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Quarenta e oito anos de melhoramento da videira em São Paulo, Brasil (página 2)

C. V. Pommer

 

INTRODUÇÃO

A viticultura no Brasil ocupa pouco mais de 60.000 hectares concentrados nos estados do Rio Grande do Sul (40.000 ha), São Paulo (10.000 ha), Santa Catarina (4.700 ha), Paraná (2.700 ha), Pernambuco (1.300 ha), Bahia (800 ha) e Minas Gerais (800 ha).

A área com videira em São Paulo manteve-se estável ao redor de 8.000 hectares até 1988 mas nos últimos anos cresceu sensivelmente elevando-se para cerca de 10.000 hectares.

A relevância da viticultura em São Paulo exigiu o desenvolvimento de amplo programa de melhoramento genético no Instituto Agronômico de Campinas, iniciado em 1943 e ativo até hoje (SANTOS NETO, 1955 e 1969; POMMER, 1993). No princípio, o programa visava a obtenção de variedades de uvas de vinho, uvas de mesa e porta-enxerto (SANTOS NETO, 1971), mas com o decréscimo na importância da indústria vinícola no Estado, a busca por melhores variedades de uva de mesa passou a predominar.

Um programa de melhoramento genético que tenha por objetivo a obtenção de tais variedades depende, em alto grau, de bons progenitores cujas qualidades devem ser conhecidas para destacá-los entre centenas de variedades existentes. No Instituto Agronômico de Campinas mais de 2.000 cruzamentos foram feitos em quase 50 anos de trabalho, utilizando mais de 800 progenitores.

O objetivo do presente trabalho é o de estudar o emprego desses progenitores no IAC e seu interrelacionamento nas progênies obtidas, para conhecimento de seu potencial e de sua efetiva contribuição no melhoramento da videira (TABELA 1).

MATERIAL E MÉTODOS

As variedades e as espécies, a maioria resultante de introduções de outras regiões e/ou países, destacavam-se por alguma qualidade e eram utilizadas conforme sua finalidade (mesa, vinho ou porta-enxertos). No caso específico de uvas para vinho, as primeiras introduções foram feitas por Dafert (DAFERT & LEHMANN, 1895), constituídas por viníferas e híbridos obtidos na França. As espécies americanas, por seu lado, foram introduzidas a partir de recomendações de Olmo (SOUSA, 1969).

Na medida em que foram obtidos os primeiros resultados, com o surgimento de bons híbridos estes passaram a ser utilizados nos cruzamentos conforme apresentassem características de destaque. Com o passar dos anos, variedades surgidas no mundo todo puderam ser introduzidas no programa, especialmente nos últimos 10 anos.

A metodologia utilizada para os principais tópicos estudados foi a seguinte:

a) Freqüência de utilização de variedades e/ou espécies.

Fez-se a catalogação dos dados no computador via software DBase III Plus, que permitiu no final a recuperação e a consolidação das informações. Dependendo dos dados, foram feitos agrupamentos por fases de programa (mesa, vinho, porta-enxerto). Gráficos auxiliaram na análise e manuseio dos dados.

b) Genealogia das variedades lançadas.

Ao longo dos 48 anos, mais de 40 variedades foram lançadas ou, pelo menos, receberam a denominação de variedade. Com a elaboração de fichários apropriados, foi recuperada a informação sobre a genealogia completa dessas variedades, com o auxílio de publicações básicas (HEDRICK, 1908; SOUSA, 1959; RIBAS, 1973; CAMARGO & DIAS, 1986a e b).

c) Estimativa de coeficientes de endogamia.

A adequada tabulação dos dados permitiu o cálculo de estimativas de coeficientes de endogamia, pelo menos entre as principais variedades utilizadas no programa e as variedades lançadas. O agrupamento por espécie permitiu o cálculo da proporção teórica de transmissão de fatores genéticos (POMMER & BASTOS, 1984) para conhecimento da real contribuição das espécies de Vitis envolvidas em programas tão extensos.

d) Avaliação das principais progênies e do índice de sobrevivência.

