Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 


A capacidade de aprender e o ensino a distância (página 2)


A interação do sujeito com as máquinas possibilita o acesso a diversos tipos de conteúdos e uma das principais intenções é o acesso à informação. Essa, é organizada ou desorganizada, falsa ou verdadeira, equivocada ou positiva. Como sabemos, na atualidade, nem todas as informações espalhadas na rede são verdadeiras ou tem uma fonte fiável de confiança ou válida.

As informações adquiridas pelo sujeito podem ser organizadas e desorganizadas passando por um processo de acomodação e assimilação, ou seja, o sujeito pode acomodar informações incorretas e acreditar nelas como corretas, no entanto, pode deparar-se com a frustração ao momento da descoberta da informação repassada de forma equivocada ou desorganizada, promovendo uma espécie de descrédito ao transmissor do conteúdo, seja, desorganizado ou falso.

Temos na atualidade a Educação On-line sendo realizada, obrigatoriamente, com Internet utilizada de forma síncrona e assíncrona, a troca entre aprendente e ensinante é rápida.

A E-Learning, outra modalidade, ligada em intranet (rede interna de uma empresa), muito utilizado por empresas em processos de treinamentos de funcionários e seleção de pessoal, consiste em organizar e disponibilizar materiais didáticos e hipermidiáticos.

E a postal (por malote ou correios), encaminhada de forma material, sejam livros, apostilas e outras modalidades, porém de forma material ou palpável.

A inserção do computador na educação provocou uma mudança de comportamento dos participantes no processo ensino-aprendizagem. Um de seus efeitos é o aumento crescente da qualidade das informações disponível e acessível aos alunos e professores. Paralelamente, surge a possibilidade de contato remoto entre os participantes do processo através da comunicação pela Internet, porém o crescimento de informações falsas e forjadas ainda é muito grande, quantidade enorme de plágios e roubo de conteúdos por terceiros ainda é crescente.

Uma aprendizagem libertadora é detentora de bobagens, idiotices, enganações, irrelevâncias, isso na aprendizagem significativa, deve produzir um senso crítico e tornar o sujeito capaz de detectar, as falsas verdades e dicotomias, as causalidades ingênuas promovidas pela Internet. Para Moreira este princípio não implica negar a validade de momentos explicativos quando o professor expõe um assunto ou explica algo. O fundamental é a postura dialógica entre professores e alunos seja aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto falam ou ouvem. (MOREIRA, 2002).

Na aprendizagem o sujeito deve ser inserido em um contexto de organização das ideias. O processo de aprendizagem se dá de forma ordenada e organizada, como já sabemos o indivíduo pode aprender de forma isolada ou sozinho, caso conheça o método de aplicação de tal conteúdo.

O usuário de Internet sempre deve ter o cuidado de não misturar matérias para não aprender vários tipos de conteúdos, caso não haja foco, poderá desorganizar as ideias e não ter uma aprendizagem eficaz.

A confusão de conteúdos pode desorganizar às ideias e não haver harmonia entre eles, não sendo uma regra tal projeção, porém poderá trazer ao sujeito um prejuízo ao seu conhecimento, pois a atividade cerebral não suporta uma carga extensa de conteúdo devido à necessidade de acomodação do conhecimento, mesmo ocorrendo a assimilação na consciência do sujeito. A assimilação, na maioria das vezes, não acompanha a acomodação do conhecimento, ou seja, podemos assimilar, porém não acomodamos de imediado, sendo obrigado ao exercício de repetição ou associação.

Na atualidade diante dos ambientes virtuais existentes, devemos considerar, independente do conteúdo a ser apresentado, obedecer uma escala de ambientação, onde todos inseridos ou matriculados em um ambiente virtual não saibam sobre as funcionalidades oferecidas pelo ambiente.

O operador deve, em uma escala de aprendizagem, aprender sobre o ambiente, quais as ferramentas existentes, usando sempre a escala de ambientação, ou seja, o software deve evoluir em aberturas, como chaves onde cada passo tem uma tarefa realizada e conquistada, promovendo ao aprendente um desafio em conseguir alcançar metas, ou seja, é necessário perpassar pela aprendizagem mecânica.

Em um segundo momento, o sujeito deve passar pelo processo de educação, como sabemos, aprender sobre a moral da instituição. Quem é? Como procederemos? Quais as realizações da instituição? Como se comportar no ambiente virtual? Como se comunicar? Quais as ferramentas? A quem se portar? Quais as comunicações disponíveis e o respeito aos instrutores orientadores? Acesso às informações institucionais e correções administrativas necessárias.

Após estas evoluções de informações o conteúdo deve seguir a aprendizagem respeitando a uma escala evolutiva de conhecimento, podemos chamar de assimilação do conteúdo, a acomodação sempre se dará pela repetição acompanhada do reforço positivo e sendo afirmado pela avaliação de conteúdo e não do aprendente. Para David Paul Ausubel, um psicólogo que nasceu nos Estados Unidos, na Cidade de Nova York, onde depois foi viver em Ontário desenvolveu teoria da aprendizagem significativa.

Ausubel apresenta formulações iniciais nos anos 60, e tenta explicar a aprendizagem escolar e o ensino a partir de um distanciamento dos princípios condutistas utilizados no período. O eixo principal do processo de ensino deve ser a aprendizagem significativa. A aprendizagem significativa é o mecanismo humano, por excelência e tem como propósito adquirir e armazenar ideias e informações representadas em qualquer campo de conhecimento. A aprendizagem significativa ocorre quando uma nova informação é repassada e essa adquire significados para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem em aspectos relevantes da estrutura cognitiva já existente no indivíduo. Esses ancoradouros (conceitos, ideias, proposições) já existentes na estrutura de conhecimentos ou de significados, possuem determinado grau de clareza, estabilidade e diferenciação. Os aspectos relevantes preexistentes da estrutura cognitiva que servem de ancoradouro para a nova informação e são chamados como "subsunçores[1](AUSUBEL, 1963)

O sujeito pode aprender sozinho? Sim, pode, contudo não é aconselhável devido ao acesso de várias informações, não promovendo foco necessário para uma aprendizagem eficaz. O sujeito sempre necessitará de um orientador, seja ele, um professor, o pai, o irmão, o tutor, o colega, em fim, seja quem for poderá orientar um caminho lógico para acesso à informação de forma organizada e ordenada crescente, sempre se preocupando em assimilar o conhecimento para o sujeito entender de forma lógica o raciocínio, ou seja, um continuum, uma ancoragem.

A sala de aula virtual, favorece a reflexão e a reformulação das metodologias de ensino praticadas nas escolas e nas universidades, forçando o ensinante a repensar sua metodologia de ensino e migrar para a mediação e/ou orientação de conteúdo para o aprendente.

A modalidade de aprendizagem a distância fornece maior flexibilidade para o aprendente e pode ser realizado de acordo com a disponibilidade de tempo e o local mais adequado ao sujeito.

A utilização de plataformas para o ensino trouxe potencialidades, reconstruiu conceitos e favoreceu maior autonomia para construção coletiva de conhecimento. Não há restrições quanto ao uso de determinadas ferramentas de Internet por ensinantes e sim uma necessidade conjunta de comportamentos e regras de convivência.

A interação entre o humano e o ambiente virtual pode corroborar para o aumento da aprendizagem, entretanto, este ambiente, por si só, não possui características interativas e transformadoras, existe a necessidade de um orientador para estabelecer a melhor forma de utilização da plataforma, ou seja, aprendizagem por descoberta. (AUSUBEL, 1963)

O professor transforma-se em orientador e ajudador em construir um aprendente mais crítico e com menos ações de decorar conteúdo, pois aprender não é decorar e sim entender (assimilar), compreender e acomodar.

CAPÍTULO II

O avanço tecnológico

É um marco crucial na história da humanidade, sendo irrecusável e incontestável sua contribuição para a sociedade. É perceptível diante de nossa sociedade às ferramentas tecnológicas criadas ao passar dos anos, vivemos em uma era digital: tablets, computadores, celulares, telefones inteligentes, TVs inteligentes, laptop, aparelhos de som inteligentes, carros inteligentes, são vários os tipos de aparatos auxiliares em nossa vida.

Estes aparelhos modificaram a forma de ver a vida, temos, inclusive, novos tipos de analfabetos ou uma nova modalidade, antes, o analfabeto não sabia ler nem escrever, hoje o analfabeto também é o leigo em informática promovendo uma ampliação hermenêutica da palavra.

