Página anterior | Voltar ao início do trabalho | Página seguinte |
Toda a actividade, em sentido geral, requer um conjunto de acções e cada uma das quais possui o seu próprio objectivo ou fim parcial.
As habilidades constituem o domínio de acções que permitem uma execução e regulação consciente da actividade. Para Galperin, a formação de acções por etapas relaciona uma actividade externa do sujeito com a sua actividade interna, sempre sobre uma base de existência de determinado motivo.
As habilidades permitem ao homem poder realizar determinadas tarefas, seja como resultado de uma repetição, de um exercício ou de um processo de ensino dirigido. Assim como os hábitos são o resultado de uma sistematização das operações, as habilidades são o resultado da sistematização das acções, subordinadas ao seu fim consciente. Para que se obtenha a formação de habilidades, esta sistematização deve levar implícita não só a repetição e o reforço das acções, mas também o seu aperfeiçoamento.
A acção é aquela execução da actuação que se leva a cabo com um carácter consciente, determinada pela representação antecipada do resultado a alcançar (objectivo parcial) e aposta em jogo do conjunto de operações requerido para accionar. Requer, além disso, que o seu objectivo ou fim não possa decompor-se em fins parciais; a ser assim, converte-se em actividade por si mesma. (IPLAC. 1997:16)
A operação é aquela execução da actuação que se leva a cabo como componente de uma acção, sem que por si mesma possua um fim consciente. É um produto da transformação de uma acção anterior em operação, devido ao domínio alcançado na mesma, o qual permite uma menor participação da consciência, ao não necessitar a concentração da atenção do homem na obtenção de um objectivo parcial. (IPLAC. 1997:16)
Na dinâmica da actuação expressa que é a actividade, acção e operação são conceitos relativos já que dependendo do objectivo e do grau de domínio do indivíduo na execução das formas podem trocar a sua posição ou transformar-se de um momento para outro. Uma mesma acção pode estar formada por diferentes operações ou uma operação formar parte de diferentes acções. As operações expressam o domínio alcançado pelo homem na execução da actividade. Uma mesma actividade pode estar formada por diferentes acções e operações já que cada ser humano utiliza uma grande diversidade de recursos para obter um objectivo.
Os aspectos antes assinalados podem ser interpretados como mostra a figura 1.
Figura 1. Dinâmica da actuação
Fonte. Elaboração própria a partir dos critérios de diferentes autores.
Da análise realizada na epígrafe anterior enfatiza-se que a formação de habilidades está vinculada com as acções e com o domínio de todo um complexo sistema de operações.
Como as habilidades se formam na actividade, o docente, para dirigir cientificamente este processo, deve conhecer as suas componentes funcionais, o que significa que as acções e operações que deve realizar o aluno se devem estruturar tendo em conta que sejam suficientes, quer dizer, que se repita um mesmo tipo de acção, embora varie o conteúdo teórico ou prático; que sejam variadas, de forma tal que impliquem diferentes modos de actuar, das mais simples até às mais complexas, o que facilita uma certa automatização, e que sejam diferenciadas, em função do desenvolvimento dos alunos e considerando que é possível potenciar um novo salto no domínio da habilidade.
A habilidade implica o domínio das formas da actividade cognitiva, prática e valorativa, quer dizer, o conhecimento em acção; isto é muito importante a ter em conta já que no trabalho com a disciplina se deve propiciar a apropriação de conhecimentos vinculados ao desenvolvimento de habilidades.
Segundo López (1990:15) a aquisição de uma habilidade transita por duas etapas: a etapa de formação da habilidade e a do seu desenvolvimento.
A formação da habilidade compreende a aquisição consciente dos modos de actuar quando, sob a direcção do professor, o aluno recebe uma orientação adequada sobre a forma de proceder. A orientação joga um papel decisivo e deve realizar-se em correspondência com os níveis de dificuldade dos alunos e atendendo à lógica de sucessão das operações. A orientação deve realizar-se com a participação consciente do aluno e as acções executadas pelo docente devem ser um modelo de actuação para este.