Com os dados básicos anotados sobre cada cruzamento, obtiveram-se informações que permitiram a identificação de algumas progênies, entre as tantas obtidas, que se destacaram em alguma característica. Confrontaram-se essas informações nos diferentes anos e nos diferentes cruzamentos para a detecção de material genético (variedades, clones e espécies) com maior capacidade de combinação.

Da mesma forma, para certa parte dos cruzamentos há informação sobre o número de sementes obtidas, o número de sementes germinadas, o número de plantas transplantadas no campo e o número de plantas definitivamente estabelecidas (desenvolvidas). Avaliaram-se estes dados para chegar aos "índices de sobrevivência".

e) Seleção de progenitores.

A análise conjunta de todos os estudos descritos em a, b, c, d levou ao objetivo central que a pesquisa permitiu a seleção de progenitores.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados ao longo dos 48 anos foram divididos didaticamente em períodos de 8 anos para melhor destacá-los:

período 1: 1943 a 1950 - 318 cruzamentos
período 2: 1951 a 1958 - 518 cruzamentos
período 3: 1959 a 1966 - 478 cruzamentos
período 4: 1967 a 1974 - 519 cruzamentos
período 5: 1975 a 1982 - 316 cruzamentos
período 6: 1983 a 1990 - 269 cruzamentos

Percebe-se que o período de maior atividade, em número de cruzamentos, foi de 1951 a 1974, quando foram efetuados 1.515 dos 2.418 cruzamentos. Apenas 52 autofecundações foram feitas nos 48 anos estudados.

A TABELA 1 traz a relação por ordem alfabética de todos os progenitores utilizados. Nos levantamentos efetuados até o momento, não se conseguiu identificar apropriadamente alguns deles, especificamente aqueles codificados apenas por números e alguns por número seguidos da letra D.

Por outro lado, pode-se visualizar que as principais variedades da viticultura mundial foram utilizadas. Entretanto, das 850 relacionadas, 626 (73.6%) possuíam a sigla IAC, identificando material oriundo do próprio programa, que receberam a numeração de 108 a 734, mas suprimidas da tabela por economia de espaço.

Catorze espécies de Vitis foram utilizadas com uma clara expectativa de ampliação da base genética dos variedades melhoradas, em busca de resistência a pragas e moléstias.

O uso de híbridos Seibel e Coudere foi amplo, mas poucos da série Bertille Seyve (apenas 1) e os da série Seyve Villard foram usados apenas nos JD.

Certamente pela dificuldade de obtenção, nenhum material proveniente de países do antigo Bloco Socialista foi usado, apesar da importância das variedades obtidas na Bulgária, Hungria, Yugoslávia e Rússia.

As duas variedades de uva de mesa mais plantadas em São Paulo, 'Italia' e 'Niagara Rosada' foram destacadamente as que mais vezes entraram nos cruzamentos. A explicação óbvia é que, se elas são as mais cultivadas é porque devem apresentar as características mais apreciadas pelos consumidores e pelos produtores.

Em seguida, ainda com destaque, participando em mais de 100 cruzamentos, aparece 'Patrícia', a melhor criação IAC e na verdade possuidora de grandes atributos, herdados principalmente de 'Moscatel de Hamburgo' e de 'Itália' que entram em sua genealogia.

Variedades de uvas com sabor moscatel estão entre as principais utilizadas, como 'Moscatel de Hamburgo', 'Moscatel Branco Itália' e 'Moscatel Rosada', certamente numa tentativa de mesclar essa característica com as de resistência, ou mesmo melhorar o sabor foxado de uvas americanas (SANTOS NETO, 1955).

'Soraya', participante de 68 cruzamentos, chegou a ser cultivada em São Paulo por suas boas qualidades, porém, um de seus defeitos, mais graves, a rachadura das bagas, tirou-a de cultivo (POMMER, 1993). 'Soraya', entretanto, revelou-se excelente progenitor, como será discutido posteriormente.

