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A formulação das normas em uma cultura separatista (página 2)


A luta entre um e outro está marcada na intra subjetividade e intersubjetividade, ambas, são dispositivos do ser que promovem no sujeito uma luta entre estar e ser, isto é, o subjetivo e o objetivo.

Os humanos ao estarem inseridos em um grupo, por serem sociáveis, caso sua luta interna o estimule a promover a proposta de Nietzsche, faz com que este humano busque formas sociais de dominação que se resumem na busca de poder. Este poder está exteriorizado em ter o domínio e não em fazer domínio. Quando fazermos o domínio estamos desenvolvendo um romper de si mesmo ou ampliar a caminhada em estar e ser. Se sou, logo penso e se faço, logo avanço e se avanço, domino.

Nesta lógica encontramos a proposta do cientista Mário Wilson, ao qual, indigita que os dominadores, como propostos por Gramsci ao falar de hegemonia, temos uma disputa do passado igualada ao momento contemporâneo e ao moderno.

Se buscarmos o pensamento gramsciano e refletimos na proposição matemática do dominante sobre o dominado. Ao ativamos a quarta lupa do quarto excluído da antropologia histórica, que tem a intenção de expor a cultura medieval dos feudos e colônias desenvolvidas no colonialismo.

Esse, ao marcar época, devido à busca por terras e força de trabalho, chegou ao ponto de comercializar a força de trabalho, não como a venda pessoal individual que vemos na atualidade, e, sim, a força de trabalho alheia, momento na história que o homem comercializava o homem, ou seja, o homem se tornou moeda.

Por termos o homem como moeda na história, temos o início da segregação, pois na afirmação de Fustel de Coulanges nos diz que o líder religioso tinha o poder de santificar ou condenar qualquer que fosse contra suas ideias ou da ideia do ser supremo que enviava mensagens ao líder religioso. Neste quesito em separar ou excluir temos os primeiros vestígios da segregação, isto é, somos iguais porém diferentes.

DIVERGENTE

O ser diferente era e é separado, às vezes, até morto. Ao pensarmos nas afirmações de Fustel, sua disseminação registrava em livros ou normas sociais que davam mais força as palavras da exclusão, com isso estimulando um efeito nos sujeitos para separarem por força de lei o que se tornava também em hábitos.

Sabemos que o direito é um sistema cultural do mundo, ao qual, atinamos que nem tudo que é justo para um é justiça para o outro e vice-versa. Conquanto sabemos que o hábito escrito se torna palpável para que a justiça faça justiça de forma justa ou ajustável, com a intenção de reparar um hábito social considerado diverso do comum. Refletindo sobre esta afirmação, devemos pensar que o hábito social comum tornar-se-á uma lei, não impedindo, é claro, de ser apenas uma cultura, caso pensássemos em nossa casa, existem hábitos que não são leis, mas culturas de famílias. Certas casas têm o hábito de tirar as sandálias na entrada da casa, porém não estão escritas, podemos considerar como uma cultura daquela família.

Ao criarmos nossas leis temos a intenção de propor um caminho para trilhar e promover a igualdade, ou seja, ajustarmos causas injustas em justas, se pensarmos no ethos do militar temos uma verticalização de justiças.

Na teoria proposta por Mário Wilson, esta verticalização está na segregação escrita por Fustel de Coulanges quando a sociedade reflete de forma escrita suas ideias de separação.

A separação esta mergulhada em nossa cultura, pois a tempos atrás tínhamos a legalização da escravatura e tinha previsão normativa ou legal, para os leigos, tinha uma lei escrita que fazia previsão para ser dono de escravos.

Ao voltarmos na história antiga da humanidade vemos o código de Hamurabi, ao qual, trazia em seu bojo a legalização do assassinato, não somente dos escravos, mas das mulheres. Já na história medieval, a legalização da posse de terras e a submissão dos vassalos, na história contemporânea tínhamos a legalização, não somente do escravismo, mas também da decapitação por deserção.

Atualmente, ainda nos arrastamos em métodos nada modernos, vemos o diminuir da capacidade do sujeito, não por métodos de exclusão, mas como nos afirma o Doutor DaMatta, por jeitinho brasileiro.

Este jeitinho, é uma ação de conseguirmos angariar formas de burlar as normas rígidas carregadas de cultura de segregação. Com isso, temos a ampliação da lupa social que reflete em revolta, pois os que estão na ponta inferior da reta vertical tentam a qualquer preço entortar esta reta trazendo-a para cima rompendo a verdade como uma espécie rompimento da gravidade formando-o em um "u".

