Contra a corrente: treze idéias fora do lugar
(II)
Comecemos por um desses testes de "concorda/não concorda", do tipo dos que por vezes se encontram nessas revistas de informação geral quando querem entreter os leitores com a última novidade em matéria de avaliações de comportamento no campo da psicologia analítica.
A única diferença do "meu" teste é a de que ele comporta questões objetivas do "mundo como ele é", e não de comportamento individual, e está formulado em intenção daqueles que pretendem lidar com as questões de relações internacionais e de inserção externa do Brasil, podendo portanto servir tanto a diplomatas e candidatos à carreira, como aos estudantes dos cursos de direito, economia, administração, relações internacionais, ou ainda às donas-de-casa bem informadas, enfim, aos curiosos em geral.
Você apenas precisa responder sim ou não às afirmações abaixo:
1. O mundo é injusto e desigual, está baseado nas relações de força e na prepotência dos poderosos.
2. O Brasil está situado na periferia, por razões históricas e estruturais, e portanto forçado a uma situação de dependência em relação às poderosas nações centrais.
3. A dominação econômica das empresas multinacionais atua como obstáculo para nossa independência tecnológica e se reflete em relações desiguais na balança tecnológica.
4. O Brasil não consegue exportar devido ao protecionismo dos países ricos que protegem seus setores estratégicos ou sensíveis. O Brasil deveria fazer o mesmo.
5. O multilateralismo e os agrupamentos regionais representam nossa melhor defesa no plano mundial, por isso precisamos atuar mediante os grupos de países (G-77, Mercosul etc.).
6. Devemos reforçar os laços com os grandes países em desenvolvimento (China, Índia) e com os da América do Sul, onde podemos dispor de vantagens comparativas.
7. Só podemos abrir nossa economia e liberalizar o comércio na base da estrita barganha recíproca e com o oferecimento de concessões equivalentes e substantivas.
8. Os capitais voláteis são responsáveis pela desestabilização de nossas contas externas e por isso devem ser estritamente controlados.
9. Os tratados devem ser sempre recíprocos e respeitadores de nossa soberania e autonomia nacional.
10. A globalização acentua as desigualdades dentro e entre as nações. Por isso o Brasil deve evitar uma abertura excessiva à economia mundial.
11. Processos de liberalização entre parceiros muito desiguais beneficia principalmente os mais poderosos, por isso devemos primeiro corrigir assimetrias estruturais.
12. Nossa diplomacia é altamente capacitada e profissional, reconhecida pelos seus dotes de excelência.
13. A ação diplomática deve servir ao processo de desenvolvimento nacional.
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