'Cardinal' é a principal fonte de genes para precocidade o que, sem dúvida, é a razão para estar entre as variedades mais utilizadas nos cruzamentos.

Entre as IAC que participaram em mais de 20 cruzamentos, algumas não chegaram a receber nome de fantasia, não sendo reconhecidas propriamente como variedades. Entretanto, desempenharam importante papel como intermediárias na utilização de espécies silvestres no programa, como é o caso de IAC 339, IAC 392, IAC 393, IAC 394, IAC 405.

O numero médio de sementes produzidas por cruzamento entre as variedades mais vezes utilizadas esteve entre 29 para Vitis caribaea (= V. tiliaefolia) e 163 para V. gigas (tudo indica que a espécie verdadeira é V. cinerea) duas espécies americanas silvestres. O número é baixo, mas a literatura tem mostrado que muitas variedades foram selecionadas a partir de progênies de 15 a 30 plantas. Este fato demonstra a necessidade da boa escolha do progenitor e do correto direcionamento dos cruzamentos dentro do programa.

O estande final (médio) é bastante baixo, acentuando o que foi afirmado anteriormente, indo de 2 a 37 entre as variedades mais utilizadas. Do ponto de vista prático, estes dados, indicam a obrigatoriedade de se dedicar tratos culturais especiais às plantas que conseguem chegar à fase de campo. Aumentando a sobrevivência das plantas no campo, elevam-se as chances de selecionar melhor e de encontrar o indivíduo com as características desejadas.

Com este ultimo aspecto em mente, foi calculado o "índice de sobrevivência", isto é, das plantas que chegaram ao campo, quantas conseguem se estabelecer de fato. Poucos cruzamentos conseguiram I.S. maior que 50%.

As Figuras 1 e 2 ilustram as informações sobre as variedades mais utilizados como progenitores em todo o programa. Na 1ª estão as 5 primeiras e na segunda, as 5 seguintes, onde se pode notar, período por período o número de vezes em que cada uma foi utilizada. 'Italia', 'Niagara Rosada' e 'Patrícia' tiveram grande incre-mento de uso nos dois últimos períodos. Já 'Cardinal' teve o pico de utilização no período 4. 'Iracema' foi bastante utilizada no período 3 e no 6.

As TABELAS 2 e 3 trazem as variedades utilizadas como progenitores femininos e progenitores masculinos, respectivamente. 'Itália', 'Niagara Rosada' e 'Patrícia' foram as mais utilizadas como progenitores femininos, em número de vezes bem maior que as outras variedades. As variedades estiveram também entre as mais utilizadas como progenitores masculinos.

Computando-se as variedades utilizadas em, no mínimo, 10 cruzamentos, algumas estiveram nos dois grupos: 'Dutchess', IAC 3393, 'Moscatel Rosada', 'Moscatel Branco Itália', IAC 392, 'Moscatel de Hamburgo', IAC 405-6, IAC 32-7, IAC 138-22, IAC 501-3/ Soraya, IAC 871-41/Patrícia, 'Niagara Rosada' e 'Itália'. Este fato demonstra que, além destas variedades apresentarem flores perfeitas, devem somar bons atributos para ter sido escolhidas.

Diversas espécies silvestres foram usadas como progenitores femininos, mercê de sua capacidade de produzir frutos e sementes, especialmente V. gigas e V. shuttleworthii x V. rufotomentosa. V. caribaea, V. smalliana, V. cinerea e V. rotundifolia foram utilizadas mais intensamente como polinizadores, devido à sua baixa capacidade de produzir frutos (ou incapacidade total). No caso de V. rotundifolia é preciso destacar a diferença no número de cromossomos, o que torna inférteis os poucos híbridos que eventualmente são obtidos.

As Figuras 3 a 6 mostram a utilização, por período, das variedades como progenitores femininos e masculinos. 'Italia' e 'Niagara Rosada' foram intensamente usadas no período 6 como mães. Por outro lado, 'Itália' foi mais usada como pai no período 2.

'Cardinal' foi praticamente utilizada como progenitor masculino e intensamente no período 4. 'Dutchess' e 'Moscatel Rosada' foram usados como fontes de pólen no período 1, principalmente.

