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Como é a Qualidade de Vida dos Dependentes de Álcool ? (página 2)

Marcelo Ribeiro

 

Concerning to Severity of Alcoholic Dependency, which has been searched into Alcohol Dependence Data Questionnaire (SADD), it was found a significative diference among the groups, predominating the serious dependency at the specializated ambulatory, differing from gastroenterology’s ambulatory where there was more frequency of moderated dependence.

It was possible to identify significative differences among the groups about the Mental Health, and this difference was inferior in patients from specializated ambulatory and Functional Capacity, acquiring na inferior quality of gastroenterology ambulatory. Results statistically significatives have not been found at the six remainder subscales.

This article proposes to discuss the life quality importance in alcohol dependents and the QDV differences among alcohol dependents with phsysical comorbidities.

Key-Words: SF-36; quality of life; alcoholism; treatment; intervencion.

INTRODUÇÃO

A dependência do álcool deixou de ser um problema apenas das pessoas que procuram atendimento especializado, e passou a ser um problema de dimensões variadas. Entre elas, destacam-se: a saúde pública diante da efetividade de uma rede de serviços que pudesse minimizar as conseqüências do uso/abuso do álcool na população; e o custo social das pessoas que não procuram tratamento 22.

Alguns autores consideram o alcoolismo uma doença que se instala em pessoas habituadas ao uso prolongado e excessivo do álcool. Essa doença estaria associada a fatores como família, cultura e sociedade, levando à perda da capacidade de escolher a forma e o momento para se consumir bebidas alcóolicas 10. A dependência afeta profundamente o estilo de vida do alcoolista, predominando o uso ou a recuperação dos efeitos do álcool 20 .

Apesar de o uso indevido de álcool ser uma das maiores causas de morbidade e mortalidade, poucos estudos foram realizados sobre a qualidade de vida de pacientes dependentes de álcool até o momento. Tal fato pode ser afirmado quando apenas 5 entre 442 resumos aceitos em uma conferência internacional sobre qualidade de vida eram referentes a dependentes de álcool 15 . Fica a indagação de como seria a qualidade de vida dessas pessoas, uma vez que estudos anteriores mostraram uma queda significativa da qualidade quando relacionada a casos de comorbidade psiquiátrica 6 .

Em meados dos anos 80 a qualidade de vida passou a ser conceituada e medida. Em pouco tempo seus interesses foram transformados em um projeto, que foi inserido em centros de saúde; entretanto, a aplicação mais importante foi a sensibilização dos profissionais especializados de modo a observarem, além das doenças, limitações ou sintomas 39.

Embora não exista um consenso a respeito do conceito de qualidade de vida, três aspectos fundamentais referentes ao construto "QDV" foram obtidos através de um grupo de especialistas de diferentes culturas, são eles: subjetividade, multidimensionalidade, presença de dimensões positivas (por exemplo: mobilidade) e dimensões negativas (por exemplo: dor). O desenvolvimento desses elementos conduz à definição de qualidade de vida como percepção individual que a pessoa tem quanto às suas posições na vida, com seus valores dentro de um contexto cultural no qual está inserida, e na interação com os próprios objetivos, expectativas, princípios e preocupações. Abrange, assim, uma totalidade sustentada por saúde física, estado psicológico, grau de independência, relacionamentos sociais, relações com o meio ambiente e crenças pessoais 40.

Segundo Ware & Sherbourne (1992), a escala SF-36 mostrou eficiência nas pesquisas para tratamento do álcool em cuidados primários de saúde, pois a mensuração parece ser sensível à presença da dependência do álcool e padrões de consumo. Essa escala tem a capacidade de avaliar mudanças significativas na qualidade de vida tanto de pacientes considerados dependentes, como em pacientes com outros diagnósticos.

