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O tênue limite (página 3)

Elizabeth Bittencourt Martins
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Nesta dissertação, cada trecho será considerado, então, como uma possibilidade entre muitas do universo de oportunidades de pesquisas que poderiam acontecer na escola toda. Para que possíveis distorções sejam minimizadas solicitou-se aos alunos que apresentassem seus comentários pessoais sobre sua própria pesquisa. Isto permitiu uma melhor interpretação dos trabalhos dos alunos, tanto quanto ao assunto pesquisado, como também sobre o nível de informação obtido com a pesquisa e modificações procedimentais adquiridas com o trabalho (MARTINS; DONAIRE, 1979).

No início do segundo semestre letivo do terceiro ano, os vários componentes curriculares buscam provocar discussões sobre assuntos da atualidade, que levem os alunos a refletirem sobre os temas que afligem o Homem e o impacto das tecnologias na sociedade.

No terceiro bimestre, dentro do componente curricular Biologia, os assuntos debatidos foram referentes à Evolução dos seres vivos, através da história geológica do nosso planeta e das provas fornecidas pelos fósseis, que comprovam as evidências evolutivas. As modificações ambientais foram discutidas a partir de vídeos, filmes e textos. As teorias evolutivas que vêm explicando a origem dos seres vivos na Terra foram estudadas, bem como os principais fatores evolutivos que afetam as populações naturais.

No planejamento de Química, o estudo dos principais conceitos de Química Orgânica, oferece campo de debates interdisciplinar, já que muitas substâncias produzidas e utilizadas pelo homem, e também toda uma gama de detritos das mais diversas fontes que poluem o ambiente e prejudicam a vida na Terra fazem parte de seu contexto específico.

O tema interdisciplinar foi – o meio ambiente e os seres vivos. Dentro deste tema geral foram sugeridos vários títulos de trabalhos, dos quais tem-se: os relativos aos produtos de ocorrência natural agressivos às diferentes espécies de seres vivos, ou os de origem sintética, que quando mal utilizados podem ser nocivos aos ecossistemas naturais, podendo provocar desequilíbrios irremediáveis.

No quarto bimestre os alunos estudaram, em Biologia, aspectos da sucessão ecológica e equilíbrio das populações, com foco principal nas populações humanas. O surgimento e o comportamento humano das diferentes civilizações, seus hábitos alimentares como reflexo do ambiente em que vive. Os principais problemas que afligem as sociedades atuais, dependentes da tecnologia, o que tem provocado desemprego e poluição ambiental. Os assuntos de Química, especialmente de Química Aplicada, em muito contribuíram para o debate. Ao final do bimestre, dez trabalhos foram entregues, representando a produção de vinte e um alunos.

Os dados apresentados a seguir foram organizados de forma simples, seguindo o modelo de uma pesquisa qualitativa. Tal escolha se ampara na definição de Bogdan e Biklen, conforme referidas por Ludke e André (1986), onde são apontadas nela cinco características básicas:

a) A pesquisa qualitativa supõe o contato direto e prolongado com o ambiente de estudo e a situação estudada;

b) Os dados coletados são predominantemente descritivos, e o material é rico na descrição de situações, acontecimentos e resultados;

c) A preocupação com o processo é maior do que com o produto, como neste caso particular, onde a solicitação das pesquisas com objetivos interdisciplinares é mais valiosa do que propriamente com o resultado alcançado;

d) A perspectiva dos participantes é considerada, sendo alvo de registro, dentro do material pesquisado; e

e) A análise dos resultados segue o processo indutivo, ou seja, as abstrações se consolidam a partir dos resultados obtidos.

Seguindo este modelo, foram retirados diretamente do material original, sem correções ortográficas, e proporcionam uma análise dos trabalhos produzidos pelos diferentes grupos, para que se possa avaliar o nível das produções que foram entregues. A numeração que inicia cada parágrafo servirá de referência no Capítulo 5 para a Discussão e Considerações Finais.

1. Quando se faz uma análise de poluição é preciso fazer uma diferença entre os resíduos que já existiam na natureza e cujo teor aumenta devido às atividades do homem e a poluição por resíduos que não existiam na natureza e que passaram a se acumular no ambiente exercendo efeitos danosos.