A informática está dividida em várias partes, duas maiores a saber: software e hardware, i.e., a parte dos programas do computador e a parte física dele, respectivamente, onde cada uma se separa ainda mais, ambas inseridas em ciências tecnológicas.

O leigo em informática fica à beira sem saber exatamente como utilizar seu aparelho ligado a uma rede de computadores, ou seja, ele está inserido no meio, contudo não consegue plenitude no uso de seus equipamentos.

Essa falta de plenitude no uso de seus equipamentos pode estar ancorado no ensino no Brasil, ainda em adaptação constante diante da velocidade do avanço tecnológico, pois ainda é considerado um país de terceiro mundo, mesmo com melhorias em algumas áreas, não conseguiu vencer a política de cabresto, o acesso à educação ainda é escasso, mesmo com o avanço tecnológico, a divisão de renda ainda é estridente e a aprendizagem não está em pleno uso, talvez seja um dos motivos da falta de motivação do sujeito em conhecer toda a capacidade do equipamento em uso ou simplesmente ler o manual de instrução, alguns leem completo, outros.

O ensino é direcionado por leis e regulamentos promovido pelo Ministério da Educação – MEC, contudo, as cadeiras de ministros ou seus gerentes ou gestores, como queiram na aplicação de uma redundância, ainda são posicionadas de forma política e não de forma meritocrática, onde, nem sempre, os gestores têm formação suficiente para assumir tal função, onde ainda impera o coleguismo político. (BRITO, 2011)

Diante da dicotomia temos um emaranhado de conceitos formados como regras e não como uma construção científica, mas como uma imposição do certo. Esta dicotomia passeia no ideário dos seres e não da ciência, pois ainda é contínua a política do "cale-se! Se não será punido."

O formato de império ainda rege muitas de nossas leis, inclusive no ensino. Alguns conservadores ainda tem o professor como sendo o dono de todo conhecimento, (Félix Diáz, 2011), promovendo uma série de conceitos a respeito do tema e alimentando o ideário da fraqueza do ensino na modalidade à distância.

Outro ponto a ser observado, aqui no Brasil, de acordo com os ensinamentos de Moreira (2000) e Ausubel (1963), a aprendizagem mecânica é considerada uma forma de aprendizagem onde o sujeito não desenvolve um senso crítico e sim um senso mecânico arraigado em um apanhado de conceitos já formados por diversos escritores e impostos por professores tendo aquilo com a única certeza existente e não autoriza o aluno em ampliar sua visão e ter uma outra noção de sua realidade circundante.

O aluno ainda é podado para não desenvolver uma nova forma de enxergar um conceito já formulado por outros autores, pois para aqueles autores a liberdade em criticar e reformular algo já forjado é considerada uma aprendizagem significativa e crítica em relação as coisas preexistentes.

Mesmo com este tipo de aprendizagem mecânica, nossa sociedade tem avançado em relação à abertura ao acesso à tecnologia internacional. Por volta dos anos 1980 à 1999, nem todas às famílias tinham acesso a informática e nem todas as pessoas tinham computadores, o avanço tecnológico começa a tomar forma a partir de 1995, onde algumas regiões e algumas famílias, de melhor poder aquisitivo, tinham acesso à aquela tecnologia e acesso à Internet discada.

A maior parte dos cursos à distância eram acessados por correspondência e foram, e, ainda são, muito retalhados na ideação social com um famoso jargão: "Fulano fez curso por correspondência ou a distância". Havia um estímulo ao preconceito social sobre os cursos na modalidade à distância e desqualificavam a qualidade do ensino e a força de vontade do aprendente, colocando por terra todas as orientações de filósofos já citados no resumo deste trabalho.

CAPÍTULO III

O humano e seu processo de aprendizagem

Para Félix (2011) o milênio passado legou ao século XX, recém-começado, uma revolução quanto a concepções humanistas, bem como a recursos adequados à sua visão e herdamos a explosão de novos termos onde muitas vezes descansam em velhos conceitos, muito deles tradicionais, porém fartamente comprovados na prática e vigentes na atualidade.

Ele continua dizendo (p.19) sobre a terminologia "moderna" muitas vezes provoca alguma confusão na hora de analisar teórica ou praticamente as bases e a metodologia de algum desenho ou projeto, por exemplo, numa investigação e/ou na atenção terapêutica, como é o caso do contexto psicopedagógico relacionado com a aprendizagem escolar.

Em suas reflexões (idem) sobre o "problema comunicativo" atual, diferentes orientações emanam das diferentes correntes explicativas sobre o homem e seu processo de aprendizagem, nucleadas em três teorias históricas do conhecimento humano: a inatista (ou naturista ou biologista), a ambientalista e a interacionista.

Com a intenção de comparar estas três formas principais de "ver" o desenvolvimento em geral e a aprendizagem em particular, i.e., (Idem, p.19) apresenta quadros resumo sobre as três concepções básicas:

O Inatismo (naturalismo ou biologismo):

TABELA 01

As capacidades básicas do ser humano são inatas.

Enfatiza fatores maturacionais e hereditários como definidores da constituição dos humanos e do processo de conhecimento (biologismo).

O desenvolvimento (biológico, maturativo) é pré-requisito para a aprendizagem.

A educação em nada contribui para esse desenvolvimento, em tese, tudo está determinado biologicamente segundo a programação genética.

Confia nas práticas educacionais espontaneístas, pouco desafiadoras: primeiro esperar para depois fazer.

O desempenho das crianças na escola não é responsabilidade do sistema educacional: as capacidades básicas para aprender nascem com as crianças e dela é permitido aprender.

FONTE: Félix Diáz (2011)

Sobre o Ambientalismo:

TABELA 02

Atribui ao ambiente à constituição das características humanas.

Privilegia a experiência como fonte de conhecimento e de formação de hábitos de comportamento (empirismo).

As características individuais são determinadas por fatores externos ao indivíduo e não necessariamente pelas condições biológicas.

Suas práticas pedagógicas estão baseadas no assistencialismo, conservadorismo, direcionalismo, tecnicismo: o ensino bom, aprendizagem boa.

A supervalorização da escola e o aluno é considerado receptáculo vazio, uma "tábua rasa".

Há predominância da palavra do professor, regras e transmissão verbal do conhecimento, o professor é o centro do processo de ensino-aprendizagem: o professor um ente ativo (.) o aluno um ente passivo.

FONTE: Félix Diáz (2011)

Sobre o Interacionismo:

TABELA 03

O biológico e o social interagem (unidade dialética). O biológico (cérebro principalmente) constitui a base da aprendizagem social.

Considera o interno (biológico e psicológico) em interação com o externo (meio, ambiente natural e social).

Defende o desenvolvimento da complexa estrutura humana como um processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e cultural.

O homem transforma seu ambiente e é transformado nas suas relações culturais.

Valoriza o papel da escola, em particular, da sociedade em geral, do ponto de vista individual (para o desenvolvimento pessoal) e do ponto de vista social (para o desenvolvimento da própria sociedade).

FONTE: Félix Diáz (2011)

Em uma escala no processo de aprendizagem ou no desenvolvimento dos humanos andaríamos em pesquisas da psicologia analítica e behaviorista, onde cada uma caminha em campos diferentes.

A teoria piagetiana afirma:

Período Sensório-motor: (0 a 2 anos): No recém-nascido suas funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o universo ao redor da criança é conquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo). Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e adquirindo habilidades e chega ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um espaço de coisas abstratas ao seu redor. (PIAGET, 1993)

Período pré-operatório (2 a 7 anos): A marca da passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem. Nessa concepção, a inteligência é anterior à emergência da linguagem. A linguagem é considerada como uma condição necessária, mas não suficiente ao desenvolvimento. O trabalho de reorganização da ação cognitiva não é dado pela linguagem, a linguagem depende do desenvolvimento da inteligência. (PIAGET, 1993)

Período das operações formais (12 anos em diante): a criança amplia as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses, formar esquemas conceituais abstratos e executar operações mentais. Com isso, a criança adquire capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios, ou seja, desenvolve a autonomia. Ao atingir esta fase, o sujeito adquire a sua forma final de equilíbrio. Esse padrão intelectual persistirá por toda a sua vida. (PIAGET, 1993)

Para Vigotsky existe um simbolismo entre a aprendizagem e a inteligência do sujeito, para ele a linguagem (apud, FERNADA DIAS, 2010) é uma ferramenta utilizada pelos seres e a aprendizagem acontece na utilização das ferramentas do sujeito ou pela apresentação semiótica (signos) ao aprendente. Tal afirmação é positiva, pois os signos, sejam quais forem, são acessórios para os aprendentes e ferramentas para os ensinantes.

