RESUMO
A automedicação é uma prática comum, inclusive entre universitários da área da saúde, no entanto, pode possibilitar agravos e mascaramento de doenças, interações medicamentosas e intoxicações. A automedicação vem sendo utilizada com maior intensidade no Brasil, em regiões carentes, cuja população não possui acesso à saúde, ou este é precário, e na classe média e alta cuja maior instrução confere maior confiança na prática da automedicação, sendo este o principal motivo do índice elevado da automedicação entre os alunos de nível superior da área da saúde. Estudos sobre o assunto preconizam que: a orientação dos profissionais de saúde e população geral; o desenvolvimento de políticas públicas para adequação de estrutura e recursos humanos em todas as unidades de saúde; bem como a fiscalização apropriada da divulgação e propaganda e da venda de medicamentos sem prescrição, são fundamentais para a minimização da prática da automedicação e dos danos por ela causados. O grande índice de automedicação entre acadêmicos de enfermagem é um fato facilmente identificado. Em conversas informais é possível observar que, mesmo diante das informações obtidas no decorrer do curso não há uma redução da mesma e, contrariamente, do que se espera, acredita-se que há aumento desse índice. Sendo assim, esta pesquisa se justifica uma vez que só através da obtenção de dados reais acerca dos fatos acima citados, poderemos desenvolver um posterior trabalho relacionado à este assunto. Foi realizado um estudo de caráter descritivo/quantitativo com duas turmas de acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem (1º e 8º período) na Universidade Presidente Antônio Carlos-Campus Bom Despacho - MG. O objetivo desse estudo foi apresentar o conhecimento desses alunos sobre a automedicação e se no decorrer do curso, com a aquisição de melhor conhecimento sobre a ação dos fármacos no organismo humano, há aumento dessa prática entre os mesmos. Foi aplicado um questionário com perguntas relacionadas ao uso de Antidepressivos, Antiinflamatórios, Ansiolítcos e Antibióticos. Os resultados obtidos indicam que ambos as turmas realizam a automedicação, havendo prevalência entre os acadêmicos do 8º Período de Enfermagem que, acreditam ter conhecimento satisfatório para se automedicarem e não se consideram dependentes da mesma, afirmando ainda terem consciência dos danos que a automedicação pode causar à saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Acadêmicos, Automedicação, Enfermagem, Universidade.
Raquel Bernardes
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