Em experimento realizado em Jundiaí, SP, município produtor de uvas de mesa, foram estudadas, em 1999, 2000 e 2001, as combinações da cultivar-copa Niabell sobre três porta-enxertos: IAC 572 'Jales', IAC 766 'Campinas' e 'Ripária do Traviú'. Foram avaliadas: fenologia das plantas; produção das videiras e massa dos cachos, em experimento com delineamento de blocos ao acaso com 8 repetições, instalado em vinhedo conduzido no sistema de espaldeira, no espaçamento de 2 x 1 m. A duração do período poda-colheita variou entre 138 e 144 dias. Em média, a produção da 'Niabell' não foi influenciada pelos porta-enxertos 'IAC 766' (2.213 g/planta), 'Ripária do Traviú'(2.171 g/planta) e IAC 572 (2.021 g/planta). A massa dos cachos foi superior quando 'Niabell' foi enxertada sobre 'IAC 766' (235,9g).
Palavras-chave: Vitis spp., uva de mesa, variedade, massa do cacho, duração do ciclo.
Phenology and yield of 'Niabell' table grape grafted on three rootstocks
ABSTRACT
Combinations of the table grape cultivar 'Niabell' grafted on three rootstocks (IAC 572 'Jales', IAC 766 'Campinas' and 'Riparia do Traviú') were evaluated in a trial conducted at Jundiaí (São Paulo State, Brazil). Data on grape plant phenology, yield and cluster weight were obtained using a randomized block design (3 treatments, 8 blocks and 3 plants/plot) during the years of 1999, 2000 and 2001. The experiment was installed in a trellis system, trained vineyard with wires and plants in a row spacing of 2 x 1 m. The duration of the phenological phase pruning-harvest lasted from 138 to 144 days. The average values of grape yield obtained for 'Niabell' grafted on 'IAC 766', 'Ripária do Traviú' and 'IAC 572' were, respectively, 2213, 2171 and 2013 g/plant. Cluster weight was higher for 'Niabell' grafted on 'IAC 766' (235,9 g).
Key words: table grape, cultivar, rootstocks, Vitis spp, phenology.
No Estado de São Paulo, a grande maioria das uvas produzidas (99,2%), tem como objetivo o mercado de frutas frescas. O cultivo para mesa próximo à capital, tem como cultivar predominante a Niagara Rosada, estando os produtores concentrados nos municípios de Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Itupeva, Indaiatuba e Porto Feliz (CORRÊA e BOLIANI, 2001).
Atualmente, tem aumentado a demanda por cultivares de uva que possam servir como nova alternativa para o mercado consumidor que busca constantemente diferentes opções de uva de mesa. A videira 'Niabell', em avaliação realizada por Ferri (1994), visando à caracterização agronômica e fenológica de cultivares mantidas no banco de germoplasma do Instituto Agronômico, em Campinas, mostrou-se promissora como uva de mesa, em virtude das boas características e precocidade em relação à 'Niagara Rosada'.
A utilização de porta-enxertos, prática obrigatória aos viticultores devido à praga de solo conhecida como filoxera, tem sido muito estudada visando à determinação da combinação ideal entre porta-enxertos e variedades copa.
Dentre os porta-enxertos, os mais utilizados na região de Jundiaí têm sido: 'Ripária do Traviú'; IAC 572 'Jales' e IAC 766 'Campinas'. A avaliação de cultivares copa utilizando diferentes porta-enxertos foi feita para a 'Niagara Rosada' em diferentes regiões do Estado de São Paulo (TERRA et al., 1987; PAULETTO et al., 2001a) e no sul de Minas Gerais (ALVARENGA et al., 2002); para uvas de vinho (GONÇALVES et al., 1999; PIRES et al., 1989; TERRA et al., 1990); para suco (TERRA et al., 1994) e para outras cultivares de uva de mesa (SANTOS NETO et al., 1976; MARTINS et al., 1981).
Porém, em relação à cultivar Niabell existe pouca informação quanto a combinação copa/porta-enxertos, motivo pelo qual foi desenvolvido o estudo visando comparar a duração das fases fenológicas, produção e massa do cacho dessa variedade, cultivada em espaldeira, sobre os porta-enxertos: 'Ripária do Traviú'; IAC 572 'Jales' e IAC 766 'Campinas', na região produtora de uva de mesa de Jundiaí.
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