Na atualidade é comum nos depararmos com a necessidade de explicar a posição do gestor do design, ou mesmo do design, para uma organização. Este projeto visa apresentar as dificuldades e facilidades do relacionamento entre empresariado e design, pontuando os acertos e erros de ambas as partes.
O interesse é apresentar a situação atual e mostrar o posicionamento do profissional do design como uma estratégia no mercado (necessária) como tantas outras profissões. O mundo empresarial deve se aproximar e visualizar as possibilidades que o design pode oferecer com o papel do gestor dentro do processo.
Esta Monografia procura avaliar a situação atual do relacionamento/posicionamento do design em relação ao mercado de trabalho (empresariado brasileiro). O mercado do design é diversificado, e o número de empresas e segmentos atuantes no mercado é maior ainda, Com o objetivo de pesquisa deste trabalho foi estudado o design gráfico no mercado de suprimentos de informática, mas com foco no design de forma ampla.
São apresentadas diversas visões de autores, e desenvolvida uma pesquisa específica para auxiliar na formação de um retrato analítico do comportamento da categoria: design no mercado atual.
Como eixo deste trabalho a visão da gestão do design permeia todo o contexto com uma análise crítica, fundamentada em um mercado que começa a se relacionar com a profissão design visando a gestão como perspectiva de futuro.
Abstract
This Monograph has the objective of evaluating the Design Category role in the actual Brazilian market. The range of the Design activities is wide and the number of companies focused in this activities is even wider. For this specific job a research about the design role in the computing/informatics market was done but focusing the overall Design role.
This research was based on different authors’ visions and it presents the role of the Design Category in the modern market.
This monograph is based on the concept of what the Design Management means and on the analysis of how the companies are is beginning to understand the role of the Design Professionals in their future.
"DESIGN – A beleza e o estilo ganham o centro das atenções no mundo de hoje e influenciam a economia, o comportamento e a cultura". Estas são as palavras de abertura da matéria publicada em 26 de Maio de 2004 pela revista Veja.
Diversos segmentos no mercado brasileiro vêm se mostrando interessados em design; a busca pela "perfeição" formal, o belo como componente vital da economia moderna. O valor de uma garrafa desenhada em 1915, que hoje é um ícone no meio do design em todo o mundo, uma força de imagem que usa a estratégia da "parte como um todo" e mesmo sem as assinaturas seus anúncios são reconhecidos; a cor de sua identidade visual é referência no meio gráfico, isso é exemplo da força do design e de uma gestão bem estruturada e permanente. Quando o assunto é design, a Coca-Cola registra sua história.
Em outro segmento a Benetton marcou presença usando o design com a força da imagem, campanhas intensas com placas de outdoor; tendo como tema: "As diferenças"/preconceitos. Em muitos países esta campanha não foi tão favorável à marca devido ao pré-conceito do ser humano. Imagens com padres beijando freiras, negros abraçando brancos, conotações homossexuais, no entanto, esta trajetória marcou a história da empresa, tornando-a reconhecida no mundo todo.
Com inúmeras possibilidades para estudos e casos consagrados com a aplicação da gestão do design como ferramenta estratégica, este projeto de pesquisa foca e faz uso do segmento de informática. Não menos clássico que os exemplos já apresentados o nome de Steve Jobs se destaca no meio do design. Com a vida embasada na gestão do design, o idealizador e fundador da Apple desenvolveu a empresa e em 1985 acabou por ser expulso pelos sócios, devido a seu comportamento temperamental. Diante de uma crise na Apple em 1997, a empresa o recontratou, Jobs retornou como consultor revolucionando a empresa que retoma o crescimento, e lança uma inédita linha de computadores, com base na gestão do design elaborada por Jobs. A Apple lançou em 1998 o iMac, diferenciado no design, no posicionamento da marca e ditando novas regras dentro deste mercado, mais um marco no segmento. Em 2001, frente ao movimento da música digital e veiculação de arquivos por meio da internet, Jobs se mostra à frente de seu tempo mais uma vez e cria um aparelho compacto revolucionário, capaz de armazenar grande quantidade de músicas: surge o iPod.
Estes exemplos mostram o design utilizado como diferencial, gerando, como conseqüência, repercussão internacional e sucesso de modo geral para as empresas. No cenário nacional, o posicionamento dos profissionais que atuam com design demonstra que ainda há muito a amadurecer.
Apesar das constatações apresentadas até aqui, observa-se que a profissão relacionada ao design já apresenta dificuldades na sua própria apresentação: "Desenho industrial, comunicação visual, programação visual, projeto gráfico, desenho gráfico (...)São tantos os designativos para a profissão que volta e meia surge novamente à questão de se encontrar um nome único capaz de sintetizar e traduzir o que fazemos. E isso não é nada fácil..." (Strunck – Viver de design).
O trabalho do profissional de design inicia-se no momento de sua apresentação, onde é necessária uma ampla explanação sobre o que faz, para depois oferecer seus serviços, sendo que em muitos casos o "contratante" não compreendeu ainda a sua função; isso dificulta o início da relação e conseqüentemente o trabalho a ser realizado.
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