Observa-se neste texto que o aluno distingue os resíduos biogênicos nos ecossistemas naturais dos antropogênicos. Os conhecimentos de Ecologia se associam aos de Química, quando se fala em "acumulação" das substâncias, sendo entendida como "concentração das substâncias" e limite de saturação.

2. O ambiente próximo às refinarias de petróleo ou terminais de reservatório pode estar sujeito à poluição crônica pelo petróleo de freqüentes derramamentos e de contínuas descargas de processos de efluentes contaminados. A crônica poluição por petróleo no ambiente costeiro está também associada com as cidades, onde hidrocarbonetos são frequentemente associados com descargas de tempestades ou esgotos sanitários. Exposições crônicas a diversos tipos de hidrocarbonetos e outros poluentes ocorrem em muitas situações onde efluentes de fontes industriais e municipais são descarregados em águas naturais. Em alguns casos doenças cancerosas e não cancerosas de peixes e mariscos tem sido observados em habitats cronicamente contaminados.

Esta pesquisa cita explicitamente hidrocarbonetos como agente de poluição ambiental no solo e nas águas costeiras. Esgotos domésticos e industriais são apontados como os principais causadores de doenças carcinogênicas e morte por contaminação dos seres vivos nos ambientes marinhos. Este texto aponta também duas origens para a poluição do ambiente marinho, que ocorre tanto pela ação extrativa do petróleo quanto pelos resíduos lançados através de rios contaminados ou esgotos sanitários das cidades costeiras. Além do estudo oferecido pela própria Química Ambiental, estas informações são também apresentadas pelos professores de Geografia, que se reporta à área de Ciências Humanas, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

3. Avaliar se o problema de saúde do paciente é, ou não causado por exposição ambiental começa no consultório com um histórico detalhado – um cronograma dos sintomas da paciente, do local onde ela morava e trabalhava quando apareceram os sintomas e quando ela se sentiu bem pela última vez. Um histórico detalhado – incluindo residência, ocupação, passatempos e estilo de vida – pode ajudar a identificar possíveis agentes a que a paciente ficou exposta ao decorrer do tempo. Testes podem fornecer informações valiosas sobre exposições recentes, assim como sobre compostos retidos no organismo. Testes de metais pesados, pesticidas, solventes, flatatos e outros compostos são realizados em diversos laboratórios.

A questão da saúde das pessoas que buscam cuidados médicos faz parte do cotidiano dos alunos e a anamnese do paciente como prática na Medicina é fundamentada nas análises químicas, para a identificação de substâncias tóxicas no organismo. Este campo de estudos depende continuamente dos conhecimentos de Fisiologia Humana, alicerçados nos conhecimentos de Biologia, Química e Educação Ambiental no ensino médio.

4. Outros problemas como os combustíveis que concentram na atmosfera de gases produzidos por gasolina, óleos e outros, vindo de fábricas, veículos. O acúmulo destes gases poluentes encapsula o calor do solo e não deixa que escape para o espaço sideral, transformando a atmosfera numa estufa durante muitos anos.

A poluição atmosférica e os gases que provocam o efeito estufa são citados como agentes poluidores, provindos de fábricas e veículos automotores. A ação de longo prazo que se estabelece, com difícil retorno às condições normais, é apresentada neste parágrafo. Da mesma forma, o resultado da combustão dos derivados de petróleo, na forma de combustíveis, assunto estudado na Química Ambiental, é apontado como um dos efeitos da poluição atmosférica, importante para a Ecologia.

5. Ninguém sabe quanto de carbono estaremos emitindo daqui a 50 anos. Analisando várias estimativas, Stephen Pacala e Robert Socolow, ambos da Universidade Princeton, EUA, concluíram que o crescimento da economia elevará as emissões do planeta à desastrosa quantidade de 14 milhões de toneladas métricas por ano. Eles calculam que diminuir essas emissões pela metade colocaria o planeta em um patamar mais ou menos seguro, e fizeram um levantamento das propostas para cortar as emissões.