Esta ação gravitacional destrói esta verticalização e ajusta ou não para uma provável horizontalidade, contudo, ao estar na parte superior da reta pode influenciar-se e se tornar dominante, promovendo uma nova verticalização da atividade promotora de igualdade, que segundo Boris Fausto, o formato piramidal proposto na época da colonização esta ainda interiorizada na sociedade brasileira.

O cientista Mário Wilson afirma que o formato piramidal existente nos militares brasileiros, não se encontra somente dentro dos quarteis, esta em toda nossa sociedade, devido á revolta de 1964, então, o formato burocrático ao qual estamos sujeitos, é considerada como a herança daquela revolta.

O ADÁGIO

Mário Wilson, nomeia de verticalização e horizontalização. A verticalização se dá quando os dominantes criam normas e orientações ditas como verdades. Os submissos só ouvem e não tem voz, aceitam como verdades e interiorizam estas verdades como tais e são proibidos de questionar as tais, ou seja: são como são ou se cale, isto é, segundo Gramsci o proletariado não tem voz.

Na horizontalização é o método de igualdade, com variáveis, as quais, devem ter em seu curso ondulações mínimas para que as classes possam harmonizar, não somente as ideias, mas as atitudes, promovendo uma espécie de igualdade.

A igualdade horizontal carrega em sua projeção as ações dos sujeitos diferentes para serem tratados de forma diferente para se tornarem iguais, não falo aqui do acesso a cotas, tão discutido no campo social na atualidade e sim na capacidade de ser do outro.

Se abaixarmos mais a quarta lupa da antropologia ficamos diante do jeitinho em promover o coleguismo ou as ações do sujeito, sem falar, é claro da antropologia das empresas. Falamos aqui em hábitos interiorizados, aqueles que são ou se transformam.

A metamorfose cultural, conhecida como simbiose, infecta os sujeitos em conseguir lutar em ser ou brigar por poder ser, rompendo uma espécie de líquido pastoso que envolve as sociedades.

O poder ser está interiorizado nos sujeitos devido ao espaço cultural que foi sujeito. O humano trás em seu interior marcas sociais promovidas por seu primeiro convívio social, à família.

Ao estar no poder e em seu exercício, que foi diferenciado em poder ser e ser, pois quem pode ser o é, e quem tem poder de ser tornar-se-á, desenvolverá o propósito de manter aquilo que é ou está, para sua perpetuação no exercício do poder e/ou a conquista dos outros em acreditar em sua verdade e este dilema poderá alcançar adeptos ou não, germinando uma semente de luta ou política, refletindo nas ideias de Maquiável.

Neste emaranhado temos a construção das leis, as quais, aqui no Brasil, estamos sujeitos e diante deste dilema, promovemos uma apanhado de tentativas de busca de igualdade, promovendo mais leis e normas que são questionadas e/ou questionadoras e esse questionamento, está pautado nas considerações certas ou erradas, pois nem tudo que está certo é certo e nem tudo que é errado está errado ou vice-versa.

Os sistemas mecânicos legislacionais desenvolvidos, em sua maioria, põe em cache o diferente, não alcançando o todo e somente parte, deixando o operário como um ser não dotado de inteligência, colocando por terra às evidências de Howard Gardner que propõe as inteligências múltiplas.

Se somos bípedes semelhantes, mas diferentes, temos que propor uma igualdade que venha romper valores conservadores. O conservador em lutar por sua ideia, caso tenha poder, lutará para não sair do estado confortável em que está, já em outra ponta, o que sofre com o conservadorismo, luta pelo poder de romper e inovar.

O inovar está em estimular aquilo que está forçando o proletariado ficar proletário e quem domina estar no domínio, sendo que a lógica do dominador é "estar dominando" ou o efeito piramidal de uma sociedade separatista, mesmo que utilizar métodos coercitivos agressivos para se perpetuar como dominador, a exemplo trazemos a luz os césares, que usavam a força para dominar.

Se somos seres dotados de inteligências, pois somos humanos e o que nos diferencia dos animais é o simples método de materializarmos o que aprendemos.

O segregar esta emaranhado na ótica do sujeito, a vista disso, poderemos chamar de ignorância em ver o outro, não como outro, mas como o divergente.

Ao nos depararmos com o divergente temos uma nova espécie social a qual precisa de regulação social, proposta, geralmente pelo conservadorismo, se não é do meu grupo é outro e se outro, que seja excluído.

