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Comunicação
A globalização das comunicações tem sua face mais visíveis na internet, a rede mundial de computadores possível, graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isso permitiu um fluxo de trocas de ideias e informações sem critérios na historia da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como factor de limitação a barreira linguística.
Outra características da globalização das comunicações é o aumento das universalização do acesso a meios de comunicação graças, ao barateamentos dos aparelhos principalmente os celulares e os de infra-estruturas paras as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso do mercado. Um exemplo de universalização do acesso da informação, pode ser o próprio brasil hoje com 42 milhões de telefones instalados e um aumento ainda maior de números de telefones celulares em relação a década de 1980, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.
Redes de televisão e imprensa multimédia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso algumas vezes por televisão por assinatura ou satélite a emissora de todo o mundo, desde NHK do Japão até Cartoon Network Americana.
Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa accionado pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação e denotação, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação a ter acesso a informação de todo o mundo mostrando a eles como o mundo é e se comporta.
Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informação é tido como uma ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade que tem gasto enorme quantidade de recurso para limitar o tipo de informação que seus cidadãos têm acesso.
Na China, onde a Internet tem registado crescimento espectacular, já contando com 136 milhões de usuários graças à evolução iniciada em 1978 de uma economia centralmente planejada para uma nova economia socialista do mercado é outro exemplo da nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos considerados " sensíveis" pelo governo.
No irão, Arabia Saudita e outros países islâmicos, com grande influencia da religião nas grandes esferas governamentais, a internet sofre uma enorme preção do estado, que tenta implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial como bloqueios de sites de noticias como a CNN e BBC. Acesso a conteúdos eróticos também é proibido.
O acesso instantâneo de tecnologia, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 à 2001 o número de pessoas vivendo com o menos de US$1 por dia caio de 1,5 bilhões de pessoas para 1,1 bilhões, sendo a maior queda da pobreza registada exactamente nos países mais liberais e abertos a globalização. Londres, a cidade mais globalizada do planeta.
Na China, apos a flexibilização de sua economia comunista centralmente planejada para uma nova economia socialista de mercado e uma relativa abertura de alguns de seus mercados, a percentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50,1% contra um aumento de 2,2% na Africa Subsaariana. Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 à 2002.
Embora alguns estudos sugiram que actualmente de renda ou está estável ou está melhorando sendo que as nações com maior melhoria são as que possuem alta liberdade económica. Outros estudos mais recentes da ONU indicam que " a globalização e liberalização como motores do crescimento económico e o desenvolvimento dos países, não reduziram a desigualdade e a pobreza nas últimas décadas".
Para o premio Nobel em economia Stiglitz, a globalização que poderia ser uma força propulsora de desenvolvimento e da redução das desigualdades internacionais está sendo corrompida por um comportamento hipócrito que não contribuiu para a construção de uma ordem económica mais justa e para um mundo com menos conflitos. Esta é a síntese defendida em seu livro A Globalização e seus Malefícios: a promessa não cumprida de benefícios globais. Críticos argumentam que a globalização fracassou em alguns países exactamente por motivos opostos aos defendidos por Stiglitz: porque foi refreada por uma influência indesejada dos governos nas taxas de juros e na reforma tributária.
Os efeitos nos mercados de trabalho da globalização são evidentes como a criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com mão-de-obra mais barata para a execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para a criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para a criação do mesmo produto em vários países para a redução de custos e ganhar vantagens competitivas no acesso de mercados regionais.
O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como " Era Cognitiva", onde a capacidade de uma pessoa em processar informações ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como operário em uma empresa graças a automatização, também conhecida como era da informação, uma transição da exausta era industrial para a e era pós industrial.
Uma das nítidas consequências no processo de globalização, foi o impulso dado a uma transformação nos padrões de interligação mundial, dessa maneira: " O conceito de globalização denota muito mais do que a ampliação de relações e actividades sociais atravessando regiões e fronteiras. é que ele sugeri uma magnitude ou intensidade crescente de fluxo globais de tal monte, que estados e sociedades fiquem cada vez mais enredados em sistemas mundiais e redes de interacção. Em consequência disso, ocorrência e fenómenos distantes podem passar a ter sérios impactos internos quando os acontecimentos locais podem gerar repercussões globais de peso.
