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Os pais não são participativos pela dificuldade de transporte e tempo para virem à escola como já foi mencionado em outras abordagens.
Os funcionários participam sempre que chamados e demonstram maior interesse e simpatia pelo trabalho dos alunos do que o corpo docente, que demonstra maior interesse pelas atividades curriculares de suas disciplinas.
6.5.4. Resultado da análise com base nos registros visuais das atividades do Clube
Praticamente todas as atividades do Clube são registradas através de fotos e filmagens, mas principalmente de fotos. Cada registro de atividade, é documentado e seguido pelas fotos que os ilustram. Já as filmagens, referem-se mais a atividades de eventos e apresentações.
Nesta análise feita em janeiro de 2005, observou-se fotos e filmagens desde as primeiras até as últimas atividades desenvolvidas pelo Clube da Árvore Ecologia Nota 10 na E.E.B. Santa Catarina nos anos de 2003 e 2004.
Nas fotos, tanto quanto nas filmagens, pode-se confirmar a presença dos diversos alunos dos três turnos e de todas as séries em várias atividades distintas, envolvendo sempre todas as séries e turmas embora os alunos mais participativos não se evidenciam pelas fotos, mas sim pelas filmagens nas quais aparecem, geralmente, liderando as atividades.
Nas filmagens se observa mudanças físicas e desenvolvimento de expressão fisionômica, de oralidade e desenvoltura, principalmente nos mais ativos, o que indica que mesmo sendo estes mais dispostos biologicamente à liderança e versatilidade, através da participação nas atividades do Clube, em contato diário e direto com a comunidade escolar, foram oportunizados ao desenvolvimento de tais habilidades com maior potencialidade.
As fotos, entretanto, são parte fundamental de confirmação de realização das atividades e seus procedimentos. Nestas se observa a integração de todos os envolvidos pelas expressões de satisfação e alegria no desempenho das atividades.
Através de mais estes recursos como instrumentos de pesquisa, pode-se corroborar finalmente a hipótese lançada no início desta pesquisa de que as atividades e projetos extracurriculares desenvolvidos pelo Clube da Árvore Ecologia Nota 10, da E.E.B. Santa Catarina de São Francisco do Sul/SC, influem no desenvolvimento cognitivo e sociocultural dos educandos que participam.
Infelizmente a escola não dispõe de registros e informações sobre a situação econômica ou de saúde dos alunos e de suas famílias, nem tampouco possui profissional habilitado para testes de medição de níveis de QI – Quoeficiente de Inteligência, para avaliar as capacidades individuais dos alunos envolvidos, o Estado não oferece esse tipo de serviço. Além do que as hipóteses deste trabalho de investigação baseiam-se na teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner, que já foram descritas no capítulo três.
Em se tratando esta pesquisa, de analisar atividades e projetos extracurriculares, desenvolvidos em horários extraclasse, a metodologia dos profissionais docentes da escola não interferiu diretamente no estudo. Até porque cerca de 90% dos professores são habilitados e efetivos da escola há muito tempo, o que sugere comprometimento inerente ao convívio do trabalho. Além de que especificamente no Clube da Árvore Ecologia Nota 10, somente a professora coordenadora interagia diretamente com os alunos envolvidos, numa relação de voluntariado, bem distinta do convívio em sala de aula durante aulas regulares.
Os resultados obtidos oferecem-nos confiabilidade e segurança não apenas pelos números e resultados apresentados, mas também pelas manifestações de satisfação explicitadas pelas pessoas envolvidas em todos os instrumentos de pesquisa utilizados.
O fato de a maioria dos entrevistados saber citar atividades e projetos do Clube e nomes de alunos considerados mais ativos e engajados no programa, aponta reconhecimento de sua relevância, utilidade e popularidade dentro da escola. E o volume de atividades e projetos desenvolvidos desde sua fundação, levou a um crescimento cultural da comunidade que reconhece sua própria transformação e evolução não apenas no comportamento social, como nos seus próprios conceitos e valores em diversos aspectos e níveis.
Portanto, podemos observar que o Projeto Clube da Árvore Ecologia Nota 10 da E.E.B. Santa Catarina contribuiu e influenciou consideravelmente para o desenvolvimento cognitivo dos educandos que participaram de suas atividades, conforme comparação dos índices de rendimentos escolares do ano de 2004 entre alunos envolvidos com as atividades e projetos do Clube e alunos de turmas que não atuam diretamente pelo Clube no mesmo ano, por sentirem-se mais felizes e atuantes, o que os motivou a dedicarem-se mais também aos estudos.
Igualmente o desenvolvimento sociocultural ficou constatado pela diminuição da freqüência de registros de ocorrências disciplinares dos alunos, segundo informação do serviço de orientação. Pelos poucos registros de envolvimento dos alunos participantes do Clube nas ocorrências disciplinares do ano de 2004 e pelos relatos de uma amostragem significativa de todos os seguimentos da comunidade escolar, uma vez que, na grande maioria dos questionamentos os resultados são favoráveis, demonstrando eficácia no desempenho do Clube dentro da escola, em promover o comportamento adequado, ressaltando os níveis de comprometimento dos alunos envolvidos na criação, organização e execução das atividades e projetos citados pelos entrevistados.
A importância e o reconhecimento do trabalho do Clube para a comunidade escolar fica explícita nos relatos de parabenização, nos questionamentos sobre maiores esclarecimentos e curiosidade dos alunos do turno noturno, que não tem muito acesso às atividades e projetos, já que a grande maioria são executados no período diurno e pela satisfação dos pais e dos próprios alunos pelas habilidades desenvolvidas e ocupação das crianças e jovens de forma saudável e educativa.
A demonstração clara do desenvolvimento dos alunos envolvidos nas atividades do Clube através das filmagens e da observação direta dos funcionários e direção da escola, também fortalece a confirmação da hipótese de que as atividades e projetos extracurriculares, como as desenvolvidas pelo Clube da Árvore Ecologia Nota 10, influem no desenvolvimento cognitivo e sociocultural dos alunos da educação básica.
Utilizando-se de todos estes dados, a pesquisa pode ser considerada confiável e válida, pois todos os resultados foram retrato do que foi registrado como fato histórico acontecido na unidade escolar.
Assim, pode-se considerar que a pesquisa vem a corroborar as hipóteses e questionamentos acerca da relevância das atividades e projetos do Clube na escola e da sua influência no desenvolvimento cognitivo e sociocultural dos educandos da comunidade escolar.
Este trabalho foi de grande valia para a comunidade escolar, foco dos estudos de pesquisa realizados, pois contribuiu para a afirmação de que o Clube da Árvore Ecologia Nota 10 e sua metodologia de atuação, auxiliam notoriamente no desenvolvimento cognitivo e sociocultural dos educandos da E.E.B. Santa Catarina, complementando a educação regular nos Ensinos Fundamental e Médio que a escola oferece, ampliando a qualidade do processo ensino-aprendizagem dos envolvidos.
Além da contribuição no aprimoramento dos educandos, o Clube também auxilia a escola de modo geral, pois atua em diversos setores, inclusive na captação de recursos, mesmo que pequenos, de forma independente.
Observou-se que apesar das dificuldades geradas, os alunos sempre buscaram soluções por si próprios, demonstrando grande organização, força de vontade, desenvolvimento de lideranças e iniciativas próprias nas tomadas de decisões entre sua vida particular, sua vida estudantil e sua vida de voluntariado no Clube. Isso nos sugere a boa vontade que as crianças e jovens têm de participar de forma a sentirem-se parte integrante e responsáveis pela escola.
A função serviçal dos demais funcionários da instituição, já os torna mais humildes e receptivos ao envolvimento voluntário com os alunos em prol da escola. Observa-se que estes estavam sempre dispostos e até demonstravam alegria e satisfação por participar e ver as coisas acontecerem.
Também no período noturno, as poucas experiências vivenciadas pelo Clube demonstraram atrair adeptos com anseios de cooperar com a escola. Sendo este turno formado por clientela bem diferente do diurno, seria interessante a aplicação mais incisiva das atividades e projetos do Clube para outra pesquisa sobre o envolvimento dos alunos que após trabalharem o dia inteiro, ainda podem encontrar motivação para participar da escola além da parte de cumprimento dos estudos através do currículo regular.
Lamenta-se apenas o não envolvimento dos docentes nas atividades e projetos do Clube por questões diversas, o que poderá ser foco de estudo mais específico no futuro. Com certeza a integração destes ao Clube traria resultados bem mais significativos, pois haveria distribuição de tarefas na coordenação e fiscalização da qualidade das atividades, gerenciando os alunos de forma mais eficaz para que os poucos projetos que ficaram inconclusos tivessem chegado a cabo, aumentando ainda mais a satisfação geral da comunidade escolar.
Também como sugestões para estudos posteriores deixamos em aberto as seguintes questões:
Como conciliar atividades extraclasse com atividades intraclasse sem quebrar o programa curricular?
Como promover atividades culturais com o real envolvimento de toda a comunidade escolar?
É importante relembrar a discussão a respeito de a escola dispor de profissional qualificado para a coordenação de projetos pedagógicos extracurriculares, principalmente em alusão aos temas transversais, para que garanta ao educando uma formação complementar adequada sem provocar problemas sociais, culturais, etc.
O interessante que pudemos observar e nos orgulhar ao longo desses dois anos trabalhando voluntariamente na coordenação das atividades e projetos do Clube da Árvore Ecologia Nota 10, é o que se sabe tanto na teoria, mas muito pouco se vê na prática das escolas. O vínculo que se cria entre professor e aluno por estarem juntos por mais tempo, unidos pelos mesmos objetivos e trabalhando com prazer.
O exemplo que o professor passa ao aluno é o principal fator da sua motivação e da sua transformação. Os relatos deixados nos questionários, mesmo sem saber exatamente de quem partiram, emocionavam a cada novo trecho analisado, pois na linguagem leiga dos alunos, os elogios, reconhecimentos e agradecimentos, traziam lembranças de cada momento vivenciado, das alegrias, das raivas, das vitórias, das dificuldades, das conquistas e da tristeza ao saber que tudo isso poderia acabar.
Para isso há que se ter uma relação de profissionalismo entre os docentes, incluindo a compreensão de que a interdisciplinaridade se faz buscando parcerias, dividindo tarefas e responsabilidades com colegas, alunos, pais e envolvendo o maior número possível de pessoas interessadas.
Tudo é passageiro, ainda mais numa escola onde a minoria que faz parte da torcida contra são justamente alguns colegas com poder de crítica apenas. O tempo vai cansando as pessoas que lutam pela escola sem reconhecimento justamente dos seus professores queridos. E dói pensar que quase nos derrotamos por estar cansados.
Mas a esperança de que podemos virar o jogo e continuar, em outra época, de outra forma, em outro lugar, reanima.
Em qualquer escola ou centro educativo é possível inovar sempre. Os tipos de atividades e projetos desenvolvidos pelo Clube da Árvore Ecologia Nota 10, ocuparam muitas pessoas com baixíssimo custo.
Para fazer educação, são necessários os melhores recursos possíveis, por certo que isso é garantia de sucesso. Mas com criatividade também é possível sair da rotina na escola e oferecer educação de qualidade, oferecer espaço, lazer, cultura e carinho e não apenas aulas e aulas.
Em qualquer caixinha de leite pode-se plantar sementes e produzir um viveiro de mudas com os alunos. Em qualquer espaço coberto se ensaia dança, teatro e música. Com qualquer placa de compensado velha e restos de obras se produz um biombo para fazer teatro de bonecos confeccionados de meias velhas e material reciclável pelos próprios alunos. Ou painéis de recados, mural, placas de identificação, etc.
Não é obsoleta a técnica da germinação do grãozinho de feijão. Quem não lembra de ter feito isso quando criança na escola, e como foi divertido ver a plantinha nascer e crescer naquela idade...
Concursos de cachorros, de brotinhos, disso e daquilo acabam virando uma festa, e não precisa interromper aulas para isso, só montar equipes de apoio para trabalhar extraclasse e abrir a escola à sua comunidade. Acabam tornando-se tradições como as festas juninas, aniversários da escola, feiras de ciências. Mas o interessante é envolver e responsabilizar os alunos com tarefas na organização dos eventos.
Incentivar projetos para a hora do recreio, distrai os alunos, diminui a violência, socializa culturas e conhecimentos na escola.
E viva a Educação! Só nas suas histórias assistimos a transformação do homem passo a passo e vemos brotar novas formas de convívio, com mais liberdade, mais autonomia, consciência de pertencer ao mundo e sentir-se parte dele.
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APÃSNDICE I
Modelo de Balanço Financeiro do Clube
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CLUBE DA ÁRVORE ECOLOGIA NOTA 10
PLANILHA DE CONTROLE FINANCEIRO Folha Nº:______ Ano: ________
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EVENTO |
RECEBIDO |
DESPESAS |
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APÃSNDICE II
Relação das atividades e projetos já implementados e executados pelo Clube da Árvore Ecologia Nota 10 da E.E.B. Santa Catarina, desde sua fundação em 2003 até o final do ano letivo de 2004, nas três modalidades
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Atividades e Projetos Permanentes – são os que acontecem durante o ano todo, com continuidade a cada dia letivo.
1. 21/05/2003 – Fundação do Clube da Árvore Ecologia Nota 10
2. 05/03/2003 – Horta Escolar
3. 07/03/2003 – Coleção Biológica
4. 22/05/2003 – Árvore da Amizade
5. 22/05/2003 – Mural Geral
6. 07/06/2003 – Paisagismo – Vasos e Floreiras
7. 10/06/2003 – Carteirinha de Sócio-Voluntário
8. 15/06/2003 – Cartazes e Grafitagens
9. 18/06/2003 – Cuidando da Obrigação Antes da Diversão
10. 20/06/2003 – Gincana da Arrumação
11. 20/06/2003 – Aula de Civismo
12. 07/07/2003 – Cantinho do Clube na Biblioteca
13. 08/09/2003 – Viveiro de Mudas de Árvores
14. 12/09/2004 – Separando e Reciclando o Lixo
15. 29/06/2003 – Agentes Verdes e Esquadrão Espião
16. 09/03/2004 – Mural dos Agradecimentos
17. 10/03/2004 – Mural das Datas Comemorativas
18. 15/03/2004 – Gincana da Colaboração
19. 10/06/2004 – Grupo Teatral Ecologia Nota 10
20. 10/08/2004 – Recreio Cultural
21. 11/08/2004 – Ecological Ten Dance
22. 20/08/2004 – Hemeroteca
23. 20/08/2004 – Ludoteca
24. 10/09/2003 – Coral Nós e Voz
25. 06/10/204 – Mapoteca
Atividades e Projetos Sazonais – são os que acontecem uma ou duas vezes ao ano como tradição do Clube.
1. 30/07/2003 – Coleta de Sementes de Árvores Nativas
2. 24/08/2003 – Boatinha do Santa
3. 1o/09/2003 – Pelotão do Clube da Árvore
4. 12/09/2003 – Dia da Árvore
5. 16/09/2003 – Conferencia do Meio Ambiente
6. 10/10/2003 – Dia da Criança Ser Criança
7. 14/10/2003 – Ao Mestre Com Carinho
8. 30/10/2003 – Stand do Clube na FECCISC
9. 03/11/2003 – Jornaleco do Zé Folhinha
10. 11/11/2003 – Papai Noel Existe!
11. 10/06/2004 – Casamento na Roça e Quadrilha Caipira
12. 16/06/2004 – Sinhozinho e Sinhazinha do Santa
13. 11/08/2004 – Estudante Também Brinca
14. 04/09/2004 – Hasteamento da Bandeira
15. 25/10/2004 – Brechó do Clube da Árvore
16. 21/11/2004 – Coração em Doação
17. 27/11/2004 – Garoto e Garota do Santa
Atividades e Projetos Eventuais – são os que ocorrem eventualmente em edição única por oportunidade ou iniciativa do Clube.