Estas ferramentas como quadros-negros, lousas, as mãos, computadores, a fala, gestos e os mais diversos tipos utilizados pelos ensinantes, podem ser considerados mecanismos para transmissão do saber, o aprendente disciplinado ou corretamente estimulado poderá assimilar o conhecimento em uma velocidade mediana.

Na teoria de Erick Erickson é apontado o desenvolvimento humano em estágios:

1 – Confiança versus desconfiança (0 a 18 meses): Retrata o envolvimento da criança com os pais, principalmente com seu cuidador, sendo obrigado a ter conforto em suas vivências promovendo uma espécie de segurança, caso não ocorra, não será transmitido a segurança e a criança terá reflexo contrários ao do seu cuidador. (ALMEIDA, 2011)

2 – Autonomia versus Vergonha Dúvida (18 meses aos 03 anos): A criança passa a ter maior discernimento de sua realidade, controla seus músculos e depende de seus cuidadores, começa o julgamento entre o certo e o errado. Momento do legalismo, a criança responde as punições como uma coisa rotineira e reflete no outro a espécie de agressão sofrida. (ALMEIDA, 2011)

Este estágio é marcado pela transmissão de segurança nas atitudes, quando bem orientada ela realiza tarefas com autonomia, confiança e liberdade sem o medo de errar. Quando criticada naquelas realizações volta ao estágio de dependência. (ALMEIDA, 2011)

3 – Iniciativa versus Culpa (03 aos 06 anos): Momento de maior organização e controle, do físico e mental, já se consegue cumprir metas e atingi-las. Momento considerado perigoso, pois a busca em alcançar suas metas pode implicar fantasias genitais, o uso de meios agressivos e/ou manipulativos. Nesta etapa a criança começa a entender os papéis sexuais de sua cultura e começa a entender o mundo circundante. Caso estas descobertas sejam reprimidas pode desenvolver o sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou buscar novos conhecimentos, podendo usar a fantasia, esconder-se do verdadeiro eu e passar a vida inteira desempenhando papéis e afastando do contato consigo mesmo. (ALMEIDA, 2011)

4 – Diligência (construtividade, crescimento, avanço) versus Inferioridade (07 a 11): A criança está em estágio de construção e sociabilização, testando limites, trabalho em conjunto, aprendizagens, estabelecer limites e cooperatividade, ou seja, o desenvolvimento da competência. Caso seja criticado pelo grupo onde esta inserido poderá desenvolver sentimento de inferioridade podendo empobrecer sua personalidade com repetição de formalidades. (ALMEIDA, 2011)

5 – Identidade versus Confusão de Identidade (12 aos 18/20): O conflito existente entre as identidades ocorre devido o avanço das experimentações, mudanças físicas, desafios para consigo e seus amigos, a opinião alheia, pessoas do sexo oposto e busca de uma carreira profissional. Momento marcado pela ajuda de seu grupo na busca de referencial promovendo a marca de sua identidade, caso não encontre referencial poderá se desorganizar. (ALMEIDA, 2011)

Na formação da personalidade do jovem, dentro desta etapa, caso seja reprimido, poderá desenvolver sentimento de vazio, isolamento, ansiedade e se sentir incapaz de viver dentro do mundo dos adultos levando a uma regressão. Pode ocorrer do jovem projetar sua vida nos outros, promovendo ações preconceituosas. Um dos promotores de conflitos está na construção da moral cultural imposta por normas e leis sociais, familiares e de grupos sendo um dos mecanismos provocadores da regressão da identidade. (ALMEIDA, 2011)

6 – Intimidade versus Isolamento (20 aos 35): Amadurecimento social e das relações, promovendo ações duradouras, formada por relacionamentos/intimidades, amadurecimento profissional. Caso ocorram frustrações poderão gerar isolamento duradouro ou temporário. (ALMEIDA, 2011)

7 – Produtividade versus Estagnação (35 aos 60): Definição de objetivos, motivações, dedicação pela sociedade, realização de contribuições sociais, preocupação com o conforto físico e mental. Nesta etapa pode se desenvolver o autoritarismo. (ALMEIDA, 2011)

8 – Integridade versus Desesperança (60 anos em diante): Avaliação final da vida, quando o sujeito se questiona sobre suas realizações, acertos e erros durante o desenvolvimento de sua vida. (ALMEIDA, 2011)

Como percebemos o humano tem diversas etapas em seu desenvolvimento e em cada momento o aprendente tem uma nova forma de aprender e transmitir o seu aprendizado, as etapas se desenvolvem em: enraizamento, materialização e exteriorização do aprendizado.

CAPÍTULO IV

Ensinar, Aprender e a inteligência

Todos os seres são dotados de inteligência, ou seja, todos tem a capacidade de aprender algo. A grande diferença existente entre o humano e os não humanos esta na materialização da coisa aprendida. O não humano não consegue materializar seu aprendizado, já o humano aprende e transforma seu aprendizado em algo material, podemos usar como exemplo os objetos ao nosso derredor: geladeiras, móveis, caixas, aviões, computadores, carros, prédios, cidades, energia elétrica, enfim, uma infinidade de objetos criados pelo humano.

Ao pensarmos em cognição humana e não humana, os seres têm algumas portas de entrada para o ensino, seja pela: audição, visão, tato, paladar e olfato. Essas portas têm cada uma um caminho certo para chegar, à mente e caminhar para a inteligência e dessas, partirem para a assimilação, acomodação e materialização do aprendizado.

São perceptíveis às diferenças existentes entre o ensinar, o aprender e a inteligência, onde cada uma tem uma função diferenciada ou passam por algum tipo de influência do ser.

O ensinar é a forma como o ser transmite o conhecimento ao outro e é transmitido de várias formas, seja por repetição do fazer ou pela orientação do outro a fazer, sempre influenciado por sua formação primária e seu convívio social primário (família), secundário (sociedade, vizinhos e amigos da escola) e derivado (grande sociedade).

O aprender e como aprender estão ligados e daí, partir para a assimilação, pois o ensino sem a assimilação do aprendente torna-se obsoleto nesse processo. Podemos chamá-lo de aprendizagem.

Entre o processo de aprendizagem e o aprendente está a pedagogia e a didática, sendo esses unidos ou não. Cada professor tem uma forma diferente de transmitir o ensino e cada ser tem uma forma diferenciada em aprender. Nesta teoria, o aprendente e o ensinante são influenciados pela cultura de onde estão inseridos e cada um desenvolve uma forma diferenciada de aprendizagem e de transmissão do conhecimento.

A inteligência pode ser considerada como uma faculdade promotora de estímulo individual somado a capacidade entender e assimilar as situações a qual estiver sujeito.

Para Howard Gardner, (1995), psicólogo e pesquisador da universidade de Harvard nos Estados Unidos, às pessoas manifestam vários tipos de habilidades e cada indivíduo possui tipos diferentes de inteligências e propõe a teoria das inteligências múltiplas e as elenca em: linguística, lógico-matemática, espacial, cinestésica, intrapessoal, interpessoal, naturalística, musical, espiritual e existencial.

CAPÍTULO V

Análise hipotético interpretativo

O humano no uso de sua inteligência, consegue assimilar seu aprendizado teórico (livros lidos, revistas ou conteúdo aprendido em escolas, universidades e faculdades – ferramentas, (VYGOTSKY)) e o aprendizado empírico (conteúdo aprendido por cópia (Instrumentos de Imitação (Idem)) de atitude e outros, pelo convívio dentro da sociedade ou a repetição daquilo visto, ouvido, provado, cheirado ou sentido (Signos (Idem)) e a soma desses podem ajudar o ensinante criar estratégias de convencimento do outro para promover a permanência do aprendente e ajudando-o a se afastar do sentimento de desistência. (FERNANADA DIAS, 1993)

Os humanos em uma escala ascendente, teríamos uma espécie de escada social de aprendizagem, onde cada um, dentro de uma sociedade familiar ou no seu convívio social terá estimulado um, dois ou mais de seus sentidos, contudo o momento determinante de sua formação primária está em sua sociedade familiar, sendo esse o motivador de estímulo de um ou mais de seus sentidos.