Estudos mostram que pacientes de cuidados primários de saúde, diagnosticados como dependentes alcoólicos, apresentam uma baixa qualidade de vida, diferindo daqueles que são considerados abusadores de álcool. No entanto, indivíduos que bebem em pequenas quantidades, mas com maior freqüência, possuem uma qualidade de vida mais elevada. Esses resultados foram obtidos pela escala SF-36, que pode fornecer importantes indicadores de tratamento 36. Dados interessantes também são obtidos por meio da escala SF-36 ao se comparar a qualidade de vida de gêmeos não dependentes de álcool com seus parceiros gêmeos dependentes, no qual concluiu-se que as diferenças encontradas entre os dois grupos estavam associadas a co-variações de problemas físicos, psiquiátricos e à dependência de drogas e nicotina 30.

O presente trabalho tem como proposta discutir a importância da qualidade de vida em dependentes de álcool e as diferenças de QDV entre pacientes dependentes de álcool com comorbidades físicas.

Métodos

1 - Amostra

O estudo foi realizado no Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo, durante o ano de 1999, com 181 pacientes, dos quais 49% (N = 88) procuram tratamento no ambulatório de gastroenterologia e 51% (N = 93) foram atendidos no ambulátorio especializado no tratamento de Dependência Química (Uniad: Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas), pertencente ao Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. No ambulatório de gastroenterologia foi necessária, inicialmente, a aplicação de uma escala de rastreamento, AUDIT (Alcohol Disorder Identification Test), com o objetivo de identificar bebedores com consumo nocivo ou dependentes de álcool, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde 3;31 , utilizada em versão adaptada ao idioma português 13. Entre 209 entrevistados, obtivemos 88 pacientes com escore positivo (ponto de corte ³ 8), estes foram submetidos posteriormente à entrevista, sendo esta na primeira consulta dos referidos serviços, com a seguinte sequência: Dados Demográficos, SADD, SF-36 e exames TGO, TGP e GGT.

Foram excluídos pacientes com diagnóstico primário de dependência de outra substância psicotrópica sem ser álcool, confusão mental, sexo feminino e hepatopatas que não foram diagnosticados como dependentes do álcool.

2 – Instrumento

A entrevista foi realizada por três entrevistadores no local de tratamento, com duração aproximada de 25 minutos, contendo perguntas com respostas fechadas de múltipla escolha. A primeira parte constava de dados sociodemográficos. A segunda parte avaliava o grau de severidade da dependência alcoólica através do SADD. Esse instrumento foi elaborado por Raistrick et al. (1983) da versão original (ADD) perfazendo 15 itens, sendo posteriormente validado no Brasil por Jorge e Masur (1985). A terceira parte averiguava o padrão de qualidade de vida por meio do SF-36, que contava com 36 itens que avaliavam: aspectos físicos, capacidade funcional, dor, estado geral de saúde, aspectos sociais, emocionais, saúde mental e vitalidade. O instrumento foi validado no Brasil por Cicconelli (1997) em pacientes portadores de artrite reumatóide, sendo encontrada reprodutibilidade de coeficiente de correlação de Pearson = .44 a .84 (intra-observador) e .55 a .81 (inter-observador).

O SF-36 investiga o padrão de qualidade de vida mediante de uma avaliação genérica da saúde não específica para determinada doença, idade ou grupo de tratamento17. Derivado de um questionário com 149 itens desenvolvidos e testados em 22 mil pacientes, como parte de um estudo de avaliação de saúde. Em 1991, foi validado oficialmente em 14 países 37.

Além da entrevista foram analisadas as enzimas de TGO, TGP, GGT com o objetivo de investigar possíveis comprometimentos hepáticos entre os dois grupos.

3 - Análise Estatística

Foi utilizado o teste T para a comparação de médias entre os grupos nas variáveis numéricas com distribuição normal. Apenas na subescala de Aspectos Emocionais (SF-36) foi aplicado logaritmo para obtenção da distribuição normal. Nas variáveis em que não foi obtida distribuição normal, foi utilizado o teste Mann Whitney; e para as variáveis categóricas foi utilizado o Qui-Quadrado.