O conservadorismo além de frear o desenvolvimento social transporta formas inadequadas diante do avanço social da era moderna, que por sua vez, nos trouxe outros panoramas, panoramas tais que podemos usar exemplos nítidos de evolução, aos quais, foram retalhados por suas ideias divergentes dos demais, Bill Gates, Steve Jobs.

O saudosismo e os outros panoramas (futurólogos) sofrem, tanto um como o outro, pois o saudosismo é uma ação pessoal de estar estagnado e apego ao que se passou e sofre devido aos modos e métodos de ética e moral passados promovendo um freio nas sociedades rememorando os hábitos culturais de que passaram e os resultados positivos de culturas habituais.

O modernismo ou os outros panoramas sofrem mais devido às inovações que propõe, lutando em transformar o saudosismo em modernismo. Esta mesclagem gera um dessabor tanto no moderno como no conservadorismo. A mutação deve ter como resultado a adequação dos sujeitos a um novo prisma, somado e subtraído entre um e outro, atualmente, promove a economia, gerando renda e evoluindo uma espécie de poder sobre o outro.

Em alguns momentos a mutação gera resultados positivos e negativos no ser social. Quando positivos, harmonia, quando negativos, conflito ou vice-versa.

Para Heilborn a heteronormatividade é o resultado do patriarcado que diante da ótica masculina promoveu leis que prestigiam o gênero masculino e repele o gênero feminino.

Para Mário Wilson em sua soma entre poder e cultura a qual o dominante que mais estiver marcado, promoverá o reflexo no seu comportamento que resultará em ações de domínio que se perpetuará por anos, décadas e/ou séculos, excluindo assim os divergentes, seja eliminando-os ou expelindo de seus iguais.

Para DaMatta a cultura brasileira em seu livro: Carnavais, Heróis e Malandros, aponta que a forma de burlar os éditos nacionais é uma estratégia sutil de aplicar um jeitinho de conseguir resultados não éticos e/ou morais refletidos na sociedade brasileira.

DECORRENTE

Ao pensarmos em Brasil, tanto em história, como nas situações corriqueiras do dia a dia social em que vivemos, temos indícios da cultura do silencio.

A instalação do silêncio está tão emaranhada em nossa cultura que é visível o dizer social: "odeio gente que reclama", este jargão é disfarçado no "cortar cabeças" proposto por Domingos quando aponta em seu estudo sobre administração pública, quando alguém divergente procura acessar um direito comum é aliciado a calar-se ou se manter inerte, porém, ao manter-se omisso provoca uma espécie de medo no sujeito em não se manifestar quando precisa de um direito.

Este pensamento, de estar ferido, podemos compará-lo ao manifesto feminista que por um lado afirma que a mulher não é um sexo frágil e por outro, diante daquelas que se colocam no papel de frágeis promovem uma dicotomia.

O bem e o mal são ações subjetivas das sociedades, construídas a partir de pensamentos sociais culturais, no entanto, esta construção é considerada uma avaliação dos sujeitos em determinar o que é certo ou que é errado, partindo da premissa cultural do sujeito.

O sujeito partindo do conjunto de suas ideias, determina as possibilidades usando suas cognições, mecanismo humano que fomenta o conjunto de ideias para avaliar o bom do mau.

Ao avaliar tal entendimento ele pondera o que é bom para mim, refletindo o eu, excluindo, geralmente, o outro, que é mau, pois a preservação humana primeiramente protege a si, depois o outro.

No processo de exclusão do outro, geralmente, promove a exclusão. Digo geralmente, devido ao processo de raciocínio humano, ao qual, exporá em fala a sua escolha de exclusão, uma delas as afirmações do que considera certo e o que considera errado, partindo do foco do eu.

Podemos usar o exemplo do cientista de processos de laboratoriais e o cientista de outro tipo de pesquisa, um afirma que o laboratório pertence à ciência, portanto, cientista. O outro pertence às ciências humanas, portanto, pesquisador. Questiono: Toda análise, detalhada, esmiuçada, com coleta de dados não é ciência?

A divergência entre o que é bom para mim é bom para todos, gera uma espécie de impositividade que afasta a democracia, pois eu pensei, agi e fiz, portanto eu sou. Mas, ou eu sou é a vontade do outro?

Eu professor sou, aquele que ouve o é, talvez seja ou provavelmente será, porque eu quis que fosse. Este processo de entendimento bloqueia o outro para que entenda que não sou eu e sim o divergente, todavia, o divergente é aquele que difere no processo de construção daquilo possível para o outro e o impossível para o eu. Ao questionar a possibilidade avança e rompe a barreira do saudosismo do eu "dono do saber".

