O presente trabalho pretende abordar algumas questões relacionadas ao processo de (re) construção do espaço urbano no bairro das Malvinas, localizado na zona Oeste da cidade de Campina Grande. A pesquisa procura esclarecer de que forma, o movimento dos grupos e agentes socais que produzem o espaço, atuaram no curso do processo de (re) construção acentuado especialmente no último decênio. Quais foram mudanças ocorridas no espaço, sendo elas, oriundas de um modelo global de construção/(re) construção do espaço urbano cujos reflexos incidem no bairro das Malvinas a partir da ocupação das frações ociosas do espaço, alvo da ação dos grupos sociais envolvidos no processo causando conflitos de grupos pelo acesso e uso do solo urbano fato intensificado no ultimo decênio. Segue, analisando a morfologia do tecido urbano a partir da abertura das vias de acesso que promove uma intensa valorização do solo urbano, causando um duplo processo de especulação fundiária e expropriação imobiliária, ambos resultantes de uma acentuada alocação de infra-estruturas, equipamentos técnicos e serviços que alteraram o cotidiano da população.
Palavras chaves: espaço urbano - (re) construção morfologia.
O bairro das Malvinas é o mais populoso de Campina Grande e encontra-se localizado na zona Oeste desta. Tendo se originado a partir de um conjunto habitacional que fora ocupado por uma população carente de moradia, seu nome é uma referência ao conflito entre a Argentina e a Inglaterra no início da década de 1980, pela posse das ilhas Falklands (Malvinas). O bairro surge assim, num contexto de insatisfação popular, onde um grupo social carente confronta-se com o Estado na luta pelo direito a cidade.
As variáveis que constituem o processo de urbanização do Brasil emanam de uma lógica de modernização que impulsionam o crescimento das cidades brasileiras1. A modernização passa então a ser a nova marca das cidades. Nesse momento, o Brasil começa a efetivar um esforço de industrialização pautado na integração do território que vai avançar em sua pretensa modernização (1970), intensificando o fluxo de pessoas em direção aos centros receptores de investimentos causando, portanto, um rápido crescimento expressivo das/nas cidades brasileiras.
Herculano Candido De Sousa Neto
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