O sujeito desenvolve sua aprendizagem por meio dos seus sentidos, no entanto, de acordo com sua influência familiar, ele terá formas mais rápidas de aprendizagem ou não.

Se as influências desenvolvidas no seio familiar se associarem as do professor e vice-versa teremos um afinamento entre aprendente e ensinante, gerando ou não uma assimilação da aprendizagem. Nesse momento da aprendizagem temos uma boa assimilação, devido aos envolvidos terem o mesmo sentido de aprendizagem, i.e., ambos são ou: auditivos, sensitivos, visuais, olfativos, gustativos.

Segundo Moreira 2000, aponta nove formas de estimular a aprendizagem no sujeito:

  • Aprender/ensinar perguntas em vez de respostas. (Princípio da interação social e do questionamento);

  • Aprender a partir de distintos materiais educativos. (Princípio da não centralidade do livro de texto).

  • Somos perceptores e representadores do mundo. (Princípio do aprendiz como perceptor/representador);

  • A linguagem está totalmente implicada qualquer e em todas as tentativas humanas de perceber a realidade. (Princípio do conhecimento como linguagem);

  • O significado está nas pessoas, não nas palavras. (Princípio da consciência semântica);

  • Os humanos aprendem corrigindo seus erros. (Princípio da aprendizagem pelo erro);

  • Aprender a desaprender, a não usar conceitos e estratégias irrelevantes para a sobrevivência. (Princípio da desaprendizagem);

  • As perguntas são instrumentos de percepção e definições e metáforas são instrumentos para pensar. (Princípio da incerteza do conhecimento);

  • Aprender a partir de distintas estratégias de ensino. (Princípio da não utilização do quadro de giz). (MOREIRA, 2000, p. 15 e 16)

Quando o ensinante consegue repassar ao aprendente, de acordo com seu sentido, a aprendizagem é repassada de forma prazerosa e o aprendente sente prazer em aprender. Caso um dos sentidos sejam feridos a aprendizagem torna-se dolorosa e o aprendente acaba por rejeitar o ensino e sai do personagem aprendente para o desistente.

O ensinante deve ser astuto em perceber quando o aprendente está se afastando do ensino e tentar recapturar o aprendente, devendo estimular algum de seus sentidos, pois esses precisam de estímulo para o aprendente ficar mais atento ao ensinamento e permanecer nele e neste momento temos o uso da inteligência humana.

A inteligência humana é sempre estimulada quando existe convivência social (conhecimento empírico) somado ao conteúdo teórico sistematizado (ensino organizado (faculdade, escola primária etc.)):

(.) na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel os conhecimentos prévios dos humanos devem ser valorizados e construírem estruturas mentais por meio de mapas conceituais para permitir, descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz. (PELIZZARI et. al., 2002 p. 37) (.)

(.) daí temos a materialização da inteligência exposta como coisas de nosso cotidiano: carros, aviões, lápis, borrachas etc.

Os humanos podem ter vários sentidos estimulados, seja um, dois ou mais, porém o conhecimento pode ser assimilado por tês formas de aprendizagem: o empírico (imitação), o teórico e o teórico sistemático e todos são assimilados pela inteligência.

A aprendizagem empírica nós chamaremos aquela aprendida por cópia. O sujeito apenas vê o outro fazer e reproduz essas ações, tanto as atitudes, a fala e outros gestos, não com perfeição, mas considerado um efeito simbiótico, a exemplo podemos citar os sósias, onde, na maioria das vezes tende a ser o outro e não a si mesmo. Podemos ainda comparar com explicações sobre certas situações de convívio social donde não se sabe exatamente sua fonte, ou seja, a fonte é o conhecimento do sujeito no decorrer de sua vida sendo equivalente a uma suposição.

A aprendizagem teórica vamos considerá-la como aquela desenvolvida com estímulo em alguma leitura, onde o sujeito de forma geral lê, aprende e comenta sua leitura e de alguma forma (uso da inteligência somada com seus sentidos) expõe seu aprendizado.

O conhecimento teórico sistemático, para nós, neste estudo, é aquele onde o sujeito é submetido a um ensinamento em forma de escala crescente de algum conteúdo para se tornar aplicador ou multiplicador daquele conhecimento aprendido, (FERNANDA DIAS, 2010), as atividades intelectuais visam à adaptação do sujeito ao ambiente, sendo uma construção gradativa. Podemos usar como exemplo os ensinamentos escolares.

Em uma consistência mais elaborada no quesito aprendizagem, temos as orientações de Félix Diáz, (2011), em sua pesquisa, aponta diversas formas:

Aprendizagem por Condicionamento Simples ou Aprendizagem Respondente: Produz-se a partir da relação entre os reflexos incondicionados (inatos) e os reflexos condicionados (adquiridos). Constitui uma aprendizagem simples em seu procedimento e elementar em seu resultado e se baseia na famosa relação Estimulo Resposta. Foi inicialmente descrito por Pavlov (Reflexologia) e posteriormente reelaborado por Watson, criador do Behaviorismo;

Aprendizagem por Condicionamento Operante ou Aprendizagem Instrumental: foi descrita por Skinner, psicólogo behaviorista, ao partir do esquema Estimulo-Resposta – E-R, considerou os processos dos humanos superiores tais como consciência e interesses, complicam a relação E-R apontada em correspondência a situações complexas. O Condicionamento Simples somado com as situações complexas não podem ser resolvidas, pelo menos com um nível de qualidade aceitável. Skinner desenvolveu um conceito muito importante de grande aplicação na Psicologia, na Pedagogia, na Sociologia e na Medicina, o "reforço" (positivo ou negativo) do comportamento aprendido;

Aprendizagem por Ensaio-Erro ou aprendizagem Espontânea: Se produz testando diferentes alternativas de respostas, uma a uma, até encontrar uma resposta satisfatória a exigência (ou estímulo) depois de sucessivas respostas erradas encontradas pelo sujeito. Tal resposta leva a pessoa a ter o sucesso e permanece como uma aprendizagem, pois nas próximas situações semelhantes, o sujeito não utilizará tal procedimento, se em verdade a resposta solucionou a exigência desse momento. Esta descoberta se deve inicialmente a Thorndike, famoso pela Lei do Efeito (resposta) por ele enunciada, a partir de seus experimentos com ratos em labirintos condicionadores de aprendizagem. Depois de trasladados para a experiência humana se o sujeito conseguir conectar situações e respostas, ou seja, isso é aprender. (PEREIRA, 1977, p. 162 apud FÉLIX DIÁZ, 2011)

Aprendizagem por Imitação: embora quase todos, Falcão (2001), Miller e Dollard (1940), Mc Gurk (1960), estudiosos da aprendizagem humana salientam em seus trabalhos a importância da imitação para aprender. Um deles, Gurk, experimentou com modelos vivos enxergando a influência dos humanos uns sobre os outros ensinando e aprendendo. A aprendizagem da linguagem (e da língua) é um dos maiores exemplos da imitação tanto nas crianças falantes como nas surdas. A imitação humana não consiste numa reprodução repetitiva e mecânica do modelo. Para Vygotsky (apud FÉLIX DIÁZ, 2011), a imitação humana, ainda na tenra idade, tem a tintura individual de quem é imitado e rasgos da criatividade do imitador;

Aprendizagem por Observação: Por ser muito parecida à de Imitação, muitos autores não estabelecem diferenças entre elas. Bandura, por exemplo, considera a ação de observar para aprender, i.e., aprendizagem utilizando a observação de um modelo, realizada por um humano é uma operação de maior concentração mental e de mais dedicação motivacional, propicia uma aprendizagem de maior precisão funcional, ou seja, mais qualitativa, sendo a forma mais frequente de aprender. (FALCAO, 2001, p. 170 apud FÉLIX DIÁZ, 2011) Por outra parte, enquanto a imitação está mais relacionada com os comportamentos do modelo, a observação, por ser mais aguçada, além de se relacionar com o sujeito modelo, inclui a aprendizagem das situações e/ou condições relacionadas com este sujeito;