A horizontalidade subjetiva ondular tenta promover uma igualdade do conhecimento, partindo do axioma da formação multiplural dos humanos, temos o entendimento que todos eles, os humanos, são dotados de inteligência material que são externados de várias formas, uma delas, as que nos diferem dos demais seres.

Ao classificar uma ideia divergente, devido à cultura brasileira, logo o sujeito é desestimulado, pois, se sua ideia diverge da minha, logo vou excluí-lo, caso não faça parte do grupo a qual estou, se partimos do primórdio da multiplicidade de inteligências de Gardner.

Arrastando o exemplo Billgateano, se é que podemos chamar assim, quando em seu processo de materialização de sua inteligência, promoveu algo divergente dos demais. Caminhando em suas ideações promoveu estratégias para alcançar mecanismos para por em prática seu anseio de materializar sua ideia que atualmente corre todo o planeta, o mesmo, ocorreu com seu parceiro de trabalho Steve Jobs.

O saudosismo excluiu a possibilidade de modernização, porém ao romper o sistema aquático pastoso que envolve a sociedade, podemos comparar com a busca por oxigênio de uma criança ao sair do útero, antes em um ambiente com líquido, depois, em um ambiente hostil com oxigênio. Ao romper esta barreira o sujeito amplia os horizontes, não somente ao dele, mas de toda uma sociedade.

Ao medir o bem o mal o certo e o errado, estamos induzindo o outro a acreditar que nossa verdade é verdade e a do outro, dependendo de sua posição, é nada ou nulo.

A exclusão, geralmente, parte da estruturação do sujeito, como afirmam os psicólogos que praticam, aplicam e estudam a hipnose, afirmam que os humanos podem ser sugestionados (induzidos) a fazerem algo que esta em seu intelecto, porém freado por seu monitoramento consciente.

O inconsciente uma vez acessado de forma consciente, promoverá no outro um convencimento daquilo que julgamos como certo, pois, para o outro é considerado errado ou o próprio é errado por estar.

Esta engrenagem do "olhar eu, diferente dele", dissemina nos outros o convencimento que: o que falo é certo e o que discorda é errado, mas, o que é errado e o que é certo? Desde que, nem tudo que é certo para mim e certo para ti e nem tudo que é errado para mim é errado para ti. Esquecemo-nos de que o outro é o outro e não eu.

Não obstante, se o outro não sou eu e nem aquele é esse, devemos excluir, pois não esta no meu grupo nem conheço-o então, não é considerado humano dotado de inteligência.

PROCESSO DE DEMOCRATIZAÇAO

As sociedades, se falarmos em uma cultura, temos a ideia do pronto ou o questionamento dos humanos, considerado um ser questionador que altera o ambiente ao qual esta inserido.

A mudança de seu ambiente, promove um avanço social, onde a maioria de seus iguais se perpetuará trazendo novas mudanças.

Ao falarmos em democracia, devemos falar em horizontalização, pois todos são iguais, tanto na sociedade, como no respeito as normas morais e éticas impostas pela cultura daquela sociedade, sabemos, que as culturas dos povos sempre divergem.

A cultura do "eu posso", "se tenho é meu e só meu", é/foi e está sendo disseminada, no seio social e tem perdurado em vários segmentos, afastando a democracia que transmite a ideia de que, se eu tenho todos podem e devem ter, uma delas a inteligência, como sabemos, todos os seres são dotados dela.

A igualdade proposta em uma democracia, caminha com a transparência, uma vez exposta qual o caminho a trilhar todos chegarão, no momento que o "eu" não precisa informar como cheguei ao resultado proposto pelo outro e julgo certo pelo certo, porque minha verdade é absoluta. Esta ferramenta é a entrada para o processo de exclusão e de afastamento da democracia, pois se não é transparente, não é democrático e se não é democrático não é democracia, ou seja, o sujeito sempre justificará sua ação quando no "poder fazer".

Se sua verdade é absoluta e seus métodos são os únicos certos, para que existir o outro, se a verdade absoluta é a minha e se questionado o meu método, morte aos divergentes.

Sabemos que o método é algo possível, aplicável e alcançável, porém, na cultura a brasileira, existe o método e o meu método, se está no meu método é certo e se do outro não é meu, por isso excluído.

Quando o certo considerado certo por uma maioria é meu, caso seja, individual, e não coaduna com os demais inseridos em um grupo é excluído, em um processo democrático, quando usado o método de estar seja um método sistemático esta correto ou errado?

Quando foi proposto que a terra girava em torno do sol, qual foi o resultado ao pesquisador?