'Seibel 11.342', 'Seibel 13.053' foram utilizadas apenas no período 1 e como mães, provavelmente substituídas por híbridos mais recentes.

É fácil observar que somente na TABELA 3 encontram-se variedades apirenas (sem sementes) como 'Iracema', 'Sultanina', IAC 544-14, IAC 287-2, IAC 540-3, 'Jumbo', 'Aurora', 'A Dona', 'Perlette', 'Maria' e outros, especialmente entre as mais usadas. Até o final dos anos 80 a obtenção de nova variedade apirena só era possível mediante a passagem por progenitor que apresentasse sementes, polinizada por pólen de variedade apirena. Com a utilização da técnica de resgate de embriões, (PASSOS et al., 1992) tornou-se possível o cruzamento direto entre duas variedades apirenas. Em 1989 foram feitos os primeiros cruzamentos dessa natureza no IAC, juntamente com a tendência mundial.

Quanto à finalidade dos cruzamentos, a Figura 7 mostra a proporção de utilização de progenitores para obtenção de uvas apirenas. Percebe-se, entre as dez variedades mais utilizadas, uma distribuição semelhante entre apirenas e com sementes.

Na Figura 8, para uvas de mesa em geral, a grande predominância , 'Cardinal', 'Itália' e 'Soraya'. Neste caso, as dez variedades mais utilizadas entraram em 44,7% dos cruzamentos com essa finalidade, comparando-se com os 26,4% da Figura 1.

A Figura 9 exibe a proporção das variedades mais utilizadas para uvas de vinho. É interessante notar que as dez mais usadas o foram em porcentagens próximas de 10% (de 9,0 a 12,5%) sendo 6 viníferas puras e 4 híbridos.

Na TABELA 4 estão relacionadas as variedades submetidas à auto fecundação. Foram apenas 52 em 48 anos de programa, decididamente um número muito pequeno. É provável que, à semelhança de programas de melhoramento de outras plantas, tenha havido um certo receio de incrementar a endogamia. Entretanto, examinando-se a genealogia das variedades IAC (Anexo I) verifica-se que muitos deles apresentam uma complexidade enorme. Este fato daria suficiente embasamento teórico para se tentar um número muito maior de auto fecundações tentando explorar ao máximo a agregação conseguida através dos anos.

A TABELA 5 traz a relação das variedades que apresentaram porcentagem de plantas no campo, em relação ao número de sementes, maior que 30%. Observa-se que o maior valor encontrado foi de 80%, para um número médio de sementes (5) muito baixo.

Nenhuma das famílias das variedades relacionadas na TABELA 5 tiveram plantas selecionadas diretamente, mas 11 variedades surgiram de famílias com mais de 3 plantas e das famílias mais numerosas. Outro feito digno de nota é que, excetuando-se 4436-9 (desconhecido) e IAC 32-6, as outras variedades com IS = 100% foram resultantes de cruzamentos com V. cinerea diretamente (IAC 337, 338, 339) ou de autofecun-dações de um destes (IAC 1088 = IAC 338-4). Certamente, a espécie silvestre conferiu resistência de campo a essas variedades, aumentando sua sobrevivência.

Os que apresentaram maior número de sementes entre esses 22, possuem como ancestral pelo menos uma espécie silvestre, quase sempre V. cinerea e algumas vezes, V. caribaea.

Na TABELA 6 foram relacionadas as variedades cujos cruzamentos produziram, no mínimo, 200 sementes. Pode-se observar que, das 36 variedades, apenas 5 apresentaram estande inicial abaixo de 10 plantas, incluindo-se aí a Niagara tetraplóide, o que seria de se esperar, a Niagara chamada de diplóide mas, certamente, alguma mutação também a nível cromossômico, e o A8-158 (desconhecido).