O desenvolvimento da habilidade ocorre quando, uma vez adquiridos os modos de actuação, se inicia o processo de exercitação, o uso da habilidade com uma frequência adequada, de modo a que se vá tornando cada vez mais fácil de usar e se eliminem os enganos. As habilidades, uma vez alcançadas, exigem que se sistematizem correctamente.
Seguindo os critérios anteriores, o processo de formação e desenvolvimento das habilidades no contexto do processo de ensino – aprendizagem transita por quatro etapas. (Barreira, F., 1997:18; IPLAC. 1997:29-33; de Pérez e outros, 2006:76). De acordo com a interpretação dos autores do trabalho de fim de curso a figura 2 representa as ditas etapas e as interrogantes que caracterizam cada uma.
A etapa de planeamento consiste na determinação prévia das habilidades como objectivo final, assim como das invariáveis funcionais que intervêm na sua estrutura, localizando-as atendendo a uma ordem lógica. É necessário aplicar um diagnóstico inicial para conhecer o estado actual das condições humanas e materiais para formar e desenvolver com êxito a habilidade. O professor deverá ter em conta os objectivos.
A etapa de organização é aquela em que se estabelece a relação entre o sistema de conhecimentos e as habilidades. O professor realizará um estudo do sistema de conhecimentos precedentes, e dos próprios do grau, que interactuam com as operações que constituem as invariáveis funcionais da habilidade.
A realização de todo o projectado nas etapas anteriores leva-se a cabo na etapa de execução. Nesta etapa o sujeito alcança o nível de independência, rapidez, segurança em si mesmo, na sua actuação, através da sistematização das acções e da automatização das operações.
Esta etapa estrutura-se em dois momentos: a preparação, onde o professor estabelece os incentivos (motivação) da execução e realiza a orientação. O segundo momento, a realização, consiste na execução em si mesma, seguida do controle das acções e de um feedback constante.
A avaliação significa diagnosticar sistematicamente por parte do professor o domínio das execuções desenvolvidas pelos alunos, ao nível da acção ou da operação, os níveis de domínio.
Figura 2. Interrogações que guiam as etapas para a formação e desenvolvimento das habilidades
Fonte: Elaboração própria a partir de diferentes autores
Além do antes referido existem uma série de etapas gerais, comuns e estratégicas para a actuação pedagógica orientada para a formação e desenvolvimento de habilidades. (IPLAC. 1997:36)
1- Planeamento e organização: constitui a etapa de trabalho metodológico pois nela se tomam as decisões mais importantes a realizar pelo docente e estudantes. Aqui se determinam os objectivos, estudam-se as relações entre as habilidades, os hábitos, os conhecimentos e os restantes componentes do conteúdo de ensino, se confirma a sequência estratégica, os meios de ensino, se projecta a execução das etapas restantes.
2- Demonstração: compreende e chega a mostrar ao aluno a manifestação concreta da habilidade, a sua importância, as condições em que se manifesta, regras, cuidados e a sequência de acções (invariáveis funcionais). Esta etapa inclui a referência aos conhecimentos essenciais sobre o objecto, fenómeno ou processo com o qual se relaciona a habilidade que se demonstra. A familiarização dos alunos com o procedimento, assim como chamar a atenção para os possíveis e mais frequentes enganos, com as condições em que se desenvolve a actuação e a conclusão a que devem chegar devem ser consideradas na demonstração.
3- Exercitação: com o apoio do professor, realiza-se o melhoramento da actividade, a eliminação de enganos, de interpretações incorrectas, e de imprecisões. Esta etapa exige a aplicação da habilidade a um nível reprodutivo segundo modelos análogos demonstrados pelo docente. Tem lugar o aumento progressivo da complexidade da actividade.
4- Aplicação independente da habilidade pelos alunos: significa a actuação do aluno de forma criativa ou produtiva, mediante o desenvolvimento de actividades de resolução de tarefas novas, sem a ajuda do docente, dada a sua preparação teórica e prática que lhe permite dar solução à tarefa docente em questão.