Em um Estado democrático, ao avançar em uma cultura de exclusão, torna-se complexo desembaraçar da cultura separatista já disseminada em uma sociedade.

A possibilidade de impor a ideia de poder fazer e fazer deve dissecar e recompor para que haja uma horizontalidade de comportamento, ao qual, no brasil, políticas afirmativas, que promovem a inclusão dos excluídos, contudo, a partir do momento que se tornam impositivas e suprimem o outro ao ponto de separar mais o que se pretendia unir rompe-se uma barreira ilusória que sai do subjetivo passando-se a objeto.

Em um Estado democrático de direito ao afirmar que: todos são iguais perante a lei (CF/88), existe uma ideia subjetiva de igualar todos como se fossem um ou uma nação e quando partimos ao ponto em tratar o outro diferente para se tornar igual, temos o início da separação e com isso a segregação abrindo novos leques que questionam: Como tratar o outro como outro sem diferenciá-lo?

A INTOLERÃNCIA

Ao impormos ao outro nossa vontade pela força e não pelo poder ou poder fazer, promove o caos.

O caos instaurado em uma sociedade, eleva o pânico e a migração, contudo a revolta e a resistência, também serão instaladas.

Quando as minhas verdades devem ser instaladas a qualquer custo em uma sociedade, devemos ter o cuidado de criarmos mecanismos que possam horizontalizar as necessidades usando o como, quando, onde e de que forma. Ao usar estas engrenagens em mecanismos sociais, ou seja, as leis, estamos harmonizando os direitos, para que sejam iguais a todos e não privilegiando um ou outro, pois o intelecto é diferente do acesso, pois quem acessa não precisa de intelecto, mas de formas de acessar e os que usam o intelecto a tem como chave de acesso.

Ao possuir a chave de acesso, não há de se falar em políticas afirmativas devido ser utilizado o intelecto e sabemos que todos os humanos são dotados desta ferramenta.

Quando impomos a nossa verdade como única e criamos leis impositivas para obediência já criamos os adeptos e contendedores, isto é, geramos conflito.

A forma inclusiva dos diferentes vai promover o caos, porém, em formato transitório, até a afirmação impor a cultura de igualdade, que surgirá somente na evolução social.

Quando partimos para um formato impositivo de punição individual para tentar cessar a motivação do outro, devemos pensar que o outro tem outro ponto de vista, contudo quando é considerado errôneo por uma maioria, deve-se ser orientado de forma educativa para que esta motivação venha cessar. Ao promover disseminação de conhecimento temos uma justificativa positiva na construção do processo intelectual do humano, mostrando-o o porque, para quê e como.

Com este princípio teremos um processo de convencimento ao outro para que o outro trilhe um caminho de construção de uma nova cultura, ou seja, é necessário desconstruir para construir.

ULTIMAÇAO

A partir do primórdio: eu sou eu e o outro é o outro, segregamos, se segregamos o outro nunca será igual, pois o igual é semelhante, se semelhante, sente o que sinto.

A insistência de alguns em trazer em seu bojo o que para mim é ético nem sempre é moral e nem tudo que é moral é ético, separa o outro, pois tudo é ético moral ou moral ético, desde que cumpra os requisitos de igualdade e respeito entre os seus iguais.

Os pares são grupos e quando grupos, excluem e na medida que grupos aumentam e tem poder, separam e usam o poder para fazer.

A somatória das ideias dos humanos, quando separados em grupos de ideais, temos uma harmonia, pois todos são seres sociáveis, porém quando esta associação tem poder, seu resultado é o caos, se partimos da premissa que todos devem aceitar o que digo, pois quando digo para o grupo de comunga de minhas ideias temos um conjunto, a partir do momento que imponho ao outro por poder temos a tirania ao qual já sabemos o resultado se analisarmos a história da humanidade.

Um dos métodos de incluir é apagar mecanismos legais rígidos em mecanismos legais flexíveis, para que possamos dar pequenas ondulações na ação horizontalizante social, poderá trazer resultados positivos em destruir a cultura separatista, hoje, presente em nosso país.

Se pensarmos que todos são humanos dotados de inteligência e podem materializá-la, são sujeitos iguais e com esta ferramenta poderemos derrubar a pirâmide existente entre o clero e proletariado.

Esta cultura é visível nas reuniões à brasileira, as autoridades falam, não querem ser questionadas e tudo que o proletariado faz não é aceito, pois a minha verdade é minha e que o outro que desconsidera a verdade que impus é divergente, se divergente, excluído e se excluído é nada ou ninguém.

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Autor:

Mário Wilson arrebenta

arrebenta2[arroba]gmail.com



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