10/03/2003 – Concurso de Teatros de Bonecos
10/03/2003 – Paródias Pedagógicas
10/04/2003 – Refeitório Provisório
06/06/2003 – Jogos Pedagógicos
07/06/2003 – Análise da Qualidade da Água
07/06/2003 – Curso Básico de Parasitoses
20/08/2003 – IV Conferência do ECA
02/09/2003 – Palestra de Educação Ambiental
23/09/2003 – Estudo Sobre Sons
25/09/2003 – Estudo Sobre Petróleo
03/10/2004 – Controle Parasitológico da Esquistossomose
07/10/2003 – Visita à Escola Agrícola de Araquari
10/04/2004 – Recursos Naturais – uso consciente ambiente contente – Concurso da Veja do Sul
25/05/2004 – Palestra Sobre Emissários de Efluentes
08/06/2004 – Visita à AECAR
10/06/2004 – Roleta do Zé Folhinha
05/08/2004 – Túnel do Tempo – História das Olimpíadas
06/08/2004 – CD do Clube
11/08/2004 – Túnel do Tempo – História do Santa
16/08/2004 – Cruzadinha de Árvores Exóticas
15/09/2004 – Arte na Escola
23/09/2004 – Palestra da Naturally Anew
22/10/2004 – Outubro em Homenagem
07/12/2004 – Parque Aquático – Vencedores das Gincanas 2004
APÃSNDICE III
Exemplo de Modelo de Registro das Atividades e Projetos do Clube da Árvore Ecologia Nota 10
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Escola de Educação Básica Santa Catarina
Título do Projeto: CD do Clube
Data de Início: 06/08/2004
Duração: 20 dias
Coordenação: Profa Edilene Soraia da Silva
Aluno Responsável: Ginaíni Turma: 6ª série
Equipe de Apoio: pessoal do Teatro
Objetivo Geral: Gravar um CD em estúdio com as músicas do Teatro e do Coral.
Objetivos Específicos:
Criar melodias e arranjos musicais em teclado para as letras da peça teatral;
Ensaiar voz e teclado;
Buscar patrocínio para gravação em estúdio profissional;
Despertar o gosto pela arte musical;
Promover o trabalho do Clube e da escola;
Incentivar a produção com qualidade dos projetos do Clube;
Valorizar os dons artísticos dos alunos;
Oferecer um espetáculo de qualidade aos francisquenses.
Metodologia: ensaiar as músicas com as melodias criadas para as letras do texto teatral, contactar com proprietários de estúdios em busca de patrocínio, agendar e ir ao estúdio gravar som e voz.
Avaliação: será considerado satisfatório se os alunos envolvidos criarem melodias apropriadas para o enredo da peça teatral e conseguir patrocínio para gravação do CD.
Resultados: Foi até bem fácil. Depois de criadas as melodias e arranjos, conseguimos patrocínio do Sr. Fernando do Estúdio e Produtora Nativa de Araquari-SC, e em duas noites conseguimos gravar e editar as 12 músicas, sendo 9 do teatro e 3 para o ensaio do coral. Ficou ótimo.
APÃSNDICE IV
Normas Para Participação nas Atividades e Projetos do Clube da Árvore Ecologia Nota 10
Normas do Clube
1. Somente poderão assumir cargos de Diretoria Geral, alunos matriculados e cursando normalmente as aulas na E.E.B. Santa Catarina;
2. Todas as pessoas pertencentes a qualquer segmento da comunidade escolar fazem parte do Clube e poderão atuar como coordenadores de projetos e/ou participarem de todas as atividades desenvolvidas pelo Clube;
3. Os alunos efetivos, voluntários do Clube da Árvore Ecologia Nota 10, da E.E.B. Santa Catarina somente poderão desempenhar atividades voluntárias em prol do clube e da escola em horários extra classe, salvo com permissão concreta do professor da disciplina, se a tarefa for realmente necessária em horário de aula;
4. Os alunos voluntários do Clube terão direito a solicitar avaliação qualitativa em todas as disciplinas desde que participe do Clube colaborando com a escola, de acordo com os critérios de cada professor, mediante apresentação da carteirinha de sócio-voluntário, constando a atividade desempenhada pelo aluno e no prazo de validade do bimestre em vigência;
5. Só poderão solicitar a carteirinha do Clube os alunos que participam de alguma forma colaborando com o Clube e com a escola;
6. Os alunos que assumem cargos de diretoria geral poderão ser destituídos em qualquer assembléia informal pelos presentes, independente de quorum, caso não esteja satisfazendo as necessidades do Clube ou por falta de atuação, desde que surja candidato para assumir o posto;
7. Pessoas que assumem coordenação de projetos e não cumprem com suas funções no prazo programado, poderão ser substituídos pela Diretoria Geral do Clube;
8. Membros da Diretoria Geral que não comparecerem às reuniões do Clube, sem justificativa prévia, poderão ser destituídos e substituídos pelos presentes na reunião;
9. Todos os membros do Clube têm obrigação de preservar as instalações da escola, do meio ambiente em geral, respeitar todas as formas de vida, interagir dentro da ética inerente a esta comunidade escolar e manter-se em dia com suas obrigações escolares.
APÃSNDICE V
________________________________________________
Questionário sobre o Clube da Árvore Ecologia Nota 10 da E.E.B. Santa Catarina, para investigação sobre a influência de suas atividades no desenvolvimento cognitivo e sociocultural dos educandos que dele participam.
As informações serão utilizadas para dissertação de mestrado de Edilene Soraia da Silva de modo geral e sigiloso. Muito Obrigada por sua colaboração.
Identificação não obrigatória. Nome:_______________________________
Favor assinalar a qual segmento da comunidade escolar pertence e responder segundo sua opinião.
