Tecnologia mais ensino superior: Uma soma inevitável no mundo acadêmico

Enviado por Cristiane do Prado - cristianeungida[arroba]gmail.com


  1. Resumo
  2. Tecnologia e o processo de aprendizagem universitária
  3. Perspectivas sociais e acadêmicas

RESUMO

Este artigo relata sobre o docente e o discente, bem como a intervenção tecnológica no ensino-aprendizagem, onde a tendência entre estes dois elementos é de nunca mais se separarem.

PALAVRAS CHAVE: Docente – Tecnologia – Discente

Tecnologia mais ensino superior: uma soma inevitável no mundo acadêmico

Foi em 1572 na Bahia, que alguns jesuítas incluíram o ensino superior no "Real Colégio de Jesus", mas o desenrolar do ensino ocorreu somente depois de 1808, por meio do rei D. João VI e a corte portuguesa que vieram de Portugal para o Brasil. Nesta época foram propositalmente criados vários cursos (Direito, Medicina, Farmácia e Engenharia) com a finalidade em formar os burocratas e suprir as necessidades do Estado, seguindo um padrão usado pela Universidade de Coimbra.

Almejando concretizar a idéia da criação do ensino superior foram literalmente importados professores da Europa, mas devido ao crescente número de alunos ao campo universitário, principalmente após a Proclamação da República, o corpo docente também teve que ser expandido com a inserção de profissionais reconhecidos dos cursos implantados. A finalidade era de ensinar o sucesso adquirido por esses profissionais/professores aos alunos para que estes também se tornassem posteriormente tão bom quanto eles para o mercado de trabalho.

Com o passar dos anos, aconteceu uma transformação no âmbito universitário, pois aconteceu um encaminhamento para a produção científica, cultural e tecnológica, não apenas ao repasse do conhecimento como antes, mas sim a criação do mesmo. Nesse ínterim, o corpo docente teve que também adaptar-se para ministrar aulas que fizessem o aluno questionar o conteúdo e não apenas recebê-lo sem uma análise aprofundada. Para Cunha, (1998, p.95) "a realidade é interdisciplinar e, quando os processos pedagógicos a consideram como ponto de partida, o ensinar e o aprender acontecem com a mesma lógica. Não há necessidade de planejar estruturas forçadas; ela acontece ao natural".

Apesar do forte esforço constituído pela docência superior, constantemente percebe-se no meio acadêmico a reclamação de que o professor é sabedor do conteúdo, mas não consegue transmitir aos seus alunos que frustrados não aprendem, ou então, aprendem pouco a respeito da disciplina ministrada. Entretanto, este fato, não é generalizado. Pois o esforço de alguns profissionais da área é tanto que para cativar a aprendizagem usam de vários meios, sendo o mais usual hoje a tecnologia (data-show, e-mail, internet, vídeos, entre outros recursos), não importando como, a finalidade principal é o ensino-aprendizagem.

Tecnologia e o processo de aprendizagem universitária

O sistema educativo é constituído de um processo humanista, onde as pessoas ajudam a construir a história, cumprindo seu papel como cidadãos e profissionais. O professor dentro disso, sempre atuou de forma ativa, ensinando e encaminhando os aprendizes de modo a suprir as necessidades sociais. É por meio da educação que acontece a apropriação do pensamento funcional, da tecnologia, do viver social, da cultura e assim saber viver dignamente. Uma sociedade que adere à educação é uma sociedade que tende a pensar e analisar os fatos e não julgá-los prematuramente, ocasionando assim problemas sociais. Dentro das universidades isso também deve ser pensando e repensado a cada mudança da forma de ensino-aprendizagem. "Não será a mesma coisa a aprendizagem com ou sem tecnologia". (Masetto, 1998, p.23).

As universidades passam por uma grande evolução no sentido da aprendizagem. Não é o professor que ensina, mas sim o aluno que aprende. O aluno tem agora um papel mais ativo no processo ensino-aprendizagem. É pressuposto o aluno desenvolver outras competências, tais como: atitudes e valores, e não somente uma assimilação dos conteúdos, valorizando assim cada vez mais a sua sociabilização, interação com o mundo em constante evolução e mudança. Para isso, o papel do professor na sala de aula é cada vez mais descentrado em si próprio, e este acaba por recorrer à diversidade de situações, experiências e materiais tecnológicos. Nesse aspecto, Masetto (1998, p.18), entende que "(...) o papel de transmissor de conhecimento, função desempenhada até quase os dias de hoje, está superado pela própria tecnologia existente".

Assim o professor acaba se estruturando por meio da construção evolutiva da aprendizagem do aluno, pois isso se constitui de um processo do ensino-aprendizagem. Situação na qual cada produção dos alunos motiva ao professor a aprofundar e atualizar suas pesquisas o ajudando a incrementar a ministração de suas aulas. Aprendem também a ouvir, a trabalhar com o diferente e a conviver com o contraditório. Enfim, rompem com o modelo arcaico de ensino, que levam alguns alunos não a compreender a disciplina, mas apenas a decorar e provavelmente logo esqueça o que decorou, porque não procurou pensar no conteúdo e sim somente absorvê-lo passivamente.

Na atualidade ocorre uma era essencialmente constituída no setor terciário, nos tempos dos serviços. Os jovens que hoje saem da universidade e vão para o mercado de trabalho, precisam saber manusear várias ferramentas e fazer o diferencial. Mesmo esses milhares de professores que confortavelmente exercem a sua profissão há anos sentem que precisam de atualização, sentem que não podem negar aos seus alunos ferramentas e conhecimentos essenciais para a sua futura vida profissional. Trata-se também de uma questão de orgulho profissional, que tem movido os antigos professores a não serem ultrapassados (num sentido extremo). Talvez até nem sejam os professores que mostrem relutância em se adaptar aos tempos modernos, mas sim a falta de meios fornecidos nas Universidades e a falta de veículos de transmissão dessas novas tecnologias.

Para haver a utilização crítica de forma qualitativa de toda e qualquer ferramenta tecnológica é necessário compreender muito bem os conceitos e os processos, o que vai muito além do conhecimento técnico das máquinas ou dos programas. Por isso, o recurso às novas tecnologias do ensino pretende muito mais do que preparar os alunos do ponto de vista daquele que sabe manusear, visa também abrir a possibilidade de diversificar mais e de ambicionar melhores objetivos educacionais. A questão não está no que se aprende, mas no como se aprende. Sendo assim, isso não contribui para perda de identidade, mas antes pelo contrário, retribui para um reforço de uma identidade que nunca esteve em risco.


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