A quantidade de poluentes atmosféricos é relatada, através de pesquisas realizadas no meio acadêmico. Os dados obtidos de maneira indireta são úteis quando não se dispõe de meios para a realização de pesquisas de campo e análise de amostras. São também citadas as instituições que fazem cuidadosos prognósticos sobre o nível de poluição atmosférica para os próximos 50 anos. Esta postura está de acordo com os ditames da Educação Ambiental, que evita notícias sensacionalistas a favor de uma postura de pesquisa aprofundada e crítica. A poluição ambiental, referida no parágrafo anterior aos ambientes aquáticos e terrestres, agora se amplia para a poluição atmosférica, com efeitos desastrosos para a saúde humana.

6. Cada quilograma dos agrotóxicos usados nas plantações produz enorme poluição da água nos lençóis freáticos. O tratamento da água fica tão caro, que algumas companhias alemãs de saneamento básico estão achando mais barato pagar para os agricultores para que voltem ao cultivo orgânico.

Dentre as atividades humanas, a prática da agricultura é discutida mostrando a importância da substituição da prática tradicional, que utiliza fertilizantes e agrotóxicos sintéticos, pela agricultura denominada orgânica, que retorna aos métodos tradicionais de cultivo, e provocam menor poluição das águas doces, e conseqüentemente, das águas oceânicas. O ciclo de materiais nos ecossistemas terrestres e aquáticos é aplicado nesta pesquisa, e as práticas modernas, fundamentadas em outras mais antigas e tradicionais é valorizada. Opções para recuperar o ambiente nem sempre estão fincadas no uso de mais tecnologia. Muitas vezes, as práticas utilizadas pelos agricultores há séculos podem ser revitalizadas, oferecendo resultados animadores para a recuperação ambiental. O custo das técnicas que se fazem necessárias, de acordo com o padrão tecnológico atual são de valor proibitivo, e nestas condições o agricultor opta por procedimentos consagrados pela prática.

Nestes textos pode-se observar que o meio ambiente está sempre associado à poluição, e o futuro da espécie humana é dado como sinônimo de "destino", numa visão fatalista, onde as palavras perigo e catástrofe levam a reflexões e questionamentos a respeito da capacidade de adaptação da espécie humana às novas condições ambientais, pondo em risco a própria sobrevivência.

- Resumos e comentários de alguns trabalhos

Dos comentários apresentados pelos grupos de alunos, somente quatro deles, os mais expressivos, foram selecionados para discussão.

O destino da espécie humana

Sabemos que todos esses fenômenos e catástrofes que estão acontecendo quase que simultaneamente no mundo, são resultados dos desmatamentos, poluições ambientais, exploração de petróleos... etc causados pelo próprio homem. O resultado de todos esses acontecimentos já está acontecendo, com os terremotos, tsunamis, furacões etc... a espécie humana e toda a vida que há na terra está ameaçada. Esse é apenas o começo do que poderá vir a qualquer momento, milhares de pessoas morreram no tsunami, no território da China, destruindo tudo... no Brasil a floresta Amazônica está sendo desmatada cada vez mais, os rios estão secando coisa que jamais se esperou no

Amazonas: seca. Que por sua vez está matando os peixes, prejudicando quem vive da pesca e a cadeia alimentar da região.

Chuvas intensas na região do sudeste, provocando enchentes, deslizamentos etc. Essas enchentes transportam águas muito sujas com riscos de doenças, como a Leptospirose que é transmitida pelo rato. Essas chuvas fora de época, trazem também, grandes riscos da proliferação do mosquito transmissor da Dengue... Tudo isso é um ciclo vicioso, onde tende a cada vez mais a aumentar o número de vítimas dentro dele.

Outra coisa interessante a ser observada que é as mudanças na temperatura da terra por exemplo, ora estão esquentando demais, ora esfriando demais, para sair de casa pelo menos na cidade de SP, temos que levar sempre uma "sombrinha" porque de repente pode começar a chover. No caso do frio repentino, pode prejudicar as pessoas que sofrem de problemas respiratórios como bronquite... espalhando os riscos de meningite, pneumonia... no calor o contrário, as pessoas que sofrem de fobia... etc.