( )Diretor ( )Especialista ( )Professor ( )Funcionário ( )Aluno ( )Pai
1. Você conhece as atividades desenvolvidas pelo Clube da Árvore Ecologia Nota 10?
( ) Todas ( ) Algumas ( ) Nenhuma Quais? _______________
_______________________________________________________
2. Você colabora com alguma das atividades do Clube da Árvore Ecologia Nota 10?
( ) Nunca ( ) Às vezes ( ) Sempre Quais? ____________________
_______________________________________________________
3. Você sabe quais são os alunos que atuam pelo Clube ativamente?
( ) Sim ( ) Não ( ) Alguns Quantos? __________________
4. Como vê a participação dos alunos nas atividades do Clube, sendo estas na maioria, extra-classe? ___________________________________
________________________________________________________
5. Você percebe influências de comportamento ou de relacionamento entre os alunos que participam das atividades do Clube?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em Alguns Quais?____________________
_______________________________________________________
6. Você acha que as experiências vivenciadas pelos alunos ativos do Clube influenciam no seu rendimento escolar?
( ) Sim ( ) Não ( ) Em Alguns De que forma? ______________
_______________________________________________________
7. Você considera importante a existência do Clube da Árvore Ecologia Nota 10 na escola? ( ) Sim ( ) Não Por quê? ______________________________
______________________________________________________
8. Você considera que as experiências vivenciadas pelos alunos ativos do Clube, lhes proporciona o desenvolvimento de outras habilidades, além das desenvolvidas pelos conteúdos programáticos de sala de aula?
( ) Sim ( ) Não Quais? ____________________________________
______________________________________________________
Utilize o verso para outras colocações que considerar oportunas.
APÃSNDICE VI
Roteiro de Entrevista com Diretores e Funcionários da Escola Aplicado em dezembro de 2004
________________________________________________
Entrevistado: ____________________________________
1. O Clube da Árvore Ecologia Nota 10 da E. E. B. Santa Catarina foi fundado em maio de 2003. De lá para cá, você observa mudanças nos alunos em relação aos seguintes itens:
Itens |
Melhor |
Pior |
Igual |
||||||
Comportamento e educação em geral |
|||||||||
Relacionamento interpessoal |
|||||||||
Respeito aos professores e funcionários |
|||||||||
Depredação de cadeiras e carteiras |
|||||||||
Conservação de paredes e portas |
|||||||||
Quebra de vidros das janelas |
|||||||||
Lixo jogado pelo chão da escola |
|||||||||
Higiene e conservação dos banheiros |
|||||||||
Desperdício de merenda |
|||||||||
Pratos e canecas de merenda espalhados |
|||||||||
Demonstrações de atos de violência |
|||||||||
Envolvimento e união em prol da escola |
2. Na sua opinião, as atividades do Clube exercem influência para a melhoria geral deste quadro de desenvolvimento dos alunos da escola?
( ) Sim ( ) Não
Por quê? _______________________________________________________
______________________________________________________________
ANEXO I
________________________________________________
1. Programa Clube da Árvore do Instituto Souza Cruz
(Extraído do Site do Instituto Souza Cruz)
A introdução da Educação Ambiental nos ensinos fundamental e médio no Brasil deu seus primeiros passos no final da década de 70, seguindo movimento mundial iniciado na década anterior. Um momento importante desse movimento foi o Encontro Internacional em Educação Ambiental, realizado pela Unesco, em Belgrado, Iugoslávia, em 1975. Na ocasião, foi criado o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA).
É nesse contexto que surge, por iniciativa da Souza Cruz, o programa Clube da Árvore, que completou 20 anos em 2002. O Clube já ultrapassou a marca de 12 milhões de mudas plantadas, tendo hoje cerca de 70 mil participantes e mais de 1,8 mil clubes em atividade. O principal mérito do programa tem sido sua capacidade de gerar e ampliar a consciência ecológica nas áreas onde atua, motivando centenas de comunidades a discutirem a questão ambiental e a adotarem ações concretas para interromper processos de degradação, recuperar e preservar a natureza.
No início, o programa teve atuação intensa na Região Sul – área de produção agrícola da Souza Cruz. Hoje, fazendo parte das ações do Instituto Souza Cruz, lida de forma mais ampla com os aspectos educativos e o envolvimento das comunidades nas questões ambientais, sempre em estreita parceria com as prefeituras dos municípios onde se realiza, e de acordo com os princípios formulados pelo PIEA, segundo os quais a Educação Ambiental deve ser "continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais".
A fim de estar cada vez mais próximo de seus objetivos, o Clube da Árvore vem passando por um aperfeiçoamento em seu sistema de avaliação, que deverá resultar em maior controle sobre o destino das mudas produzidas.
1.2. História do Clube da Árvore
O Clube da Árvore nasceu em 1982, por iniciativa da Souza Cruz, que percebeu a necessidade de conscientizar os filhos dos produtores rurais sobre a importância da preservação da mata nativa e do reflorestamento. No primeiro ano, sete escolas rurais do Rio Grande do Sul participaram. Uma década depois, o programa já havia sido chegado a Santa Catarina e Paraná, abrangendo 700 escolas, tanto no campo quanto nas cidades.
Até 1991, o Clube restringia-se às áreas de produção agrícola da Souza Cruz, porque dependia do acompanhamento direto dos orientadores agrícolas da empresa. Com a criação do sistema de distribuição de kits de material de apoio e sementes por meio de mala-direta, foi possível estendê-lo para as áreas urbanas. A comunicação da coordenação com os clubes e entre estes foi intensificada com o lançamento do Jornal do Clube da Árvore, editado mensalmente e com a criação de promoções que mobilizam professores e alunos.
Com a criação do Instituto Souza Cruz, em julho de 2000, a expansão do programa para outras regiões do Brasil ganhou impulso. Em 2001, dos 1,8 mil clubes existentes, 257 estavam fora da Região Sul. Além de buscar parcerias com outras instituições, especialmente do poder público, que viabilizem esse crescimento, o Instituto está criando novos métodos de acompanhamento e avaliação que garantam a sistematização e difusão das idéias e experiências desenvolvidas pelo Clube.