Apesar do alto número de sementes, o estande inicial foi maior que 100 plantas em apenas 5 casos. O estande inicial elevado também não foi garantia de grande número de plantas no campo, pois desses 5 casos, apenas dois mostraram P maior que 10%. O estande final foi razoável, em termos de videira, pois a maioria das variedades relacionados teve mais de 10 plantas no campo e 13 tiveram 20 ou mais plantas, melhorando a chance de sucesso na identificação de algum tipo superior.

Deve-se destacar ainda, a presença de diversas variedades das famílias 960 e 1009, as quais apresentam como ancestral comum a espécie V. cinerea. Aliás, as nove primeiras variedades IAC dessa relação apresentam V. cinerea em sua genealogia, confirmando a contribuição dessa espécie para o aspecto considerado.

Como afirmado anteriormente, é provável que V. gigas assinalado na TABELA, seja de fato V. cinerea, o que se enquadra perfeitamente no que se discutiu.

Na Figura 14, observa-se a genealogia da variedade IAC 1565-2/Carolina onde se encontraram 3/64 vindos de 'Moscatel de Hamburgo' e 9/128 de 'Itália', mas deve ser considerado que 'Moscatel de Hamburgo' é progenitor de 'Itália'.

Aparentemente, a filosofia de trabalho do pesquisador Santos Neto, que efetuou a maior parte dos cruzamentos aqui analisados, era de fugir ou de distanciar-se o quanto mais de qualquer chance de endogamia. Isso fica bem nítido sobretudo quando se examina genealogias como as de 'Patrícia' (Figura 10), 'Yole' (Figura 11), 'Grão Mogol' (Figura 12), 'Marília' (Figura 13) e 'Carolina' (Figura 14) nas quais se podem contar até sete espécies diferentes.

O estudo das progênies fica um pouco prejudicado em razão do pequeno número de plantas. Contaram-se 125 famílias, das quais 73 com apenas 2 plantas, 32 com 3 plantas, 12 com 4 plantas, 4 com 5 plantas, 2 com 6 plantas, 1 com 1 plantas e 1 com 9 plantas.

De todas as progênies, dezesseis tiveram pelo menos uma planta que acabou sendo selecionada e lançada como nova variedade: IAC 21, 74, 324, 344, 502, 503, 506, 775, 842, 871, 960, 1355, 1398, 1565, 1595 e 1726.

Algumas progênies, como a IAC 393 e IAC 394, embora não tivessem apresentado cultivar algum selecionado, mostraram boa participação na genealogia de diversas outras variedades.

As progênies IAC 1595 e 1726 tiveram suas duas únicas plantas selecionadas como novas variedades. O destaque, porém, fica para a progênie IAC 871, resultante do cruzamento entre 'Soraya' e IAC 544-14, que teve 3 de suas 4 plantas lançadas como novas variedades: 'Geni', 'A Dona' e 'Patrícia', sendo as duas primeiras sem sementes.

A análise da genealogia da progênie IAC 871 acaba mostrando, afinal, a síntese de todo o programa, pois reúne, de certa forma, as cinco variedades mais utilizadas nos 48 anos: 'Itália', 'Niagara Rosada', a própria 'Patrícia', 'Moscatel de Hamburgo' e 'Soraya', e ainda a 'Seibel 13.053', a 12ª mais usada.

CONCLUSÕES

Baseado nos dados aqui analisados, podem ser selecionados com preferenciais num programa de cruzamento para uvas de mesa as seguintes variedades: 'Itália', 'Patrícia', 'Soraya', 'Cardinal', 'Roberta', 'Maria Rosa', 'Carolina', 'Moscatel de Hamburgo', 'Lígia', 'Angelina', 'Marília', 'Alphonse Lavallée', 'Traviú', 'Ezequiel', 'Grão Mogol', 'Yole', 'Geni', 'A Dona', 'Aurora', 'Piratininga' 'Maria', 'Iracema'.

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C. P. FerriI; C. V. PommerII
pommer[arroba]unb.br
I. Engenheira Agrônoma com Bolsa de Aperfeiçoamento da FAPESP
II. Instituto Agronômico de Campinas, C.P. 28, CEP: 13001-970- Campinas, SP .



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