Resultados

Durante 13 meses, foram entrevistados 209 pacientes no ambulatório de gastroenterologia, e 42% (88) obtiveram pontuação ³ 8 através da aplicação do Audit.

Os dados demográficos dos entrevistados em ambos os ambulatórios são demonstrados em maiores detalhes na Tabela 1.

Tabela 1.
Distribuição dos dados demográficos de dependentes de álcool em tratamento no ambulatório de gastroenterologia e no ambulatório especializado em Dependência Química da UNIFESP - São Paulo, 1999 (N=181)

GASTROENTEROLOGIA

N=88

UNIAD

N=93

p£ ,05*

Idade

47 anos (DP=11)

40anos (DP=10)

0,01

Cor

Brancos

(61) 70%

(72) 78%

0,17

Não Brancos

(27) 30%

(20) 22%

Estado Civil

Casados e amasiados

(29) 33%

(33) 35%

0,72

Não casados

(59) 67%

(60) 65%

Escolaridade

Ensino Fundamental

(58) 66%

(47) 51%

0,10

Ensino Médio

(22) 25%

(32) 34%

Superior

(8) 9%

(14) 15%

Trabalhou no último ano

Período Integral

(46) 52,3%

(50) 54%

0,60

Período Parcial

(24) 27,3%

(29) 31%

Não trabalhou no último ano

(18) 20,4%

(14) 15%

Ocupação

Cargos Operacionais

(37) 42%

(38) 41%

0,78

Cargos Administrativos

(24) 28%

(30) 32%

Sem Ocupação

(26) 30%

(25) 27%

Renda Familiar

1-10 salários mínimo

(70) 80%

(66) 73%

0,35

10-20 salários mínimo

(12) 13%

(13) 14%

Mais de 20 salários mínimo

(6) 7%

(12) 13%

* Test T e Qui-Quadrado

Quanto ao Grau de Severidade da Dependência Alcoólica foi encontrada uma diferença significante (p = 0,01) em relação ao ambulatório especializado que apresentou média = 22 (DP=9), com maior freqüência de dependência grave (63%), diferindo do ambulatório de gastroenterologia que apresentou média = 16 (Dp=8), no qual foi mais frequente a dependência moderada (41%).

Com relação a análise de TGO, TGP e GGT para a verificação do comprometimento hepático, ocorreu uma diferença significante apenas na média de TGO (p = 0,043), que foi superior nos pacientes da gastroenterologia quando comparados com o outro grupo. Tabela 2

Tabela 2.
Distribuição das médias dos exames TGO, TGP e GGT entre dependentes de álcool em tratamento nos ambulatórios de gastroenterologia e especializado em Dependência Química da UNIFESP - São Paulo, 1999 (N=181)

Exames/Ambulatório

Uniad

Gastroenterologia

p£ ,05*

TGO (N=152)

42(24-59)

47 (29-80)

0,04

TGP (N=181)

34(21-64)

34 (22,3-55,3)

0,9

GGT (N=122)

69(39,5-160,5)

104 (57-217)

0,1

* Mann Whitney

Quanto ao padrão de qualidade de vida, foram encontradas diferenças significantes em saúde mental e capacidade funcional: no ambulatório especializado os pacientes apresentam em média saúde mental qualidade inferior (uniad = 52; gastro = 61), assim como os pacientes da gastroenterologia apresentaram qualidade inferior em capacidade funcional (gastro = 66; uniad = 79). Nas subescalas restantes não foram encontrados resultados estatisticamente significantes - Tabela 3.