Despertar na juventude maior valorização e interesse pela natureza;
Aumentar a consciência ecológica de toda a comunidade envolvida, através de atividades teóricas e práticas;
Incentivar o espírito de preservação e renovação das florestas e da biodiversidade;
Desenvolver núcleos de produção de mudas de árvores nativas e exóticas;
Desenvolver intercâmbio de idéias preservacionistas entre alunos, professores e comunidade;
Envolver e realizar atividades na comunidade e nas propriedades dos pais dos alunos.
1.4. Como Funciona o Clube da Árvore
A adesão ao Clube é gratuita. As escolas e entidades devem responder a uma carta-convite, enviada pela coordenação do programa no início de cada ano letivo. Os kits de material chegam às escolas pelo correio, contendo 12 ou mais tipos de sementes, sacos plásticos para a produção de mudas, fita para marcação dos canteiros, livros e outros materiais didáticos e informativos. Para participar dos concursos e promoções, é preciso responder o registro anual com os nomes do presidente e do secretário do clube eleitos, de um representante da Associação de Pais e Professores, do professor responsável pelas atividades e um resumo dos objetivos definidos para o ano.
O Clube da Árvore alia teoria e prática. O material didático-pedagógico é produzido por profissionais ligados a universidades e institutos de pesquisa. A cada ano, desenvolve-se em torno de um tema diferente, sempre ligado ao meio-ambiente, com informações úteis e ilustrações. Traz sugestões de atividades que despertam a atenção e estimulam a imaginação dos alunos, como concursos de redação, expressão artística, fotografia - e que podem ser utilizadas para dinamizar o conteúdo de várias disciplinas.
Como atividade prática, os estudantes aprendem a identificar e coletar sementes das espécies nativas e exóticas, a semear e acompanhar o desenvolvimento e o plantio das mudas. As mudas produzidas podem ser plantadas nas escolas e em áreas que necessitem de reflorestamento, como nascentes de rios, ou nas ruas e praças da localidade. As excedentes são distribuídas em gincanas, pedágios e diversos eventos comunitários. Muitas vezes, a renda arrecadada com a venda de mudas reverte em melhorias para a própria escola e a comunidade, sempre de acordo com os objetivos definidos pelos participantes de cada clube em sua fundação.
Como incentivo ao desenvolvimento de novas atividades, são realizadas promoções, como coleta de sementes, colagens e redação. Os clubes que se destacam recebem material escolar e jogos educativos compartilhados pelo grupo.
1.5. Principais Temas Desenvolvidos
Meio ambiente é um termo que engloba uma diversidade de temas. Para que cada um receba tratamento aprofundado, o Clube da Árvore elege um a cada ano para ser trabalhado. Em 2001, por exemplo, o assunto escolhido foi animais. Entre outras coisas, as crianças aprenderam que os animais auxiliam no transporte de sementes, na polinização e no controle de insetos, sendo, portanto, fundamentais para a sustentabilidade do meio ambiente.
Nos materiais distribuídos em 2002, foram relembrados os temas abordados pelo Clube da Árvore em seus 20 anos de existência, como água, preservação do solo, aves e cultivo de plantas ornamentais. Os clubes receberam também o livro Arborização de Vias Públicas: Ambiente e Vegetação, que ensina como arborizar uma cidade e mostra a importância de manter árvores em vias públicas. O livro foi editado em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (RS).
ANEXO II
________________________________________________
1. O Instituto Souza Cruz
(Extraído do Site do Instituto Souza Cruz)
O Instituto Souza Cruz é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, de abrangência nacional, criada em 31 de julho de 2000, com sede no Rio de Janeiro, comprometida com a causa da Educação para o Desenvolvimento Humano Sustentável.
Reconhecido pelo Ministério da Justiça como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), em 12 de dezembro de 2001, o Instituto Souza Cruz atua lado a lado de pessoas e organizações que lutam por um país melhor, tal como está descrito no artigo 3º da Constituição Federal:
1. Uma sociedade livre, justa e solidária;
2. Desenvolvida;
3. Que tenha erradicado a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais;
4. Capaz de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de discriminação;
A atuação da Souza Cruz no campo da responsabilidade social corporativa vem de longe e, praticamente, confunde-se com a experiência quase secular da empresa nesta área. São ações voltadas para a conscientização acerca do meio ambiente, incentivo a manifestações artísticas e culturais, apoio ao produtor rural e suas famílias, entre muitas outras. Essa trajetória permitiu que fosse acumulado um patrimônio de crenças e valores que norteiam sua cultura interna e, agora, conduzem a atuação do Instituto Souza Cruz.
A criação do Instituto é fruto do amadurecimento da visão ético-política de sua mantenedora, conforme assinala o presidente Flavio de Andrade: "O Instituto Souza Cruz expressa nossa visão e nosso compromisso de tratar a educação para o desenvolvimento humano sustentável como um âmbito de atuação que ultrapassa a área de negócios da empresa".
2. Marco Referencial
O Instituto Souza Cruz tem como referência para suas ações dois sólidos pilares: a tradição de atuação da Souza Cruz no campo da responsabilidade social e o Paradigma do Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
3. Princípios do Instituto Souza Cruz
Os princípios que regem a conduta do Instituto Souza Cruz são traduzidos pelo empenho na defesa ética, social e política das causas abraçadas.
1. Fidelidade às tradições de sua mantenedora no campo da responsabilidade social.
2. Adoção do Paradigma do Desenvolvimento Humano como eixo norteador permanente de nossa atuação no campo social.
3. Compromisso com os Direitos Humanos (civis, políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais) como um projeto de humanidade, como via de inspiração permanente para a construção de uma vida digna para todos.
4. Crença inabalável na educação, entendida como a atividade capaz de transformar o potencial de cada ser humano em competências, habilidades e capacidades.
