Avaliou-se quantitativamente a área basal de uma pastagem de capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) cv. 'Napier' através de três métodos, designados como: trena (T), quadrado (Q) e fotografia (F). A avaliação foi efetuada numa área de 1.800 m2, onde realizaram-se 10 amostragens para cada um dos métodos. A porcentagem de área basal média dos três métodos testados foi de 44 %, sendo que as comparações entre T e Q e Q e F não diferiram estatisticamente (P>0,05). A porcentagem de área basal determinada pelo método T (47,6 %) foi superior (P<0,05) ao método F (41,7 %) em 6 unidades percentuais.
Palavras-chave: Pennisetum purpureum, metodologia, área basal
Methods for determining the basal area of an elephantgrass pasture
The basal cover of elephantgrass (Pennisetum purpureum, Schum.) cultivar 'Napier' was determined using three methods: line-transect (L), quadrat (Q), and photography (P). Ten samples for each method were collected in a 1,800 m2-plot. Mean values of the basal area for the three methods were 44 %, and no statistic difference (P>0.05) was detected between L and Q and Q and P methods. Differences observed between L and P methods were statistically significant (P<0.05). Determination by the L method (47.6 %) was higher in relation to P (41.7 %) method.
Key words: Pennisetum purpureum, methodology, basal area
Avaliações que permitam elucidar as interações clima-solo-planta-animal e aprimorar o manejo do solo e das pastagens são de interesse (Grant, 1993). Dentro deste contexto, a quantificação da área basal e/ou foliar é uma alternativa. Em ecossistemas de pastagens, a porcentagem de solo descoberto pode indicar os efeitos de superpastejo e, consequentemente, da degradação do pasto, além de fornecer um importante guia para a determinação do potencial de erosão do solo e interceptação de chuvas (Tothill, 1987).
Por outro lado, as espécies forrageiras cespitosas, normalmente não proporcionam boa cobertura vegetal ao solo, visto que a área basal das touceiras tende a aumentar até o ponto em que as condições de competição intra-específicas pelos fatores de crescimento se estabeleçam (Corsi, 1993). Porém, grandes proporções de áreas não vegetadas podem representar um maior potencial para a invasão de plantas daninhas, visto que diferenças no ambiente em conseqüência do clima, topografia, solos e da interferência de fatores como o pastejo, resultam em composições botânicas diferentes (Tothill, 1987).
O conhecimento da porcentagem de área vegetada e não vegetada também é útil em estudos avaliando a volatilização de amônia em pastagens de gramíneas cespitosas, quando se utiliza microparcelas com fertilizante 15N e coletores semi-abertos estáticos (Lara Cabezas & Trivelin, 1990), respectivamente.
A quantificação da área basal e/ou foliar pode ser determinada de vários modos, porém, deve-se dar preferência a métodos de fácil execução que forneçam, com um número razoável de amostragens, uma boa estimativa da cobertura foliar (ou basal), tanto em termos de precisão como de acuracidade (Laflen et al., 1981).
Uma vez que não existe nenhum método padrão para quantificação da cobertura vegetal, muitas vezes as determinações são feitas por métodos adaptados, ou até mesmo, por métodos originais em função das condições encontradas no campo.
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de três métodos para determinação da área basal de uma pastagem de capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) cv. Napier.
Página seguinte |
|
|