pomba enamorada
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Miscelanea discursiva em conto de Lygia Fagundes Telles.
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Discursive miscelaneity in a short story by Lygia Fagundes Telles.
Introducao
Este artigo germinou de uma experiencia de leitura impar do conto Pomba enamorada ou uma historia de amor, da paulista Lygia Fagundes Telles (TELLES, 2000) que, atualmente, faz parte da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 16.
O conto traz a historia de uma moca que se apaixonou por um rapaz (Antenor) com quem dancara em um baile de Primavera. Apos o baile, a jovem Pomba Enamorada--como se autodenomina --comecou a importunar o rapaz de varias formas: visitando-o no trabalho, convidando-o para ir ao cinema, escrevendo-lhe cartas, enviando-lhe presentes, oferecendo-lhe cancoes em programas de radio. Antenor, de inicio, nem se lembrava dela; um tanto controlado, desconversava suas investidas nos primeiros contatos. Com a insistencia da moca, porem, ja sem paciencia e entre improperios, dizia claramente para que o esquecesse. Mas a Pomba Enamorada nao o esquecia, nem fazia forca para isso; quem a amparava e a ajudava em suas investidas era seu amigo Roni, um companheiro do salao de beleza onde trabalhava. Quando Antenor se casou, ela enviou um cartao desejando felicidades ao casal e bebeu soda. Apos recuperar-se, tambem casou, embora nao deixasse de manter contato com seu amado por cartas e cartoes: