A literatura angolana, desde muito cedo, foi marcada no seu percurso histórico por características singulares, não só no seu tecido estético e conteudístico, mas também, no seu itinerário evolutivo, de afirmação e impacto.
Um dos vários exemplos para esta asseveração é o recurso constante às línguas locais; a referência aos costumes; hábitos e rituais da vida rústica dos musseques e sanzalas. Não só como gesto de regresso às origens, mas também, como acto de pertença e de vínculo umbilical à terra, e, é isto que acontece muitas vezes, no conto Mestre Tamoda de Uanhenga Xitu, objecto de análise neste Trabalho.
Para além de traçarmos em breves linhas o percurso histórico do autor, pretendemos analisar também, ao detalhe, a escrita do conto como veículo de valores culturais, muitas vezes usada fora dos padrões canónicos.
O nosso Trabalho estrutura-se em dois capítulos, antecedidos de uma Introdução. Considerações finais, Bibliografia e Anexo completam a parte final do estudo.
No capítulo Iº: O autor e a sua obra abordamos de forma sucinta alguns dados históricos, biográficos e bibliográficos do autor.
No IIº capítulo: Análise crítica do conto Mestre Tamoda dedicamo-nos ao estudo da linguagem e cultura e da estética do conto.
Para a realização do nosso Trabalho recorremos ao método empírico, através da consulta bibliográfica consubstanciada no levantamento, recolha, selecção, análise e tratamento de bibliografia sobre a literatura angolana, sobre a teoria da literatura e sobre estudos culturais e etnolinguísticos.
Alexandre Sakukuma
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