RESUMO
Utilizando dados obtidos sobre a atividade de isoenzinias de esterase e peroxidase, o teor de proteína total solúvel e o nível de sólidos solúveis (sacarose, grau Brix, bem como parâmetros organográficos de colmo e folhas já publicados), foi possível elaborar uma chave analítica para determinação de 10 variedades de cana-de-açúcar (Saccharum spp.): NA 56-79, IAC 52-150, IAC 64-257, SP 70-1143, SP 71-3146, SP 71-3149. SP 71-1406. SP 71-6163, SP 71-6168 e SP 71-799.
Descritores: quimiotaxonomia, cana-de-açúcar, organografia, colmo, folha, isoenzimas, esterase, peroxidase
ABSTRACT
Using the data on organographic and biochemical parameter (isoenzymes, total soluble protein and Brix values) characterization, it was possible to establish mi analytical key to taxonomicaly classify the following sugarcane (Saccharum spp.) varieties: NA 56-79, IAC 52-150, IAC 64-257, SP 70-1143, SP 71-3146, SP 71-3149, SP 71-1406, SP 71-6163, SP 71-6168 and SP 71-799.
Key Words: chemotaxonomy, sugarcane, organographic characteristics, stalk, leaf, isoenzymes, esterase, peroxidase
BACCHI (1983), caracterizou a cana-de-açúcar como pertencente ao gênero Saccharum L., da sub tribo Saccharae, Tribo Andropogone, família Gramínea, Ordem Glumiflorae, Classe Monocotyledoneae, Sub Divisão Angiospermae e Divisão Embryophyta siphonogama.
Segundo JESWIET (1925), o gênero Saccharum L., apresenta as seguintes espécies: S. officinarum L., S. spontaneum L., S. sinensis Roxb. e S. barben Jew.. No entanto, ARTSCHWAGER & BRANDES (1958), incluem para o mesmo gênero mais duas espécies: S. robustum Jew. e S. edule Hask.. De todas as espécies citadas são consideradas puras apenas S. spontaneum L. e 5. robustum Jesw., sendo as demais de origem híbrida (STEVENSON, 1965).
Ainda segundo STEVENSON (1965), as variedades atuais de cana-de-açúcar são originadas de espécies e híbridos do gênero Saccharum L.. Por centenas de anos grande parte do açúcar era extraído de variedades da espécie S. officinarum L., mas outras espécies do mesmo gênero têm sido usadas na produção comercial do açúcar na índia e na China, por isso nunca foi correto referir-se a cana-de-açúcar categoricamente como sendo a espécies S. officinarum L. c hoje certamente é incorreto (STEVENSON, 1965).
BACCHI (1983), observou que atualmente, devido a grande incidência do mosaico nesta espécie, as variedades até então utilizadas, passaram a ser substituídas por híbridos das espécies que apresentavam maior resistência à doença.
Com a crescente procura de novos híbridos mais resistentes e produtivos, apareceram centenas de novas variedades, causando uma enorme dificuldade na identificação das mesmas, que nem sempre, com os métodos tradicionais de observações morfológicas, podiam ser reconhecidas taxonomicamente.
LARSEN (1969), estabeleceu que "Iodas as manifestações morfológicas inerentes de diferenças varietais devem ultimamente, ter diferença bioquímica, mas nem todas essas diferenças são refletidas morfologicamente. Assim, as diferenças bioquímicas deverão ser mais numerosas do que as morfológicas".
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