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A unidade assenta sobre uma discordância estratificada em um soco siálico de natureza granítica de idade precâmbrica. Tem por limite superior uma superfície de descontinuidade litológica sempre bem demarcada, passagem dos arenitos às vulcanoclásticas. O contacto tectónico com as rochas da Formação Tundavala e quer as do soco evidenciam nítido sintomas de esmagamento.
A Formação Tundavala é uma unidade litologicamente homogénea, constituída essencialmente por uma sucessão arenítica, ao iniciar por um conglomerado.
No conjunto das rochas areníticas existem intercalações de rochas não epiclásticas, de textura afanítica, que podem representar dois intervalos de tempo, Chetica e Agilitica, admite – se fazerem parte da filiação piroclástica do tipo tufo.
Mapa 1. Localização dos pontos 1,2 e 3 Formação da Tundavala correspondendo os Membros Areniticos Senhora do Monte e Techalundianga.
A Formação Tundavala esta representa por características distintas litologicamente, por isso subdivide-se em: Membro Conglomeratico da Hungueria; Membro Senhora do Monte e Membro Arenitico Techalunndianga.
A nossa Área de estudo cingiu – se em três pontos:
Membro Conglomeratico da Hungueria (1);
Membro Arenitico Techalunndianga (2);
Membro Senhora do Monte (3).
Tudo quanto foi observado deu-na uma ideia clara. O Iº ponto situa-se no corte da estrada tundavala junto a Igreja da Nossa Senhora de Fatima, essa é uma área constituída por rochas conglomeráticas polimítico com fragmentos que variam de 2 mm ate 6cm, em discordância estratigráfica com granito porfiroide do basamento, tal como foi descrito por Correia na sua coluna estraticrafica de 1976. Neste ponto os conglomerados podemos designa-los por conglo-brechas, por apresentar características que vão de muito angulosos á angulosos, e representa nitidamente, áreas fonte muito próximas da fonte de origem. Os calhaus são idêntico ás que formam a base dos arenitos da Senhora do Monte.
Sengue-se os arenitos: cascata da Tundavala, esta unidade apresenta marcas primarias sedimentares (paleocorrentes e ripples), percebeu-se que o ambiente de deposição é fluvial pouco profundo e, intercaladas por sedimentos de natureza vulcânica. Já os arenitos da Senhora do Monte apresentam com maior frequência o quartzo, predominando, toda a unidade. O que se pode concluir que ambas tiveram uma história geológica diferente. Nesta unidade pode-se observar uma intensa actividade tectónica com falhas inversas e dobramento, são bem visíveis junto a capelinha.
No topo destas unidades que corresponde os três pontos, por nós estudados, jazem sedimentos aluviais muito recentes daquelas referenciadas acima.
Importância na preservação e seu Impacto no Desenvolvimento da Cidade do Lubango (série da Chela)
A série da Chela é importante dado que os locais estudados possuém recursos de grande valor económica, e que podem vir a contribuir amplamente no desenvovemento da Província da Huila.
A cascata da Tundavala, zona planáltica é uma fonte natural de água, onde se encontra uma extensão de água que serve de abastecimento das populações da cidade do Lubango e arredores, das grandes e pequenas Industrias e também de fonte de irrigação dos Campos agrícolas.
Apresenta uma beleza sem igual, representada em suas escadarias por onde Serpentina a água erodindo e acumulando sedimentos ao longo do curso.
Estes sedimentos, servem de materiais de construção bem como fontes de exploração de inertes para população que reside ao longo desta região.
Um factor muito importante sob o ponto de vista hidrogeológico é que este grés-quartzico acha-se em determinadas zonas intensamente fracturado, o que permite realizar um armazenamento elevado de água nos vazios da rocha.
Ex: dessas rochas surgiram a nascente da Tundavala e a nascente da Srª do Monte que alimenta a cidade do Lubango (as capitações de água subterrânea da Srª do Monte e a captação da água de mesa cristalina ´´ na Aldeia da SOS ``.).
Os tufitos da formação Humpata, do Grupo Chela, com coloração intensa vermelha, verde ou branca, podem ter boa aplicação em estatuária;
Às unidades do grupo Chela possuem depósitos de vertentes.
1. O Membro Arenitico Techalundianga manifesta-se em bancadas com espessura que varia de um a dois metros. Observa estruturas sedimentares com predomínio de estratificação entrecruzada;
2. Os arenitos do Membro Techalundianga apresentam cor branca, rosada ou acastanhada caracter lítico ou feldspático;
3. Constatou-se a diferença entre os arenitos da Senhora do Monte e da Cascata da Tundavala, tal como, descrito nos trabalhos anteriores, que resulta na modificação das condições tectónicas na área fonte dos sedimentos e na deposição em ambientes sedimentares;
4. Também foram observadas variação de intercalações de rochas não epiclasticas, apresentado texturas afaníticas, cor avermelhada e de caracter silicioso;
5. As intercalações persistentes que aparecem neste Membro da Formação Tundavala possuem natureza Vulcanoclástica, fortalecendo a hipótese de ocorrência de vulcanismo próximo da região da casata;
6. O conjunto de conglomerado observado na Cascata da Tundavala, vai desde muito anguloso á anguloso, com matiz e textura comparadas da rocha do soco. Podemos inferir que os sedimentos conglomeráticos tiveram um percurso muito curto. O tectonismo é um factor de modelação neste sector.
7. Durante os trabalhos de cartografia geológica e prospecção estratégica conduzidos por aqueles autores, nao foi encontrado qualquer elo de ligação entre a presença de ouro nas aluviões dos cursos de água, nas mediações de Capangombe, e a unidade ou unidades geológicas responsáveis pela sua génese.
Neste trabalho propomos a quem de direito, a realizarem futuros estudos petrográficos nestas áreas para aclarar se as rochas de cor vermelha são verdadeiramente a base da Formação Humpata segundo Correia, 1976. E, aqui lançamos uma proposta ao ISPH no geral e particular ao DGM de elaborar um futuro projecto de prospecção detalhada para se estabelecer, com maior precisão, se existe ligação entre a rocha mãe e os aluviões da região de Capangombe (depósito de vertente).
Correia, H. O Grupo Chela e a Formaçâo Leba como novas unidades litoestratigráficas resultantes da redefiniçâo da Chela na regiâo do planalto da Humpata (Sudoeste de Angola). Boletin da Sociedade Geológica de Portugal. Vol. XX-Faso. I-II. Lisboa, 1976.
Pereira , E., Rodrigues, J.F., Tassinari, C.G., Van-Duen, M.V. 2013. Geologia da região de Lubango, SW de Angola- Evolução no contexto do cratão do Congo. Instituto Geológico de Angola IGeo.
Pettijohn & Siever (1972).
SERVIÇOS DE GEOLOGIA E MINAS DE ANGOLA. 1971. Folha 335 - Bibala. Mapa Topografico, escala 1:100.000. Luanda.
Autores:
Dayami Betancourt Matos
dayamit2016[arroba]gmail.com
Ing Minas. Dayami Betancourt Matos
Máster Nuevas Tecnologías para la educación
Departamento de Geologia e Minas
Huila, Lubango, Angola
Professor Auxiliar.
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