O despertar para tal pesquisa surgiu da experiência como discente do Curso de Formação de Oficiais, o atual Curso de Bacharelado em Ciências Militares com ênfase em Defesa Social. Consoante as respostas de colegas em relação ao que era apresentado no cotidiano acadêmico pelos professores e Oficiais. As reflexões informais dos Cadetes, em conversas sobre a implicação disciplinar no processo de assimilação da “Cultura Militar” motivou esse trabalho.
Nesse aspecto, observa-se que muitos, ao ingressar em um curso de aspecto militar são acometidos, de certo modo, de um “choque de ambiente”. Isso ocorre por não estarem acostumados a regras, rituais e cerimoniais com tal peculiaridade. Leva-se um espaço de tempo para que o discente assimile a cultura e consiga se desenvolver sem atropelos. Nesse sentido quem estiver inserido, neste meio laboral e social, deve estar preparado para um engajamento de condutas, posturas e pensamentos. Caso contrário não será possível a adaptação exigida pela “Escola de Comandantes do Prado Mineiro”.
Diante disso, referindo-se ao militarismo como cultura marcial, se entende que é uma temática discutida na política e na Sociedade. Porém, não tão estudada e compreendida no sentido amplo que expressa. Esse vocábulo “carrega” consigo uma tradição em que se insere conhecimento e sabedoria a serem explorados.
Pretende-se com este, investigar qual a relevância do Ethos Militar no processo de formação dos futuros Oficiais. Compreender a identificação desses militares em formação com a cultura em estudo; identificar quais as virtudes e quais os valores militares são desenvolvidos na Academia de Polícia Militar de Minas Gerais; elencar algumas que se tornam primordiais para aplicação e continuidade do tema aqui estudado.
Michael Stephan da Silva
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