5. Compromisso permanente com o desenvolvimento do jovem brasileiro como pessoa, cidadão e trabalhador.
6. Convicção de que de pouco valem as oportunidades, se o jovem não for dotado de bons critérios para avaliar situações e tomar decisões na vida (educação para valores).
7. Consciência clara de que a prática do voluntariado social possibilita aos jovens e aos adultos, além de contribuir para a melhoria do mundo à sua volta, viver, identificar e incorporar valores positivos em suas vidas.
8. Certeza de que o mundo que temos hoje nas mãos não nos foi dado por nossos pais. Ele nos foi, como diz o provérbio africano, emprestado por nossos filhos, fazendo, assim, com que a educação para o meio-ambiente seja uma exigência ética e um ato, não só de compromisso com a qualidade de vida das presentes gerações, mas também de solidariedade com as gerações vindouras.
9. Clareza quanto à necessidade imperiosa de viabilizar as novas gerações no mundo do trabalho, dotando os jovens de espírito empreendedor para atuação no meio rural e preparando-os para o ingresso em setores emergentes da economia nacional, como o turismo.
10. Cultivo permanente de um espírito de serviço às causas que abraçamos, colocando a fidelidade e a coerência com estes princípios acima de qualquer outro bem ou interesse.
4. Diretrizes Estratégicas
1. Pautar os programas e ações promovidos e desenvolvidos pelo Instituto Souza Cruz na coerência com o Paradigma do Desenvolvimento Humano e no legado da Souza Cruz, no campo da responsabilidade social corporativa;
2. Adotar um conceito e uma visão ampliados de sustentabilidade, abrangendo as seguintes dimensões:
• Sustentabilidade ambiental – valorização da biodiversidade e entendimento de que as gerações futuras devem ser parte de um meio ambiente, igual ou melhor do que aquele no qual vivemos.
• Sustentabilidade econômica – compromisso com a construção de uma Economia capaz de assegurar oportunidades de geração de renda para os que nela estão inseridos e para aqueles que se preparam para nela ingressar;
• Sustentabilidade social – aumento das oportunidades necessárias ao desenvolvimento pessoal e social das pessoas, e aumento do capital social acumulado;
• Sustentabilidade cultural – preservação do legado cultural das gerações anteriores e sua transmissão às gerações vindouras ampliada com a contribuição da geração presente;
• Sustentabilidade política – apoio às iniciativas que envolvam não apenas o poder público, mas as diversas forças vivas da sociedade e que transcendam no tempo os mandatos de quatro ou de oito anos dos dirigentes políticos, suscitando o crescimento da participação política.
3. Formar em cada área de atuação uma comunidade de sentido, constituída por pessoas da comunidade que decide, da comunidade que estuda e da comunidade que opera as questões a que o Instituto Souza Cruz se dedica;
4. Empenhar-se na defesa ética, social e política das causas sociais abraçadas pelo Instituto Souza Cruz (advocacia social);
5. Pelo acompanhamento e avaliação sistemáticos dos programas e ações, produzir, sistematizar e difundir o patrimônio de idéias e experiências que formos capazes de desenvolver;
6. Ter no jovem não apenas o destinatário preferencial de nossas ações, mas um interlocutor e parceiro ativo, criativo e solidário na consecução de nossos objetivos e metas;
7. Sempre que possível, atuar por alianças e parcerias, visando a gerar sinergia, agregar valor à causa e ampliar o impacto das ações desenvolvidas;
8. Incentivar uma cultura de aprendizagem entre os quadros do Instituto Souza Cruz, visando a que nos tornemos alunos insaciáveis e professores incansáveis daqueles com quem interagimos no dia-a-dia da instituição;
9. Buscar, sempre que possível, no desenvolvimento dos programas e ações de atenção direta, o envolvimento de educadores escolares, familiares e comunitários;
10. Interagir construtivamente com as políticas públicas, visando a ampliação e melhoria do atendimento prestado por seu intermédio;
11. Conduzir o Instituto Souza Cruz utilizando as melhores práticas gerenciais existentes no mercado;
12. Construir e implementar uma estratégia de comunicação consistente, voltada tanto para o público interno quanto para o público externo.
ANEXO III
________________________________________________
BREVE RESUMO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃfO AMBIENTAL
(Extraído do Site do Instituto Souza Cruz)
Década de 60 - 1962
O livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, alertava sobre os efeitos danosos de inúmeras ações humanas sobre o ambiente, como por exemplo o uso de pesticidas.
1968Nasce o Conselho para Educação Ambiental, no Reino Unido. Surge o Clube de Roma que, em 1972, produz o relatório Os Limites do Crescimento Econômico que estudou ações para se obter no mundo um equilíbrio global, como a redução do consumo, tendo em vista determinadas prioridades sociais.Década de 70 - 1970
Entidade relacionada à revista britânica The Ecologist elabora o Manifesto para Sobrevivência, insistindo que um aumento indefinido de demanda não pode ser sustentado por recursos finitos.
1972Conferência das Nações sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo, Suécia. Os principais resultados formais do encontro constituíram a Declaração sobre o Ambiente Humano, ou Declaração de Estocolmo, que expressa a meta de que "tanto as gerações presentes como as futuras, tenham reconhecidas como direito fundamental, a vida num ambiente sadio e não degradado" (Tamanes - 1977).
Ainda como resultado da Conferência de Estocolmo, neste mesmo ano, a ONU criou um organismo denominado Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), sediado em Nairobi, Quênia.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul criou o primeiro curso de pós-graduação em Ecologia do país.
