No mito de São Sebastião – santo católico, patrono dos soldados, dos pestilentos, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro e, pós-modernamente, patrono gay -, misturam-se alguns mitos clássicos: Apolo, Dioniso, Prometeu, Cupido e Narciso. Aqui, recortamos uma concepção ampla do que seja o mito: “O mito é uma narrativa. É um discurso, uma fala. É uma forma de as sociedades espelharem suas contradições, exprimirem seus paradoxos, dúvidas e inquietações. Pode ser visto como uma possibilidade de se refletir sobre a existência, o cosmos, as situações de ‘estar no mundo’ ou as relações sociais”4. Dito de outra maneira: “Os mitos são obras de arte, como os sonhos, modelos de todas as obras de arte (...). É a presença do sonho e da lógica no sonho, na vigília. É um sonho acordado”. Narciso, filho de rei Céfiso, enamorou-se da sua própria imagem ao mirar-se nas águas de uma nascente e nelas se precipitou. Foi transformado na flor a que deu o nome. Apolo: deus grego e romano dos oráculos, da medicina, da poesia, das artes, dos rebanhos, do dia e do sol; nesta última qualidade também chamado de Febo. Era filho de Júpiter e de Latona, irmão gêmeo de Diana, nascera na ilha de Delos. Dioniso, nome grego de Baco, deus do vinho, filho de Júpiter e de Semele. Cupido, deus do amor, entre os romanos, identificado com o Eros grego, de que lhe deram o aspecto, os atributos, as aventuras. Prometeu, deus ou gênio do fogo, era filho do Titã Japeto e irmão de Atlas. Aparece na mitologia clássica como o iniciador da civilização humana. Depois de formar o ser humano com o limo da terra, roubou, para o animar, o fogo do céu. Em castigo, foi, por ordem de Júpiter, acorrentado por Hefaistos no cimo do Cáucaso, onde um abutre lhe devorava o fígado.
Latuf Isaias Mucci
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