O presente trabalho de pesquisa, ilustra realmente, que a delinquência juvenil como tema, são todos autos criminosos cometidos por um grupo de jovens e de forma isolada, estes são influenciados pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas, drogas, que maioritariamente fazem parte de grupo devidamente organizado com referências próprias que podem ser, pelo uso de cabelo, sinais de assobio, ou mesmo de roupa que o grupo utiliza.
Que no percurso da leitura caro leitor terá o privilégio de saber que este tipo de grupo de jovens que deambula de cidade a cidade ou mesmo, deslocam de província à província, com intuito de fazer vandalismo, provem de uma congregação familiar que através de fragmentos dos familiares produzem os jovens ir a sorte e posterior integrar-se num grupo que achar conveniente e realizar actividade anti-social.
Que no trabalho ora feito, foi alvo de ser introduzidos as causas e as consequências da delinquência juvenil bem como algumas medidas.
Todos os jovens fazem parte de um grupo com o qual se identificam. Este grupo tem um papel fundamental na estruturação do adolescente enquanto indivíduo social.
Um grupo social é uma unidade social estruturada de indivíduos entre os quais se dá uma interacção frequente. Os grupos organizam-se segundo valores e normas comuns, segundo uma cooperação com o intuito de alcançar objectivos comuns, e também segundo a diferenciação de papéis e funções a desempenhar num grupo.
Cada grupo tem um símbolo, uma referência, um contexto e uma forma de pensar própria. Uns destacam-se pelas roupas, outros pelos penteados, por atitudes radicais ou ainda por uma certa rebeldia.
A preocupação principal dos pais e educadores é quando o adolescente pertence a um grupo cujos valores e costumes ficam à margem das normas sociais.
Ao abordar este tema com o adolescente, e transmitir-lhe as suas inquietações, enquanto pai ou educador, pode ser muito difícil, porquanto não se sabe à partida se o adolescente aceitará livremente a sua opinião ou se irá recusar. No caso de recusar a opinião pode, eventualmente originar conflitos familiares.
Há certos pontos que se deve ter em atenção quando se lida com um adolescente:
- Não vale a pena reprovar a maneira de vestir ou de pentear do adolescente, quando isso se identifica com o símbolo do seu "grupo de iguais".
- Há que ponderar antes de se dizer ao adolescente que o seu grupo de amigo é uma má influência.
- Não criticar constantemente o seu grupo de amigos. O adolescente não vai mudar de opinião relativamente ao seu grupo, pelo contrário, vai protegê-lo e defendê-lo em todas as ocasiões.
Nunca se deve argumentar, dizendo que o adolescente em grupo faz coisas que sozinho não teria coragem de fazer.
Em determinados casos, torna-se óbvio que o grupo de amigos do adolescente exerce uma influência negativa sobre este, ou porque começou a consumir drogas, a beber álcool, ou a cometer práticas delinquentes.
A influência dos grupos em que se está inserido muitas vezes influencia os comportamentos que temos. Nem sempre as decisões ou atitudes que os adolescentes tomam, são por vontade própria, na maioria dos casos são influenciadas pelos amigos. Existem, também, casos em que estas decisões ou atitudes são obrigadas.
Os adolescentes, geralmente, acabam por tomar atitudes por conformismo ou obediência, ou seja, por pressão social directa ou indirecta do grupo a que pertence. Uma pessoa acaba por mudar o seu comportamento para seguir as crenças e os valores desse mesmo grupo.
Nestes casos, deve-se tentar resolver as coisas da melhor maneira, sem pressionar, porque no início o adolescente acha que está a ter os comportamentos correctos, e se o pressionarmos ou tentarmos resolver as coisas de uma forma menos correcta, pode originar a revolta do adolescente, e só piorar as coisas.
Mais do que as condições sócio-económicas, a falta de interacção entre pais e filhos, a existência de parentes com problemas psicopatológicos e os problemas escolares são factores determinantes para a inserção dos jovens no mundo do crime.
Maria Delfina na sua pesquisa, conta que os pais dos infractores tinham um distanciamento da vida quotidiana de seus filhos: tiveram dificuldades em responder quem eram os amigos, quais eram os lugares de lazer, quais os sonhos e expectativas de futuro. "Eles, assim, se envolviam pouco com a vida dos filhos e tinham uma organização pouco rigorosa, não sabiam a hora que eles chegavam em casa, nem sugeriam um limite".
Outro factor de risco para a inserção desses jovens na criminalidade constatado na pesquisa é a afastarem-se escolar. No grupo de infractores, apenas dois dos entrevistados tinham concluído o Ensino Básico. A maioria era multi - repetente e apresentava histórico de não adaptação ao quotidiano escolar. "As escolas não estão preparadas para atender aos adolescentes com comportamentos 'desviantes' e não tem recursos para estimular esses alunos", reclama a pesquisadora.
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