1975
Em resposta às recomendações da Conferência de Estocolmo, A UNESCO promoveu em Belgrado, Iugoslávia, o Encontro Internacional em Educação Ambiental, no qual criou o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), segundo o qual, a Educação Ambiental deve ser continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais.
A Carta de Belgrado é considerada um dos documentos mais lúcidos e importantes gerados nesta década. Trata da satisfação das necessidades e desejos de todos os cidadãos da Terra e propõe que: as causas básicas da pobreza, como a fome, o analfabetismo, a poluição, a exploração e a dominação, devem ser tratadas em conjunto, para serem erradicadas: nenhuma nação deve se desenvolver às custas de outra nação, havendo necessidade de uma ética global; a reforma dos processos e sistemas educacionais é central para a constatação dessa nova ética de desenvolvimento; a juventude deve receber um novo tipo de educação que requer um novo e produtivo relacionamento entre estudantes e professores, entre escolas e comunidade, entre o sistema educacional e sociedade. O documento finaliza com a proposta de um programa mundial de Educação Ambiental.
1976Criação dos cursos de pós-graduação em Ecologia nas Universidades do Amazonas, Brasília, Campinas, São Carlos e no Instituto Nacional de Pesquisas Aéreas (INPA), em São José dos Campos.
1977Realizada a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental em Tbiliski, Geórgia, organizada pela UNESCO com a colaboração do PNUMA. Foi o ponto culminante da primeira fase do Programa Internacional de Educação Ambiental, iniciado em 1975. Definiram-se os objetivos e as características da Educação Ambiental, assim como as estratégias pertinentes ao plano nacional e internacional.
No Brasil, o Conselho Federal de Educação tornou obrigatória a disciplina Ciências Ambientais em cursos universitários de Engenharia.
1978Os cursos de Engenharia Sanitária já inseriam as matérias de Saneamento Básico e Saneamento Ambiental.
1979Realização do Seminário de Educação Ambiental para América Latina pela UNESCO e PNUMA, na Costa Rica.
A Secretaria de Ensino Médio/MEC e a CETESB publicam o documento Ecologia - Uma proposta para o Ensino de 1º e 2º graus.
Década de 80 - 1985
O parecer 819/85 do MEC reforça a necessidade da inclusão de conteúdos ecológicos ao longo do processo de formação do ensino de 1º e 2º graus, integrados a todas as áreas do conhecimento, de forma sistematizada e progressiva, possibilitando a "formação da consciência ecológica do futuro cidadão".
1987Formulada a Estratégia internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 1990, documento final do Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativas ao Meio Ambiente, realizado em 1987, em Moscou, Rússia, promovido pela UNESCO. Ressalta a importância da formação de recursos humanos nas áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e da inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis.
Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou por unanimidade a conclusão da Câmara de Ensino a respeito do parecer 226/87, que considerava necessária a inclusão da Educação Ambiental entre os conteúdos a serem explorados nas propostas curriculares das escolas de 1º e 2º graus, bem como sugeria a criação de Centros de Educação Ambiental. A UNESCO/PNUMA realizou em Moscou o Congresso Nacional sobre Educação e Formação Ambientais, onde foram analisadas as conquistas e dificuldades na área de Educação Ambiental, desde a conferência de Tbiliski (Geórgia), e discutido uma estratégia internacional de ação em educação e formação ambientais para a década de 90.
1988A Constituição da República Federativa do Brasil dedicou o Capítulo VI ao Meio Ambiente e no Art. 225, Inciso VI, determina ao "... Poder Público, promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino..."
Realização do Primeiro Congresso Brasileiro de Educação Ambiental no Rio Grande do Sul.
Realização do Primeiro Fórum de Educação Ambiental promovido pela CECAE/USP, que, mais tarde, foi assumido pela Rede Brasileira de Educação Ambiental.
1989Realização da 3º Conferência Internacional sobre Educação Ambiental para as Escolas de 2º Grau, com o tema Tecnologia e Meio Ambiente, em Illinois, Estados Unidos.
Década de 90 - 1990
A Declaração Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem, aprovada na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada Jontien, Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990, reitera: "confere aos membros de uma sociedade a possibilidade e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de respeitar e desenvolver a sua herança cultural, lingüística e espiritual, de promover a educação de outros, de defender a causa da justiça social, de proteger o meio ambiente...."
1991Portaria 678/91 do MEC determina que a educação escolar deve contemplar a Educação Ambiental permeando todo o currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino. É enfatizada a necessidade de investir na capacitação de professores.
Portaria 2421/91 do MEC institui em caráter permanente um Grupo de Trabalho de Educação Ambiental, com o objetivo de definir com as Secretarias Estaduais de Educação, as metas e estratégias para a implantação da Educação Ambiental no país e elaborar proposta de atuação do MEC na área da educação formal e não-formal para a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a Educação Ambiental, promovido pelo MEC e SEMA, com apoio da UNESCO/Embaixada do Canadá em Brasília, para discutir diretrizes para definição da Política da Educação Ambiental.
1992Realizada a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, RIO 92. O MEC promoveu em Jacarepaguá um workshop com o objetivo de socializar os resultados das experiências nacionais e internacionais, discutir metodologias e currículos. Do encontro, resultou a Carta Brasileira para a Educação Ambiental.
1993Portaria 773/93 do MEC institui em caráter permanente um Grupo de Trabalho com objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas e estratégias para a implementação da Educação Ambiental nos sistemas de ensino em todos os níveis e modalidades - concretizando as recomendações aprovadas na RIO 92.
1994Proposta do Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea), elaborada pelo MEC/MMA/MINC/MCT com o objetivo de "capacitar o sistema de educação formal e não-formal, supletivo e profissionalizante, em seus diversos níveis e modalidades".
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