Aprendizagem por Insight: é bem conhecido pela famosa narrativa sobre a descoberta de Arquimedes, quando entrou na sua banheira com água, da relação entre os corpos e o espaço (dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço) assim como seu estrepitoso grito: eureca! Esta passagem pode ser tomada como exemplo da aprendizagem por insight, termo difícil de traduzir, porém podemos interpretar como uma "revelação", como um "lampejo", onde o sujeito, repentinamente e de forma rápida, estabelece determinadas associações num set determinado, relacionando determinados componentes desconexos entre si e agora, nesse momento, conectados dando a solução a um problema e produzindo a aprendizagem correspondente. Koehler, muito conhecido pelos seus experimentos com animais, especialmente com macacos, tratando de buscar similitudes e diferenças entre a aprendizagem animal e a humana a partir do uso de signos como estímulos para aprender comportamentos, utilizou situações controladas para provocar este tipo de aprendizagem. Aprendizagem por Raciocínio descrita por alguns autores como Aprendizagem Racional ou Intelectual, nela o sujeito utiliza as operações mentais básicas do pensamento humano para solucionar as exigências estimulantes de uma forma, organizada, com um fim previamente determinado (aprender "algo") e principalmente implica uma grande atividade biológica, psicológica e social, manifestada no esforço do sujeito para aprender. Assim, o sujeito inter-relaciona mentalmente as operações de análise e síntese, comparação e ordenamento, abstração e generalização, para obter conclusões relativas à exigência correspondente e a obter determinada resposta solucionadora. Este tipo de aprendizagem complexa está relacionado às ações próprias da reflexão, da meditação, do pensar, pois o pensamento como processo generalizador está intimamente envolvido nesta função de inter-relação com a linguagem, como sistema simbólico.

O apanhado de etapas conscientes dos humanos quando estimulados ou não por um ensinante, promovem ao aprendente a identificação de várias coisas novas e além dele assimilar, ele pode interiorizar e acomodar o aprendizado.

A acomodação do aprendizado se dá do exterior ao interior no sujeito. O sujeito não é uma tábua em branco para aprender, ele traz consigo um apanhado de aprendizados interiorizados, não como uma criança pequena, mas como jovem, rapaz e adulto, pois quando criança pequena está em processo de aprendizagem de outra forma, contudo, ainda assim, considerado aprendizagem, porém com outras características, como já explicitadas.

Os humanos estão sempre em processo de aprendizagem, pois a capacidade de aprender está em todos os seres.

CAPÍTULO VI

A Capacidade de aprender

Elevada a caminho de duas situações, sejam elas: o crescimento biológico (inatismo) e o avanço em conhecimento (ambientalismo). Não sendo uma regra seus avanços, podendo andar juntos ou separados. O inatismo é um fator inseparável dos seres, todos crescerão e chegarão a fase adulta.

O ambientalismo poderá acompanhar o inatismo ou não, pois se divide em mais de um, cresce de duas formas a saber: crescimento social, onde o sujeito se desenvolve em uma sociedade, seja ela familiar ou não e pode ser resumido como o ambiente onde o sujeito está inserido. Ele aprenderá de forma empírica e seus estímulos serão testados ou provocados, cada um a seu modo específico promovendo um interacionismo no sujeito.

O sujeito aprenderá a refletir de várias formas seus estímulos, podendo ou não crescer em aprendizado social trocando estímulos com seus semelhantes. O sujeito desenvolvido, dentro de um conhecimento empírico pode, estimulado por sua inteligência, criar formas particulares de aprendizado devido sua necessidade de sobreviver em sociedade abrindo ou fechando seu leque de conhecimento, tornando-o empírico ordenado ou desordenado, pois a concatenação (ancoragem) das ideias pode ser desenvolvida de forma organizada ou desorganizada sendo esta a suposição do interacionismo, pois o sujeito transforma o ambiente e é transformado por ele.

O formato organizado é aquele adquirido em uma sequência lógica evolutiva de aprendizado, ou seja, a criança pequena aprende com os pais a educação moral sobre autoridade, reconhecimento sobre a sociedade familiar. Como todo nós sabemos, uma criança não consegue nascer falando e andando, existe um processo natural evolutivo.

Logo após, seu campo, se expandirá para semelhantes do tipo primos, tios, vizinhos e outros ampliando cada vez mais seu ambiente. Mais a frente, o sujeito, viverá em momentos de convívio em grupos escolares, contudo, o seu conhecimento estrutural (cultura familiar) o acompanhará pelo restante de seu desenvolvimento até a maturidade, podendo ser transformado ou não, dependendo sempre do ambiente ao qual é submetido.

Não devemos esquecer a diferença existente entre educação e aprendizagem, pois ainda temos em nosso ideário a ideia de educação. Educação é o sentido moral de aprendizagem, onde o sujeito aprende as situações de moralidade: não gritar, falar palavrões, respeitar os mais velhos, aos pais. Isso é educação. Pode ser aprendido na escola, mas primordialmente dentro do seio familiar. Já o ensino ou a aprendizagem, sendo também diferentes. O ensino é um conjunto de ações ordenadas e sistematizadas repassadas por um ensinante (professor) geralmente registrados em livros ou outra forma impressa ou não.

A aprendizagem é um processo do sujeito onde exista a assimilação e acomodação de algum tipo de conteúdo expressado por um ensinante ou por livros e outros meios.

No caso do Brasil o ensino está dividido em: Jardim 04 a 06 anos, Ensino Fundamental 07 a 14 anos, Ensino Médio 14 aos 17 anos. Neste período de aprendizado os humanos são estimulados até aos seus 17 anos, tanto pela sociedade familiar, o grupo de amigos e o ensino escolar, todos estes estímulos estão unidos podendo serem organizados ou desorganizados e sempre variando para mais ou para menos.

No desenvolvimento humano os estímulos dos seres seguem uma escala de aprendizado, como as propostas por Piaget, i.e., de 04 a 06 anos existe uma forma de aprender, pois não há um amadurecimento cerebral e a informação repassada não será processada de forma correta. dos 07 aos 11 anos a criança está em uma fase de amadurecimento e enrijecimento cerebral sendo esse um estado permanente até a fase adulta.

No ensino brasileiro o jovem aprende variados conteúdos até chegar aos 17 anos de idade. Segundo a legislação brasileira no Código Civil (Lei 10.406 de Janeiro de 2002) em seus primeiros artigos informa sobre a idade adulta sendo a de dezoito anos, agora em questionamento para se tornar aos dezesseis anos, e, ainda mais, em outro artigo do mesmo código aponta sobre a responsabilidade afirmando a incapacidade de menores de dezesseis anos em exercer os atos da vida civil, afastando totalmente a afirmação piagetiana na teoria das operações formais, já citada, contudo, como já sabemos, no Brasil alguns órgãos têm em suas cadeiras amigos políticos onde nem sempre têm uma formação necessária para criar leis e normas, por este motivo devemos obedecer a legislação, no entanto, não devemos descartar o estudo sistematizado e provado por pesquisadores/cientistas.

O ensino brasileiro deveria acompanhar uma escala, em um breve raciocínio dos pesquisadores sobre o desenvolvimento humano e em uma teoria hipotético dedutiva:

TABELA 04

Idade

Ensino no Brasil

Influência no desenvolvimento dos sentidos

Desenvolvimento

0 a 02

-

Convívio familiar

Convívio de reconhecimento dos pais e ambiente; (aprimoramento das ferramentas semióticas)

02 a 04

Alguns professores não aceitam o fato de humanos aprenderem algo nesta idade

Convívio familiar/ Jardim de Infância

Convívio assimilação das ferramentas semióticas; (desenvolvimento da fala, da audição, da coordenação motora, do olfato, da audição)

04 aos 07-08

Jardim de infância ao Ensino Fundamental iniciado na idade de 06 anos

Família/Escola

Amadurecimento das ferramentas semióticas, sociabilização familiar e início do convívio entre os estranhos (sociedade escolar e vizinhança); conhecimento sobre os principais fatos sociais, família, orientação social, moral, ética, ensino mais voltado para educação social.

08 aos 11

Ensino Fundamental

Família/Escola/

Vizinhança

Enraizamento das ferramentas e descoberta social (quem eu sou, como sou, de onde eu vim, qual sua serventia, como se usa e outras questões de cunho de identificação ou de identidade). A teoria piagetiana toma forma neste momento, descoberta das necessidades sociais: economia familiar, papéis sociais, emprego, necessidade social, convívio e outros;

12 aos 17

Ensino Médio

Família/Escola/

Vizinhança e outros

Estruturação do conhecimento e fortificação da identidade. O sujeito rebate sua realidade e caminha na identificação do outro e de si mesmo; Nesta fase o sujeito sofre a influência do outro, caso tenha havido algum estresse nas etapas anteriores, poderão aflorar neste período, não sendo uma regra.