Se analisarmos bem nesse caso e em outros se encontra a seleção natural de Darwin, somente as pessoas que conseguirem se adaptar a esse novo meio é quem vão sobreviver nesse novo mundo que já está chegando... isso pode ser bom e ruim, pois quem é que garante que a espécie humana conseguirá se adaptar a essas transformações?

Figura 3 – O destino da espécie humana

No texto anterior, os deslizamentos provocados pelas chuvas intensas são apontados como veículos de doenças, como a leptospirose. Este trecho agrega conhecimentos de Ecologia, origem da doença, a água como agente de solubilização de diversos patógenos e o risco às populações ribeirinhas. Estes alunos já conseguem expressar em uma só frase conhecimentos adquiridos em outros momentos do ensino médio e sabem se expressar com fluência a esse respeito. As transformações que vem sofrendo o ambiente provocam nos alunos o questionamento, à luz das teorias de Darwin, sobre a capacidade de adaptação da espécie humana.

Poluir e sujar

A poluição é quase sempre conseguida atividade humana. É causada pela introdução de substância que normalmente não estão no ambiente ou que nele existem em pequena quantidade. Portanto dizer que poluir é simplesmente sujar e emitir conceito errado impreciso. Poluição é o lançamento de qualquer material ou

energia (calor) em quantidade que provocam alterações indesejáveis no ambiente.

Figura 4 – Poluir e sujar

Na figura 4, outro grupo discute a diferença conceitual entre poluir e sujar. A poluição está sendo entendida como a "introdução de substância química que normalmente não está no ambiente" e o sujar como "acúmulo de substâncias que já existiam naturalmente na natureza", e são citadas, dentro do último grupo as fezes e o gás carbônico. A racionalização e a produção de um texto requerem não só o domínio do conhecimento específico, como também a tomada de opinião. O aluno de terceiro ano está consciente de seu papel social e do domínio de sua expressão e opinião.

Meio Ambiente e a Espécie Humana

Os problemas que vem agravando não somente para espécie humana como também para o meio ambiente são: a poluição, a água, gás carbônico, são os que causam com freqüência.

Outros problemas como os combustíveis que concentram na atmosfera de gases produzidos por gasolina, óleo e outros vindo de fábricas. Veículos. O acúmulo desses gases poluentes encapsula o calor do solo e não deixa que escape para o espaço sideral transformando a atmosfera numa estufa durante muitos anos.

Figura 5 – Meio Ambiente e espécie humana

De acordo com o relato acima, este outro grupo associa os gases derivados da gasolina como os responsáveis pelo efeito estufa, que prejudicam o ambiente, e, conseqüentemente, a espécie humana. Este trabalho foi produzido por uma única aluna e o tamanho da conclusão demonstra a falta de discussão com um grupo de colegas, o que certamente produziria um trabalho muito mais abrangente.

Neste último exemplo, Figura 6, o grupo traz uma visão simplista sobre o assunto, fazendo uma correlação direta entre a poluição química e o futuro da espécie humana. A redação denota um caráter alarmista, apontando o risco de extinção da espécie humana, ou o aparecimento de alguma mutação, para sobrevivência nas novas condições ambientais. Esta é uma visão comumente explorada em filmes de ficção científica de caráter catastrófico, muito ao gosto da juventude.

Futuro da espécie humana

O futuro da espécie humana está muito perigoso, devido ao índice de puluição química no ambiente. A espécie homo sapiens tem uma alta tendência para a adaptação do ambiente.

Hoje em dia o clima, os rios, os mares, com tudo a flauna e a flora estão cada vez mais pior.

Aspectos culturais -> estes aspecto é

marcante para o homem mas também existe em alguns outros animais primatas.

Além do programa genético e hereditário, existe a herança social, não ligado á hereditariedade e que permitiu o progresso humano em cada geração.

Figura 6 – Futuro da espécie humana

Nos textos e resumos apresentados acima pode-se sugerir que a pedagogia de projetos oferece amplas possibilidades para a ressignificação dos conteúdos contidos no Plano de Curso da escola, ampliando conceitos tratados em sala de aula e oportunizando a contextualização do Projeto Pedagógico à comunidade escolar. Formalizando a opção para o desenvolvimento dos trabalhos em grupos de pesquisa com caráter interdisciplinar, o professor obriga seus alunos a buscarem informações complementares, desenvolvidas em outro componente curricular, o que favorece o aprendizado de conceitos sob diferentes pontos de vista.

