O presente estudo promove uma reflexão sobre o relacionamento do professor e aluno diante do processo de aprendizagem e com isso, cria possibilidades para que se questionem as causas da dificuldade de aprendizagem e suas consequências. Ao longo do texto, são citados estudos e pesquisas de autores renomados tais como Fernández, Pain, Rosa e Tiba, que falam sobre a psicopedagogia como principal mediadora frente às relações professor e aluno no âmbito escolar e familiar. A abordagem dos temas é feita através dos estudos das relações interpessoais, onde se destaca a experiência do indivíduo e sua influência no processo de construção do conhecimento, pautados pela motivação e a afetividade.
Palavras-chave: Relação professor e aluno; dificuldades de aprendizagem, psicopedagogia, família.
ABSTRACT
This study promotes a reflection on the relationship of teacher and student in the learning process and create opportunities to question the causes of learning disabilities and its consequences. The text is based on studies and research of renowned authors such as Fernández, Pain, Rosa and Tiba, who talks about educational psychology as the main mediator in the face of teacher-student relationships in the school and family environment. Interpersonal relationships are discussed in this study, highlighting the individual's experience and its relation with the process of knowledge construction, guided by the motivation and affectivity.
Key Word: teacher and student relationship; learning difficulties; educational psychology; family.
Na atualidade tem se falado muito sobre os processos de aprendizagem e seus fatores. A grande demanda exigida pelo educador contribui para que haja questionamentos sobre a prática pedagógica juntamente com a relação professor e aluno. Diante disso, se faz presente a relação familiar, considerada fator fundamental para um bom desenvolvimento na aprendizagem e vista como uma das principais aliadas no processo de educação. Destaca-se neste trabalho a importância do relacionamento professor e aluno no processo de aprendizagem, ressaltando a importância da afetividade e da motivação para que, em conjunto com o material a ser aprendido e sua maturação cognitiva, objetive numa aprendizagem satisfatória.
Considerando que o sistema de ensino hoje não contribui de maneira positiva para a prática pedagógica, torna-se necessário destacar a importância da postura do educador frente às dificuldades de aprendizagem, que são crescentes. O trabalho do professor acaba sendo não só o de ensinar, mas sim o de observador de comportamento na procura de medidas para promover a aprendizagem. Resultando em práticas eficazes para algumas crianças, entretanto para outras, tais medidas não apresentam o resultado esperado. Neste contexto destaca-se neste trabalho, através de estudos de autores especialistas como Alicia Fernández e Sara Pain, a importância da ação psicopedagógica como mediadora no trabalho do educador.
A psicopedagogia busca através da avaliação diagnóstica aspectos afetivos e pedagógicos, embasados nos conteúdos teóricos de diferentes autores, um processo compreensivo que forneça informações adequadas para uma intervenção eficaz, visando a grande busca de soluções para os transtornos da aprendizagem.
Neste trabalho é abordado o fracasso escolar como consequência da dificuldade de aprendizagem, muitas vezes vividas pelo aluno de forma silenciosa e solitária, transitando pelo medo e a insegurança. Considera-se que provavelmente estes alunos são vítimas de um sistema inadequado para suas habilidades e competências, e acabam sendo expostos ao preconceito e à medicalização como forma de acalmar comportamentos que, em sua grande maioria, refletem falhas educacionais, críticas familiares e a prática do bullying. Frente a isso, o trabalho interdisciplinar mediado pelo psicopedagogo será o de buscar as causas que levaram os alunos a se distanciarem da aprendizagem.
De acordo com os estudos de Sampaio e Marins (2004), a escola brasileira tem como comprometimento a função cultural, sendo este fruto das condições econômicas e sociais que incidem sobre seu trabalho, desta forma tornando-o insuficiente.
A condição atual do ensino transfere ao profissional a responsabilidade da fragilidade que o sistema lhe impõe. Com isso, essa ação interfere para desempenhar seu papel na tentativa de interpretar os anseios e as necessidades que caracterizam a subjetividade humana.
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