Tabela 3.
Distribuição das médias da escala SF-36 entre dependentes de álcool em tratamento nos ambulatórios de gastroenterologia
e especializado em Dependência Química da UNIFESP - São Paulo, 1999 (N=181)

SF-36

Gastroenterologia
N=88

Uniad
N=93

p£ ,05*

Aspectos Físicos

40

51

0,08

Aspectos Sociais

62

56

0,21

Capacidade Funcional

66

79

0,001

Saúde Mental

61

52

0,01

Vitalidade

56

56

0,99

Saúde Geral

58

62

0,32

Dor

58

61

0,48

Aspectos Emocionais

1,30

1,07

0,09

* Test T

Discussão

Ao analisar os dados demográficos foi observada uma certa homogeneidade, apenas ressaltando a idade mais elevada nos pacientes da gastroenterologia diante dos pacientes do ambulatório especializado. Dado que segundo Ball (1998), pode ser justificado pelo fato de que o consumo alcoólico a longo prazo acarreta danos físicos que necessitam de assistência médica, e classicamente a cirrose é associada a um longo histórico de alcoolismo, o que poderia ser uma das razões que explicaria a idade elevada nos pacientes da gastroenterologia.

A análise dos resultados dos exames de TGO,TGP e GGT visou obter uma medida não - verbal e objetiva para diferenciar pacientes com problemas físicos relacionados ao álcool. A similaridade de resultados encontrada entre as duas amostras pode ser confirmada através dos valores das enzimas, em que esses pacientes mostraram ser semelhantes do ponto de vista físico. Foi encontrada diferença significante apenas em TGO com valor superior nos pacientes da gastroenterologia, a mesma população que apresenta uma qualidade inferior quanto ao aspecto funcional.

Embora o SF-36 tenha algumas limitações, como a exclusão de alguns conceitos, podendo não demonstrar alterações em aspectos específicos5, dado que talvez tenha colaborado para este estudo não ter obtido maiores diferenças entre os dois grupos, é um instrumento de fácil manuseio, permite a qualquer profissional de saúde detectar genericamente aspectos importantes do momento de vida em que o paciente se encontra, ajudando a identificar os meios pelos quais as doenças afetam as pessoas, encorajando profissionais de saúde a focalizarem a atenção sobre os aspectos positivos da vida dos pacientes 39, além de poder ser aplicado em qualquer população e servir de comparação entre pacientes com diferentes diagnósticos 27.

Trefault (1997), mencionou que entre os homens o alcoolismo é o principal problema de saúde mental, dado que pode ser relacionado com a qualidade inferior em saúde mental dos pacientes do ambulátorio especializado, pois apresentaram maior severidade em relação a dependência do álcool. Curiosamente, este aspecto (sm: p = 0,01), assim como, o da capacidade funcional (p = 0,001), foram os únicos que se apresentaram como diferentes entre os grupos. Fato que surpreendeu, uma vez que o esperado era encontrar maiores diferenças e que também poderiam ser justificadas pela severidade da dependência alcoólica encontrada nos pacientes do ambulatório especializado, a qual os faz sofrer mais as consequências e enfrentarem mais problemas decorrentes do consumo alcoólico. 12

Wodak et al. (1983) mostraram que pacientes que desenvolviam alguma doença hepática geralmente eram menos dependentes do álcool, enfrentavam menos problemas sociais e psicológicos e bebiam por mais anos que os pacientes que não desenvolviam doença hepática; resultados que foram encontrados, uma vez que a saúde física dos pacientes da gastroenterologia foi agravada por danos hepáticos, o que de certa forma justifica a saúde mental preservada dos mesmos. Vale ressaltar a incidência de 42% de dependentes do álcool encontrada neste ambulatório, ressaltando a importância de um tratamento especializado em dependência alcoólica, mesmo para aqueles que não o procuram 16;13.

A população estudada apresentou de forma genérica uma qualidade de vida mediana, uma vez que os resultados giraram em torno de 40 a 66 para os pacientes da gastroenterologia e de 51 a 79 para os pacientes do ambulatório especializado, baseados na medida utilizada para avaliar o nível da qualidade de vida do indivíduo, na qual considera-se "0" para morbidade e "100" para o melhor padrão de qualidade 7. Dados da literatura mostram que dependentes do álcool têm uma queda significativa no grau de qualidade, quando ligada a casos de co-morbidade psiquiátrica, cujos transtornos de personalidade são os mais correlacionados com a dependência alcoólica 6. No entanto, levando em conta a variação encontrada, os pacientes da gastroenterologia que possuem co-morbidade física foram os que apontaram qualidade de vida inferior.