Muitas vezes os alunos se mobilizam e perguntam ao professor que ministra aulas do componente curricular complementar as questões relativas à pesquisa, o que proporciona uma explicação de tópicos relacionados ao ensino, ampliando a base de conhecimentos dos alunos. A pergunta bem articulada e apresentada no momento propício é o início de um momento dialogado em sala de aula, que permite ao professor reconhecer as dificuldades de aprendizagem de seus alunos, numa situação de avaliação contínua e reflexão sobre sua prática pedagógica.

A exigência dos trabalhos de pesquisa, pelo professor, obriga os alunos a se dedicarem aos estudos nos períodos em que estão fora das atividades escolares. Nesta condição, o tempo total dedicado aos estudos vai além do tempo contido na grade curricular estabelecida pelas Leis da Educação. O encontro dos alunos nestes momentos extra-classe pode até mesmo ser considerado como atividade de recuperação contínua, pois a atividade colaborativa supre muitas vezes o ensino enfático oferecido pelo professor, pois se dá em ambiente descontraído e muitas vezes familiar, com linguagem do cotidiano, e onde as barreiras de comunicação e linguagem são sensivelmente reduzidas.

A relação antropossocial é complexa, porque o todo está na parte, que está no todo. Desde a infância, a sociedade enquanto todo entra em nós através das primeiras interdições e das primeiras injunções familiares: de limpeza, de sujidade, de boas maneiras e depois as injunções da escola, da língua, da cultura. (MORIN, 2003)

Os diálogos estabelecidos em sala de aula e fora dela, nas ocasiões destinadas ao desenvolvimento da pesquisa, os alunos interagem através do diálogo, e oferecem uns aos outras frações de conhecimentos complementares entre si, o que indubitavelmente colabora com a aprendizagem.

O ambiente de pesquisa extra-classe oferece também o acesso a material de pesquisa mais diferenciado do que o que disponibiliza a escola. Os grupos de alunos dispõem de fontes variadas, que quando confrontadas umas com as outras promove uma leitura comparativa e crítica sobre os mesmos, com uma saudável discussão sobre a composição adequada da forma final, a ser apresentada para avaliação. Esta postura está de acordo com os ditames da Educação Ambiental, que evita notícias sensacionalistas a favor de uma postura de pesquisa aprofundada e crítica.

- Dificuldades enfrentadas

a) Dificuldades intrínsecas. De acordo com André (2002): "Esperar que os professores se tornem pesquisadores, sem oferecer as necessárias condições ambientais, materiais e institucionais implica, por um lado, subestimar o peso das demandas do trabalho docente cotidiano e, por outro, os requisitos para um trabalho científico de qualidade". Pesquisar a prática do cotidiano é um desafio, pois o professor está engajado em inúmeras tarefas rotineiras, dispendendo com a pesquisa horas preciosas do seu lazer e descanso.

b) Falta de diálogo na produção coletiva. Em projetos interdisciplinares se requer o envolvimento com os professores regentes de outras disciplinas em Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo - HTPC. Nem sempre os horários dos professores dos diferentes componentes curriculares que ministram aulas na mesma turma são coincidentes. Este desencontro prejudica o diálogo e a articulação de um trabalho conjunto, acompanhando e avaliando o desempenho dos alunos da turma. É preciso lembrar também que estes momentos ficam muitas vezes comprometidos com tarefas administrativas que sugam a sua destinação pedagógica e o envolvimento da equipe de professores na implementação de novos projetos, de interesse da comunidade escolar.

c) Dificuldades do corpo discente no desenvolvimento do projeto. Dois principais tipos de dificuldades foram encontrados. A primeira, quanto a sua participação física durante o projeto, causadas pelo cancelamento de matrículas, transferência de escola ou de classe, faltas consecutivas e atrasos ocasionados por compromissos profissionais ou participação em outros projetos da escola. Do ponto de vista pedagógico, puderam ser identificados sinais de cansaço, desinteresse, falta de tempo para realizar tarefas de pesquisa e realizar discussões em grupo, ou mesmo dificuldades materiais para desenvolvimento das pesquisas.

d) Dificuldades observadas nas produções dos alunos. Os trabalhos apresentados demonstraram várias dificuldades na sua produção, especialmente:

- Preocupação dos alunos quanto ao título da pesquisa – muitos grupos ficaram em dúvida quanto à escolha do assunto a ser pesquisado, dentro do tema geral proposto e algumas vezes trouxeram o material pesquisado, perguntando sobre a sua inserção no trabalho de pesquisa.