Para chegar a formar e desenvolver habilidades e hábitos requer-se o conhecimento pelo aluno do sistema de invariáveis funcionais (sistema de acções) e do conhecimento metodológico ou processual correspondente.
Existem diferentes classificações de habilidades emitidas por distintos autores; não obstante, evidenciam-se critérios coincidentes e interligação de umas com outras como o demonstra a literatura consultada.
Segundo IPLAC (1997:35) as habilidades podem ser classificadas desde várias posições:
Figura 3.Tipologia das habilidades
Fonte: IPLAC (1997:35)
Para Lara Díaz, L.M. e outros, (1996:4-5) as habilidades classificam-se em:
a- Habilidades do pensamento
b- Do processamento da informação
c- Da comunicação
d- Profissionais
Segundo Pérez e outros. (2002: 77- 83), classificam-se atendendo às suas principais funções em:
a)Habilidades do pensamento lógico
b) Habilidades comunicativas
c) Habilidades gerais
d) Habilidades específicas
e) Habilidades profissionais
Os autores do trabalho de fim de curso sintetizam as diferentes definicões na figura 4.
As habilidades intelectuais são comuns a todo o tipo de conhecimento. Elas vão permitir apropriar-se dos conceitos e transcorrer por diferentes níveis de aquisição destes na medida em que conseguem dominar a estrutura da acção mental necessária para cada um destes níveis. Por exemplo: observar, descrever, comparar, argumentar, explicar e reflectir com os quais se consegue demonstrar a intensidade de apropriação do conceito. (Arias A. E. A. 2005).
Estas habilidades permitem explicar fenómenos a partir de teorias, extrair conclusões da experiência, emitir hipóteses, etc.
As habilidades práticas facilitam realizar observações precisas e sistemáticas, fazer medidas com exactidão, levar a cabo experiências com segurança para contrastar hipóteses, resolver problemas, etc. Abordam-se na epígrafe 1.4.
As habilidades do processamento da informação referem-se às de obtenção e reelaboração da informação.
As habilidades da comunicação podem ser verbais ou não. Compreendem as instruções e explicações de outros, comunicar verbalmente e por escrito, observações, investigações, e conclusões próprias, saber procurar e seleccionar informação obtida a partir de diferentes fontes.
As habilidades lógicas gerais, de acordo com a sua estrutura funcional, estão contidas em todas as disciplinas e permitem desenvolver outras habilidades mais complexas. As habilidades gerais podem ser intelectuais ou práticas e as particulares ou específicas incluem as acções das diferentes ciências, profissões, disciplinas e conteúdos e apresentam diferentes níveis de complexidade.
As habilidades profissionais são as próprias do exercício da profissão e definem-se em função da assimilação pelo estudante dos modos de actuação daquela actividade que está relacionada com o campo de acção do futuro trabalho e que tem como base as competências, os valores e os hábitos inerentes à cultura da profissão.
Figura 4. Classificação das habilidades
Fonte: Elaboração própria
As habilidades do pensamento lógico são as que se utilizam em qualquer ciência ou ramo do saber para aplicar e desenvolver conhecimentos e abrangem quatro níveis de complexidade:
No primeiro nível, encontram-se a observação, a recordação e a descrição; neste nível a actividade cognitiva aparece vinculada ao objecto ou fonte de conhecimento.
No segundo nível destacam-se a classificação, a identificação e a interpretação; neste nível há um processo de compreensão e ordenamento da informação.
No terceiro nível, ocorrem processos de assimilação inferiores, caracteriza-se nele a análise e a generalização.
Por último, no quarto nível, ocorre um processo superior de assimilação, fala-se de formular, predizer, sintetizar, explicar, avaliar, resolver problemas, decidir.
As habilidades inquiridoras exigem ter desenvolvido o resto das habilidades para conseguir a busca e processamento da informação científica, o planeamento da actividade inquiridora e habilidades próprias da execução e divulgação da investigação.
Como se observa, existe relação entre os distintos tipos de habilidades e elas incluem umas em outras e elevam seu nível de complexidade.
