Fé e razão, homem e natureza, espiritualidade oriental e mecânica quântica compõem algumas das várias dualidades tacitamente convergentes, dentro do chamado pensamento sistêmico, referenciado aqui, principalmente, pela obra de Fritjof Capra. O cerne dessa convergência, que se dá através da substituição do paradigma mecanicista de Newton e Descartes pelo paradigma holístico, é analisado sob vários pontos de vista. Primeiramente, discute-se o sentido da palavra paradigma, associado a um modelo científico com conseqüências sociais, econômicas e políticas. Expõem-se os princípios do pensamento mecanicista e sua evolução até o indeterminismo, ditado por um fator científico.
Em seguida, analisa-se o nascimento da mecânica quântica e as divergências que surgem à medida que seus princípios servem de suporte para algumas idéias da filosofia oriental. Considerações históricas sobre fé e razão são clarificadas, bem como os limites do caráter revolucionário de uma consciência ecológica, dentro de interesses econômicos e políticos, presentes tanto no velho como no novo paradigma.
Este texto discute a confluência entre fé e ciência no chamado paradigma sistêmico, também conhecido como ecológico ou holístico, cuja principal referência é a obra do físico
Fritjof Capra, bem conhecido no Brasil, onde há um número significativo de pessoas com diferentes formações que pesquisam e escrevem sobre esse tema, como o teólogo e filósofo
Leonardo Boff. O texto procura indicar as dificuldades que surgem quando se tenta conjugar fé e razão na sociedade atual, mesmo para um pensamento que pode ser chamado de progressista.
Palavras-chave: paradigma, sistêmico, mecanicista, ecológico.
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