresentada à Universidade Luterana do Brasil, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, como parte das exigências para a obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária.
Orientador: Prof. Esp. Pablo Luiz Moreno Borges - ULBRA/CEULJI.
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