Na bibliografia especializada, os autores empregam diferentes maneiras quando se referem habilidades práticas no processo de ensino – aprendizagem ou seja: práticas propriamente, manipulativas ou manuais, experimentais e de laboratório. Aspecto que potencia determinada imprecisão no emprego do termo habilidade. Por isso, torna-se necessário precisar as habilidades práticas, nos seguintes termos:
Para Garrita (2006:130), as habilidades práticas são operações psicomotoras que envolvem várias classes de instrumentos.
As habilidades práticas são aquelas que se desenvolvem para resolver uma situação concreta na vida quotidiana, incluindo aquelas que se aprendem observando os outros, ou as que se adquirem através da própria acção. Em qualquer caso, referem-se ao actor em solitário.
A necessidade de assegurar um desenvolvimento equilibrado da personalidade dos alunos, assim como as próprias expectativas da sociedade em que vivemos, coincidem em demandar uma educação básica que não se limita a uma aquisição de conceitos e habilidades físicas e intelectuais num plano meramente académico, sem que no seu currículo incluam também aqueles aspectos que contribuem para um desenvolvimento harmonioso e integral das pessoas, na sua relação e tratamento com os outros, como são as habilidades práticas, as atitudes e os valores. (Secretaría de Educación Dirección de Desarrollo Educativo. 2006:4)
Árias (2005:6) expõe que as habilidades práticas são as que favorecem uma maior independência cognitiva para o estudante na medida em que executa acções que requerem um processo mental que se apoia em conceitos adquiridos previamente; estas acções permitem-lhe exercer o auto controlo e ser um elemento activo e auto-regulador dentro do seu próprio processo de aprendizagem.
As habilidades práticas para vida quotidiana constituem uma ferramenta fundamental para confrontar situações habituais. As pessoas podem melhorar a sua auto-estima e o conceito de si mesmo na medida em que progridam no desenvolvimento e manuseamento deste tipo de habilidades. Estas jogam um papel fundamental na transição para a vida adulta, caracterizada pelo desejo de uma maior autonomia. (Martín e outros. 2005:1)
A educação pela acção implica actividades e técnicas atraentes que se aprendem executando. Além de serem meios privilegiados de aprendizagem ao permitirem que o jovem adquira experiências pessoais e desenvolva a sua criatividade, estas habilidades levam-no a descobrir a realidade exterior, dão-lhe a conhecer as suas próprias afinidades e aptidões e iniciam-no na sua vocação.
As habilidades práticas, ao formarem parte do conteúdo do processo de ensino aprendizagem geográfico, relacionam-se com outros componentes como o sistema de conhecimentos, de ideias do mundo circundante e de experiências da actividade criadora, ao mesmo tempo que se relacionam com os objectivos, métodos, meios de ensino e avaliação. Dentro das habilidades também se desenvolvem relações entre os diferentes modos de pensar e actuar. Assim como entre os diferentes elementos estruturais da actividade. (Betancourt e Villalón 2002:4)
Os mesmos autores assinalam que o sistema mínimo de habilidades geográficas está determinado pelas variáveis de conhecimentos e no núcleo do dito sistema encontram-se as habilidades cartográficas. A introdução destas habilidades no ensino geográfico exige a observância de relações com outros componentes do processo de ensino, entre as habilidades intelectuais e práticas.
No sistema mínimo de habilidades geográficas incluem-se as habilidades específicas que têm um carácter prático de acções relacionadas com as diferentes fontes de conhecimentos próprios desta ciência, além de outras que se realizam no plano mental. Não obstante, existe uma estreita relação entre as habilidades práticas e intelectuais, já que as primeiras supõem um trabalho intelectual e as segundas são precedidas por acções externas com os objectos geográficos ou com as suas representações.
A seguir expõe-se o sistema de acções das principais habilidades práticas a formar e desenvolver no processo de ensino aprendizagem da Geografia. A figura 5 reflecte uma síntese destas habilidades na base da sistematização dos critérios de diferentes autores: Betancourt e Villalón (2002), Pérez e outros (2002), Hernández (2002), Hernández e Recio (2003)
Figura 5. Habilidades práticas no processo de ensino – aprendizagem da Geografia
Fonte: Elaboração própria a partir dos critérios de diferentes autores
Descrição das principais habilidades práticas no processo de ensino – aprendizagem da Geografia.
