1. INTRODUÇÃO O homem sempre necessitou conhecer o meio em que vive, por questões de sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação, construção. No princípio, a representação do espaço baseava-se na observação e descrição do meio. Cabe salientar que alguns historiadores dizem que o homem já fazia mapas antes mesmo de desenvolver a escrita. E foi nesta base que nasceram as primeiras construções, sempre com objetivos básicos de obtenção de segurança e conforto. Com o aparecimento das primitivas malhas urbanas, o processo construtivo foi crescendo de complexidade, surgindo, mais tarde, a necessidade de interligar pessoas através de vias. Hoje, e a distantes milhares de anos, é fácil perceber o porquê de a construção ser considerada uma das mais importantes atividades do Homem. É através dela que conhecemos os nossos antepassados, que percebemos o que fomos e o que somos. Com a construção, quer a civil, quer a militar, sem esquecer a religiosa, o Homem marcou eras. Todas as grandes obras são ícones que marcam a face do planeta, numa clara demonstração da arte e do engenho das mais diversas civilizações. Sendo o processo construtivo dividido em três grandes fases: o projeto; a edição/implantação, no qual se insere, sobretudo, a atividade topográfica e/ou hidrográfica; e a construção em si. O próprio termo Topografia, de origem grega, diz muito sobre o que realmente significa esta ciência: Topos “lugar, região” e Graphein “descrição”, ou seja, a descrição