18 até a fase adulta

Ensino Médio

Família/Escola/Vizinhança/trabalho e outros

A identidade esta estruturada e começa a transformação de responsabilidade pessoal e identificação profissional devido estar inserido em uma sociedade com uma cultura já formalizada e essa transformará ou amadurecerá o sujeito; Nesta etapa o sujeito ainda é influenciado pelo convívio da etapa anterior de seu desenvolvimento onde ela desaparecerá ou não a partir dos 25 anos de idade.

FONTE: Organizada pelo autor. Obs.: O ponto demonstrado como Ensino no Brasil não se aplica ao desenvolvimento, nem na influência no desenvolvimento dos sentidos.

Esta teoria pode ocorrer antes ou depois destas idades, pois ela varia de sujeito para sujeito. Os indivíduos passarão em cada uma destas etapas de seu desenvolvimento, alguns poderão desenvolver-se mais cedo ou mais tarde, dependendo do tipo de estímulo a qual é submetido.

Diante desta suposição teórica temos uma escala para o desenvolvimento ou uma escada para evoluir o conhecimento do sujeito ou situá-lo dentro de um conteúdo.

Porém é notório a inteligência humana em aprender aprendendo, fazer sabendo, fazer sem saber, saber fazer e fazer o saber. Todos aqueles portadores de uma inteligência poderão saber fazer ou aprender a fazer, todavia, todos precisam aprender de uma fonte organizada para assimilação e acomodação do conhecimento de forma ordenada crescente.

CAPÍTULO VII

A assimilação e acomodação do conhecimento

A memória, a inteligência, o desenvolvimento social, as ferramentas humanas e não humanas estão ao nosso redor, transformando e sendo transformados (Ergometria[2]a cada momento.

Como sabemos a pessoa aprende a partir de frequentes conflitos cognitivos entre o sujeito e o meio, os quais provocam desequilíbrios estimuladores de novos equilíbrios ajustadores, determinados por assimilações e acomodações sucessivas. (FÉLIX DIÁZ, 2011)

A metódica do quarto excluído de Melo (2002, apud FÉLIX DIÁZ, 2011), em particular, além de conhecer como se produz a internalização (ou interiorização) do externo, por meio da mediação num contexto de aprendizagem, fornece os indícios para estabelecer diferenças no curso do pensamento-linguagem relacionado à formação de conceitos, assim como nos dá elementos importantes para estabelecer um diagnóstico diferencial entre categorias de desvios, tais como transtornos gerais de aprendizagem, deficiência mental leve e aprendizagem deficiente recorrente de transtornos comportamentais.

Todo o conhecimento humano tem sua fonte no externo, ou seja, está primeiramente construído no social-histórico, porque foi elaborado pelo próprio homem nas suas relações interpessoais, onde intercambiou experiências, fonte humana de conhecimento. (FÉLIX DIÁZ, 2011)

Para Vigotsky (apud FÉLIX DIÁZ, 2011), o conhecimento se converte em intrapessoal, devido ao sujeito personalizar seu aprendizado segundo sua própria experiência, seus interesses, capacidades e possibilidades

As capacidades e possibilidades são condicionadas pelos fatores externos no momento de apropriação de aprendizagem. Tal aprendizado se apoia na atividade de relação com o conhecimento construído pelos demais humanos e quando o conhecimento é colaborado cedem uns aos outros.

Esse mecanismo de ceder uns aos outros devem ser constantemente estimulados e devem provocar os sentidos e sugerir uma automotivação, pois o processo de acomodação e assimilação não depende somente do ensinante, deve também partir do aprendente, caso ele não promova seu próprio estímulo (esforço) não adiantará o ensinante promover ou provocar sua inteligência (Ensaio-Erro).

O estímulo é uma característica individual e particular, pois cada sujeito tem uma forma diferenciada de se automotivar. Ao momento da existência do alcance de um objetivo, seja ele individual ou coletivo, tornar-se-á uma ferramenta motivadora, provocando o aprendente a permanecer estimulado, pois o mecanismo cerebral necessita de uma resposta ao estímulo, ou seja, foi dada uma meta e ela precisa ser alcançada, essa, torna-se uma angústia a inteligência do sujeito daí o estímulo para alcançar o objetivo traçado ou resposta (E-R).

E-R deve ter um cunho de fácil acesso e não promotor do fracasso, pois daí pode o sujeito ser podado na forma de aprender ou de alcançar seu objetivo.

Na atualidade temos peritos em promover E-R (ou avaliação do conhecimento) com questões impossíveis de serem respondidas, não promovendo uma dificuldade possível e atrapalhando a aprendizagem fugindo do sistema de E-R. Diante de tamanha impossibilidade, automaticamente o cérebro grava uma espécie de bloqueio nos sentidos, causando um trauma.

O sujeito diante de uma ameaça natural a sua vida rejeita o acesso a ela, podemos confirmar tal ação por uma pequena experiência simples:

  • Aplique um beliscão em uma parte de seu corpo com muita força, depois, tente novamente aplicar a mesma força em um novo beliscão no mesmo local;

  • Ao tentar beliscar novamente o mesmo local, existe uma reação simples do corpo em diminuir a força aplicada e/ou esquivar do novo beliscão;

  • A reação é uma repulsa natural do cérebro a fugir da dor ou da angústia, tornando-se um reflexo comum. Na psicologia freudiana é nomeada de trauma emocional.

A avaliação da aprendizagem quando construída com a intenção de não avaliar o conhecimento e sim criar mecanismos impossíveis de serem rompidos, produzem no sujeito uma espécie de resistência ao aprendizado ferindo-o. E como vimos em nossa pequena experiência como o cérebro foge da dor e gera uma espécie de trauma, seja na tato como no sentimento promovendo no sujeito um afastamento automático da dor causada, podendo ser emocional como física, separadas ou juntas. Caso venha acompanhada de um reforço (SKINNER) negativo: "Eu não falei, na minha prova ninguém passa", então a aprendizagem, antes, prazerosa, agora, dolorosa, e, como sabemos, o resultado é sempre o afastamento da dor.

A compensação do E-R deve se dar com o algum estímulo para melhorar a esperança em conseguir respostas para amenizar a dor provocada (reforço positivo): "você consegue; muito bem: você foi ótimo; parabéns seu desempenho tem aumentado; sempre me admiro de suas conquistas; desta vez não deu, mas não desanime você consegue e é capaz" e outros.

Cada sujeito enfrenta de forma diversa as decepções ou suas máculas. Alguns sujeitos criam uma resistência a dor e as enfrentam, outros, criam mecanismos para afastar-se totalmente daquela dor. Alguns aprendem a contornar a dor e encontrar outro caminho e não desistem, temos o exemplo de uma frase célere de Thomas Edson, não se sabe se a frase foi dita por ele ou não, contudo está no seio social: "Eu não errei mil vezes ao tentar inventar a lâmpada, só encontrei mil formas de não fazê-la."

Na construção da frase temos uma nova perspectiva em relação a falta de motivação, diante de várias formas de acerto e erros, o cérebro construiu uma persistência em permanecer em busca da resposta, essa, por sua vez, encontrou uma forma de fugir da dor da frustração. A mesma frase pode ser construída de várias formas depende da fonte do sujeito em querer continuar insistindo ou desistir. "Eu sou um fracasso e não vou conseguir construir a lâmpada"

A falta de estímulo do sujeito em continuar em busca de uma resposta. O seu estímulo está guardado em algum local em sua consciência, contudo o sujeito busca formas de não acessá-las, todavia, estão inseridas em seu consciente/inconsciente.

"Diante de tantos erros não é possível inventar uma lâmpada."

"Vou voltar a prancheta de desenho, pois ainda não encontrei a resposta para a construção da lâmpada."

"Ainda não encontrei a resposta para a construção da lâmpada."

"Vou perder o sono, mas encontrarei o caminho para a construção da lâmpada"

Observe as diferentes construções criadas com a intenção de estimular ou desestimular a inteligência, pois temos um conjunto: a assimilação; a acomodação; e por fim, a inteligência. Todas forçam o humano a encontrar formas de encarar sua realidade e estimulando seu aprendizado e a mudança de seu ambiente.