1- Trabalho com objectos geográficos
1.1- Trabalho com objectos naturais
-Observar o estado em que se encontra o objecto natural e percebê-lo como um todo.
-Analisar as suas propriedades externas.
-Desenvolver experiências para a análise das suas propriedades internas, caso o requeira.
-Observar os resultados experimentais nesses casos.
-Comparar as propriedades do objecto.
-Generalizar conhecimentos.
-Exemplificar os lugares onde se observam e a sua utilização pelo homem.
1.2- Trabalho com objectos sócio-económicos
-Localizar territorialmente o objecto
-Analisar as particularidades do objecto sócio-económico através da observação directa e utilizar instrumentos para obtenção de informação.
-Estabelecer a relação natureza – sociedade (influência dos factores da localização e suas consequências).
-Generalizar os conhecimentos.
-Obter as conclusões.
-Exemplificar noutros lugares onde se observa o objecto sócio - económico.
2-Trabalho com o mapa
-Observar o mapa distinguindo (título, simbologia, legenda, escala, texto, etc.)
-Classificar o mapa: físico, histórico, mundo, etc.
-Interpretar título e legenda para conhecer o tipo de informação que nos oferece, em relação ao tema estudado.
-Processar a informação do mapa e chegar a conclusões (caracterização, valorização, comparação, explicação, etc.)
-Comparar com outros mapas de distinto nível de complexidade.
-Comparar a informação obtida com os conhecimentos antecedentes, fazer generalizações.
2.1 Compreender o mapa
a- Seleccionar correctamente o ou os mapas.
-Determinar o conteúdo objecto de análise.
-Ter conhecimentos dos elementos do conteúdo que aparecem representados e o território que abrange.
- Seleccionar o mapa.
b- Orientar o mapa segundo os pontos cardeais.
-Dirigir a observação para círculos importantes da esfera, como paralelos, Equador, meridiano de Greenwich.
-No objecto ou fenómeno a localizar, determinar o hemisfério em que se encontra.
c- Determinar as coordenadas geográficas.
-Observar os paralelos e meridianos mais importantes.
-Determinar um lugar e precisar a posição matemática.
-Determinar pontos onde se trabalhe com as coordenadas por aproximação.
-Determinar a situação matemática da área que ocupam os fenómenos estudados ou representados no mapa.
d- Compreender a escala e legenda do mapa.
-Seleccionar o tema do mapa a utilizar.
-Analisar o tipo de escala pela sua representação.
-Analisar a simbologia e exemplificar no mapa.
2.2 Leitura de mapas
a- Leitura simples
-Ler o nome do mapa, chegar a conclusões sobre os objectos e fenómenos representados neste.
-Determinar os métodos de representação dos objectos e fenómenos mediante a legenda do mapa e leitura de símbolos convencionais do mapa.
-Determinar a localização espacial dos objectos, fenómenos físicos e económico-sociais.
-Dirigir a caracterização e estabelecimento das relações entre objectos e fenómenos representados no mapa.
b- Leitura complexa
-Caracterizar e estabelecer relações entre os objectos e fenómenos representados no mapa.
Realizar a caracterização complexa através da sobreposição de mapas estabelecendo a relação de dependência existente entre as características de uns componentes em relação a outros.
2.3 Conhecer o mapa
-Representar mentalmente o objecto, processo ou fenómeno.
-Localizar num mapa de contornos quais fenómenos pontuais, lineares ou áreas.
3- Interpretar perfis físicos e económico – geográficos
-Reconhecer no mapa o território representado na linha do perfil.
-Ler os componentes naturais ou sócio-económicos reflectidos no perfil.
-Observar as mudanças espaciais da natureza ou a actividade económico-social do homem ao longo da linha do perfil.
-Extrair conclusões.
