O presente trabalho trata da restauração de uma escultura sacra da primeira metade do século XVIII, esculpida em madeira, dourada e policromada, representando Nossa Senhora do Rosário. As vestes são douradas com folhas de ouro e com estofamento realizado em motivos fitomorfos e florais. A policromia é trabalhada com a técnica de pintura a pincel e esgrafito.
A peça apresenta sujidades generalizadas em sua superfície e presença de verniz oxidado. Esse verniz provocou o escurecimento da policromia das carnações, que também se encontram craqueladas. Há ainda, perdas de suporte na manga direita da túnica da Nossa Senhora do Rosário, perdas de base de preparação e de policromia em sua carnação e vestes. O Menino e os anjos, também possuem perdas de policromia nascarnações.
Desse modo, temos como objetivo realizar a restauração da obra, discutindo os critérios que nortearão o trabalho, com ênfase na recuperação da policromia das carnações por meio da remoção do verniz oxidado e da reintegração das lacunas de camada pictórica.
Este texto se organiza em cinco capítulos, apresentando análises, estudos, exames e tratamentos realizados.
O primeiro capítulo fala sobre a história do Museu Mineiro, sobre a coleção Geraldo Parreiras e sobre a reserva técnica do museu, que na década de 1980 apresentou sérios problemas de controle ambiental1.
O segundo trata da escultura de Nossa Senhora do Rosário, identificando-a, apresentando sua ficha catalográfica descrita pelo museu, além da análise formal e da iconografia.
Ana Carolina Rodrigues
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