Em outras palavras a globalização representa uma mudança significativa no alcance especial da acção e da organização especial que passa para uma escala inter-regional ou intercontinental. Esse fenómeno proporciona maior visibilidade a politica interna dos países em um senário global, com maior velocidade na interacção social passando os acontecimentos a terem um impacto não apenas local, mas mundial em um efeito imediato. De acordo com Nestor Garcia Canclini " A globalização denota a escala crescente, a magnitude progressiva, a aceleração e o aprofundamento do pacto dos fluxos e padrões inter-regional de interacção social".
A partir disso todas as esferas da sociedade passam a sofrerem influências oriundas desse processo integrados, aspecto que não possuem a sua génese.
Apesar das contradições, há um certo consenso a respeito das características da globalização que envolve o aumento dos riscos globais de transições financeiras, perda de parte da soberania dos estados com a enfase das organizações Supragovernamentais, aumento do volume e velocidade como os recursos vem sido transaccionados pelo mundo através do desenvolvimento tecnológico.
Alem das discussões que envolvem a definição do conceito, a conversas a controversas em relação os resultados da globalização. Tanto podemos encontrar pessoas que se posicionam a favor como contra (movimentos Antiglobalização).
A globalização é um fenómeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes. Há no entanto aspectos tanto positivo quanto negativos na globalização. No que concerne aos aspectos negativos há a referir a facilidade com que tudo circula não havendo grande controlo como se ode facilmente depreender pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos de América. Esta globalização servi para os mais fracos se equiparem aos mais fortes pós se consegui adquirir através destas grandes auto-estradas informacional do mundo que é a internet. Outro dos aspectos negativos é a grande instabilidade económica que se cria no mundo pós qualquer fenómeno que acontece num determinado pais atingi rapidamente outros países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os pontos do globo como se de um único ponto se tratassem.
Os países cada vez mais estão mais dependentes uns dos outros e já não há possibilidade de se insolarem ou remeterem-se no seu ninho pois ninguém é imune a estes contágios positivos ou negativos. Com aspectos positivos, tem sem sombra de dúvidas a facilidade com as inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido a informação e aos bens. Com a ressalva de que as classes menos favorecidas economicamente, especialmente nos países em desenvolvimento, esse acesso não é fácil (porque seu custo é elevado) e não será rápido.
Podemos portanto dizer que a globalização é um conjunto de transformações políticas, económicas e culturais que depende a integração do mundo e do pensamento em um só mercado, o ponto de mudança é á integração dos mercados numa "ideia Global", explorada pelas grandes cooperações internacionais. Os estados abandonam gradativamente as barreiras tarifarias para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comercio e ao capital internacional.
Esse processo tem sido acompanhado de uma intensa revolução nas tecnologias de informação- telefones, computadores e televisão. As fontes de informação também se uniformizam devido ao alcance mundial e à crescente popularização dos canais de televisão por assinatura e de internet. Isso faz com que os desdobramentos da globalização ultrapassem os limites da economia e comecem a provocar uma certa homogeneização cultural entre os países.
CONVERSI, Daniele. Americanization and the planetary spread of ethnic conflict: the globalization trap. In Planet Agora, desembro 2003 – janeiro 2004( em inglês)
( em inglês)CONVERSI, Daniele. Reassessing theories of nationalism. Nationalism as boundary maintenance and creation, Nationalism and Ethnic Politics, vol.1, nº 2, pp. 73-85, 1995
( em inglês)CONVERSI, Daniele. Nationalism, boundaries and violence, Millennium. Jornal of International Studies, vol. 28, n. 3, 1999, pp. 553-584
( em inglês)CONVERSI, Daniele. Post-communist societies between ethnicity and globalization, Jornal of Southern, 2011
CROTTY, James. Slwo Growth, Destructive Competition, and Low Road Labor Relations : A Keynes-Marx-Schumpeter ANnalysis of Neoliberal Globalization. Peri-Political Economic Research Institute,PERI Publications, 11/1/200(em Inglês).
Autor:
João Baptista Mupembe
CADEIRA: TÉCNICAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
O Docente:
PhD. Alfredo Peña
Lubango, Junho de 2012
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA
ISCED – HUÍLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
REPARTIÇÃO DE PEDAGOGIA
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