4- Trabalho com materiais estatísticos
4.1 Trabalho com materiais isolados
-Ler o dado.
-Localizar o fenómeno a que corresponde.
-Compará-lo com pontos de referência conhecidos.
-Aproximar o dado para a sua mais fácil memorização.
4.2 Trabalho com materiais estatísticos agrupados
-Observar o fenómeno representado.
-Analisar a composição do material estatístico.
-Ler os índices numéricos representados.
-Estabelecer comparações.
-Determinar tendências no material estatístico.
-Explicar causas e consequências das variações.
5- Trabalho com esquemas e gráficos
-Observar o esquema ou figura (título, partes componentes, estrutura, simbologia, etc.)
-Dominar a significação de cada um dos conceitos e termos que se mostram.
-Interpretar o significado de cada um dos símbolos empregue no esquema (fichas, símbolos, círculos, linhas, pontos, etc.)
-Analisar as relações estruturais com os conhecimentos e símbolos interpretados.
-Elaborar conclusões a respeito das relações gerais expressas no esquema ou figura.
6- Resolução de problemas geográfico – ambientais
-Determinar o que é que se busca? O que se deseja saber?
-Discriminar os dados com que contamos para tratar de dar uma solução ao problema.
Existem diferentes critérios a respeito da definição das habilidades, mas a maioria dos autores expõem que elas se formam e desenvolvem com a sistematização das acções conscientes; e significam saber fazer.
O processo de formação e desenvolvimento das habilidades no contexto do processo de ensino – aprendizagem transita por quatro etapas.
As habilidades classificam-se de acordo com diferentes critérios; embora exista relação entre os distintos tipos de habilidades, elas incluem-se umas nas outras e elevam seu nível de complexidade.
No processo de ensino aprendizagem da Geografia são fundamentais as habilidades práticas; elas sustentam-se no desenvolvimento de acções relacionadas com as diferentes fontes de conhecimentos próprios desta ciência, como o trabalho com objectos geográficos, com mapas, dados estatísticos e a interpretação de perfis.
Acevedo González, M. y otros. 1985. Guías de estudio. Estudio de la Localidad. Editorial Pueblo y Educación. Ciudad de La Habana. Cuba.
Afonso, M. 2005.Manual de apoio ao sistema de avaliação das aprendizagens para o 1º ciclo. Reforma Educativa. Ministério de Educação e Cultura. Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação. República de Angola.
Arias A. E. A. 2005. La preparación intelectual del deportista. Profesor del Instituto Universitario de Educación Física de la Universidad de Antioquia. Medellín. Colombia.
Barreras H. F. 2003. Modelo Pedagógico para la formación y desarrollo de habilidades, hábitos y capacidades. IPLAC. Ciudad de la Habana.
Betancourt Rodríguez, M. y Villalón Legrá, G. 2002. El mapa. Conocer su lenguaje para aprender Geografía. Instituto Superior Pedagógico "Félix Varela". Santa Clara. Cuba.
Brito Fernández H. 1988. Habilidades y hábitos: Consideraciones pedagógicas para su manejo pedagógico.- En Varona (La Habana).- año X, No. 20.- La Habana.
Chivela, D.L. e Nsiangengo, P. 2003. Currículo do 1º Ciclo do Ensino Secundário. Reforma Curricular. Ministério de Educação. 1ª Edição. Luanda. Angola.
Chaplin, J. P.1981. Dicionário de Psicologia. Edição: 14 Z 651. Editorial Imperio. Lisboa. Portugal.
Danilov M. A. 1985. Didáctica de la escuela media./ M.A. Danilov y M.N. Skatkin.- La Habana: Ed. Pueblo y Educación.
Encarta. 2006. La deforestación. La escasez de recursos." Microsoft® Encarta® 2006 [DVD]. Microsoft Corporation, 2005.
Galperin, P. Y. 1986. Sobre el método de formación de las acciones intelectuales en "Antología de la Psicología Pedagógica y de las edades.- La Habana: Ed. Pueblo y Educación.
