Este trabalho conceitua as agroflorestas como alternativa ao modelo agrícola (tecnológico) adotado depois da segunda guerra mundial.
Despertar no leitor a consciência dos importantes processos de sucessão natural. Conceituar uma agrofloresta, ainda que não haja uma definição precisa para este sistema que possui muitas ramificações em si. Mostrar que, ao contrário do modelo de agricultura tradicional, neles a intervenção do homem é a menor possível. Apontar o sistema de agroflorestas como uma alternativa para se melhorar e recuperar a fertilidade dos solos, pois, ao contrário do modelo tradicional de agricultura, não esgota o solo por não utilizar insumos químicos, transformando e recuperando a terra. Apresentar uma comparação entre os dois modelos, mostrando que a filosofia agroflorestal procura uma convivência mais harmoniosa com a natureza.
O modelo tradicional atual de agricultura, baseado em produtos da agroindústria, pesticidas e fertilizantes, torna-se insustentável por esgotar o solo, destruir ecossistemas naturais com interações complexas entre os diversos seres vivos que o compõe. As grandes corporações do agro-negócio com seus imensos campos cultivados com uma única cultura contrariam a forma de ocorrência natural, que em associação. A implementação de novas técnicas agrícolas se faz necessária para otimizar a produção do campo e preservar os recursos naturais. Os sistemas agroflorestais são desenhados para produzir uma gama de benefícios, incluindo alimento, combustíveis, fibras, além de melhorar a produtividade do solo.
3.1. Conceito de agroecologia e sustentabilidade
A agroecologia é a ciência da agricultura sustentável, da aplicação de conceitos e princípios ecológicos para desenhar, desenvolver e manter agroecossistemas sustentáveis. Os métodos por ela aplicados têm como objetivo alcançar a sustentabilidade dos agroecossistemas balanceados em todas as esferas, incluindo a socioeconômica e ecológica ou ambiental. Enquanto os métodos de cultivo variam, a manipulação tradicional de agroecossistemas geralmente difere da realizada pela natureza. Enquanto os métodos de plantação variam, a manipulação tradicional de agroecossistemas difere da dos de ocorrência natural. Um agroecologista vê uma fazenda primeiramente com o olho da ecologia, que não enxerga imediatamente fatores econômicos, nem industriais. O desenho e manejo são realizados seguindo princípios ecológicos. O uso de pesticidas é trocado pelo controle de pragas problemáticas, não a aplicação de pesticidas ou herbicidas para matar tal praga.
Um exemplo comum seria o plantio de espécies combinadas para atrair insetos benéficos em linhas de uma dada cultura. Os insetos balanceariam o numero de pragas, então eliminando as práticas insustentáveis, tais como o uso intensificado de pesticidas. Os impactos de tais sistemas de agricultura tendem a reforçar problemas econômicos, sociais e políticos de paises em desenvolvimento. Frente ao modelo de agricultura adotado na época da revolução verde, baseado no uso de insumos da industria química e na máxima produtividade, práticas de maior sustentabilidade se mostraram necessárias.
3.2. Agricultura: uma atividade de subsistência
Não se tem um registro histórico sobre o início da agricultura, uma vez que esta prática é anterior á escrita, mas o homem, em um passado muito remoto, notou que certos grãos poderiam ser plantados, gerando novas plantas iguais áquelas primeiras. A prática contínua de plantação aumentou a oferta de alimentos para a população, evitando caçadas perigosas. é um marco que separa o período neolítico da anterior idade da pedra lascada. Acredita-se que o aparecimento da agricultura tenha ocorrido simultaneamente em diversos lugares do mundo, provavelmente nos vales e várzeas fluviais habitados por civilizações antigas.
3.3. Como tem sido feito no sistema convencional?
As plantas domesticadas são derivadas das variedades silvestres que através de cruzamentos seletivos resultaram no que são hoje. No passado, esses cultivares não apresentavam grande produtividade, não apenas para a subsistência, mas também para ser economicamente viável. A pressão por produção levou uma parte dos agricultores a adotar sistemas de monocultivo simplificado (figura 01).
Página seguinte |
|
|