O uso excessivo do álcool tem sido associado a uma variedade de consequências prejudiciais, como acidente de trânsito e mortes, comportamento sexual inseguro, suicídio, violência doméstica e crime 25, ou seja, áreas importantes na vida da pessoa são atingidas, interferindo na qualidade de vida, podendo levá-la a procurar atendimento médico devido a queixas físicas e não precisamente pela busca de um atendimento especializado. Nesse sentido, os serviços necessitam de uma organização de modo a lidar efetivamente com diagnóstico e tratamento do paciente, que precisa ser abordado não apenas no seu comprometimento físico, mas também em suas conseqüências emocionais, psicológicas e sociais, e para esse tipo de intervenção, a abordagem da qualidade de vida pode ser um valioso recurso a ser utilizado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (1996), todas as formas estudadas para a redução do consumo de álcool estão associadas a uma melhora na saúde de modo geral, porém as políticas de saúde pública relativas ao álcool não devem estar baseadas apenas na mortalidade. Devem-se considerar todas as conseqüências da ingestão, tais como morbidez, problemas criminais e sociais, bem como qualidade de vida. Tal dado afirma a necessidade de intervenções mais adequadas no tratamento de dependentes de álcool, uma vez que estes possuem um estilo de vida comprometido, e que essa doença está diretamente associada a fatores como família, cultura e sociedade. A melhora da qualidade de vida pode funcionar como um estímulo motivador para a interrupção do beber.

Com a evolução da área de saúde, os esforços médicos que eram concentrados em termos de ganho de anos em sobrevida 11 foram sendo adaptados com o propósito de oferecer aos pacientes vida, porém com qualidade. Nesse momento da história o conceito de qualidade de vida passou a servir como meio de avaliação para qualquer tipo de tratamento, e atualmente, somado a idéias econômicas incorporadas na área de saúde, a relação entre custo e benefício das possíveis formas de intervenções deve ser levada em conta pelo profissional de saúde como critério de decisão em seus procedimentos 11. Acompanhando a evolução da área de saúde e a importância de medir a qualidade de vida, o paciente poderá participar do processo de escolha de tais intervenções, cujo é de seu interesse o desfecho e, consequentemente, a utilização dos recursos destinados à área da saúde poderá melhorar, beneficiando a sociedade como um todo 19.

Mesmo sendo identificadas certas limitações na escala utilizada e ainda nas próprias análises estatísticas, pudemos encontrar, de modo geral, certa similaridade entre os dois grupos e concluir a necessidade de tratamento em dependência alcoólica tanto para os pacientes que procuram o serviço especializado quanto para os pacientes que procuram assistência no hospital geral, ou seja, é necessário intervir não só nas pessoas que procuram tratamento especializado, que infelizmente acabam sendo a minoria 4;12, assim como é possível utilizar uma abordagem que diz respeito à qualidade de vida desses pacientes para tal intervenção.

AGRADECIMENTOS

Fapesp pelo suporte financeiro concedido por meio da bolsa de iniciação científica;

Neliana Buzi Figlie, a todos os funcionários da Uniad e ao Departamento de Gastroenterologia do Hospital São Paulo/UNIFESP.

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Roberta Payá (1), Neliana Buzi Figlie (2), Janaina LuiseTurisco (3) e Ronaldo Laranjeira (4)
laranjeira[arroba]uniad.org.br

  1. Psicóloga e Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo Psicóloga, Mestre em Saúde Mental e pesquisadora da UNIAD
  2. Psicóloga e Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo
  3. Médico Psiquiatra e Coordenador da UNIAD – UNIFESP.

UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas) / UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo). Rua Botucatu, 394 – Vila / Clementino – São Paulo – SP CEP: 04032-061. Tel.: 0xx11 576-4341 / Fax: 0xx11 575-1708.



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