Garrita, A. 2006. Naturaleza de la ciencia e indagación: cuestiones fundamentales para la educación científica del ciudadano. Revista Iberoamericana de Educación. Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI). Septiembre-Diciembre, número 042. ISSN (Versión impresa): 1022-6508-X. Madrid, España. pp. 127-152.
Hernández. P. A. C. 2002. Didáctica de la Geografía. Selección de temas antológicos. Instituto Superior Pedagógico "Enrique José Varona". La Habana. Cuba. 83 páginas.
Hernández Herrera, P. A. y Recio Molina, P. P. 2003. Geodidáctica. Instituto Superior Pedagógico "Enrique José Varona". Ciudad de La Habana. Cuba.
IPLAC. 1997. Programa del curso: Modelo pedagógico para la formación y desarrollo de habilidades, hábitos y capacidades. Instituto Pedagógico Latino americano y Caribeño.Ciudad de La Habana. Cuba.
Instituto Nacional de investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE). 2005. Programa de Geografia 7ª. Classe. Ensino Secundário. 1º Ciclo. Ministério da Educação e Cultura. República de Angola.
Lara Díaz, L.M. y otros. 1996. El paradigma de la formación de las habilidades. CEDDES Universidad de Cienfuegos. Cuba.
Leontiev, A.N. 1982. Actividad, conciencia, personalidad.- La Habana: Ed. Pueblo y Educación.
López López, M.1990. ¿Sabes enseñar a describir, definir, argumentar?.- La Habana: Impresión ligera. La Habana. Cuba.
Martín Cilleros, M. V.y otros. 2005. Habilidades prácticas para la vida cotidiana. Curso de Verano. Universidad de Salamanca. España.
Laguna E. 1992. Estrategia para formar y desarrollar habilidades cartográficas en estudiantes del nivel medio. En: Revista Geográfica.
Queiroz T. D.2003. Dicionário Pratico de Pedagogia. Editora Ribbel. Lisboa. Portugal.
Petrovski A. V. 1981. Psicología General. Editorial Libros para la Educación. Ciudad de la Habana. Cuba.
Pérez Álvarez, C.C., y otros. 2002. Didáctica de la Geografía. Selección de temas antológicos. Instituto Superior pedagógico "Enrique José Varona". La Habana. Cuba.
Recio Molina, P. P. 2002. Habilidad para el trabajo geográfico. Instituto Superior Pedagógico "Enrique José Varona". Ciudad de La Habana. Cuba.13 Páginas.
Smirnov, A. A., Leontiev A. N. y otros. l96l. Psicología. Ediciones Pedagógicas. La Habana. Cuba.
Secretaría de Educación Dirección de Desarrollo Educativo. 2006. ¿Qué Son Los Valores? Programa: Formación Ciudadana y Cultura de la Legalidad
Taller Breve Para Colectivos Escolares N° 1. Colima, Col.
Vigotsky, L.S. 1982. Pensamiento y Lenguaje.- La Habana: Ed. Pueblo y Educación.
Zilberstein Toruncha J. 2002. Categorías en una didáctica desarrolladora. Posición desde el enfoque histórico cultural. Capítulo 3. Centro de Referencia para la Educación de Avanzada (CREA). CUJAE. La Habana. Cuba.
Autores:
PhD. Mabel Font Aranda
Universidade de Matanzas. Cuba.
Lic. Gladis Santos Díaz
Sede Pedagógica Universitaria de Encrucijada. Cuba
Lic.Donana Choco Isaias
Universidade Agostinho Neto. Centro Universitário de Benguela. Instituto Superior de Ciências de Educação. Departamento de Ciências da Natureza. República de Angola.
Lic. Maria Jacinto Quitembo
Universidade Agostinho Neto. Centro Universitário de Benguela. Instituto Superior de Ciências de Educação. Departamento de Ciências da Natureza. República de Angola.
Lic. Orlando Fernandes
Universidade Agostinho Neto. Centro Universitário de Benguela. Instituto Superior de Ciências de Educação. Departamento de Ciências da Natureza. República de Angola.
Página anterior | Voltar ao início do trabalho | Página seguinte |
|
|