- Material de pesquisa – a condição sócio-econômica limitada por parte dos alunos dos diferentes grupos muitas vezes prejudicou os resultados, já que não dispunham de material próprio em suas residências e outras vezes não encontraram os temas mais atuais na biblioteca da escola; o uso da Internet ficou restrito aos que dispunham de acesso em suas residências ou local de trabalho, neste último caso, dependendo ainda da benevolência dos seus empregadores.

- Elaboração do texto final – pode-se constatar em alguns trabalhos entregues a precariedade da produção manuscrita. A prática do resumo e de discussões ainda não está incorporada ao cotidiano de boa parte dos alunos. A prevalência dos textos digitados também oferece campo de discussão quanto à própria autoria dos mesmos.

- Referência Bibliográfica – apesar da insistência quanto à sua inscrição e forma técnica de redação, muitos grupos de alunos ainda deixaram de acrescentar a bibliografia ao final do trabalho, ou mantiveram uma redação inadequada.

CAPÍTULO 5

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos projetos de trabalho que utilizam a estratégia de pesquisa extra-classe ampliam-se as fontes de informação e os alunos são impelidos a abandonar as contidas nos livros didáticos em busca de conhecimentos disponíveis nas diferentes mídias, inclusive eletrônicas, para apresentar seus resultados. Acredita-se que além dos conhecimentos alavancados pela curiosidade de seu cotidiano, os contatos que fazem em fontes externas à escola irão aumentar sua autonomia e ascensão social, oportunidade de estágio ou futuro emprego remunerado, sem deixar de se considerar o quanto estas informações serão úteis em estudos posteriores. Sem dúvida, as habilidades conquistadas não se restringem somente aos conhecimentos adquiridos, mas irão representar um mecanismo eficiente para oportunizar melhora da qualidade de vida.

A interdisciplinaridade e a contextualização são os dois principais recursos dos quais a escola deve lançar mão para dinamizar a consecução de sua Proposta Pedagógica e o surgimento de novos projetos. Isto leva a um período de transição para um modelo de ensino significativamente diferente do atual, provocando rupturas na estrutura rígida na qual estão organizados os componentes curriculares, em prol de uma teia mais colaborativa entre os atores escolares.

De acordo com Mello (1994) a descentralização administrativa, que oferece mais autonomia às escolas, permite às equipes escolares que direcionem seus Projetos Pedagógicos e Planos de Curso na busca do atendimento do anseio de suas comunidades. As possibilidades estão ao alcance dos professores dispostos a trabalhar neste sentido em seus horários coletivos de trabalho, pois deve-se garantir condições mínimas para que o aluno participe com sucesso de um processo seletivo que o incentive a estudos posteriores. As equipes de gestão, especialmente no que tange ao caráter pedagógico do currículo, devem agir de forma coerente, favorecendo esta articulação. Ela também sugere novos estudos teóricos e metodológicos que utilizem como alvo a escola como unidade de análise. Estudos de caso de escolas bem sucedidas e o acompanhamento da implementação das medidas inovadoras é a indicação que ela oferece para a melhoria de todo o sistema de ensino.

Entretanto, Edgar Morin discute em seu livro – A cabeça bem-feita (2004) que "a cabeça bem feita não é a cabeça bem cheia". Em uma cabeça bem cheia os saberes ficam empilhados e não dispõem de princípio de seleção e organização que lhes dê sentido. Ao contrário, na cabeça bem-feita está garantida uma aptidão geral para identificar e tratar os problemas e princípios organizadores que permitem ligar os saberes e lhes dar sentido. Os projetos interdisciplinares, neste caso, contribuem para o desenvolvimento desta religação dos saberes e buscar neles um sentido da prática do cotidiano.

