“Pais sem nome” é um trabalho que pretende dar voz às mães e pais que perderam os seus filhos. O nome surge através de uma frase dita por uma mãe: “os filhos que perdem os pais, são órfãos; a mulher que perde o marido, é viúva; e os pais que perdem um filho, não têm nome…”
Como bem sabemos, a morte é ainda um tabu na nossa sociedade pois não representa somente o término de uma vida mas nela associada estão todos os sentimentos, emoções e dor que provoca nas pessoas que sofrem a perda. A morte, é algo inevitável e provavelmente a coisa mais certa que o homem possui na vida, existindo á tanto tempo quanto o homem. Nunca é algo fácil de se superar mas que todos nós teremos que vivenciar e ultrapassar. O homem tentou sempre arranjar formas de mistificá-la, pois ele queria amenizar um pouco a angústia, medo, dor e tristeza que ela gera.
A experiência do luto, vivida através da perda de um ente querido, parece constituir um acontecimento marcante e de poderosos significados para a vida dos indivíduos.
O clássico e significativo trabalho de Freud sobre o “Luto e Melancolia” marcou durante longos anos a compreensão do processo de luto. Mas hoje em dia, existe uma vasta literatura sobre a morte natural e luto, contudo sobre a morte violenta, existe em menor quantidade.
Palavras – Chave: luto, cultura, religião, ruptura
Alexandra Fernandes
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