O sujeito sempre aprenderá dentro de uma escala crescente, perceba a construção a seguir e veja se concorda com a afirmação e imagine com poderá ser dar tal obra e se existe aceitação dentro de sua concepção de realidade:

Na construção de uma residência, em primeiro lugar devemos:

1 – Compramos as telhas para construção da cobertura;

2 – Compramos o emadeiramento para as telhas;

Como sabemos toda construção de engenharia começamos sempre pelo telhado, ou seja, quando construirmos o telhado começaremos as paredes.

É perceptível a vontade de organizar o conteúdo ora apresentado, estimulando o sentido em encontrar um formato lógico de ordenação da ideia diante de uma realidade ou de um conceito formado no sujeito.

O crescimento organizado, sistematizado do conteúdo forçará o sujeito a criar um pensamento criativo e de preferência crítico.

Supõe-se, antes de qualquer orientação é sempre necessário a ambientação do sujeito e situá-lo em um ambiente de ensino-aprendizagem, preparando seus sentidos ou ancoragem de acordo com suas experiências pessoais para a acomodação do conhecimento.

O vínculo professor-aluno e aluno-professor (empatia) deve se dar, também, ao conteúdo para o aprendente recepcioná-lo de forma prazerosa e receptiva positiva. Nesse sentido o aluno deve se ambientar em relação ao conteúdo ao qual será submetido.

Em síntese, podemos trazer a baila a certificação da aprendizagem dos humanos e a materialização da inteligência, rompendo a barreira do preconceito inserido em nossa sociedade, apontando para as diferenças existenciais entre raças, se todos são humanos, todos aprendem, desmistificando conceitos e criando novos.

CAPÍTULO FINAL

O aprender a distância é um avanço ao ensino e aproveitamento de conteúdo, contudo sendo mais focado e direcionado.

Como sabemos todos os humanos têm a capacidade de aprender, dependendo apenas da expertise do ensinante em encontrar a forma mais prazerosa ao aprendente e ele evoluir em conhecimento e ter sede por tal.

Atualmente nos cursos a distância ainda faltam ambientes de discussão presencial para estimular a assimilação e acomodação do conteúdo. A proposta de criação de ambientes e/ou de grupos focais tem a intenção de promover o avanço no sentido crítico dos aprendentes para evoluírem em raciocínio e estimularem a construção do saber, estas provocações e avanço em ambientes de debate presencial, podem considerar como avaliação real do aprendizado e o um combustível para avançar em construir o saber. O ambiente virtual ou os fóruns, são ferramentas eficazes para debates e foco no conteúdo acessado, porém, somente diante de um debate real, por mediação saberemos realmente a diferença entre aprender e decorar.

O conhecimento não é simplesmente construído aleatoriamente, deve ter um fundamento organizado e sistematizado e todos os humanos têm a capacidade de aprender e transmitir o aprendizado.

A construção do conhecimento ou a organização das ideias, surge quando o sujeito é estimulado e provocado corretamente.

Infelizmente ainda temos o ensino deficitário, quando aprendido de forma incompleta, sozinho sem orientação ou construído empiricamente desordenado pode trazer diversos prejuízos ao aprendente.

O ensino tem se desmistificado e afastando a ideia do professor dono de toda a sapiência humana (ativo) e o aluno se afastando do eterno agente passivo. O nome professor tem se transformado em ensinante-aprendente e o aluno aprendente-ensinante, pois ambos trocam informações, criando uma linha de mão dupla, onde o conhecimento vai e volta, cada sujeito tem uma forma especial de enxergar a vida.

Hoje, diante do avanço tecnológico e a interação do homem com os ambientes virtuais devemos abrir mais espaço ao aprendente uma vez da grande deficiência existente nestes ambientes, pois limita-se ao conteúdo proposto pelo professor.

Uma das grandes vantagens neste tipo de aprendizado são os debates, pois cada aprendente traz um novo conceito diferente da estrutura já imposta nos livros, porém não vão adiante devido não existirem ambientes físicos para debates reais daquilo aprendido e assimilado.

A necessidade de estimular e de avançar em ensino e aprendizagem é necessário pôr em prática as palavras de Moreira (2000):

Promover perguntas em vez de respostas interação social é indispensável para a concretização de um episódio de ensino. Tal episódio ocorre quando professor e aluno compartilham significados em relação aos materiais educativos do currículo. (.)

(.) Um ensino baseado em respostas transmitidas primeiro do professor para o aluno nas aulas e, depois, do aluno para o professor nas provas, não é crítico e tende a gerar aprendizagem mecânica e não crítica. Já o ensino centrado na interação entre professor e aluno enfatizando o intercâmbio de perguntas tende a ser crítico e suscitar a aprendizagem significativa crítica.

DICIONÁRIO

Significado de palavras segundo o dicionário brasileiro:

Ensino: A arte de ensinar, transmitir o conhecimento.

Educação: Ação de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais e morais

Aprendizagem: Ação, processo, efeito ou consequência de aprender, aprendizado.

Inteligência: Faculdade de conhecer, de compreender.

Rede de computadores: Internet ou a grande teia: Word Wide Web (www) Rede de alcance mundial.

Empirismo: conhecimento sem base teórica, construído a partir de um conjunto de observações práticas ordenadas ou não.

O empirismo tem cunho científico quando somado a um conjunto de ideias organizadas e ordenadas e é aplicada seguindo um método ou uma metodologia de catalogação das informações observadas empiricamente.

Não devemos confundir senso comum, com o empirismo organizado metodologicamente.

O senso comum se resume a um pensamento ou uma afirmação sem uma análise mais profunda sobre o tema. Nesse processo temos uma informação na ideação coletiva, a exemplo podemos dizer: "Todo político é ladrão", essa é uma famosa fala da sociedade em relação aos políticos, contudo, se partimos deste ponto de vista comum e empírico, podemos descobrir, usando um método sistemático, se todo político é realmente ladrão ou não, escolhendo uma forma organizada de entrevista ou investigação para poder dar validade ou confirmação desse pensamento comum.

No empirismo metodológico deve-se organizar as ideias assistidas e catalogar cada uma delas a partir de um ponto de vista dentro de uma pesquisa, partindo dessa premissa, temos uma ascensão do empírico para o científico, ou seja, da observação empírica caminha-se para a ciência respondendo a ordem cronológica das ideias e questões reveladas.

Informática: Conjunto de armazenamento, transmissão e processamentos de informações digitais.

Programas de computadores: Software.

Peças de computadores: Hardware.

Sala de aula virtual: Plataforma.

Conhecimento empírico ordenado: Metodologia sistemática ou organizada.

Conhecimento empírico desordenado: Conteúdo aprendido desorganizado sem uma metodologia, sem orientação, ou seja, desorganizado, com vários ramos sem uma ordem sistêmica.

Escola: ambiente físico onde pessoas se reúnem para aprender. Com salas de aulas, auditórios, cantinas e outros.

Escola virtual: Ambiente escolar criado a partir do Hipertexto ou HTML, conhecido como plataforma ou página de Internet, com salas de aula e bibliotecas e armazenamento de conteúdos organizados sistematicamente.

Conceito: Ideia conclusiva sobre um conteúdo ou fato, a conclusão moral de uma narrativa, uma máxima sobre algo.

Preconceito: Opinião ou pensamento acerca de algo ou de alguém cujo teor é construído a partir de análises sem fundamentos, sendo preconcebidas sem conhecimento e/ou reflexão. Prejulgamento.

Em um conceito mais amplo:

Durante toda nossa vida, aprendemos conceitos adequados e conceitos inadequados. de todas formas. São conceitos e, como é de supor, determinam grande parte de nosso comportamento (.). A precisão e adequação desses conceitos dependem tanto do próprio aprendiz (sua maturidade, motivação, possibilidades intelectuais...), como das condições para formar tal conceito (possibilidades escolares e sociais, mediação acertada, ambiente e materiais propícios...).