Os projetos de trabalho oportunizam um caleidoscópio de oportunidades (HERNÁNDEZ; VENTURA, 1998), mas é importante que as equipes escolares não se deixem levar pelos modismos e tracem seus projetos pedagógicos. Ao consubstanciar os projetos a partir do Plano de Curso, que contemple os conhecimentos, habilidades e competências, conforme preceituam os documentos legais citados. A tarefa atual da Educação no ensino médio tanto é formar o jovem para o mundo ilustrado quanto para o mundo do trabalho e somente equipes bem preparadas e articuladas conseguirão atender a este desafio.

Enquanto a UNESCO (DELORS, 1996 e UNESCO, 2005) busca esta integração dentro de uma cultura de paz, não é mais possível investir numa pedagogia da exclusão (GENTILI, 2002). As várias facetas das leis de mercado levam a sociedade a crises cíclicas que provocam desordem, porque dissolvem expectativas das pessoas e das instituições. Para superar a violência do mercado, as escolas devem lançar mão das mais variadas estratégias de ensino, numa educação de qualidade, para que estes possam, através do desenvolvimento de uma visão crítica, encontrar oportunidades de inserção no universo do trabalho.

Da mesma forma que Zabala em seu livro A prática educativa (1998), finalizo este trabalho dizendo que o fiz como uma "lição de humildade". A possibilidade de desenvolver e apresentar os resultados que representam um projeto interdisciplinar válido em cada uma das três séries do ensino médio oferece novas cores para quem futuramente possa buscar pesquisas para o desenvolvimento de estudos em projetos interdisciplinares curriculares. A complexidade da organização escolar relembra que cada escola é, ao mesmo tempo, uma e múltipla, constituída de conjuntos de sistemas, que não dependem única e exclusivamente do professor (PIMENTA, 1993). Nesta visão, a sala de aula tem seus limites para além de suas paredes e os saberes nela contidos transpõem e interferem na comunidade, transformando-a continuamente.

PERSPECTIVAS

A partir das discussões ocorridas durante o período de elaboração desta dissertação acreditamos que há necessidade de outros estudos que promovam os aspectos pedagógicos do currículo, de forma que os conhecimentos adquiridos nas escolas estejam de acordo os recursos disponíveis pela comunidade local dentro da perspectiva da pedagogia de projetos, os quais podem levar ao aprofundamento na proposição de projetos interdisciplinares entre componentes curriculares da Área das Ciências da Natureza e Matemática e suas tecnologias, de acordo com o que é definido nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

Acreditamos também que através da metodologia de pedagogia de projetos é possível promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização para a preservação do meio ambiente atendendo as peculiaridades de cada série, e da realidade escolar, de acordo com a Proposta Pedagógica de cada Unidade Escolar.

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Elizabeth Christina Rodrigues Bittencourt

Dissertação apresentada como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Ciências na Área de Fundamentos e Estratégias Educacionais para o Ensino de Química e Biologia sob a orientação da Profa. Dra. Carmem Lúcia Costa Amaral, com defesa final em 12/12/2006.

Agradecimentos à Secretaria de Estado da Educação, que através do Programa Bolsa Mestrado, disponibilizou recursos para a participação do Programa de Pós-Graduação.

Sobre a autora

  • Nascida em Catanduva, estado de São Paulo, em 13 de junho de 1952.
  • Licenciada Professora de Ciências (1º grau) e Ciências Biológicas (2º grau) pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo em 1974.
  • Bacharel em Ciências Biológicas – Especialidade Zoologia pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo em 1978.
  • Especialista em Supervisão (Coordenação Pedagógica, Administração e Planejamento Educacionais) pela Universidade Metodista de São Paulo em 2000.
  • Professora de Biologia - titular de cargo efetivo na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
  • Professora de Ciências - titular de cargo efetivo na Secretaria Municipal da Educação da cidade de São Paulo.
  • Informações mais completas em:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4162788J9

 

Elizabeth Bittencourt

exrbittencourt[arroba]yahoo.com.br

Partes: 1, 2, 3


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