Este escrito se justifica meu interesse de estar sempre buscando referenciais teóricos para minha prática educativa. Motivado pelas leituras que tenho feito e pelos desafios de estar sempre em movimento de pensamento na montagem de módulos para cursos de pós-graduação em Psicopedagogia, aqui procuro estabelecer alguns pontos de reflexão sobre a importância dos processos de formação profissional, principalmente quando o desejo é compreender a constituição da subjetividade humana a partir da autoria de pensamento. Trata-se de uma sistematização de idéias que reside na procura de organizar pensamentos sobre o tema, construindo sentidos para compreender os significados da minha vivência, como sujeito pesquisador, ensinante e aprendente no instigante campo da Psicopedagogia.
Escrever para poder estudar é um método de investigação. Temas relacionados ao pensar sobre a ação educativa e suas complexidades sempre estiveram presentes em minha trajetória humana. Não consigo desvincular meu trabalho de minha vida e, cotidianamente, busco sempre estar lendo, refletindo e produzindo sobre minhas próprias experiências neste sentido. Ocupo parte de minha rotina com momentos de pensar, ler, refletir e criar textos onde teço saberes e fazeres no prazer da escrita.
Neste exercício, desenvolvo minhas potencialidades de autoria de pensamento e trabalho, com minhas ignorâncias e buscas por novos conhecimentos que fundamentem, cada vez mais, a práxis psicopedagógica que desenvolvo em meu trabalho como formador.
Minha atuação enquanto psicopedagogo ainda não se vincula a clínica, pois acredito que terei um longo percurso pela frente até estar sentindo-me efetivamente preparado para tal. No campo institucional, tenho feito alguns trabalhos relevantes, mas é na prática docente, em cursos de pós-graduação em Psicopedagogia e Educação, que vivo a beleza de ser um eterno aprendiz, como nos ensinou Gonzaguinha.
Joao Beauclair
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