Na base dos chamados preconceitos (ou pré-juízos) raciais, sexuais, étnicos e outros, encontramos muitos conceitos inadequados segundo as normas sociais sendo necessário um grande esforço educativo, na escola, na família, na sociedade toda, para eliminar esses conceitos, muitos deles, milenares. (Félix Diáz, 2011)

Dicotomia: Divisão de conceitos em partes opostas, conceitos contrários à ética e moral. Ex.: Todo criminoso confesso e condenado deve ficar em liberdade.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA. Thiago de, A TEORIA PSICOSOCIAL DO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO ERICK ERICKSON. Apresentação de slides DE 09/05/2011 disponível em: < http://pt.slideshare.net/Thiagodealmeida/a-teoria-do-desenvolvimento-humano-segundo-erik-erikson> acessado em: 18/03/2015 às 10h00m.

AMORETTI. Maria Suzana Marc, PROTÓTIPOS E ESTEREÓTIPOS: APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MAPAS CONCEITUAIS: EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇAO A DISTÃNCIA. Informática na Educação: Teoria & Prática. Informática na Educação: Teoria & Prática. V. 4 N° 2, Porto Alegre, Dezembro, 2001. p.49-55

AUSUBEL, D.P. (1963). The psychology of meaningful verbal learning. New York, Grune and Stratton.

BRAUNER. Clarice Francisco, CIGALES. Marcelo Pinheiro, JÚNIOR. Rony Centeno Soares, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A TEORIA INTERPRETATIVISTA E O MÉTODO INDUTIVO NA PESQUISA SOCIAL. Revista Querubim revista eletrônica de trabalhos científicos nas áreas de Letras, Ciências Humanas e Ciências Sociais. Ano 10 Nº22 2014. ISSN 1809-3264 Página 36 de 199.

BRITO, Mario Wilson Barros de, O BRASIL EM CANA DE ALHOS E CANALIA. Clube de Autores. 2011. São Paulo – SP. p85 ISBN 978-85-914044-0-7

BORUCHOVITCH. Evely, ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM E DESEMPENHO ESCOLAR: CONSIDERAÇÕES PARA A PRÁTICA EDUCACIONAL. Psicología Reflexao e Crítica, año/vol. 12, número 002. Universidad Federal do Rio Grande do Sul. Puerto Alegre, Brasil. 1999. ISSN: 0102-7972. p15

FRANCO. Sérgio Roberto Kieling, COSTA. Luciano Andreatta Carvalho da, FAVERO. Rute Vera Maria, GELATTI. Lilian Schwab, LOCATELLI. Ederson Luiz, APRENDIZAGEM NA EDUCAÇAO A DISTÃNCIA: CAMINHOS DO BRASIL. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/nucleoead/documentos/francoAprendizagem.pdf> Acessado em 01Abr15 às 15h

FERNANDA DIAS. O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NO PROCESSO DA AQUISIÇAO DE LINGUAGEM. Artigo. Letrônica. Porto Alegre. v. 03, n° 2, p. 107-119, Dez. 2010. Disponível em: < http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/letronica/article/viewFile/7093/5931> acessado em: 21/03/2015 às 06h39m.

FÉLIX DIÁZ. O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E SEUS TRANSTORNOS. EDFUBA. Universidade Federal da Bahia. Salvador Bahia. 2011. 396. p il. ISBN 978-85-232-0766-3. Disponível em: < https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/5190/1/O%20processo%20de%20aprendizagem-repositorio2.pdf> Acessado em: 21/03/2015 às 16h

FERREIRA, Maria da Conceição Alves, SILVA. Bento Duarte da, DOCÊNCIA ONLINE: UMA TESSITURA PEDAGÓGICA/COMUNICACIONAL. Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009. p5646-5657. ISBN – 978-972-8746-71-1

GLOSSMAN. Janna, AVALIAÇAO NEUROPSICOLÓGICA DE LURIA E OS PRINCÍPIOS DE REABILITAÇAO. Tradução: Carla Anauate. Disponível em: Acessado em: 31 mar. 2015 às 20h

GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

LAVILLE A. & VOLKOF, S. AGE, SANTÉ TRAVAIL: LE DECLIN ET LA CONSTRUCTION ACTES DU XXVI. Lê congrés de la SELF. Genève 22-24 vseptembre 1993.

LIMA. Elvira Cristina Azevedo Souza. O CONHECIMENTO PSICOLÓGICO E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇAO. Enfoque. Em aberto. Brasília-DF. Ano 09. n.48. Out a Dez 1990. 22p

MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO – MEC. MULTIPLAS INTELIGÊNCIAS NA PRÁTICA ESCOLAR. Cadernos da TV escola. Nº 1. 1999. p79. ISSN 1517-2341

MOREIRA. Marco Antônio, APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA. Versão revisada e estendida de conferência proferida no III Encontro Internacional sobre Aprendizagem Significativa, Lisboa (Peniche), 11 a 15 de setembro de 2000. Publicada nas Atas do Encontro, p.p. 33 – 45, com o título original de Aprendizagem significativa subversiva.

MOTA. Maria Sebastiana Gomes, PEREIRA. Francisca Elisa de Lima, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM PROCESSO DE CONSTRUÇAO DO CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO MENTAL DO INDIVIDUO. Disponível Em: < http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/tcc_desenvolvimento.pdf> Acessado em 01Abr15 às 15h40m

PELIZARI, Adriana et. al. TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002.

PIAGET, J. O NASCIMENTO DO RACIOCÍNIO NA CRIANÇA. 5a. Ed. São Paulo: El Ateneo, 1993.

RABELLO. Elaine, PASSOS. José Silveira, ERIKSON E A TEORIA PSICOSSOCIAL DO DESENVOLVIMENTO. Disponível em: < http://www.josesilveira.com/artigos/erikson.pdf> Acessado em 01Abr15 às 15h

SALLES. Carla Marise Canela, APRENDIZAGEM SIGNIFFICATIVA E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇAO A DISTÃNCIA. Belo Horizonte MG. Universidade Fumec – FACE. 2012. p58

SANTOS. Rocilene Otaviano Dos, ESTRUTURA E FUNÇÕES DO CÓRTEX CEREBRAL. UNICEUB. Faculdade de Ciências da Saúde. 2002. Licenciatura em Ciências Biológicas. Monografia. P34

VOLTOLINI. Rinaldo, A RELAÇAO PROFESSOR-ALUNO NAO EXISTE: CORPO E IMAGEM, PRESENÇA E DISTÃNCIA. DOSSIÊ. Cuerpo, Lenguaje y Enseñanza. Área Temática: Diferenças e Subjetividades em Educação. ETD – Educação Temática Digital. Campinas. v.8, n. esp. jun. 2007 – p.119-139. ISSN: 1676-2592

ZILIO. Diego. A NATUREZA COMPORTAMENTAL DA MENTE: BEHAVIORISMO RADICAL E FILOSOFIA DA MENTE. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 294p ISBN 978-85-7983-090-7

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos companheiros em suas virtudes me ensinaram o caminho para a aprendizagem do qual não me afastei mais: Andreia Arruda, Capitã Kelly, Coronel Valdemir, Capitão QOPMA Reginaldo, Doutora Solange, Doutora Eliana Ferrari, Perita Krauser, Cabo Gemayeel, Sargento Flávio, Sargento Camarano, Sargento Coimbras, Cabo Alessandra, Coronel Maria Costa, Doutor Alessandro, Doutor Gilvan, Doutor Alexandre Barros, Agente Federal Pehkx Jones, Sargento Gildemá, Sargento Edilson, Rosângela Mara todos estes e mais outros me ajudaram a crescer em conhecimento e me apoiaram e agradeço aos outros não citados aqui, pois o espaço é pequeno para agradecer a todos por escrito mas de todo coração agradeço a todos por mais uma conquista.

Boa leitura...

 

Autor:

Mário Wilson Barros de Brito

arrebenta2[arroba]gmail.com

FACULDADE APOGEU

Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Ensino à Distância

GAMA-BRASÍLIA

2013


[1] Subsunçores é uma tradução da palavra inglesa "subsumer" e representa uma estrutura de conhecimento específica já existente que servirá de ancoradouro para uma nova aprendizagem significativa. Um subsunçor é um conceito, uma ideia, uma proposição já existente na estrutura cognitiva do aprendiz que serve de "ancoradouro" a uma nova informação, permitindo ao indivíduo atribuir-lhe significado.

[2] O verbete ergonomia (do grego, ergo significando tarefa, por extensão trabalho, e nomos normas, regras) é um neologismo, criado pelo polonês W. Jastrzebowski em 1857 em "Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho" e adotado oficialmente em 1949 na fundação da Ergonomic Research Society, na Inglaterra (Lavile, 1993).



 Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.