A partir da segunda metade do século XX a inter-relação da saúde com o ambiente começou a fazer parte das preocupações da saúde pública, cuja definição dada pela OMS é: “saúde ambiental é o campo de atuação da saúde pública que se ocupa das formas de vida, das substâncias e das condições em torno do ser humano, que podem exercer alguma influência sobre a sua saúde e o seu bem-estar”. Isso faz com que saúde seja resultante das condições de vida e do ambiente. Ao degradar o meio ambiente, sua qualidade de vida e seu estado de saúde também são degradados. Os efeitos adversos dos resíduos sólidos no meio ambiente, na saúde coletiva e na saúde do indivíduo são reconhecidos por vários autores e apesar do reconhecimento, são escassos os estudos realizados no Brasil e América Latina sobre o assunto, países esses onde existem doenças tropicais negligenciadas com dengue e a febre amarela com vetores que dependem da degradação do meio ambiente para se reproduzir ou transmitir a doença. Assim, apenas com educação ambiental podemos reverter o caos que se instalou nas grandes cidades, onde o consumismo dita as regras e cada vez mais resíduos são gerados, e destinados indevidamente.
Lorena Garioli Charpinel
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